Fanfic: The Vampire Diaries - Elena G. & Damon S. | Tema: The Vampire Diaries - Damon & Elena
N.A.: Primeiramente quero agradecer debbs que vem comentando a estória desde o começo e dizer o quanto é importante para mim que você tenha gostado! Bjoo
Capítulo 3: Aprendendo e Reaprendendo
"O que está fazendo aqui, Damon?" Elena perguntou ao Damon encostado na janela do seu quarto.
"Só quero conversar." Damon respondeu na defensiva, elaborando com uma mão.
"Eu não tenho nada para falar com você," Elena respondeu sem olhá-lo, enquanto pegava algumas roupas jogadas no chão. "então por favor, vá embora."
"Elena, me escute por um minuto." Ele deu um passo para frente, fazendo com que Elena parasse o que estava fazendo para prestar atenção no que ele falava.
Ela estava tão irada com ele, que somente o som de sua voz fazia com que ela perdesse o controle. "Damon, você não entende?" Elena apontou um dedo para ele, esclarecendo. "Isso é o que sempre acontece quando as coisas estão ficando bem entre nós, você sempre arruma um jeito de arruinar tudo." Elena falou em revolta e se arrependeu de suas palavras no segundo em que elas deixaram sua boca. Ela sabia que Damon era encrenca, mas dizer assim, somente para atingi-lo não era de seu feitio. A moça suspirou e abaixou sua cabeça; ela não pediria desculpas por que tinha certeza de que era para isso que ele estava ali, então, devagar, encontrou os olhos deles e esperou o vampiro montar sua defesa. O mínimo que ela podia fazer depois daquelas palavras, era ouvir o que ele tinha a dizer.
Damon demorou alguns segundos para engolir o que Elena tinha acabado de falar. Era incrível como ela o atingia de qualquer forma, mesmo com palavras, ou especialmente com palavras. "Desculpe-me," ele finalmente começou com palavras sinceras "eu não queria machucá-la quando eu disse aquelas coisas sobre sua mãe." Ele deu mais um passo em direção a ela. "Eu não sabia que ela era sua mãe para começo de conversa, mas agora eu sei, então eu acho que você deveria saber de mais algumas coisas sobre ela."
Elena assentiu apreensiva, ela não tinha certeza se queria saber o que Damon tinha a dizer sobre sua mãe, talvez fosse demais para ela, mas mesmo assim, Elena não o impediu de continuar. "Ela me procurou com um objetivo somente: ela queria que eu a trasformasse." Damon falou as palavras cuidadosamente, esperando uma reação; não obtendo nada alarmante, ele continuou. "Eu pensei um bocado antes de transformá-la. Porque é fácil você matar para se alimentar, mas dar origem a outra criatura como eu é outro assunto. Mas no final, eu a trasformei; ela insistiu muito, então eu o fiz." O vampiro parou por alguns segundos e deu mais um passo em direção a ela, percebendo sua respiração já um pouco irregular com o excesso de informações. "Eu cuidei dela até ela se acostumar com todos os costumes vampíricos, eu a ensinei tudo que eu sei, e então," Damon a olhou e viu sua expressão pesar. "ela foi embora. Ela veio até mim com um propósito, Elena, "Damon repetiu. "uma vez que conseguiu o que queria, ela partiu." Ele terminou.
Elena havia de fato recebido muita informação, mas tudo aquilo, ela julgou ser necessário acontecer. Uma hora ou outra, ela teria que saber o que aconteceu de verdade com sua mãe biológica. Os fatos apresentados por Damon não eram nada animadores, mas eram o que parecia ser a verdade, e isso que importava no momento. "Eu entendi, não é sua culpa." Elena falou com os olhos marejados. "Eu só não gosto do jeito que você usa os fatos para machucar as pessoas, e para irritar elas. Não é humano..." sua voz trovoou pelo quarto
"Eu não sou humano..." ele concluiu rapidamente.
