Fanfic: The Vampire Diaries - Elena G. & Damon S. | Tema: The Vampire Diaries - Damon & Elena

Capítulo 17: Estar Com Você

"Um encontro?" Elena tinha a toalha de banho enrolada em seu tronco e os cabelos molhados jogados em seus ombros nus. Um vestido preto estava estendido sobre a cama do hotel, junto com um par de sapatos também pretos e Damon, ao lado de tudo aquilo, assistia à Elena capisciosamente.

"Não." Ele contra argumentou. "O encontro, lembra-se? Aquele que você ganhou no sorteio..."

Elena não acreditava que ele ainda se lembrava daquilo. "Essa é a surpresa?"

"Bem, levando em conta que eu acabei de te contar, já não é mais surpresa." Damon parecia ainda não completamente convencido de que ela concordaria.

Para falar a verdade, nem Elena estava convencida daquilo; ela mordeu seu lábio, num claro gesto de dúvida e olhou para Damon, que parecia estar esperando uma reação dela, qualquer reação. Aquilo não estava errado? Sair com Damon quando quem está precisando da ajuda dela era Stefan? Dormir no mesmo quarto que Damon, ou melhor, na mesma cama que ele? Ter toda essa bagagem emocional envolvendo Damon, quando na verdade devia ser Stefan? Sim, sim, ela sabia todas as justificativas para aquelas coisas, as deculpas que ela passava e repassava em sua mente, tentando se convencer de que tudo aquilo era para um bem maior, de que dividir o quarto com Damon não significava nada, que sair pela cidade e se divertir com Damon fazia parte da tática de dar espaço à Stefan; mas na verdade, quem ela estava enganando?

Talvez essa fosse a única pergunta que ela sabia responder: ela estava enganando a si mesma.

Ela não sabia quando foi que Damon passou a olhar para ela da forma que ele estava olhando, e quando foi que ela passou a retribuir aquele olhar. Ele parecia feliz com algo, pela primeira vez. E os olhos dele dançavam de excitação na dúvida de Elena; ele parecia um jovem esperando a aprovação do pai da garota. Elena se sentia mal por alimentar aquele sentimento, mas também se sentia mal em aniquilá-lo, então o que fazer?

"Eu acho uma ótima idéia." Elena falou com um meio sorriso nos lábios.

Damon acenou sutilmente com a cabeça e começou a andar em direção ao banheiro para a sua vez de tomar banho, quando passou por Elena, deu um leve esbarrão em seu ombro num movimento proposital e ela, com um sorriso nos lábios, começou a se arrumar.

Depois de secar os cabelos, Elena debateu se deveria ou não prendê-lo de algum jeito, mas por falta de habilidade e acessórios, decidiu deixar as madeixas soltas, cascateando em suas costas. Em frente ao espelho ela se maquiou sem exageros, mas decidiu que a cor de seu batom deveria ser vermelho, então sem dúvidas, ela pintou os lábios. Seus olhos carregavam nuances de cinza e preto, e os naturalmente longos cílios, alongaram-se mais ainda com a ajuda de máscaras. Satisfeita com o resultado, Elena se levantou e foi até a cama recolher o vestido longo e preto. Ela entrou no vestido com facilidade e colocando os saltos, Elena foi até o espelho novamente admirar o resultado.

O tamanho era perfeito. As alças finas seguravam a linha do decote com a seda que se modulava perfeitamente aos seios nus de Elena; um corte profundo subia até a altura da coxa, dando balanço e sensualidade ao andar. A falta de tecido cobrindo as costas era o suficiente para chamar a atenção dos homens e causar inveja nas mulheres. Elena não acreditava que Damon, sem nenhuma assistência, fora capaz de escolher uma peça tão bela com tanta acurácia.

Quando o pensamento dela se dirigiu para o vampiro, ele emergiu do banheiro, somente de boxers pretas e exugando os cabelos desapegadamente com a toalha que tinha em mãos. Ele adorava mostrar como seu corpo era definido e substancial, e Elena já deveria ter se acostumado com aquilo, mas toda vez que ele aparecia de cuecas em sua frente, ela perdia o foco de tudo.

