Fanfic: The Vampire Diaries - Elena G. & Damon S. | Tema: The Vampire Diaries - Damon & Elena

Capítulo 18: Prometa-me

Apesar de que não estivesse um clima quente, Elena sentia seu corpo arder em calor por estar se mexendo por muito tempo sem parar. Ela avistou sua mesa em meio às outras mesas decoradas, e cansada, andou até a cadeira, sentando-se e exalando o ar relaxadamente.

Damon a acompanhou de perto, e quando ela se acomodou, ele escolheu uma cadeira bem ao lado dela e se sentou também. "Ei, você tem fôlego." Ele mencionou o pique de Elena.

"Oh, eu já fui bem melhor do que agora." Ela pegou uma taça na mesa e bebericou o líquido, lembrando-se da época onde responsabilidade e sensatez não eram palavras existentes em seu vocabulário.

"Eu não conhecia a você de antes, mas fico satisfeito com a você de hoje." Damon a olhou rapidamente e desviou seus olhos para a banda.

Elena sorriu discretamente, procurando alguma coisa para dizer, mas não conseguiu começar a falar.

"Damiano! Elena!" Giulio se aproximava da mesa com os braços abertos e receptivos. "Magnifico! Todos ficaram – deslumbrados com vocês dois dançando… todos olhando!" ele procurou as palavras certas.

Elena se sentiu um pouco encabulada, mas assim que viu Damon se levantando, também se levantou por respeito. "Giulio, não exagere." Damon brincou com o amigo.

"Não, não. É muito verdade!" O italiano contra bateu com vigor.

Elena se espantou em não ver Damon se gabando com Giulio. "Obrigada." Elena respondeu desta vez, com voz carregada em sinceridade.

"Signorina Elena, è così bella!" Ele a pegou pela mão. "Linda." Repetiu para que ela entendesse. "Venham, vocês precisam tirar fotos."

Elena procurou por Damon em um pedido de ajuda; ela não sabia se seria sensato tirar fotos em um evento daqueles, principalmente porque ninguém deveria saber que eles estavam ali, mas assim que viu o rosto dele, calmo e complacente como estava, ela relaxou e aceitou o braço que Giulio a oferecia. Damon colocou as mãos nos bolsos e os seguiu, assistindo às curvas de Elena se mexerem embaixo do tecido tão sensualmente e graciosamente a cada passo, logo à sua frente.

Os três chegaram à um ambiente preparado para fotos, com milhares de arranjos de flores e decoração diferente do resto da festa, algo mais quente e pessoal. Giulio se posicionou no meio e puxou Elena para um lado e Damon para o outro. Antes de perceberem, o fotógrafos já estavam tirando fotos dos três. Eles posaram por alguns segundos, e assim que o anfitrião fez menção de sair do lugar, o casal também o acompanhou, mas logo que Giulio percebeu a movimentação, ele parou nos calcanhares, virando-se para os dois. "Não, não!" Ele levantou as mãos. "É a vez de vocês dois agora." Explicou com o sotaque pesado.

"Não, não prec-" ela começou a protestar.

"Signorina Elena, eu insisto." Ele a olhou com olhos carinhosos e insistentes.

Elena se entregou. "Tudo bem."

Os dois voltaram para o meio do cenário e sentiram a estranheza do pensamento de ficarem lado a lado, ou melhor, abraçados para pousarem para uma foto, que provavelmente os rotulariam como amantes. Antes de ter que tomar a decisão por si mesma sobre o que fazer, Damon passou um braço na cintura de Elena, trazendo-a para seu peito. ela se surpreendeu com o movimento e por reflexo, pousou uma mão sobre o peito dele, sentindo a respiração dele contra seus dedos.

Elena olhou para cima, encarando o rosto dele, e Damon olhou para baixo, esforçando-se para não fazer nada além de olhar. Elena separou os lábios para dizer algo e Damon saboreou os milésimos de segundos de silêncio que somente os dois dividiram e sabiam o que significava. "Eu...-" as palavras fugiram, mas ainda a olhava atentamente. "Obrigada por hoje." Ela finalmente falou, sem ter certeza se era aquilo que realmente queria dizer.

Damon sorriu, entendendo exatamente o que as palavras dela queriam dizer e aproximou seu rosto do dela, beijando-a na bochecha. "Sempre que quiser." Ele sussurrou contra o rosto de Elena.

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"Você parece bem melhor, Stefan." Colin Wentworth assistia ao amigo sentado de frente para ele na poltrona de sua casa. "Não acha sensato dar notícias?"

