Fanfic: The Vampire Diaries - Elena G. & Damon S. | Tema: The Vampire Diaries - Damon & Elena
Capítulo 21: Amados e Amigos
"Elena," Damon se afastou um passo. "eu não quero."
"Oh," Elena levantou as sobrencelhas e cruzou os braços em sua frente. "você não quer?" Ela perguntou retóricamente, sabendo que as vontades de um vampiro não dependiam de querer ou poder, mas sim, do momento adequado. Elaandou um passo para frente. "Eu tenho certeza que quer."
"Eu não preciso- eu quis dizer, eu ainda tenho algumas bolsas de sangue." ele explicou.
"Eu sei que nunca consersamos sobre isso, mas nós já fizemos isso uma vez," ela lembrou-se da primeira vez que sentiu os dentes dele cravarem em seu pescoço. "então qual é o problema de fazermos uma segunda vez?" Ela perguntou na procura de uma resposta sincera.
"O problema é que eu quase te matei!" Damon deu um passo para frente, ficando perto dela e antes que percebesse, já havia falado palavras de repressão. Assim que notou a precipitação de sua própria voz, ele se acalmou e explicou melhor. "E agora,-tudo, tudo está diferente." Ele a amava com todo seu coração agora. Sem interferências.
Elena se chocou um pouco com o contraste da alteração da voz dele e em seguida a suavidade. "Você não vai me machucar." Essa era algumas das poucas certezas de que Elena tinha na vida, a de que Damon não a mataria.
"Você confia demais, esse é o seu problema. Não confie demais!"
"Eu confio porque você deixa." Elena repondeu com a voz controlada. Ela sentia a paixão nos olhos dele e a vontade que transcendia seu próprio corpo. "Eu não te beijei quando você pediu, mas agora, eu vou beijar você..." ela se aproximou devagar, na tentiva de provar algo que nem mesmo ela sabia o que significava.
Quando Damon entendeu o que ela estava prestes a fazer, ele segurou os ombros de Elena e a impediu de se mover. "Pare. O que está fazendo?" ele perguntou docemente.
"Eu vou te beijar, como você me pediu mais cedo." Elena estava perdida em seu desejo e obrigação.
"Não, eu não quero que me beije." Ele falou seriamente, não reconhecendo a pessoa em sua frente.
"Então o que você quer?" A voz dela estava algumas oitavas acima do normal, ela não sabia mais o que fazer para agradá-lo e para não perdê-lo.
"Eu quero que você seja você. Não quero que me beije porque se sente na obrigação, eu quero que você sinta vontade de fazê-lo. Quero que seja sincera, da mesma forma que você negou me beijar porque achava que seria errado da sua parte. Quero que me diga a verdade, mesmo que me machuque." Ele soltou os ombros de Elena, mas continuou ali, parado em frente à ela.
Elena sentiu vergonha pelas suas ações e cobriu o rosto com as mãos, sentindo seus olhos arderem em lágrimas. "Desculpe-me, é que eu sinto que nunca dou nada em retorno." Ela sussurrou contra os próprios dedos.
Damon rapidamente a puxou para um abraço, e Elena como de costume colocou seu rosto contra o pescoço dele, o espaço que ela havia clamado para si há algum tempo. As lágrimas cessaram rapidamente e ela sentiu os lábios de Damon contra seu cabelo. "Eu sou um idiota." Ele falou com uma voz abafada. "Você está sentindo na obrigação de fazer isso, porque eu estou cobrando respostas de você." Ele tomou a culpa.
"Mas você não está errado em cobrar respostas." Elena finalmente se afastou da pele e do cheiro seguro dele para olhá-lo. "Isso não é um jogo. O que sentimos tem que ser levado a sério."
Damon lutou contra a vontade de perguntar o que ela sentia. Por que ele não conseguia se controlar? Por que ele não conseguia para de olhar para ela? Será que os sentimentos deles finalmente se igualaram? Ele queria dizer que sim, mas ainda era muito cedo para ter certeza, e talvez, ele não descobriria tão cedo. Sim, esse último beijo significou mais que os outros, mas ainda assim, não era o suficiente.