Damon pareceu não perceber que Elena já estava toda vestida, mas quando ela pigarreaou, ele a olhou com olhos indagadores, que se tranformaram em olhos surpresos depois de alguns segundo. "Hm," ele tentou se recompor da surpresa de vê-la tão belamente arrumada. "parece que tudo serviu..." ele falou metidamente.

Elena riu com a arrongância forçada dele e o assistiu enquanto ele entrava em suas calças e terno. "Você escolheu minha roupa?" Elena perguntou curiosa.

"Lógico." Ele vestiu seus sapatos pretos e colocou sua camisa preta, seguida do cinto. "Bem," ele continou, abotoando o colarinho da camisa. "eu tive uma pequena ajuda, para falar a verdade."

Elena se aproximou de Damon, percebendo que estava somente alguns centímetros mais baixa que ele, por conta dos saltos. "Eu imaginei. Quem ajudou?" ela escolheu uma gravata cinza e foi até ele.

Damon assistiu à Elena se aproximar e devagar começar a passar a gravata pelo colarinho de sua camisa. "Brenda."

Ela parou de dar o nó momentaneamente para olhá-lo nos olhos. "Brenda?" indagou.

Elena terminou de laçar e deslizou a mão sobre a gravata e consequentemente pelo abdomen de Damon. "Eu a liguei." Ele explicou, se desconcentrando com a mão dela.

"Hmm." Elena quebrou o toque e deu um passo para trás, dando uma boa olhada no homem à sua frente, que terminava de se vestir colocando o terno preto.

Ele abotoou seu terno e pegou um sobretudo preto que estava pendurado em um cabide; andou devagar até as costas de Elena e segurou a peça, esperando ela passar os braços. Sem delongas, Elena vestiu o sobretudo e sentiu as mãos de Damon deslizando em seus braços sobre o tecido, ele encostou seu peito nas costas dela e tomou uma de suas mãos na dele. "Vamos." Ele a levou para fora do quarto.

Em nenhum momento durante o tempo que levou para eles atravessarem o hotel, Damon soltou a mão de Elena. Eles pareciam verdadeiros amantes enquanto atravessavam os corredores, tomando a atenção de todos. Elena corava quando algum homem a encarava demoradamente, mas Damon parecia somente estar ciente de que tinha a mão dela na sua, e que só isso bastava. Quando chegaram ao estacionamento, Elena abraçou seu próprio corpo, em desaprovação da temperatura amena e assim que o valet estacionou o carro à sua frente, ela entrou o mais rápido possível.

Damon fez o mesmo e se acomodou no lugar do motorista, mas antes de sair com o carro, ele buscou pelo porta luvas e tirou uma caixa preta de lá de dentro. "Eu encontrei algo para você usar hoje." Ele falou para Elena, entregando-lhe a caixa.

Ela pegou relutantemente de início, mas quando percebeu que não haveria formas de não aceitar, começou a abrir o embrulho. O laço que envolvia a caixa preta foi desfeito, deixando completamente à mostra que tipo de caixa era aquela. Era uma caixa de jóia. Sem saber o que esperar, ela abriu o presente e viu o deslumbrante bracelete que a caixa guardava.

A pulseira era simples e delicada. Era toda em elos de ouro branco e um pingente adornado com uma única gema vermelha se destacava em meio à toda a simplicidade da peça. Elena pegou a pedra com um dedo e percebeu que não era somente uma jóia, mas sim um mini medalhão; ela conseguia ver um fecho e em reflexo ela abriu a aparentemente frágil adorno. Não havia nada ali dentro, então ela olhou para Damon em busca de resposta para a pergunta implícita.

"Pode ser útil..." ele explicou com olhos sinceros.

Devagar, ela tirou a peça da caixa e olhou para o homem à sua frente que a assistia há muito tempo.

"É lindo." Ela confessou, abrindo o fecho da pulseira.

Institivamente, Damon pegou a pulseira das mãos dela e envolveu a fina peça no fino braço dela, fechando o fecho em seguida. Os dedos dele delongaram alguns segundos ali, enquanto eles se ollhavam.

Aquilo parecia tão certo.

Estar ali com Damon. Ganhar um presente dele. Ir à um encontro com ele.