"Ainda não." Stefan respondeu, mirando as próprias mãos.

Colin sabia que Stefan ainda estava inseguro de si, mas há dois dias que ele estava treinando o controle. Sim, ele chegou ali devastado e transtornado, com a culpa por ter matado duas pessoas durante a viagem. Colin foi a pessoa quem apresentou a dieta vegetariana à Stefan anos atrás, mas ele nunca a cogitou como algo permanente; ele somente pensou nesse tipo de dieta como uma forma de último recurso. Se o vampiro em mãos estivesse passando por momentos de escassez ou algum teste à sobrevivência seria uma boa forma para se manter vivo. Mas vendo a seriedade que Stefan levou nas palavras, Colin se alarmou.

"Stefan, encontre-se... você não precisa matar para se alimentar..." as palavras ecoavam na cabeça de Stefan.

"Por que ainda não?" Colin voltou a conversa inicial, tentando esquecer os últimos dias.

Stefan relaxou as costas na poltrona e olhou para o amigo à sua frente. "Não sei se devo voltar ainda."

"Stefan, você não parou de tomar sangue humano, você somente controlou suas urgências." Colin motivou.

"Eu não sei se estou completamente controlado." Ele balançou a cabeça em desapontamento. "Eu ainda não fiquei perto de humanos..."

Colin não argumentou quanto àquilo. Era verdade, de fato, Stefan não entrou em sociedade depois de sua suposta reeducação alimentar. "Então você acha que não vai se controlar quando ver um pescoço em potencial para virar comida em sua frente?"

Stefan sorriu timidamente. "Exatamente."

Colin suspirou em cansaço e preocupação. "Eu sabia que quando eu falei para você sobre a dieta vegetariana eu estava cometendo um erro."

"Não, não é sua culpa." Stefan falou calmamente.

"Eu sei que não é minha culpa, mas mesmo assim eu forneci a informação." Falou Colin. "A culpa mesmo é sua, que fica tentando corrigir seus erros de formas erradas."

"Agradeço a sinceridade." Stefan comentou tristemente.

"Stefan," ele falou com a voz um pouco mais alta, trazendo a atenção do outro vampiro inteiramente para ele. "eu não estou dando outra opção para você, entende? Você vai continuar com a dieta de sangue humano até você conseguir beber sem seus olhos injetarem! Até que isso se torne algo corriqueiro na sua vida e não um dilema. Eu não vou deixar você desistir."

Stefan suspirou. "Eu não mereço um amigo como você."

"Provavelmente não mesmo." Colin se levantou de sua poltrona e foi em direção ao corredor, que ligava a sala de estar até o hall de entrada. "Mas fazer o quê? Eu gosto mais dos perdedores."

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Elena acordou e preguisoçamente apalpou o lençol ao seu lado para descobrir que estava sozinha na espaçosa cama. Ela abriu os olhos para averiguar o quarto semi iluminado e viu que estava também sozinha no quarto. "Damon?"

Nenhuma resposta.

Ela fechou os olhos novamente e voltou à noite anterior. Foi tudo um espetáculo e ela nunca esqueceria. Elena aproveitou tudo que foi oferecido com prazer e sem culpa e agora que tudo acabou, ele se via sentindo falta. Ela não esperava nada daquilo, mas Damon a surpreendeu; ele fazia isso com muita frequência.

Os planos do dia repassaram pela mente de Elena e ela se lembrou de Stefan. Parecia fazer tanto tempo desde a última vez que ela se lembrara dele. Seu desejo mais profundo era de que ele estivesse bem e à salvo. Ela olhou para trás e lembrou-se de tudo que moveu para estar onde estava agora e decidiu de que não se arrependia de nada.

A porta do quarto abriu, revelando Damon e um empregado do hotel. O homem uniformizado com um carrinho de rodas e o vampiro entraram no quarto; Damon agradeceu o homem e olhou para Elena, ainda deitada na cama, olhando para ele.

"Já está acordada?" Ele falou surpreso.

"Não totalmente." Ela resmungou.

Damon sorriu e foi até o cooler coletar um dos últimos sacos de sangue; em um copo ele despejou o conteúdo e bebeu com satisfação. Olhando para o lado, ele viu o vestido de Elena jogado em uma das poltronas. A imagem dos dois dançando nunca deixaria sua mente, ele teve certeza; a Elena que ela se tornava quando estava junto à ele era algo que ele nunca imaginaria possível.