Damon sentiu certa realização tomar conta de seu corpo, enquanto segurava Elena num abraço. Dentre as perguntas que Elena fez antes de eles se entregarem aos beijos, ela quis saber porque ele veio para essa casa, quando a mais importante das perguntas foi uma que não foi feita, e era porque ele deixou essa casa e foi para Mystic Falls. Até alguns segundos atrás, ele também não sabia, mas agora, ele tinha certeza que a razão estava ali, segura em seus braços.
Um dia ele acordou, e algo que ele não conseguiu explicar, fez com que ele tivesse vontade de ir até a cidade que ele morou desde sua infância até sua morte, Mystic Falls. Ele não sabia que Stefan estava lá, até chegar lá, então atormentar o irmão não era seu objetivo principal. Talvez a esperança de recuperar Katherine fosse uma das razões, mas agora ele tinha completa certeza. A principal razão a qual ele saiu de sua casa e foi para Mystic Falls, foi para conhecer Elena.
Era tão óbvio, e mesmo assim levou tanto tempo para descobrir, Damon pensou consigo mesmo. Elena agora estava calma em seus braços e antes de ele a soltar, Damon correu uma mão pelo braço dela, um gesto que ele sabia que ela gostava.
Ela sorriu minimamente quando sentiu os dedos de Damon correrem seu braço abaixo e o olhou nos olhos.
"Fique aqui, eu voltrarei antes de você perceber." Ele falou baixo contra a bochecha dela. Damon começou a se afastar ainda segurando a mão de Elena, e quando a distância não mais permitiu o toque, ele a soltou e desapareceu pela porta.
Com velocidade vampiresca, Damon chegou até o cômodo da cozinha e pegou a penúltima bolsa de sangue do refrigerador. O conteúdo vermelho foi para um copo e em poucos segundos, todo o sangue já estava no sistema do vampiro. Damon pensou em tomar a última bolsa, mas se conteve, pois não sabia quanto tempo teria que ficar ali ainda. Com isso em mente, ele pousou o copo já vazio encima da bancada logo à sua frente e e sacou seu celular; correndo pela lista de contatos, ele procurou um nome conhecido e recentemente chamado.
"Stefan," Colin tinha seu celular, que tocava no momento, levantado no ar, enquanto olhava para Stefan sentado relaxadamente em um dos sofás da sala de estar. "Damon está ligando."
"O quê?" A reação do vampiro foi imediata. Ele se sentou ereto encarou o celular que ainda ecoava desesperadamente na mão do amigo.
"Damon," Colin repetiu. "seu irmão. Ligando." Ele levantou as sobrancelhas. "Devo atendê-lo?"
Stefan não encontrou palavras, somente balançou a cabeça positivamente, sem pensar em consequências.
"Olá, Damon." Colin falou secamente.
Oh, Colin. Vejo que está contente de falar comigo de novo.
"Diga o que quer. Eu tenho coisas melhores para fazer."
Como o quê?
"Damon..." ele avisou.
Ok, ok. Colin, deixe-me falar com Stefan, eu sei que ele está aí.
"Como, no mundo, você saberia que ele está aqui?" ele perguntou, mas antes de conseguir ouvir uma resposta espertinha de Damon, Stefan se aproximou, estendendo a mão, pedindo o celular. Impotente, colin entregou o aparelho na mão do Salvatore mais novo.
Devagar, o aparelho foi para o ouvido de Stefan e ele começou o diálogo. "Damon..." sua voz era neutra, e ele não sabia o que dizer ao irmão.
Stefan, mas que diabos! Eu pensei que era mais esperto irmãozinho. Realmente? Você acha que virar as costas para seus problemas é o melhor jeito de resolvê-los?
Damon não sabia que um sermão seria a primeira coisa que falaria à Stefan assim que eles tivessem a chance de conversar. "Damon, não comece. Eu não preciso ouvir sobre meus erros, eu sei quais eles são. Por que está ligando?"
Primeiro, para xingar você e segundo, para dizer que você deixou uma namorada para trás.
"Elena..." Stefan sentiu uma agulhada em seu peito. "como ela está?"
Muito chateada e preocupada.
"Diga à ela para não ficar. Eu estou bem."
Bem, agora que eu descobri isso, eu posso falar. Algo que você poderia pelo menos ter ligado para avisar, afinal, ela é sua amada.