Elena se inclinou para frente devagar, percebendo a tensão no ar e a forma como Damon acompanhou o movimento de perto. Ela selou um beijo na bochecha dele, sentindo o hálito quente e superficial em seu pescoço que saía a boca semi aberta de Damon. "Obrigada." Ela falou contra a pele macia do rosto dele.

Damon ficou imóvel durante todo o ato, mas quando ela fez menção de se afastar, ele levou uma mão até a nuca dela e a segurou no lugar, olhos nos olhos e narizes se tocando. Ele esperou algum tipo de resposta dela, repudiando a ação, mas ela nada fez. Então vagarosamente inclinou seu rosto sutilmente, encaixando seu rosto no dela e a beijou.

Somente alguns segundos foram necessários para marcar aquele momento; um beijo delicado e apaziguador. Eles se separaram e Elena manteve os olhos fechados por alguns segundos. Damon passou uma mão pelo rosto dela e a viu abrir os olhos; ele se encararam por algum tempo, e sem mais o que dizer um ao outro, seguiram ao seu destino.

Damon parecia conhecer intimamente as ruas da cidade enquanto eles a atravessavam; as luzes exuberantes iluminavam os prédios históricos e comércios, atrapalhando a escuridão do céu. Em pouco tempo, eles se encontravam em frente à um salão movimentado, que não parecia um restaurante, como ela esperava.

"É uma festa?" ela falou, enquanto olhava pela janela fechada do carro.

Damon parou o carro para entregar ao manobrista. "É uma festa."

"Parece particular, como vamos conseguir entrar?" ela se sentiu relutante.

Os dois desceram do carro e imediatamente, Damon estava ao lado de Elena, segurando seu braço. "Bem, eu tenho meus contatos." Ele se gabou. "Eu conheço o organizador há 40 anos e a festa é de algumas famílias importantes da Itália."

"Há 40 anos? Ele nunca desconfiou de sua juventude eterna?" Elena perguntou sarcasticamente.

Eles andavam devagar em direção a entrada do recinto. "O Damon que ele conheceu já morreu, e eu, teoricamente, sou o filho daquele Damon, o júnior, se é que me entende." Tentou ele explicar.

"Como é que planejou tudo isso sem eu saber?"

"Eu disse que ia te surpreender com minhas habilidades."

O casal entrou sem problemas e assim que Elena entregou seu sobretudo para ser guardado, eles se dirigiram ao salão principal. Um belo moço uniformizado, que claramente fazia parte da organização do evento os dirigiu para uma mesa ao canto do salão reservada com o nome Salvatore; ele não conseguiu esconder o quanto a beleza de Elena o surpreendeu e quando ele se afastou da mesa, deixado Elena e Damon sozinhos, ela ainda sentia um pouco encabulada com a atenção recebida.

Finalmente, Elena olhou para o salão extenso. Era extremamente belo, assim como tudo naquela cidade parecia ser. Mesas redondas rodeavam um pista de dança, ainda vazia, que ficava de frente à banda que tocava algumas músicas agitadas no momento. Todas as mesas tinham toalhas brancas e belos arranjos de rosas vermelhas descansando em suas superfícies; as luzes era em um tom de açafrão, dando confortabilidade ao ambiente, havia um bar onde servia-se bebidas especializadas e as pessoas pareciam pertecer à uma cena de filme. Todos impecavelmente bem vestidos e com atitudes de realeza.

"Damiano!"

Elena ouviu uma voz desconhecida e se virou para descobrir de quem pertencia tal voz. Era um homem já perto de seus setenta anos, com cabelhos grisalhos, barriga protuberante e com traços de quem já fora muito bonito em sua juventude. Seus olhos verdes combinavam com sua pele clara e seu smoking escuro.

Damon se levantou ao ouvir a voz e foi de encontro ao homem com os braços estendidos para um abraço. "Giulio!" os dois se abraçaram brevemente. "Como está, meu amigo?" Damon perguntou polidamente.

"Bravo!" Giulio deu um tapa amigável no ombro de Damon. "Come stai?" ele devolveu a pergunta na língua que Elena não entendia.

"Muito bem." Damon respondeu de forma que Elena entendesse e a olhou, lançando uma piscadela.