Damon sabia que a cada dia que passava, ele estava mais próximo de encontrar Stefan e mais perto de perder Elena. Então por que ele fazia isso? Claro, porque ele se importava com ela. Se importava tanto a ponto de sacrificar seus próprios desejos pelos dela. Ela teria Stefan de volta, ele tinha certeza disso, independente de quão abalado Stefan estivesse, e sim, ela voltaria para Mystic Falls para ter um final feliz; e o que sobrava para ele? O óbvio, a rejeição e o fundo do poço mais uma vez. Ele tinha que começar a se acostumar com aquilo.

"Seu café da manhã está te esperando, Elena." Damon apontou para o carrinho ao lado da cama.

Elena levantou ambas sobrancelhas e se arrastou até o carrinho, pegando uma xícara de café. Damon assistiu à exibição despercebida do corpo de Elena; suas pernas longas e esguias, sua cintura fina, seu quadril protuberante, seus seios curvelínios. Tudo aquilo coberto por um pequeno short e top que ela chamava de pijama. Damon se congratulou por ter conseguido se controlar na mesma cama que ela todos esses dias.

"Hmm, eu precisava disso." Elena tinha um pretzel em uma mão e outra xícara de café na outra.

Damon desviou o olhar e se voltou para o cooler. Talvez mais um pouco de sangue não faria mal à ninguém. Ele pegou outro saco e despejou no mesmo copo e bebeu em poucos segundos. Sem voltar seus olhos para Elena, Damon se voltou para as roupas joagadas pelo quarto. Já que eles iam deixar o quarto em poucas horas, ele decidiu arrumar suas malas.

"O que está fazendo?" Elena falou, engolindo o café da sua boa.

"As malas." Damon pegou o terno que usou na noite passada e o dobrou desapegadamente. "Eu já fiz o check out e temos até o meio dia para sairmos daqui." As maioria das roupas usadas foram empaçocadas dentro de uma das mochilas, aquela onde estava o sangue e as roupas ainda limpas, permaneceram dobradas e intocadas na outra mochila.

"Oh." Elena murmurou, olhando para o nada. Ela se levantou da cama e pousou a xícara vazia encima da mesinha de rodas e antes de ir para o banheiro para saciar suas necessidadades matinais, ela coletou alguns bagos de uva, que pousavam ao lado das baguetes.

Assim que a porta do banheiro de fechou, Damon desmoronou em uma das poltronas. "O que eu estou fazendo?" ele falou baixinho para si mesmo. "Eu não posso me envolver." Ele passou uma mão pelos cabelos e suspirou demoradamente. "Isso é estupidez."

Ele recordou da noite passada, precisamente na hora que eles chegaram ao hotel; como todos que passavam por eles olhavam uma segunda vez, a forma que todos os homens cobiçavam Elena e todas as mulheres cobiçavam ele era quase irônico, já que ele só tinha olhos para uma pessoa, Elena, e Elena também só tinha olhos para uma pessoa, Stefan.

Quando Elena estendeu seu braço para que ele tirasse o bracelete que ele a presenteou, Damon se sentiu dentro de um filme de época, onde marido e mulher se arrumavam para ir dormir e o homem ajudava sua amada a retirar suas jóias. Ele sorriu com o pensamento, mas guardou para si. Depois de retirados os acessórios, Elena foi até o banheiro se despir, e ele não soube se foi por descuido dela e ou falta de modéstia, mas ela deixou a porta aberta por uma fresta suficientemente grande para ele ver tudo que precisava e queria ver.

Passado o pequeno show, Damon descobriu que dormir ao lado da mulher que ele acabara de ver nua e ter a obrigação de se comportar não era uma das coisas mais fáceis que ele fez em sua não vida. Damon ouviu a porta do banheiro se abrir e Elena sair de lá em seus fiés jeans, camiseta preta e botas de couro preto. Damon sentiu os olhos dela pousarem sobre ele, mas fez questão de ignorar, enquanto olhava para a televisão desligada.

Elena pegou suas roupas e as dobrou, colocando-as cuidadosamente dentro de sua mala de viagem. Quinze minutos depois, o quarto estavas somente com as coisas que pertenciam ao hotel, o restante das coisas haviam sido coletadas e guardadas, salvo pelos dois últimos sacos de sangue que ainda repousavam no cooler.

Elena andou até a cama e se sentou, sem saber o que fazer. Ela olhou para Damon e sem obter um retorno de olhares, ela decidiu se pronunciar. "E agora? Nós vamos para Florença?" ela falou baixo.