O Salvatore mais velho ainda estava passando o sermão. "Damon, chega." Stefan estava calmo e sem cabeça para entrar em uma discussão mais fervorosa. "Diga à ela que eu estou voltando para casa."
Oh não, não está!
"Por que não?"
Porque Elena não está em Mystic Falls, ela e eu estamos em Florença, mais precisamente no mausóleu que foi nossa casa.
"O quê?"
Exatamente.
"Que diabos vocês estão fazendo aí?" A voz de Stefan se alterou.
Hm, deixe-me pensar. Viemos procurar por você, sua besta.
"E porque ela está junto? Ela viajou meio mundo para me procurar? Ela não deveria ter feito isso! Elena tem uma vida em Mystic Falls! Por que deixou que ela viesse junto?"
Eu deixei? Você está falando como se houvesse outra opção. Como se ela aceitaria que eu viesse sozinho.
"Você é um vampiro, pelo amor de deus. Acredito que não teria problema nenhum em deixar a cidade sem que ela percebesse!"
Lógico, exatamente como você fez.
"Damon..." Stefan avisou. "não é a mesma coisa..."
Não? Como não?
"Por que ela é minha namorada e não sua." Stefan queria se explicar; dizer que só havia deixado a cidade para proteger Elena, não machucá-la, mas achou desnecessário dizer àquilo ao irmão, afinal, não era Damon que precisava ouvir o que ele tinha a falar.
Isso piora as coisas para seu lado, pequeno irmão.
Stefan respirou profundamente, tentando não dizer nada que se arrependeria mais tarde. "Não saia daí. Vou pegar um avião o quanto antes e chego aí amanhã."
Ela estará aqui.
Elena continuou encarando a porta do quarto depois que Damon saiu para se alimentar. O que estava acontecendo com ela? O que ela estava fazendo? Sim, ela tinha medo de perder Damon, mas a ponto de se oferecer à ele? Tentar beijá-lo por obrigação? Aquela não era Elena Gilbert.
A moça se afastou da porta com passos curtos e se sentou em um baú de madeira maciça que ficava ao pé da cama. Apoiando os cotovelos em seus joelhos, ela descansou seu rosto nas mãos. Elena não entendia porque a presença de Damon se tornara tão requerida por ela. Desde quando ela era dependente de alguém? Aparentemente desde muito recentemente, quando ela começou a passar mais tempo com Damon do que qualquer de seus outros amigos. Elena não queria deixar o lado de Damon, era algo mais forte do que ela, ela sabia, como se eles fossem feitos para ficarem juntos.
Mas apesar da convicção que ela tinha sobre aquilo, as palavras dele ainda ecoavam e sua mente. Eu sou diferente quando estou perto de você, Elena, só você e mais ninguém. Por que ela não acreditava naquilo? Por que essa é a forma de ele tentar afastar as pessoas ao redor dele, o consciente de Elena falou.
"Mas ele não quer distância de mim, ele cuida de mim... se preocupa..." Elena sussurrou para si mesma.
Ele te ama.
Uma pequena voz ecoou em sua mente, mas ela não conseguia acreditar. Em toda sua convivência com Damon, Elena nunca imaginou que ele era capaz de se apaixonar por alguém.
Mas ele te ama.
"Argh, pare de pensar nisso..." Elena se repudiou.
Elena levou uma mão até a madeira do baú e com os nós dos dedos, batucou a madeira do móvel. O som de oco preenchido chamou sua atenção; o baú provavelmente estava cheio de coisas. Ela se ajoelhou em frente à ele e puxou duas alças para abrí-lo. A tampa pesada se apoiou aos pés da cama e a visão para dentro do baú foi revelada.
À primeira vista, Elena não sabia o que havia encontrado, mas depois de pegar alguns dos papéis e livros que estavam muito bem guardados ali, ela teve uma noção do que tinha em mãos. Aquilo ali, era quem Damon era. Papéis, objetos, fotos, desenhos, livros, tudo concentrado em somente um lugar.
Ela pegou um pequeno pedaço de papel dobrado, envelhecido e amarelado pelo tempo, e o abriu delicadamente. Uma caligrafia delicada se mostrou, e sem se importar com a etiqueta, Elena leu o conteúdo.