Giulio imediatamente percebeu a presença dela ali e foi cumprimentá-la. "Olà!" ele ofereceu a mão e Elena, que estava sentada, se levantou e estendeu sua mão também. O homem pegou a petit mão da mulher e a envolveu em suas própria, em seguida levando aos lábios e a beijando suavemente. "Sono lieto di fare la vostra conoscenza!"

Elena olhou para Damon, pedindo ajuda, sem saber o que dizer em retorno. Damon, com um sorriso nos lábios, andou até Elena e levou os lábios até o ouvido dela, sussurrando intimamente. "Ele disse que é um prazer conhecê-la."

"O prazer é meu." Elena fez uma pequena reverência e quando o homem soltou sua mão, ela se viu se aproximando ainda mais de Damon sem perceber.

"Americana?" ele perguntou em sotaque carregado.

"Sim."

"Essa é Elena Gilbert, Giulio." Damon a introduziu. "E Elena, esse é Giulio Veduta."

"Oh Elena, espero que a Itália esteja-, hum, fazendo jus às suas espectativas." Giulio desejou.

"Mais do que pode imaginar." Elena falou, olhando para Damon de canto de olho.

O homem mais velho pareceu perceber algo e com um sorriso nos lábios se voltou à Damon. "Eu conheço esse rapaz há 10 anos e conheci o pai dele o dobro desse tempo, então posso lhe assegurar que você está muito bem acompanhada." Ele falou assegurando Elena. "Eu gostaria de ter conhecido você antes, digo, assim que seu pai se foi, mas você estava tão longe, e você sabe que eu não consigo me acostumar com a américa..." ele completou.

Elena estava ouvindo a estória pela primeira vez. Aparentemente, o primeiro Damon conheceu Giulio por 20 anos, depois cortou relações por 10 anos, fingindo sua própria morte e novamente se apresentou para Giulio como o segundo Damon, ou melhor, o filho do primeiro Damon. Elena encontrou uma complexidade fora do normal com a estória e decidiu que contar a verdade era sempre a melhor saída. Mas seriam todos os que aceitariam da forma que ela aceitou?

"Não diga isso, Giulio, você sabe o quanto me ajudou." Damon colocou uma mão no braço do homem, reconfortando-o.

Os dois sorriram em um cumprimento final. "Divirtam-se."

Damon e Elena estavam sozinho novamente, sentados na mesa. "Como consegue mentir desse jeito?" Elena perguntou de uma forma descontraída, mas realmente interessada na resposta.

"Fica mais fácil com o tempo." Damon, pegando uma taça com champgne que havia sido servida enquanto eles estava conversando com o amigo de longa data do vampiro.

"Você mente para mim?" Elena o provocou, pegando uma taça e também bebericando.

Damon olhou para ela com olhos azuis perfeitos e travando o maxilar, respondeu. "Nunca." Sua face relaxou depois de alguns segundos e vendo que Elena não esboçou nenhuma reação, ele continuou. "E isso já me trouxe muitos problemas, como bem sabe." Falou com um tom triste.

Elena encarou sua taça e nem tentou escolher as palavras para responder, porque sabia que não encontraria. A noite estava agradável e o jantar não podia ter sido melhor; Elena nem sabia o que eram alguns dos pratos servidos, mas Damon deu a assistência necessária e explicou exatamente o nome e o que eram os pratos desconhecidos por ela.

Quando um silêncio confortável pairou sobre os dois, a mente de Elena viajou pelo salão. A banda tocava uma música tranquila e as pessoas conversavam com as mãos e sorriam nas mesas que ela tinha visão. Ela estava acostuma com festas de gala, mas aquela era, claramente, de outro nível. O deslumbramento com a beleza da decoração, do lugar e das pessoas, ainda não havia passado.

"Elena," a voz de Damon a trouxe para a mesa novamente. "quer dançar?"

O estômago de Elena revirou com a pergunta, e a indecisão que trazia a culpa passaram por sua mente por alguns segundos, mas somente alguns segundos. "Claro." Ela sentiu seu corpo inteiro arrepiar. Ficava cada vez mais fácil de dizer sim.