Damon demorou para começar a dar uma resposta, mas quando começou, ele a olhou. "Sim, nós vamos para Florença." Ele confirmou seriamente.

Elena suspirou em desapontamento, sim, ela sabia que Damon estava estranho por alguma razão, e ela se sentia culpada, mesmo sabendo que não havia feito nada. "Damon? O que há de errado com você?"

"Nada." Ele se levantou e coletou suas duas mochilas do chão, colocando-as encima da cama, bem ao lado de Elena.

Quando ele fez menção de se afastar novamente, Elena segurou o braço dele, levantando-se também. "Não minta."

Damon cedeu ao toque e não tentou se afastar. Assim que Elena sentiu que ele não sairia dali, ela o soltou e o assistiu ficar de frente para ela. Sim, ele poderia mentir, dizer que estava cansado, mas ele não faria isso. O motivo por que não, talvez ele nunca descobriria. "Eu não posso te dizer, mas..." ele suspirou. "mas mesmo assim, eu acho que você já desconfia de alguma razão."

Elena engoliu em seco, esperando que ele continuasse, mas olhando para os olhos azuis puríssimos dele a fez concluir que ele não diria mais nada. "Eu não- não tenho certeza..."

Um sorriso triste passou pelo rosto dele. "Tente adivinhar."

Elena desviou o olhar por alguns segundos, mas logo o olhou novamente. "É sobre Stefan?"

Damon enrrugou o cenho e fingiu dúvida. "Eu diria que é sobre mim e você, mas já que você quer colocar Stefan no meio, fique a vontade."

"Damon..."

"Elena..." Damon a imitou.

"Estou falando sério, Damon." Ela esfregou um olho.

"Eu também." Ele respondeu, se aproximando o suficiente para sentir o calor de Elena contra seu corpo. "E eu preciso que você me responda algo. É muito importante que seja sincera."

Elena se sentia contra a parede, mas tentou relaxar sob a presença dele. "Eu posso tentar..."

"Não, me prometa."

Elena hesitou por alguns segundos, mas no final, concordou. "Eu prometo."

Damon levou sua mão até a dela e entrelaçou seus dedos nos dela. "O que sente por mim?"

Elena sentiu sua respiração acelerar e seus olhos se fecharam momentaneamente. "Eu não sei."

"Sim, você sabe." Ele falou calmamente e se aproximou mais um pouco. "Pense, pense em tudo que sente quando está junto comigo que saberá."

O que e ela sentia quando estava junto com Damon? Bom, isso não ajudaria a afunilar seus sentimentos. Quando junto com Damon ela sentia felicidade, leveza, liberdade, um imenso senso de irresponsabilidade, paixão pela vida, medo, dor de quando ele a machucava. "Eu não sei." Ela insistiu.

Damon piscou demoradamente, e quando abriu os olhos acompanhado de um suspiro, ele continuou. "Por que me beijou ontem?"

"Por que me deu vontade." Ela respondeu sinceramente.

Damon sorriu minimamente. "Você sempre faz o que tem vontade quando está comigo?"

"Acho que sim – sim."

"Isso te faz sentir bem?"

Ela sabia onde ele queria chegar agora; Damon estava levando Elena à resposta da primeira pergunta. "Muito."

"Você gosta de me ouvir falar o quanto você é linda?" ele continuou.

Elena sentiu seus olhos arderem com as lágrimas que se formavam. "Sim." Ela sussurrou.

"Você gosta do jeito que eu faço você esquecer dos seus problemas?"

Elena balançou a cabeça positivamente, sem condições para responder em palavras.

"Você gosta do jeito que eu tento, constantemente, te seduzir? Isso faz você se sentir como uma mulher?" Damon ainda tinha a mão dela na sua, e a cada segundo, os dedos dela seguravam com mais firmeza os dele.

"Sim."

"Você gosta do jeito que eu te toco?" A mão livre dele percorreu todo o braço dela, desde o ombro até a mão, e pousou delicadamente no quadril de Elena.

Elena abriu os olhos e deixou as lágrimas escorrerem livremente pelo seu rosto. "Damon..." ela estava prestes a implorar para que ele parasse.

"O que sente por mim, Elena?" ele pressionou.

"EU NÃO SEI!" Ela falou em soluços e com a voz algumas oitavas mais alta. "Eu não quero machucar você."

Damon se afastou alguns passos e quebrou completamente o toque. "Você acabou de machucar."