Fanfic: The Vampire Diaries - Elena G. & Damon S. | Tema: The Vampire Diaries - Damon & Elena

Capítulo 19: Nada

"Mas que diabos, Colin?"

Stefan correu com sua velocidade sobre humana para o outro lado da sala; logo ali em sua frente, estavam Colin, seu amigo, com um sorriso na cara e duas mulheres, que Stefan julgava serem humanas pelo estado de entorpecência, uma em cada braço. "Relaxe." Colin as direcionou para o sofá ao seu lado. "Elas estão compelidas."

"O que está fazendo?" Stefan sentiu a ardência em sua garganta aparecer.

"Estou tentando ajudar você." Colin andou alguns passos na direção do vampiro acuado.

"Trazer duas humanas para a mesma sala que eu estou não é ajudar." O Salvatore apontou para as mulheres sentadas de forma comportada no sofá.

"Oh, acredite, é ajudar sim." Colin andou até Stefan e quando ficou frente a frente com ele, colocou uma mão no ombro dele para ter certeza de que não iria a lugar algum. "Stefan, eu sei que não quer voltar para casa porque sua namoradinha é uma humana e porque você tem medo de machucá-la. Bem, aqui está sua prova de fogo."

"Você perdeu a cabeça? Quer que eu faça o que com essa mulheres?" Stefan temeu a resposta.

"Eu quero que se alimente delas." Colin falou calmamente.

"O quê?"

"Não matá-las, só se alimentar delas." Ele repetiu. "Teste sua resistência."

"E se eu não conseguir-"

"Se perder o controle," Colin o cortou. "a morte delas estará em suas mãos."

Obviamente que Colin nunca deixaria Stefan machucá-las a ponto de levá-las a morte. Ele era muito mais forte que Stefan e impedí-lo de fazer qualquer coisa era mais fácil que o Salvatore mais novo imaginava. "Eu não sei se..."

"Georgina." Colin o cortou novamente, chamando uma das mulheres. Ela era ruiva, pele branca manchada por sardas, corpo esguio e escultural. "Turistas, minhas preferidas." Ele comentou, desnecessariamente.

Stefan desviou os olhos assim que viu a beldade se aproximar. A mão que pousava em seu ombro o trouxe para a cena que estava acontecendo. Colin segurava a moça pelo braço e Stefan pode ver que os olhos dela estavam vagos por conta da compulsão, e assim que ele achou que o amigo a entregaria tão facilmente, Colin a olhou nos olhos e recitou. "Você não mais está sobre meus comandos, lembre-se de tudo que aconteceu até você chegar aqui, sinta seu medo." Ele a compeliu.

Stefan assistiu à garota ganhar cor, e ouviu a respiração dela ficar mais rápido. "Ela é toda sua." Colin se afastou alguns passos.

Georgina olhou para Stefan com olhos suplicantes, ela parecia saber o que ele era. "Não me machuque." Ela murmurou, quando lágrimas começaram a se formar.

Quando ela deu um passo para trás e depois mais um, Stefan sentiu seu instinto caçador tomar seu corpo. O medo que ela exalava e a provável tentativa de fuga que ela estava planejando naquele momento tornaria aquela experiência um tanto quanto prazeroza, Stefan sorriu mentalmente.

"Pense no alimento, não na presa, Stefan." O Salvatore mais novo foi arrancado de seus pensamentos.

Claro. O alimento.

Ele precisava se alimentar; a caça era desnecessária. Quantas vezes ele teria que dizer isso à ele mesmo? Mas o medo dela era tão instigante, como se ela pedisse para que ele brincasse com a comida.

"E se ela fosse Elena, Stefan?"

Mais uma vez, seus pensamentos foram cortados, e dessa vez ele olhou para o amigo por alguns segundos. Tudo que Stefan viu ali foram olhos que acreditavam nele, acreditavam que ele não estava perdido. E se ela fosse Elena?

Stefan andou os passos que separavam ele e Georgina e a segurou pelos braços, olhando profundamente naqueles olhos cor de mel. "Não tenha medo." Ele sussurrou, compelindo-a. "Não corra. Não lute."

Colin assistiu à cena com certa perplexidade. Aquilo foi mais fácil que ele imaginava. O amigo tomou mais alguns passos de distância até alcançar o sofá onde se encontrava a outra mulher.

Stefan estava começando a sentir suas presas crescerem sob sua gengiva, mas lutava contra a vontade de se entregar com toda sua força. O rosto delicado de Georgina ganhou um tom rosado que não estava lá; ele conseguia ouvir o coração dela bater cada vez mais rápido e o cheiro doce que ela liberava penetrava suas narinas como uma droga. Stefan estava quase sentindo dor de tanta vontade e fome, mas quando ele fez menção de mordê-la por definitivo, a voz de Colin o impediu.