Damon se levantou e ofereceu uma mão para Elena; ela aceitou e logo os dois estavam de mãos dadas, atravessando o salão e chamando a atenção de todos que tinham visão deles. Quando chegaram à pista, Elena relutou, puxando Damon levemente com a mão.

"O quê?" Ele a olhou.

"Ninguém está dançando." Ela sussurrou urgentemente.

"Nós estamos..." ele falou.

Damon lançou seu sorriso típico e continuou a levando para a pista vazia. Ele parou no meio, bem em frente à banda e se virou para ela elegantemente. Elena estava sem ação e não conseguia fazer nada, então Damon pegou uma mão dela e colocou em seu pescoço e a outra mão dela se entrelaçou na mão dele. O vampiro a segurou firmemente pela cintura e quando ouviu uma nova música calma tocar, começou a conduzi-la pelo salão.

Elena o olhou com olhos suplicantes. Ela não era uma ótima dançarina, tinha certeza que Damon era muito melhor que ela em qualquer quesito que envolvia dança.

"Confie em mim." Ele sussurrou no ouvido dela.

As palavras tiveram efeito imediato, e como se ela tivesse sido compelida, Elena relaxou nos braços que a seguravam. Damon a conduziu levemente pela pista, chamando a atenção de todos os convidados que estavam ali perto.

Ele a girou com a mão, soltando-a por um momento, mas logo recuperou sua presença com mais vontade do que nunca. Ele podia ver que Elena estava se divertindo com aquele jogo de proximidade. Seus pés se mexiam em sincronia, e enquanto Elena deixava Damon conduzir, eles não despregavam os olhos um do outro. Era como se a cada passo, o salão de esvaziasse mais e mais até estar somente os dois ali.

A música ficou um pouco mais rápida, e eles acompanharam o ritmo de bom grado. Damon levantou as mãos entrelaçadas deles e impulsionou a cintura dela para que ela girasse nas pontas dos pés. Elena obedeceu; girou, uma, duas, três vezes e voltou para os braços dele quando sentiu Damon a puxando de volta. Ela colidiu contra o peito sólido dele e sentiu seu coração parar de bater por alguns segundos quando Damon viajou uma de suas mãos para a nuca dela, enquanto a outra segurava a cintura de Elena firmemente. Então, devagar, mais devagar do que deveria, ele a tombou para trás, deixando-a totalmente vúlnerável.

O rosto de Damon pairava perigosamente sobre o dela, e Elena percebeu que por estarem tão próximos, ela conseguia sentir a respiração desnecessária dele contra seus lábios. Alguns milímetros os separavam de um iminente beijo, então para guardar aquele momento para sempre em sua memória, Elena decidiu fazer o inimaginável. Ela cobriu a distância que separavam seus rostos e o beijou delicadamente nos lábios.

Ele merecia ser beijado pelo menos uma vez, ao invés de ter que sempre ser aquele que rouba o beijo. Elena percebeu que a música chegara à um ponto dolorasamente suave e sabia que estava prestes a acabar, então ela quebrou o contato dos lábios e o olhou.

Damon tinha os olhos ainda fechados e parecia fazer um esforço imenso para segurar seus instintos. Elena levou uma mão até o rosto dele, e quando seus dedos tocaram a pele translúcida, ele abriu os olhos azuis e impecáveis e vagarosamente, trouxe ela para a posição vertical.

Um balbúrdio os circulou e eles olharam para os lados, realizando que todas as pessoas que estavam assistindo à pequena performance agora tomavam a pista de dança para si mesmos. Outra música havia começado, mas Damon e Elena não se moveram. Os dois ficaram ali, se olhando em deslumbramento.

Ele percorreu uma mão sensualmente pelo braço dela e subiu até o ombro, o pescoço e finalmente parou no pequeno rosto. Os dedos dele foram para a nuca de Elena e o braço dele a envolveu parcialmente. "Eu gostaria de saber o que esse beijo significa." Ele sussurrou contra os lábios dela, que estavam tão próximos.

As mãos de Elena estavam pousadas sobre o peito de Damon, e ela não pode evitar a sensação estranha de não sentir um coração bater sob sua palma. "Quando eu descobrir..." Elena sussurrou, encostando sua bochecha na dele. "eu te conto."