Fanfics Brasil - 21 The Vampire Diaries - Elena G. & Damon S.

Fanfic: The Vampire Diaries - Elena G. & Damon S. | Tema: The Vampire Diaries - Damon & Elena


Capítulo: 21

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N.A.: Antes de tudo, eu quero me desculpar por demorar 1 semana para atualizar, é que eu tive algumas provas essa semana, então era meio que uma escolha crucial, estudar ou editar um capítulo para atualizar; então decidi que não quero pegar DP e fui estudar. Mas estou de volta com um capítulo de 4 mil palavras, espero que compense o atraso. Agora chega de balela e vamos ler essa joça!


Capítulo 16: Surpresa


"Não consegue dormir?" a voz grave de Damon ecoou na escuridão do quarto.


"Não." Elena respondeu impaciente; levou a mão até o abajur no criado mudo a seu lado e ligou a luz.


Depois que eles se beijaram e Damon saiu do banho, ele somente se deitou na cama e apagou as luzes para dormir. Não houve nenhuma conversa ou até discussão sobre o que aconteceu; e então, fazia meia hora que Elena estava deitada no escuro, pensando em alguma coisa para falar, e agora que achou que estava pronta, se sentiu extremamente insegura e as palavras fugiram de sua boca.


"Eu estou muito perto de você, é por isso que não consegue dormir?" a voz dele, saturada do sarcasmo tão conhecido.


"Não!" Elena se sentou na cama e se encostou na cabeceira. "Eu não consigo dormir porque você me beijou."


"Ei – ei, pelo que eu me lembro, eu não beijei um ser inanimado e eu não forcei você a nada." Damon também se sentou.


Elena cobriu o rosto com as mãos. "E-eu sei, eu sei..." suas mãos caíram em seu colo. "Eu só não queria estar me sentindo do jeito que eu estou agora."


"Como?" ele sabia a resposta.


"Culpada." Bingo. "Eu sou namorada de Stefan, não sua."


"Então por que me beijou de volta?"


"Eu não sei."


"Você deixaria eu te beijar de novo?"


"Eu não sei."


"Está se sentindo diferente com relação à Stefan?"


"Eu. Não. Sei."


O quarto caiu em profundo silêncio, e apesar de ela não ter dado respostas diretas, todas as respostas de Elena foram esclarecedoras. Ela realmente não sabia as respostas para aquelas perguntas, e isso mostrava a batalha interna que estava lutando.


"Esse beijo acabou de virar sua vida de cabeça para baixo." Damon comentou. "Sabe por quê? Porque fez você duvidar sua relação com Stefan. Por que tantas dúvidas? Eu nunca duvidava do meu amor por Katherine quando me submeti a tirá-la da tumba. Nem por um segundo."


"Aquilo era obsessão."


"Aquilo era amor puro." Eles se encaravam enquanto a discussão tomava proporções estrondosas. "E quando eu descobri que ela não me amava, sim, eu fiquei acabado. E agora, é a sua vez de fazer isso com Stefan."


"Eu amo Stefan!" a voz dela subiu algumas oitavas. "Eu nunca o machucaria."


"E como você acha que ele se sentiria sabendo que nós nos beijamos? Que dormimos na mesma cama mais de uma vez?" Aquilo já estava fora de proporção.


"Você não contaria..." Elena saiu da cama e foi para longe dele, cruzando os braços sobre seu peito.


"Eu não vou contar, mas você deveria." A voz de Damon voltou ao normal. "É o mínimo que pode fazer."


Quando Elena olhou Damon novamente, seus olhos estavam manchados com lágrimas e seu rosto carregava uma sombra séria. "Eu acho que eu te amo, também." Ela falou incerta. Era possível ela amar duas pessoas tão diferentes, ou melhor, dois irmãos tão diferentes?


Ele sentiu mil estacas de madeira perfurarem seu corpo sem piedade. Em uma fração de segundo, Damon tinha Elena contra a parede pelos ombros. "Não diga isso." Ele não conseguia explicar a onda de emoções que sentia. Tudo parecia tão vulnerável e frágil. Ele não queria acreditar naquelas palavras, porque se elas fossem mentira, a dor seria insuportável. "Não diga isso..." ele repetiu num sussurro. Seria mais fácil se ela não retribuísse o sentimento que ele tinha por ela, seria muita mais fácil e menos doloroso quando a realidade, ou melhor, quando Stefan voltasse à cena. Perder alguém que retribui o seu amor é muito mais difícil do que perder alguém que não te ama de volta.