Ela o olhou de forma perplexa, como se ele acabara de falar um absurdo. Alguns meses atrás, ela também pensaria ser um absurdo se alguém falasse para Damon que ele era humano, mas não depois dos acontecimentos que ela viu com os próprios olhos. O amor dele por Katherine, sua dor ao descobrir a verdade, o carinho que ele sentia por Elena. "Então por que você está se desculpando? Por que se importa?"
Damon silenciou por alguns minutos, e Elena o respeitou. Ela sabia que era difícil para ele assumir algumas coisas, especialmente quando envolvia sentimentos. "Eu...", sua voz falhou. "sinceramente, não sei."
"Damon..." Elena, a garota popular que perdera os pais num trágico acidente e se sentia fora do ninho, via ali, que quem estava perdido não era mais ela, mas sim, Damon.
"Não," ele deu mais um passo para frente. "não, você não tem que falar nada, Elena." Damon parou por um momento. "A única coisa que eu quero agora é sua desculpa."
Elena lançou-lhe um olhar triste. "Está tudo bem, agora eu sei que não é sua culpa." Nesse momento, Elena deu um passo a frente. "Mas Damon, por favor, pense primeiro antes de fazer qualquer outra coisa."
Damon sorriu abertamente, um sorriso quase já recuperado. "Você quer saber por que eu fiz as coisas que eu fiz?" ele se aproximou até conseguir enxergar os detalhes das íris de Elena. "Todas as mortes desnecessárias, as ofensas da boca para fora, as hipnoses sem fundamento?"
"Por quê?" ela não tinha certeza se queria saber.
"Porque eu consigo." Ele explicou genuinamente. "Eu posso fazer tudo isso, e desligar todos os sentimentos e remorso ligados aos atos. Não há efeito. É uma forma de sobrevivência, e funcionou muito bem para mim. Eu vivi sem me importar com a vida alheia por 145 anos, e quando eu finalmente começo a me importar de novo, eu recebo pelo menos uma ameaça contra minha vida por dia." Damon terminou com um tom suave. "Não sei se posso chamar isso de irônico."
"Não, não é ironia. É só a vida."
Damon levou uma mão até o rosto de Elena e a assistiu ficar tensa, e aos poucos relaxar. Por que ele se importava tanto com ela? Não era uma escolha, com certeza. Se dependesse dele, Damon gostaria de esquecê-la e sair daquela cidade esquecida por deus. Sua vida era muito mais fácil antes de vir para Mystic Falls; ele não precisava dar explicações e não precisava se refrear. Mas agora era diferente, ele precisava calcular todas as suas ações, pois havia muito mais em jogo do que somente ele e seus objetivos. Havia Elena, e ele não se perdoaria se algo acontecesse a ela.
Damon se perguntou se Elena imaginava o quanto ela significava para ele.
"Não, não é vida." Um dedo dele percorreu a face ruborizada de Elena. "É a minha vida." Damon se afastou alguns passos para evitar de fazer algo sem pensar. "Então, já decidiu se continua a procurar sua mãe?"
"Hmm," Elena balançou a cabeça devagar. "eu não sei, depois da mensagem que ela mandou pra mim..."
"Você quer dizer, o mensageiro? Eu não a ensinei aquilo, acredite."
"Não? Bom, criar impacto é a sua cara..."
Damon deu uma risada torcida, mostrando seu desagrado com a conclusão de Elena. A atmosfera já estava bem mais discontraída, ele percebeu enquanto assistia a Elena arrumar os lençóis de sua cama.
"Ei Elena," Damon chegou perto dela e colocou uma mão em seu ombro. "se quiser ajuda para qualquer coisa, você sabe que pode contar comigo."
Elena se sentiu tocada com a segurança que ele passou naquele momento. "Eu sei..."
Os dois trocaram sorrisos e Damon voltou para perto da janela, e se sentou no parapeito com o vidro aberto. Elena continuou a arrumar a bagunça de seu quarto e quando viu que não havia mais nada para ser colocado no lugar, ela se sentou na cama e relaxou por alguns minutos. Os dois ficaram ali curtindo o silêncio por algum tempo, até que a atenção de Damon foi voltada para Elena novamente pelo som de sua voz. "Sabe, é uma linda música, e eu nunca te agradeci por ter colocado meu nome." Elena tinha a partitura da música que os dois tocaram em mãos e a folheava devagar.