Encontre-me ao pé da escada às oito horas da manhã. Não me faça esperar, Damon, meu amor.
Katherine.
Elena podia imaginar a cena de Damon esperando Katherine descendo as escadas lentamente; uma pontada de dor tocou seu peito, mas Elena não sabia o que aquela dor significava. A pequena nota voltou para o baú, e sua mão se perdeu no conteúdo dali de dentro. Mas um papel foi tirado de lá de dentro, esse um pouco maior e com mais escrita, mas com a mesma caligrafia fina que ela tão bem conhecia.
Saibas que não te amo e que te amo
feito de que dos dois modos é a vida,
a palavra é uma ala do silêncio,
o fogo tem uma metade de frio.
Eu te amo para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não desejar amar-te nunca:
por isto não te amo todavia.
Te amo e não te amo como se tivera
em minhas mãos as chaves da fortuna
e um incerto destino infeliz.
Meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.
Era um poema tão confuso quanto o amor dele por Katherine. Ela coletou mais um pedaço de folha dali de dentro, desta vez, era algo mais recente, não mais do que 20 anos idade, mal estava amarelado, e nele, a caligrafia de Damon, mais uma vez se mostrava.
Você é o que chamam de estação humana,
Você é o todo alfabeto em uma letra,
Você é cada cor que me confunde,
E todo o silêncio que eu me tornei.
Ama-me por
razões tolas,
Eu prefiro assim.
Maldita a irada voz que nos mantém quietos,
O editor cujo trabalho nunca é feito,
Mantendo belas palavras entre os meus dentes e
Doces confissões debaixo da minha língua.
Contemplação letárgica,
Eu deixei você entrar?
Este é o meu convite,
Mas como eu começo?
Ela tem muitos soldados,
Um lindo exército somente dela,
Noite e dia eles ficam em frente à fortaleza,
Muito segura, mas muito sozinha ...
Elena voltou a guardar o papel e continuou desbravando o conteúdo dentro do baú. Desta vez, Elena escolheu uma pasta preta, a qual ela não tinha idéia do que esperar. Devagar, ela trouxe a pasta para seus colo e a abriu devagar.
Ela encontrou alguns desenhos feitos à lápis ali dentro. O que estava encima da pilha era a imagem de uma criança, provavelmente uma menina, por volta de seus 3 anos. Ela estava sentado no chão, brincando com a terra. Os olhos de Elena percorreram a imagem em sua frente, apreciando os traços perfeitos e nítidos do desenho, até que pousaram na pequena escrita no canto de baixo do lado direito, o qual dizia, Damiano, 1906, Venezia.
Elena se sentou no chão e ao seu lado colocou o desenho que estava vendo, logo em seguida, olhou para a pasta novamente para ver mais um desenho. Ele tinha exatamente as mesmas características de traços fortes que o prévio, mas a imagem retratada naquele, parecia um tanto familiar. Era uma cidade vista por cima, podia-se ver construções grandiosas, mas era quase certo que hoje em dia, ela conseguiria ver muito mais prédios. A legenda dizia, Damiano, 1906, Milano.
Era muito claro agora, aquele era o lugar que Damon à levara quando eles estavam em Milão. A panorâmica da cidade do topo da pedra. Hoje em dia, o desenho seria diferente, ela pensou, muitos mais prédios, e carros andando pelas avenidas, mas a essência era a mesma. O desenho foi colocado ao lado do desenho da garotinha. Mais uma imagem se fez vista na pasta, e dessa vez, Elena não precisou de muito tempo para descobrir quem era a pessoa retratada no desenho.
A mulher tinha uma pele translúcida e saudável; os cabelos eram brilhantes e levemene ondulados, mas o que mais chamava a atenção era a perfeição da réplica dos olhos de Damon. A profundidade que eles traziam e a expressão carinhosa fazia com que Elena tivesse a sensação de estar olhando para o próprio Damon. A legenda do desenho dizia, Damiano, 1906, Mama.
Elena pode sentir a dor da perda de Damon. Essa mulher era tudo que Damon tinha quando ela morreu, por isso que superar uma perda tão grande como aquela era tão difícil para o vampiro. Ela levantou nas mãos o desenho em sua perfeição e imediatamente viu outra folha pregada à ele. Ela pegou a folha ainda mais envelhecida que o desenho e percebeu que era uma carta.