"Desculpe-me." Elena murmurou superficialmente


Quando Damon ouviu a voz de Elena, ele olhou para aquele rosto perfeito e viu que ela estava assustada, então soltando os ombros dela, ele a puxou para um abraço. Elena enterrou seu rosto no pescoço dele em procura de conforto, e com certeza, lá encontrou. Eles ficaram abraçados por muitos minutos e quando Damon percebeu que a respiração e os batimentos de Elena haviam normalizado, a encaminhou para a cama.


Ela entrou embaixo dos cobertores e ele também fez o mesmo. A luz foi apagada e sem precisar de palavras, Elena puxou o braço dele para abraçá-la, deixando suas costas contra o peito nu do vampiro. Damon entrelaçou seus dedos nos dela e cobriu os pés dela com os seus próprios. O vampiro deitou encima dos cabelos recém lavados de Elena e sentiu o cheiro pacificador tomar seu sistema.


Num último ato, Damon beijou o pescoço de Elena, sentindo uma onda ionizada que os pelos eriçando dela trazia e antes de voltar para o travesseiro, ele sussurrou. "Boa noite."


Na manhã seguinte, Elena acordou para o quarto com pouca claridade. O braço de Damon descansava em seu quadril e ela conseguia ouvir a respiração desnecessária dele contra sua nuca. Ele parecia estar realmente dormindo, provavelmente estava cansado por conta da viagem do dia passado e as outras noites mal dormidas. Ela não sabia que horas eram, e apesar de não estar mais com sono, não sentia vontade de se levantar.


Recapitulando a noite anterior, Elena lembrou de suas próprias palavras e da reação de Damon. Só depois de muito pensar, ela entendeu porque Damon ficou tão chateado e alterado com tudo aquilo: ele tinha medo. Não que ele admitiria, lógico que não. Mas essa era a verdade, ele tinha medo de se machucar de novo, assim como ele se machucou com Katherine.


Elena levou sua mão até a dele, sabendo que o toque faria com que ele acordasse. Ela estava certa, Damon abriu os olhos assim que sentiu os dedos dela trançarem nos seus. Elena se sentia tão bem ali, mas por quê? Por que não conseguia parar de tocá-lo? Por que não conseguia mais se imaginar num cenário onde ele não estaria presente? Por que cada vez mais achava que onde estaria segura, era nos braços dele? Ela não queria responder àquelas perguntas no momento, então apertou levemente a mão que ainda descansava encima de sua perna.


A resposta que recebeu foi instantânea e inesperada. Damon levou a mão até a barriga de Elena e em um movimento, encaixou seus corpos, ficando mais próximos ainda que podiam imaginar. Elena riu baixinho e sentiu uma onda de calor percorrer seu corpo.


"Você acordou primeiro que eu," ele sussurrou com a voz rouca no ouvido dela. "isso é um milagre."


Ela sorriu com as palavras e se virou na cama para encará-lo; ele nem parecia que havia acabado de acordar, uma das muitas habilidades vampirescas, não acordar com cara de sono. Ela memorizou cada curva do rosto perfeito de Damon e mergulhou no azul daqueles olhos como se fosse o mais belo dos oceanos. A translucidez daquela pele era surreal de tão perfeita e as bochechas rosadas naturalmente quebrava a cor de porcelada em um perfeito equilibrio.


"Você está encarando." Damon avisou. Elena sorriu, tentando disfarçar e passou uma mão nos olhos, acanhada. "Você está bem?" Ele perguntou, levando o tom da conversa de discontraído para sério. Damon estava perguntando sobre a noite passada, ela tinha certeza, e quando ela demorou para responder, ele continuou. "Eu queria pedir desculpas por te assustar ontem." Ele declarou num pedido de desculpas típico. "Eu – eu perdi o controle..."


"Eu não te culpo, então não precisa se desculpar." Elena falou suavemente. Sim, ela ficou assustada por ter sido prensada contra a parede por um vampiro, mas o que a tranquilizava era que o vampiro era Damon. Ela tentou mudar o rumo da conversa. "Eu não quero levantar..." reclamou.