Atentamente, Damon a olhou e assentiu com a cabeça uma vez. "Meu prazer."
A moça sorriu discretamente olhando para as notas. "Quando você a compôs?"
"1889." Damon foi suscinto em palavras; lembrar de épocas tão passadas trazia sentimentos que ele não estava preparado para desenterrar.
"Onde estava em 1889?"
"Itália, Florença." O olhar de Damon que estava perdido nas árvores tocadas pelo vento fora do quarto, foi trazido para a forma sentada na cama de lençóis brancos. "Eu estava em casa."
"Você tem uma casa em Florença?"
"Um mausoléu, mas sim, nós temos." Ele enfatizou a última parte. "Antes de nos mudarmos para a América, nossa família morava em Florença." Ele continuou com a certeza de que não ia ser interrompido. "Quando mudamos para cá, Stefan e eu éramos muito novos."
"Por que se mudaram?"
Damon olhou Elena nos olhos e ela viu uma profundidade que nunca se lembrava de ter visto antes. Levou alguns segundos para ele começar a falar, e nesses segundos de limbo, Elena ponderou se aquele era ou não um assunto delicado para ele. "Quando minha mãe morreu," ele começou com a voz entrecortada. "meu pai decidiu que uma mudança no cenário seria a melhor coisa para nós."
Elena não sabia o que falar a Damon, então disse as únicas palavras que estava acostumada a ouvir. "Sinto muito por sua mãe."
"Não sinta, foi há muito tempo..."
Ela sorriu tristemente com as palavras; aquele era Damon suprimindo sentimentos. Elena nunca deixou de sentir falta de sua mãe e seu pai um dia sequer. "Nunca é tempo suficiente."
Damon entendeu as palavras mais do que ela imaginava. Ele se lembrava pouco de sua mãe, mas as memórias que guardava dela eram os momentos mais preciosos que sua memória humana podia se lembrar. "Valentina." O nome saiu da boca de Damon não mais alto que um sussurro.
Elena sentiu um nó em sua garganta ao ver o quanto doía ao Salvatore mais velho lembrar da imagem materna. "É um lindo nome." Foi tudo que ela conseguiu falar.
Damon a encarou mais uma vez, enquanto notava o dia se tornar noite. "Elena, não precisa fazer isso." Levantou-se do parapeito da janela e andou até ela, sentando-se ao seu lado na cama. "Eu sei que você quer que eu me aproxime o máximo de minha humanidade. E eu sei que, perguntar sobre meu passado e ver meu lado bom ajuda nisso, mas sério, não precisa fazer isso."
"Eu não preciso fazer..." Elena declarou solenemente, sentindo-se um pouco frustrada por Damon ter percebido tão rapidamente seus planos. "mas eu nunca vou parar."
Damon encarou suas mãos e viu suas palavras fugirem; levantou-se rapidamente e tentou trazer a atmosfera leve de novo ao ar, que ele lembrou ter durado por alguns cinco segundos. "Então, o que vai fazer hoje?"
"Hmm, encontro duplo com Caroline e Matt." A voz de Elena não soava muito contente.
"Uau, boa sorte com isso."
"Obrigada. E você, algum plano?"
"O de sempre, beber e ser miserável." Ele riu com as próprias palavras por serem tão verdadeiras.
"Ohh, boa sorte para você também. Hmm, eu te chamaria para vir conosco, mas você não tem um par e eu já sei sua resposta mesmo se você tivesse."
"Elena, você me conhece melhor do que eu mesmo."
"Duvido."
Os dois riram das trocas de palavras e Damon logo estava perto da janela outra vez."Ei," Damon colocou a mão no bolso e tirou um pequeno pedaço de papel. "você foi embora antes do sorteio ontem." Ele andou devagar até ela e pousou o papel em uma de suas mãos.