A folha estava muito amarelada, mas a caligrafia ainda estava intacta e perfeita para leitura. Elena leria, se a carta não estivesse escrita em Italiano.
"Elena?" a voz de Damon ecoou pelo quarto, fazendo com que Elena se assustasse.
"Oh, Damon... e-eu..." Ela perdeu as palavras no meio do caminho. "eu não queria me intrometer..."
"Hmm, vejo que encontrou o baú." Damon se aproximou. Ele não parecia zangado por Elena estar fuçando nas coisas dele.
"Desculpe-me." Ela abaixou a cabeça, sentindo-se mal por sua falta de respeito.
"Não se preocupe." Damon se sentou ao lado dela e colocou uma mão em seu ombro, acalmando-a. "Eu não posso reclamar, não há nenhum cadeado impedindo você de abrir esse baú." ele apontou para o móvel. Elena não respondeu e entregou o desenho da mulher nas mãos de Damon.
Ele pegou sem hesitar e não falou nada enquanto contemplava o que tinha em mãos. Deus, ele sentia falta dela. Sua mãe, aquela que o amava incondicionalmente, aquela que sempre cuidava dele, aquela que nunca o abandonaria se pudesse.
"Então você desenha..." a voz de Elena o trouxe para Terra.
"Desenhava..." a resposta foi dada em reflexo. "hoje não mais."
"Por que não?" Ela insistiu.
Damon a olhou carinhosamente, e com olhos misteriosos, respondeu. "Não tenho uma musa."
Elena sorriu com os olhos e em tom de brincadeira, retrucou. "E eu? Pensei que eu era sua inspiração." Ela falou sorridente, mas no fundo sabia que cada palavra que deixou seus lábios, eram verdadeiras.
Damon a olhou e esperou até que ela o olhasse de volta, quando ela o fez, ele respondeu. "Você não é minha." Ainda, ele adicionou mentalmente.
Elena sentiu suas bochechas pegarem fogo com o olhar que ganhava de Damon, e por defesa, mudou de assunto. Ela levou a mão no desenho que ainda descansava nas mãos dele e virou a página para mostrar a caligrafia fina do que ela deduziu ser uma carta. "Leia para mim." Ela falou suavemente. Damon a olhou com olhos cheios de dor, mas vendo sua própria vulnerabilidade, escondeu seus sentimentos. "Quer dizer... se você-"
"Eu leio." Damon a cortou. Elena o olhou carinhosa e copreensivamente. "Minha mãe escreveu essa carta para mim antes de falecer. Ela encarregou meu pai de me entregar, mas ele nunca o fez. Então há alguns anos, eu a encontrei, ou melhor... ela me encontrou."
Elena balançou a cabeça positivamente e pousou uma mão delicadamente em uma das pernas dele, que estava dobrada em um ângulo perfeito perto da sua própria.
Querido Damiano,
Algum motivo maior do que eu e você fez com que minha jornada terminasse sem meu consentimento. Saiba que eu nunca quis deixá-lo, você sempre estará comigo e eu sempre estarei com você.
Mas antes de partir, eu fui dada a chance de conversar com você por uma última vez, então direi tudo que penso que você deva saber.
Sobre família, sim, conviver com uma família é sempre difícil, mas peço que releve e perdoe os erros de seu pequeno irmão e principalmente seu pai, se um dia eles os cometerem incessantemente. Perdão faz de você uma pessoa melhor, uma pessoa divina. Seu pai te ama, eu sei disso mais do que ninguém, e seu irmão também já te ama sem mesmo saber falar muitas palavras. Cuide deles. Eles são seus alicerces.
Sobre sua educação. Estude, mas siga seu coração. Antes de tudo, eu quero que você seja feliz com suas decisões. Eu quero que você seja nada mais e nada menos do que você mesmo, não mude por opressão, não sinta medo do inesperado. Eu quero que sua vida seja saturada do inesperado. Cometa erros, muitos deles, pois eles são a melhor forma de você crescer e aprender.