"Vou ter que chantagear você com cócegas, de novo?" Damon ameaçou brincando.


"Oh-ho, isso é golpe baixo." Ela puxou os cobertores em volta do seu corpo para se proteger.


Damon riu com o desespero dela e uma idéia surgiu em meio a conversa. "Posso fazer uma proposta?"


Elena estranhou, mas tentou mascarar sua desconfiança. "Vá em frente."


"O que você acha de ficarmos aqui mais um dia?"


De início, Elena não achou a idéia muito interessante, pois sua preocupação com Stefan ainda estava presente, e se ele estivesse precisando dela? Mas depois a noção de espaço e de tempo que a situação pedia, ela achou a idéia mais que apropriada. Elena sorriu e viu os olhos de Damon dançarem. "É uma ótima idéia." a consciência de que a cada dia ela se tornava cada vez mais irresponsável e descuidada estava sendo esquecida aos poucos. "Tem alguma coisa em mente?"


"Na verdade," Damon se levantou da cama, mostrando seu corpo semi nu e perfeito. "tenho sim. Mas é segredo." Ele começou a se vestir. "Agora, você tome seu café da manhã e se troque. Eu preciso cuidar de algumas coisas."


Elena se levantou da cama, sentindo-se pouco confortável com o fato de que ele a deixaria sozinha. Ele continuou se vestindo e quando acabou, se virou para encontrar a expressão descontente de Elena. "O que foi?"


Ela encolheu os ombros e tentou disfarçar. "Nada."


Damon sorriu discretamente e andou até ela, plantando um beijo em sua têmpora, enquanto segurava o rosto dela em mãos. "Eu não vou demorar."


E ele não mentiu.


Uma hora depois de ter saído, Damon apareceu no quarto com rosto satisfeito. Elena já havia tomado café da manhã e agora estava deitada na cama assistindo à um canal de desenhos.


"Bob Esponja?" Damon caçoou.


"Ei, é humor do bem."


"É a sua cara." Ele se deitou na cama junto à ela.


"Espero que não fisicamente." Ela brincou.


Damon decidiu não responder aquele comentário, com receio de dizer mais que gostaria. Ele se virou para olhá-la e levou uma mão até o braço dela, para chamar sua atenção que agora pertencia ao desenho. Elena o olhou indagadora. "Hmm?" e voltou a olhar para a tevê.


"Nós vamos passear. Está pronta?"


"Sério?" ela se sentou na cama rapidamente, sentindo um pouco de tontura até que o sangue chegasse em sua cabeça.


"Sério." Ele também se sentou.


Elena pulou da cama e parou em frente á ele, do lado oposto da cama em que ela estava. "Essa roupa é apropriada para o que a gente vai fazer?" Ela apontou para o próprio corpo, mostrando seu jeans, tênis e camiseta.


"Sem roupa nenhuma seria melhor, mas essa dá certo também." Ele falou de forma sensual.


Elena ignorou o comentário e foi até sua mala pegar um casaco; quando se virou para ele, Damon já estava ao lado da porta, esperando por ela com um sorriso nos lábios. Os dois saíram do quarto e andaram pelo corredor até alcançar o elevador. "Vai dizer aonde vamos?" Elena perguntou cautelosamente.


Damon fingiu não ouvir a pergunta enquanto eles entravam no elevador e as portas se fechavam. Estar ao lado de Damon ficava mais fácil a cada dia que passava. Elena sabia que cada vez mais ele baixava a guarda ao seu lado; e apesar de Damon pensar que se tornava uma pessoa diferente ao lado de Elena, ela gostava de pensar que ele somente se achou. Ele era aquela pessoa, mas só não sabia daquilo ainda.


As portas do elevador se abriram novamente e quando Elena se pôs a andar, não pode deixar de pensar por que era tão fácil negar de ir atrás de Stefan. Damon só perguntou uma vez se ela queria adiar mais um dia da viagem e ela quase não hesitou para responder. Ela sentia, no fundo, que aquilo não era certo, mas era como se uma força de irresponsabilidade e falta de senso de perigo muito mais fortes do que ela tomassem seu sistema e a fizessem tomar decisões malucas.


Os dois saíram para a parte externa do hotel, onde podia-se ver os carros estacionados a alguns metros de distância, e assim que Damon fez sinal para o valet, ele se virou para Elena. "Elena, eu acabei de alugar um carro..." Damon tinha os olhos de uma criança que acabou de ganhar um presente novo e queria mostrar para os coleguinhas.