"Stefan!" O vampiro que estava prestes a se alimentar olhou para cima para ver seu amigo sentado no sofá. "Dê prazer à ela. Georgina não precisa sofrer, você sabe disse. Converse com ela, seduza-a, beije-a."

Stefan absorveu as palavras e antes de ir para o ataque, ele olhou, por inteiro, a mulher à sua frente. A posição dela revelava que todas suas defesas estavam quebradas, os lábios separados mostravam que ela queria ser beijada, as pupilas dilatadas diziam que ela queria ser seduzida. O vampiro levou uma mão até o pequeno rosto da moça e cuidadosamente, trouxe os lábios dela até o seu.

Ele a beijou profundamente e demoradamente, mas sem nenhum significado maior. Stefan dançou as mãos pela cintura dela e puxou o corpo esbelto de Georgina o mais próximo que conseguiu do seu. Ela soltou um som prazerozo pela garganta e isso fez com que Stefan a desejasse ainda mais. Ele trilhou beijos pelo pescoço e ombro dela, enquanto uma de suas mãos subia até os seios protuberantes da mulher. Georgina estava sendo apresentada ao verdadeiro prazer, Stefan decidiu. Depois de trabalhar o tronco dela, Stefan levou as mãos até as coxas dela e com um pequeno impulso, fez com que ela o abraçasse com as pernas. Stefan a colocou contra a parede para apoio e mais uma vez capturou seus lábios desejosos.

Quando os ferormônios tomavam a sala, Stefan fez a decisão. Ele sentiu seus olhos injetarem, suas presas aparecerem e seus sentidos se aguçarem mais ainda. Ele cedou. As presas perfuraram o pescoço delicado de Georgina e por alguns segundos ele sentiu a dor que ela sentiu, mas esses segundos passados, Stefan fez questão de que tudo que ela sentisse dali para frente fosse prazer.

"Então nós não estamos nos falando mais?" A voz de Elena quebrou o silêncio que tomava o carro. Eles finalmente estavam na estrada com destino à Florença; eram quatro horas de viagem e a primeira hora se passou arrastando para Elena pela falta de comunicação. Ela não sabia se aguentaria mais três horas com aquela falta de palavras.

"Sobre o que quer conversar?" Damon tentou soar conversional, mas a nova barreira que ele criou era palpável.

Elena virou seu rosto para encará-lo, mas ele estava impassível em sua posição de motorista. "Eu quero continuar a conversa que começamos no hotel."

"Não há nada o que continuar..."

"Damon, eu disse que não sabia o que sentia, não que não sentia nada!" Elena o cortou, entrando de cabeça no assunto sem querer saber se ele estava no humor para aquilo ou não.

Damon continuou em silêncio, pegando-se na curiosidade do que ela tinha a falar.

Então ela continuou. "Eu não posso dizer nada sem ter certeza." Ela suspirou. "Eu vi como você ficou quando eu falei que achava que...-bem você sabe..." ela fez menção à noite em que quase dissera à Damon que o amava. "Com você, eu preciso ter certeza." Ela terminou a explicação.

Damon se sentiu um pouco estúpido pela forma que tratou Elena dentro do quarto do hotel. Ele foi rude em pressioná-la a recitar seus sentimentos, quando nem ela própria sabia o que sentia. Naquele momento, ele queria que Elena não tivesse que ter certeza do que sentia e somente dissesse aquelas palavras que ele há tanto tempo esperava ouvir. Mas no fundo, ela tinha razão. Era melhor ter certeza.

Era melhor mesmo?

"Desculpe-me por-"

"Não, não se desculpe. Você não fez nada errado." Elena o confortou.

O silêncio tomou conta do carro de novo e Elena aproveitou o tempo para tentar descobrir exatamente o que Damon sentia. Apesar de ele ter acabado de concordar com tudo que ela disse, Elena tinha certeza que ele não estava contente com tudo. Ela estava batalhando com os sentimentos e sabia que muito em breve teria que fazer a decisão, sim, a decisão que machucaria alguém.

Stefan a machucou, sim, mas o amor que ela sentia por ele era algo de outra vida, tão forte que ela não conseguia explicar. Sim, ele mentiu para ela, mas Elena o perdoaria sem precisar pensar duas vezes. E Damon, ela se sentia segura com ele; Damon era seu porto seguro, alguém que estaria esperando por ela sempre quando precisasse.

Não havia formas de como comparar os dois irmãos, pois eles eram polos opostos e ela, sem querer era neutra à tudo aquilo; Elena era aquela que ficava entre os dois, que era tocada pelos dois.

As horas passaram devagar, mas Elena aproveitou o tempo para observar a paisagem que a janela do carro oferecia. O sol estava culminando no céu sem nuvens e a brisa fresca batia em seu rosto pelo vidro aberto. Eles passaram por todos os cenários possíves, desde vilarejos com chão batido até vales e colinas gigantescos que os olhos não conseguiam acompanhar. Quando a estrada tomou mais forma de uma rodovia urbanizada, Elena prestou atenção nas placas atentamente.