Elena olhou para sua palma e imediatamente reconheceu o canhoto do sorteio do solteiro cobiçado da noite passada. 122, seu número, e logo ao lado do número, seu nome, Elena Gilbert. "Eu fui sorteada?"
"Aparentemente..."
"Só pode ser brincadeira." Ela riu-se, levantando o papel no ar. "Eu nunca ganho nada e isso aqui-"
Damon a cortou. "Ei, se não quiser, tenho certeza que consegue vender para alguém. Tenho muitas fãs nessa cidade."
"Não seja tão convencido, Damon." Ela o encarou satisfeita. "Eu não vou vender, só pelo prazer de ver você planejar um encontro, aposto que não faz isso há décadas."
"Você vai ficar surpresa com minha capacidade." Damon prometeu, andando até a janela. "Nos vemos." Ele disse antes de pular por cima do parapeito e sumir por entre as ruas.
Mais um erro corrigido. Damon pensou consigo mesmo; aquilo não poderia se repetir, era inaceitável. Elena era diferente, então ele tinha que tratá-la de forma diferente. Era estupidez ter que ficar se policiando quanto a isso tantas vezes, ele já deveria saber disso. Mas isso tinha que ser deixado de lado por um momento.
Agora o que ele tinha a fazer era contar a Stefan sobre a visita de Pearl, e como todos os vampiros da tumba conseguiram escapar de lá e agora estavam perdidos pelas redondezas da cidade.
"Stefan?" Damon chamou o irmão assim que colocou os pés dentro de casa. Sem obter respostas, ele subiu as escadas para o quarto de Stefan para checar se ele ainda estava em casa. "Stefan? Oh meu deus, irmão, você deveria usar menos colônia. Não fique alarmado se Elena desmaiar ao seu lado com todo o exagero." Damon caçoou do irmão mais novo, colocando uma mão sobre seu nariz.
"Elena gosta, e ela é humana, não vai sentir o cheiro do jeito que você sente."
"Hmm, e porque ela é humana você está presumindo que ela também não possui olfato? Interessante conclusão. Enfim, não é para isso que estou aqui."
"É para o que então? Seja sucinto, pois estou de saída."
Damon suspirou de maneira característica e se dirigiu para a poltrona antiga estacionada em um dos cantos do quarto. "Pearl me fez uma visita hoje."
"O que ela queria?" Stefan se mostrou indiferente.
"Ela queria que eu a informasse de tudo que estava acontecendo no conselho, e quando eu disse não, ela arrancou meus olhos fora."
"Está falando sério?" Stefan se virou imediatamente. "Eu pensei que ela deixaria a cidade, isso é insensato da parte dela."
"Sim, muito bem notado, e quando eu disse isso à ela, ela veio com a história de que as famílias fundadoras tomaram a cidade que eram deles."
"Deles?"
"Eles, sendo os vampiros da tumba." Damon deu um sorriso forçado. "Essa era a outra coisa que ia te dizer; aparentemente o feitiço das pequenas bruxinhas foi um fiasco, e agora temos 27 vampiros à solta perambulando pela cidade."
"Elena..." Foi o primeiro pensamento de Stefan. Agora ela teria que ter mais cuidado ainda.
"Tome cuidado, fique em lugares públicos. Um vampiro pode não parecer muito, mas eles são mais velhos, mais fortes, e provavelmente estão mantendo uma dieta melhor que a sua, Stefan." Damon se levantou e rapidamente deixou o quarto. Fez o caminho para sala de estar e se serviu de uma dose de Bourbon, sentando-se num dos sofás ali colocados em frente a lareira acesa.
Stefan deixou a casa e Damon foi deixado sozinho com seus pensamentos perambulantes. Sua mente estava especificamente lembrando de uma coisa; a conversa que ele tivera com Elena há alguns minutos. Ele falou sobre sua mãe a ela, Damon nunca falava sobre sua mãe para ninguém. Nem mesmo Stefan e nenhum deles via problema nisso, mas talvez Stefan não falasse muito devido ao fato de não lembrar de praticamente nada de sua mãe.