Elena riu com os olhos brilhantes e divertidos de Damon e observou quando um carro esporte, vermelho e aparentemente extremamente caro estacionou logo à sua frente. "Esse é o carro que-"


"Sim, é, hm-mm." Damon abriu a porta para ela e quando viu que ela estava segura dentro do carro, fechou a porta e correu até o outro lado, se acomodando no banco do passageiro.


"É bem extravagante, mas eu diria que é a sua cara..." Elena esperou até que Damon estivesse sentado.


"Eu sei que isso é um elogio." Ele respondeu charmosamente.


O carro vermelho deslizou para fora do hotel e começou cortar as ruas de Milão. Elena se sentia dentro de um filme com toda a beleza que a rodeava; os prédios antigos, as igrejas, as pontes, tudo. A visão que ela tinha, apesar de prematura, era espetacular. Eles, a cada momento, se afastavam mais da cidade, e quando Damon estacionou o carro no meio do nada ela não se aguentou. "Onde você está me levando?"


"Hm," Damon saiu do carro e Elena fez o mesmo. "não se preocupe, você não vai virar uma refeição, Elena." Ele andou até o lado da moça.


Elena deu um tapa de leve no braço dele e olhou aos arredores, onde as árvores e arbustos se erguiam. Ela conseguia ouvir o vento batendo nas folhas, e o acasional canto de alguns pássaro; mas sua atenção foi levada embora assim que os dedos de Damon se entrelaçaram nos seus. "Vamos." Ele a conduziu por entre as árvores.


Elena se deixou levar sem pensar duas vezes; eles andaram em meio à pequena mata que ia, cada vez mais se fechando. As árvores ficavam cada vez mais altas, a grama também, e a umidade aumentava, deixando o clima ameno. Damon nunca largou a mão de Elena, e quando o terreno ganhou um aspecto íngrime de subida e acidentado com pedras pousando como obstáculo, ele decidiu dar uma explicação. "Eu poderia facilmente colocar você nas minhas costas e chegar lá encima em poucos segundos," Damon apontou para cima, em direção à uma pedra visivelmente maior que todas a alguns metros de distância deles. "mas eu quero que essa experiência seja totalmente humana para você."


"Você está sendo mais misterioso que o normal..." Elena falou ofegante.


Ele riu-se de quão fácil ela se cansava e a ajudou minimamente alavancando seus braços para uma rápida subida. Eles subiram os 100 metros restantes, Elena com muita dificuldade e muitos tropicões e Damon se divertindo a cada vez que ela se enroscava em uma liana. O vampiro chegou primeiro na pedra grande e sem largar a mão dela, ele a ajudou a subir na pedra junto à ele.


"Oh, meu deus..." a visão era estonteante, Elena decidiu. A visão panorâmica da cidade era impagável e o esforço de subir até ali fazia a experiência mais gratificante ainda. "é lindo." Ela sussurrou, recuperando o ar.


"Eu sei que não ia conseguir apresentar Milão à você em um dia, então queria que você conhecesse de um jeito diferente." Damon finalmente falou, soltando a mão que a segurava e dando um passo a frente. Um vento brando bateu contra os dois, trepidando suas roupas e cabelos, e Elena sentiu que como em poucas vezes em sua vida, ela estava no lugar certo e na hora certa. Quão irônico era aquilo? Ter que sair de casa, atravessar um oceano e uma mata, subir um morro, sentir o sol contra sua pele e esperar o vento trazer os sentimentos que ela estava procurando para finalmente encontrar aquela combinação. Ou talvez, ela havia encontrado aquilo somente agora, porque somente agora ela passou a acreditar que momentos como aqueles existiam.


Elena fechou os olhos e tombou sua cabeça para trás, inspirando o ar demoradamente. Ela queria ter asas, para poder voar para onde quisesse e quando quisesse. Mais uma rajada de vento beijou seu corpo, fazendo com que ela abrisse os olhos; ela olhou para frente e viu Damon no mesmo lugar, com as mãos nos bolsos. Elena andou cautelosamente para frente e parou bem perto dele, mas sem tocá-lo. "Obrigada por me trazer aqui." Ela falou olhando para a paisagem de prédios, catredrais e monumentos abaixo deles.