O nome Florença aparecia cada vez mais com frequência e quando ela viu uma placa de que a cidade estava ficando para trás, Elena se alarmou. "Damon, você perdeu a última entrada."

"Tsc, é, eu sei." Ele não pareceu preocupado.

"Então encontre um retorno." Ela o encarou.

"Elena, eu sei para onde estou indo, não se preocupe." Damon sorriu minimamente.

Ela não discutiu mais e prestou atenção minuciosamente no caminho que estavam fazendo. Eles andaram mais alguns quilômetros na rodovia movimentada e sem avisar, Damon diminuiu a velocidade e pegou um desvio não pavimentado. Não havia placas, nem avisos, nem sinalização, então ela duvidava que aquilo podia ser encontrado no GPS. A estrada tinha curvas inesperadas e o chão de terra deixava um poeirão para trás do carro. Elena percebeu que eles começaram a fazer uma subida; quando ela olhou para o lado, tudo que viu além de algumas poucas árvores era um grande penhasco com uma exuberante vista de campos recortados. Eles subiam cada vez mais e Elena começou a sentir a escassez de oxigênio e a temperatura baixar; ela fechou o vidro do carro e tentou ficar quieta em seu banco. Quando a subida ficou menos íngrime, ela viu a quantidade de árvores aumentar e bloquear a vista que tanto a entretia.

O caminho foi se estreitando cada vez mais e quando a subida acabou, ela se viu de frente à um campo aberto que se destacava pelo caminho que o cortava. Damon continuou seguindo o caminho e depois de alguns metros, Elena pode ver o que eles estavam procurando. A casa.

A enorme casa, correção. Era inimaginavelmente grande, talvez três andares, alguns 70 metros de comprimento, inteira pintada de branca, salvo pela porta, que era azul; incontáveis janelas, uma fonte – sem água – na frente e um jardim descuidado marcando a entrada.

Damon estacionou o carro perto da entrada e os dois desceram do carro. Elena boquiaberta, sem saber para onde olhar. "Uau."

"Bem vinda à minha casa."

"Uau." Elena repetiu.

"Espere até ver por dentro." Damon falou com desapego, enquanto andava para a porta de entrada

A porta estava destrancada e quando ele abriu e deu passagem à Elena que olhava perdidamente para tudo, ela ficou mais perplexa ainda.

A sala de entrada, que ela não sabia se era uma sala de estar ou um hall de entrada ou os dois juntos era provavelmente equivalente ao tamanho de toda sua casa. Todos os móveis estavam cobertos com panos brancos, mas a beleza daquele lugar não podia ser escondida por nada. As paredes eram de um bege confortável aos olhos e os quadros, abajures, e lustres embelezavam ainda mais o ambiente. O chão era de tacos de madeira extremamente claros com um tom acinzentado, um piso que Elena nunca vira em sua vida.

"É linda..."

"É um mausoléu..." Damon rebateu de imediato.

Ele cortou o cômodo e se dirigiu às escadas inteiramente feita em algum tipo de mármore ou granito, Elena não conseguiu distinguir. Ela decidiu não responder ao comentário de Damon e o seguiu de perto. "Onde estamos indo?" eles andaram por infinitos corredores de portas brancas e chão empoeirado.

Damon parou em frente à uma porta e levou à mão até a maçaneta elegante. "Ao quarto de Stefan."

O estômago de Elena se revirou quando ela ouviu as palavras. A porta se abriu e os dois adentraram. Alguns dos móveis estavam sem os panos brancos e finalmente Elena conseguiu vizualizar a visão de Bonnie. As paredes brancas, os lençóis brancos, o quadro do moinho de água na parede. Ela andou até uma escrivaninha que estava descoberta e passou um dedo, vendo que não estava empoeirado.

"Ele esteve por aqui." A voz de Damon ecoou.

Elena se virou para ele. "Como sabe?"

"O cheiro, os móveis descobertos, as pegadas no corredor."

Pegadas? Elena não prestou atenção naquilo. "Você acha que ele pode ainda estar aqui?"

"Não, Elena." Damon a olhou nos olhos, vendo a dor que ela sentia. "Ele não está mais aqui."

Ela já havia cogitado a possibilidade de não encontrar Stefan ali, afinal, a visão de Bonnie já fazia aproximadamente 5 ou 6 dias, ela já perdera a conta. Elena estava tão cansada de viajar, ir atrás, procurar e não ter nada de resposta. Ela estava frustrada por terem chegado à um beco sem saída.

"Nós deveríamos ligar para Colin." Damon falou.

Elena o olhou demoradamente. "Não." Ela passou por ele, chegando até a porta do quarto. "Vamos só – hm, - fazer nada, por enquanto."

N.A.: Como eu avisei, o capítulo ia ser curtinho, e também como eu prometi, a próxima att vai ser antecipada, só não decidi quando ainda.