Fanfics Brasil - 9 Um sonho de Amante AyA

Fanfic: Um sonho de Amante AyA | Tema: Traumada Hots


Capítulo: 9

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Vestida com sua camisola de dormir rosa, Anahí se deteve no quarto de seus pais, junto à porta de espelho do closet, onde guardou as alianças de casamento no dia posterior ao funeral. Podia ver o débil resplendor do diamante marquise do meio quilate.
A dor fez que lhe formasse um nó na garganta, lutou contra as lágrimas que teimavam em brotar de seus olhos.
Com vinte e quatro anos recém cumpridos naquela época, tinha sido o suficientemente arrogante para pensar que era uma pessoa amadurecida e capaz de fazer frente a algo que a vida lhe pusesse por diante. Acreditou ser invencível. E em um segundo, sua vida caiu.
A morte lhe arrebatou tudo àquilo que uma vez teve: a segurança, a fé, sua crença na justiça e, sobre tudo, o amor sincero de seus pais e seu apoio emocional.
Apesar de toda sua vaidade juvenil, não tinha estado preparada para que lhe arrebatassem por completo a toda sua família.
E, embora tinham passado cinco anos, ainda sentia falta deles. A dor era muito profunda. O velho ditado aquele, segundo o qual era melhor ter conhecido o amor antes de perdê-lo, era uma enorme fraude. Não havia nada pior que perder as pessoas que lhe querem e lhe cuidam em um acidente sem sentido.
Incapaz de enfrentar sua ausência, Anahí tinha selado o quarto depois do funeral, e o tinha deixado tudo tal e como estava.
Abriu a gaveta onde seu pai guardava os pijamas e engoliu em seco. Ninguém havia tocado estas coisas da tarde que sua mãe as dobrou e as guardou.
Ainda recordava a risada de sua mãe. As brincadeiras sobre o conservador estilo de seu pai, que sempre escolhia pijamas de flanela.
Pior ainda, recordava o amor que se professavam.
O que daria ela por encontrar o casal perfeito, como lhes tinha acontecido. Tinham estado casados vinte e cinco anos antes de morrer, e seu amor tinha permanecido intacto desde dia que se conheceram.
Não podia recordar um só momento em que sua mãe não sorrira ante uma brincadeira de seu pai. Sempre foram agarrados como dois adolescentes, e roubavam beijos quando acreditavam que ninguém os via.
Mas ela os via.
E agora os recordava.
Queria esse tipo de amor. Mas por alguma razão, não tinha encontrado um homem que a deixasse sem fôlego. Um homem que conseguisse que palpitasse o coração e que seus sentidos se entorpecessem.
Um homem sem o qual a vida não tivesse sentido.
— OH, mamãe! —balbuciou, desejando que seus pais não tivessem morrido aquela noite.
Desejando…
Não sabia o que. Quão único queria era conseguir algo que lhe fizesse pensar no futuro. Algo que lhe fizesse feliz, da mesma forma que seu pai tinha feito feliz a sua mãe.
Mordendo o lábio, Anahí segurou a calça xadrez azul marinho e branco, e saiu correndo do quarto.
— Aqui tem - disse jogando o objeto a Alfonso e saindo a toda pressa por volta do banheiro, em metade do corredor. Não queria que ele fosse testemunha de suas lágrimas. Não voltaria a mostrar-se vulnerável diante de um homem.
Alfonso trocou a toalha pelas calças e se foi atrás Anahí. Tinha fechado de uma portada a porta mais próxima à habitação onde ele se encontrava.
— Anahí - a chamou enquanto abria a porta com suavidade.
Ficou paralisado ao vê-la chorar. Estava em metade de um banheiro estranho, com duas pais incrustados na parede e um balcão branco na qual se apoiava. Cobriu a boca com uma toalha, em um tentativa de sufocar seus dilaceradores soluços.
Apesar de sua severa educação e dos dois mil anos de autocontrole, Alfonso se viu tocado por uma onda de compaixão. Anahí chorava como se alguém lhe tivesse quebrado o coração.
E isso o fazia sentir-se incômodo. Inseguro.
Apertando os dentes, afastou aqueles insólitos sentimentos. Se algo tinha aprendido durante sua infância era a não se aprofundar nos problemas de outros, porque nunca trazia nada bom. Não terei que cuidar de ninguém mais que das pessoas mesmo. Cada vez que tinha cometido o engano de interessar-se por alguém, tinha-o pago com juros.
Além disso, nesta ocasião não havia tempo. Nada de tempo.
Quanto menos tivesse que ver com as emoções e a vida de Anahí, mais fácil lhe resultaria voltar a suportar seu confinamento.
E, então, as palavras de Anahí o golpearam com força, bem na metade do peito. Ela o tinha definido à perfeição: não era mais que um gato dedicado a conseguir prazer e depois partir.
Aferrou-se com força ao atirador da porta. Não era um animal. Ele também tinha sentimentos.