"Você gostou?" ele perguntou baixinho, olhando para ela. Elena imediatamente retribuiu o olhar, vendo quão bela a pele dele ficava contra a luz do sol e como seus olhos ficavam translúcidos e profundos.


Ela balançou a cabeça. "Muito."


Damon voltou a olhar para a cidade com um pequeno sorriso nos lábios. "Fico feliz."


Elena sabia que havia uma história por trás daquele lugar e a razão por que ele a trouxe aqui e não qualquer outro, mas decidiu não perguntar, talvez fossem lembranças demais para se revelar em um dia somente. Eles ficaram ali mais alguns minutos, ouvindo a irregularidade do vento e a precisão do canto dos pássaros. Elena deciciu que conseguiria ficar ali o dia todo, mas um dia inteiro era muito e a realidade bateu quando Damon começou a falar de novo.


"Nós temos que ir."ele falou com a voz leve.


"Por quê?" Ela protestou.


Damon cintilou seu sorriso brilhante. "Primeiro, porque é ilegal vir até aqui sem equipamento apropriado, no seu caso, e segundo, porque nós temos mais planos para o dia."


"Nós temos? Como o quê?" Elena indagou.


"Hm," Damon começou a andar, segurando Elena junto ao seu corpo. "é uma surpresa."




Stefan olhou para a porta de madeira escura entalhada de forma renascentista; já havia perdido a conta de quanto tempo estava ali, e também de quantas vezes decidiu tocar o sino e desistiu no meio do caminho. Ele suspirou profundamente e olhou para seus pés, tentando relembrar o motivo de ele estar ali. O motivo... o motivo que ele sempre acabava esquecendo. Stefan levou uma mão até o bolso de sua calça, onde uma pequena protuberância no jeans escondia um objeto, seu dedo indicador enganchou o pequeno anel que ele havia esquecido estar ali.


O pequeno anel não passou do meio de seu indicador, e ele olhou atentamente para a gema irregular que descansava encima da prata levemente empretecida em alguns cantos. A jóia foi levada até seu nariz e o vampiro conseguiu sentir o sutil odor da mulher que fora sua última dona, a mulher que ele matara. Pretérito mais do que perfeito, sim, ele matara e não havia volta. Esse era o motivo, ele lembrou, era por isso que ele estava ali, porque ele matou e precisava da ajuda de um amigo.


Stefan levou as mãos até seu próprio pescoço na procura de um pequeno fio de ouro branco que descansava ali, ele rapidamente encontrou a corrente que carregava em seu pescoço e rapidamente abriu o fecho. A corrente foi coletada em suas mãos e sem perder mais tempo, ele passou o anel de prata pelos elos de ouro branco, agilmente prendendo a corrente em seus pescoço, agora com seu novo pingente. Pingente aquele que era um lembrete para quando ele pensasse no pior, ele se lembrasse de quem ele não queria ser, um assassino. Stefan olhou para o anel agora pendurado na corrente e viu a pedra champagne brilhar com alguns raios de sol. Devagar, ele pegou o anel e o escondeu contra seu peito, sentindo a frieza do metal roubar calor de sua pele com o contato e em seguida, tocou o sino, que se entendia como campainha. Em poucos segundos, ele ouviu passos se aproximando do outro lado da porta e em um movimento cortante, a porta se abrir.


"Stefan, meu amigo..." um homem com, aparentemente, não mais que 25 anos se mostrou ao outro lado da porta. Ele tinha os cabelos louros claríssimos, olhos amarelos e cílios praticamente brancos; seu corpo era esbelto, mas a camisa azul marinho de mangas curtas mostrava alguns músculos protuberantes. Ele estendeu uma mão para o vampiro em sua frente num gesto de pura confiança. "é bom te ver."


"Colin, obrigado por me receber." Stefan estendeu sua mão e cumprimentou o amigo, aliviado por ser a primeira pessoa familiar que via em dias.


"Você não mudou nada... entre, por favor." Colin ficou de lado para deixá-lo entrar.


Stefan sorriu com o comentário cliché. "Você também não." Ele fez outra piada vampiresca.


Os velhos amigos trocaram olhares humorados e riram baixo. "Venha, venha... vamos conversar." Colin acenou com a mão para Stefan seguí-lo pela casa.