Sobre amigos. Faça muitos deles, pois se bem escolhidos, eles se tornarão sua segunda família, e nada melhor do que duas famílias. Confie neles e exale confiança. Seja caloroso e aberto que tudo que precisar e quiser, você conseguirá.
Sobre amor. Eu quero que você ame com toda sua força. Ame como se fosse a primeira e última coisa que faria na sua vida. Ame até seu último fio de cabelo. E quando encontrar essa pessoa, aonde quer que encontre, independente de quem escolher, entregue seu coração, não fuja. Mas use o equilíbrio, você também não precisa correr atrás desse amor, seja paciente que ele virá até você, eu prometo. Quando você menos esperar, esse amor estará lá, à sua espera.
Como você. Você foi um dos meus amores, Damiano. Meu querido filho, você faz parte de minha alma e de quem eu sou.
Sua sempre, sua mama.
Damon já havia perdido a conta de quantas vezes leu aquela carta; as palavras estavam cravadas em sua memória, mas olhar aquelas letras no papel envelhecido sempre tinha um efeito pulsante. A carta foi para cima da pilha de folhas; ele olhou para Elena e viu lágrimas se formarem nos olhos dela. Ele levou uma mão até o rosto macio de Elena, aquela que mudou sua vida, e a assistiu inclinar-se em direção ao toque.
Ela pousou uma mão encima da dele, que ainda acariciava seu rosto, e em um gesto inesperado, coletou a mão dele na sua e a beijou delicadamente. Com certeza absoluta do que ela queria, Elena puxou Damon pelo braço, trazendo-o para perto e quando sentiu o corpo dele encostar no seu, ela levou seus lábios até o ouvido dele e num sussurro claro, confessou. "Você me encontrou." Ela falou, e de repente, Elena sentiu um apetite sem barreiras, algo que ela não estava familiarizada.
Elena buscou os lábios de Damon e o beijou passionalmente, e ficou feliz por sentir Damon respondendo ao beijo. Ela o segurou firmemente pela nuca e aprofundou o beijo.
Damon passou a língua no lábio inferior dela, trazendo arrepios nos dois, e segurou sua cintura firmemente com a vontade de nunca mais soltá-la. Mas assim que o sentimento veio, ele se foi. Damon quebrou o beijo quando a imagem de seu irmão apareceu em sua mente. "Elena..."
"Prometa que-... nunca vai me deixar..." ela falou em sussurros descoesos.
Antes de Damon conseguir responder, seus lábios estavam cobertos pelos dela novamente. A promessa, esquecida.
N.A.: As referêcias desse capítulo são de Pablo Neruda e Sara Slean.
Autor(a): drilokinha
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Capítulo 22: Sentido Extra Elena beijou Damon. Ela o beijou. Ela ainda estava o beijando. Num momento, eles estavam sentados lado a lado e no outro, Elena se inclinou em direção a Damon e o beijou. Apesar de ser um ato simples e claramente decifrável, Damon estava sofrendo para entender. Qual era o significado daquilo? A pergunta era &oacu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 57
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bella_k Postado em 24/01/2019 - 17:28:29
MEU DEUS DO CÉU, obrigada por ter postado depois de tanto tempo, não esquece da fanfic por favor. Ela foi a primeira fic que li, e quem me inspirou a escrever as minhas. Sempre que posso venho le-la novamente, você é genial, sua escrita e perfeita, envolvente. POR FAVOR CONTINUA
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:46
PQ VC Ñ TA MAIS POSTANDO?? pfpfpfpfpf VOLTA A POSTAR!!
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:46
PQ VC Ñ TA MAIS POSTANDO?? pfpfpfpfpf VOLTA A POSTAR!!
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:45
PQ VC Ñ TA MAIS POSTANDO?? pfpfpfpfpf VOLTA A POSTAR!!
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:45
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:44
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:44
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juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56
Nossa ameii todoss os capitulos! mais oque mais amei foi aquele que o damon levou a elena naquele encontro! *_* muito lindo posta mais
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juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56
Nossa ameii todoss os capitulos! mais oque mais amei foi aquele que o damon levou a elena naquele encontro! *_* muito lindo posta mais
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juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56
Nossa ameii todoss os capitulos! mais oque mais amei foi aquele que o damon levou a elena naquele encontro! *_* muito lindo posta mais