Mas Damon não esquecia de nenhuma memória marcante que teve com ela.
O garotinho de 5 anos correu pelos jardins da mansão com as mãos escondidas nas costas, pois ali ele guardava um presente que não poderia ser revelado até encontrar seu destinatário. "Mama!" sua voz infantil ecoou entre risadas enquanto requisitava a presença materna. "Mama!"
"Sim, querido." A mulher de voz suave que combinava com suas feições meigas saiu pela porta dupla já aberta e se dirigiu às escadas. Sua pele era tão translúcida quanto à do pequeno Damon, seus olhos azuis e em ângulos perfeitos foram passados para seu filho mais velho com tanta precisão que pareciam pertencer à ele bem antes que ela. Os cabelos, no entanto, não eram nada como as lisas e negras madeixas de Damon; mas tomavam um tom castanho claro e ganhavam curvas quando chegavam na altura do meio das costas.
Para Damon, não havia pessoa mais linda no mundo que sua mãe. "Mama, venha aqui."
"Sim." Valentina Salvatore desceu as escadas com elegância e foi até seu filho, olhando-o com ternura.
"Eu tenho algo para te dar." O pequeno Damon ainda tinhas as mãos nas costas.
"Mesmo? Eu me pergunto o que seria..."
"É isto!" Uma flor lilás bastante simples e não muito rara nos jardins da mansão se revelou em frente a Valentina.
"Oh, mas esta deve ser a mais bela flor que ganhei em toda minha vida! Muito obrigada, Damon!"
A mãe pegou a flor e seu filho e levou-os para dentro. "Agora, eu vou colocar essa linda flor em um vaso." Um vaso simples foi cheio com água e a única planta colocada ali dentro. "Onde você quer que eu coloque?" Ela perguntou suavemente ao filho.
Damon olhou pela sala e viu todos os lugares possíveis, mas escolheu o único que ele alcançava. "Aqui." Ele levou a mãe até uma mesa na altura da barriga dele, e o vaso foi colocado ali com sorrisos em ambos os rostos.
O vampiro Damon recordou aquele dia dolorosamente. Como ele sentia falta dela. Talvez ter reprimido essas memórias por tanto tempo e agora desenterrá-las tão abruptamente não seria a melhor forma de prosseguir com as coisas. Mas agora ele já não tinha mais controle.
O pequeno Damon acordou, foi trocado e desceu as escadas para ir até a cozinha; no caminho ele lançou um olhar para o vaso com seu presente depositado na sala de estar, assim como no dia anterior, mas notou algo estranho. Ele se aproximou da mesa e viu uma planta murcha e quase escurecida. "Mamaa!"
"Sim, Damon?" Valentina apareceu na sala de estar e foi de encontro a Damon, que segurava o vaso com a planta morta.
"A planta que eu te dei morreu. Você não gostou dela o suficiente, é por isso que ela morreu?" O garotinho perguntou transtornado, tentando pensar porque a mãe não gostou da flor.
"Não, Damon, eu gostei muito dela..." ela respondeu passando a mão pelos cabelos do filho. "Mas eu preciso te mostrar algo." Mãe pegou o vaso em uma mão e filho em outra e os levou até o jardim em frente à mansão; os dois foram diretamente para o canteiro onde Valentina desconfiou ser o lugar onde Damon coletou a flor.
"Foi aqui que eu peguei sua flor..." o pequenino falou um pouco encabulado pela confissão. "Você vai colocá-la lá de novo para ela ficar bonita igual as outras flores?" ele apontou para o canteiro florido.
"Não, Damon, já é tarde demais para essa flor." Ela indicou o vaso. "Mas você vê como as outras estão belas?" Valentina apontou para as flores do canteiro que exuberavam cor e vida. "Você vê como elas estão bem exatamente onde elas estão? Não podemos tirar algo ou alguém de um lugar onde eles se sentem bem somente por capricho, entende querido?"
"Mas não foi capricho, foi um presente para te mostrar o quanto eu gosto de você."