A casa, em si, era bela, decorada com móveis claros em tons pastéis e quente, em tons vermelhos. Os dois vampiros seguiram o corredor até chegarem à uma aconchegante sala de estar, com um jogo de sofás em tecido vinho colocado em frente à uma grande lareira. "Sente-se, fique a vontade." Colin apontou para os sofás, mas ao invés de seguir suas próprias palavras, se dirigiu até o bar, que se encontrava ao canto do recinto.


Ele colocou dois copos em sua frente e escolheu uma garrafa com um líquido transparente, despejando o conteúdo no copo sem mesmo a presença de pedras de gelo. Sem delongas, ele voltou até aonde Stefan agora estava sentado e oferecendo um dos copos, ele se sentou no sofá diretamente à frente daquele que Stefan estava sentado. "Vodca." Colin completou com um sorriso.


Stefan tomou um gole do líquido, sentido sua garganta esquentar pelo alto teor de álcool.


"Então, Stefan... gostaria de dar algumas explicações aqui?" Colin olhava atentamente para Stefan, que não tirava os olhos de suas próprias mãos.


Alguns segundos se passaram antes da voz de Stefan finalmente ecoar pela sala. "Eu matei..."


"Eu sei... você me informou quando me ligou da américa."


"E eu não sinto remorso... eu não sinto nada!" Stefan alterou sua voz, mostrando sua frustração.


"Mas você está aqui,- pedindo ajuda."


Pela primeira vez, Stefan olhou nos olhos do amigo, mostrando seu semblante de derrota. "Sim, eu estou aqui."


Colin suspirou, bebericando sua bebida. "Eu sei que vai precisar muito mais que isso para você desligar seus sentimentos, Stefan."


Stefan ouviu atentamente a cada palavra proferida por Colin, e sentiu uma pequena chama de esperança acender em seu peito com toda a confiança que o amigo tinha nele. "Quando eu os matei, era como se algo estivesse estilhaçando minha alma, mas a dor era tão grande, que eu me esforcei para esquecê-la."


"Ninguém gosta de sentir dor, não se sinta culpado por tentar fugir dela."


"Não," a voz de stefan saiu num sussurro. "eu preciso sentir a culpa."


Sim, ele precisava sentir a culpa de ter tirado vidas, assim como ele carregou a culpa durante muitos anos por ter sido a causa de Damon ter virado um vampiro, e posteriormente por ter virado um assassino frio. E agora, como ele consertaria aquilo tudo?


"Eu preciso que me ajude a voltar à dieta vegetariana." Stefan explicou suas necessidades.


"Sem chances, Stefan. Não me faça me arrepender mais ainda por ter te aprensentado essa dieta estúpida à você." Colin se levantou do sofá para reabastecer seu copo.


"Por que não?" Stefan o seguiu de perto, indo até o bar.


"Você sabe porque. Essa dieta é para emergências, não algo permanente." Colin encheu os dois copos novamente e voltou para o sofá, seguido por Stefan.


"Eu não quero matar mais pessoas, Colin."


"Stefan, encontre-se... você não precisar matar para se alimentar."


"Eu não sei se consigo me controlar."


"Eu ensinarei à você. Custe o que custar" O amigo prometeu.





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Autor(a): drilokinha

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 57



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  • bella_k Postado em 24/01/2019 - 17:28:29

    MEU DEUS DO CÉU, obrigada por ter postado depois de tanto tempo, não esquece da fanfic por favor. Ela foi a primeira fic que li, e quem me inspirou a escrever as minhas. Sempre que posso venho le-la novamente, você é genial, sua escrita e perfeita, envolvente. POR FAVOR CONTINUA

  • juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:46

    PQ VC Ñ TA MAIS POSTANDO?? pfpfpfpfpf VOLTA A POSTAR!!

  • juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:46

    PQ VC Ñ TA MAIS POSTANDO?? pfpfpfpfpf VOLTA A POSTAR!!

  • juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:45

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  • juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:44

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  • juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56

    Nossa ameii todoss os capitulos! mais oque mais amei foi aquele que o damon levou a elena naquele encontro! *_* muito lindo posta mais

  • juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56

    Nossa ameii todoss os capitulos! mais oque mais amei foi aquele que o damon levou a elena naquele encontro! *_* muito lindo posta mais

  • juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56

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