Ou, ao menos, estava acostumado a ter.
Antes que pudesse reconsiderar suas ações, entrou no cômodo e a abraçou. Anahí lhe rodeou a cintura com os braços e se apoiou nele como se tratasse de um salva-vidas, enquanto enterrava o rosto em seu peito nu e soluçava. Todo seu corpo tremia.
Algo muito estranho se abriu no interior de Alfonso. Um profundo desejo que não sabia muito bem como definir.
Jamais em sua vida tinha consolado a uma mulher que chorava. Deitou-se com tantas que não podia recordá-lo, mas nunca, jamais, tinha abraçado a uma mulher como estava abraçando a Anahí. Nem depois de fazer o amor. Uma vez acabado com seu trabalho, levantava-se, limpava-se e procurava algo com o que entreter-se até que fosse requerido de novo.
Inclusive antes da maldição, jamais tinha demonstrado ternura por ninguém. Nem por sua esposa.
Como soldado, tinha sido treinado desde que tinha uso de razão para mostrar-se feroz, frio e duro.
«Volta com seu escudo, ou sobre ele». Essas foram às palavras de sua madrasta o dia que o segurou por cabelo e o jogou de sua casa para que começasse o treinamento militar, à terna idade de sete anos.
Seu pai tinha sido ainda pior. Um legendário comandante espartano que não tolerava amostras de debilidade. Nem de emoção. Ele se encarregou de chicote na mão, de que a infância de Alfonso chegasse a seu fim, ensinando-o a ocultar a dor. Ninguém podia ser testemunha de seu sofrimento.
Até o dia de hoje, ainda podia sentir o chicote sobre a pele nua de suas costas, e escutar o som que fazia o couro ao cortar o ar entre golpe e golpe. Podia ver a zombadora careta de desprezo no rosto de seu pai.
— Sinto — murmurou Anahí sobre seu ombro, lhe devolvendo ao presente.
Ela levantou a cabeça para poder lhe olhar. Tinha os olhos cinza brilhantes pelas lágrimas e pareciam rachar a capa que recobria seu coração congelado há séculos por necessidade e por obrigação.
Incômodo, Alfonso se afastou dela.
— Sente-se melhor?
Anahí limpou as lágrimas e esclareceu garganta. Não sabia por que Alfonso tinha ido atrás dela, mas tinha passado muito tempo da última vez que alguém a consolou enquanto chorava.
— Sim —murmurou— Obrigado.
Ele não respondeu.
Em lugar de ser o homem terno que a abraçava instantes antes, havia tornado a ser o Senhor Estatua, todo seu corpo estava rígido e não dava amostras de emoção.
Deixando escapar um suspiro irado e passou a seu lado.
— Não me teria posto assim se não estivesse tão cansada e possivelmente ainda um pouco tonta. Preciso dormir.
Sabia que ele iria atrás dela, assim voltou resignadamente para seu quarto e se meteu na cama de madeira de pinheiro, aninhando-se sob o grosso edredom. Sentiu como o colchão se afundava sob o peso de Alfonso um instante depois.
Seu coração se acelerou ante a repentina calidez do corpo do homem junto ao dele. E a coisa piorou quando ele se aninhou a suas costas e lhe passou uma longa e musculosa perna sobre a cintura.
— Alfonso! —gritou com uma nota de advertência ao sentir sua ereção contra o quadril— Acredito que seria melhor que ficasse em seu lado da cama, enquanto eu fico no meu.
Não pareceu prestar atenção a suas palavras, já que inclinou a cabeça e deixou um pequeno rastro de beijos sobre seu cabelo.
— Pensava que me tinha chamado para aliviar a dor de suas partes baixas - lhe sussurrou no ouvido.


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Autor(a): annytha

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  Com o corpo ao vermelho vivo devido a sua proximidade, e ao aroma a sândalo que lhe entorpecia a cabeça, Anahí se ruborizou ao lhe escutar repetir as palavras que dissesse a Dulce. - Minhas partes baixas se encontram em perfeito estado, e muito felizes tal como estão. - Prometo-te que eu conseguirei que estejam muito, muito mais felizes. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 146



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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:37

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:37

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:36

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

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  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???

  • camillatutty Postado em 20/01/2013 - 23:31:35

    Pooooooooooxaaaaaaaaaa, lí o último capítulo e gostei, mas a senhorita autora sumiu... E agora, #comofas???


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