"Sim, e eu o adorei, mas agora é hora de voltar a flor para seu lugar, para que ela solte sementes e outras plantas igual a ela nasça, de novo. O que acha?"
"Tudo bem..."Damon assistiu à sua mãe jogar a flor morta juntamente com a água do vaso de volta ao solo. "E agora? Não posso te dar mais flores?"
"Você pode sim, mas se for para mostrar o quanto você gosta de mim, eu prefiro que me dê beijos." Valentina bateu suavemente dois dedos em sua bochecha branca.
O garotinho sorriu satisfeito e pregou um beijo estalado na bochecha da mãe.
Sua mãe o ensinou a amar, mas com o tempo e os acontecimentos que ele trouxe, Damon esqueceu disso. Paixão virou obsessão, admiração virou ressentimento e carinho se perdeu nessas linhas. Valentina colocou tanto esforço para que ele aprendesse a amar, e ele a desgraçou, fazendo exatamente o contrário do que foi ensinado.
"Desculpe-me, mama."
"Damon?" aquela voz o perseguia.
O vampiro virou seu pescoço sem se levantar do sofá que estava. "Elena... Stefan saiu há pouco."
A moça estranhou. "Não, não saiu. Na verdade, nós já voltamos do Grill. Stefan está na garagem mostrando um carro para Matt."
O tempo passou rápido demais. "Ah. E o que faz aqui?"
"Vim atrás de Caroline, você a viu por acaso?" Elena se aproximou do sofá onde Damon estava.
"Não."
Elena estranhou o vampiro mais do que o normal. "Damon, está tudo bem? Com quem você estava falando?"
Damon não repondeu a pergunta, somente a olhou. O sentimento de calor tomou seu corpo somente pelo ato de olhá-la. Era como se sua sensibilidade aumentasse perto de Elena, e todo o resto se tornasse sem importância. Ele assistiu à moça andar devagar e se sentar ao seu lado. O êxtase que ela causava era ultrajante. Damon lembrou do sangue dela descendo sua garganta aquela noite, mas não teve vontade de mordê-la ali. Ele queria mais e menos ao mesmo tempo. Ele queria beijá-la.
Era tão mais claro para ele agora. A paixão não era obsessão, a admiração não era ressentimento, e o carinho estava por todos os lados. Talvez ele estava reaprendendo a amar. Era exatamente isso.
"Damon?" Elena levou uma mão até o braço do vampiro.
E ele sentiu estrelas explodirem dentro dele, era como uma fonte de energia. Damon a olhou de certa forma com transtorno nos olhos; sua mão pousou encima da de Elena e devagar trouxe até seus lábios.
"Obrigado." O vampiro beijou a mão de Elena e logo em seguida a soltou e se levantou de onde estava.
Elena, sem entender nada, se levantou também, mas não o seguiu. "Pelo quê?" sem obter nenhuma resposta senão um sorriso, Elena foi procurar por sua amiga.
N.A.: Damon e Elena! Aêe... eu sei, eu sei... um pouco calmo demais para o Damon, mais eu quero explorar melhor o passado e esse outro lado dele, afinal, ele não foi um cínico a vida inteira.
Autor(a): drilokinha
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 57
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bella_k Postado em 24/01/2019 - 17:28:29
MEU DEUS DO CÉU, obrigada por ter postado depois de tanto tempo, não esquece da fanfic por favor. Ela foi a primeira fic que li, e quem me inspirou a escrever as minhas. Sempre que posso venho le-la novamente, você é genial, sua escrita e perfeita, envolvente. POR FAVOR CONTINUA
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:46
PQ VC Ñ TA MAIS POSTANDO?? pfpfpfpfpf VOLTA A POSTAR!!
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:46
PQ VC Ñ TA MAIS POSTANDO?? pfpfpfpfpf VOLTA A POSTAR!!
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:45
PQ VC Ñ TA MAIS POSTANDO?? pfpfpfpfpf VOLTA A POSTAR!!
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:45
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:44
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juntosateofim Postado em 11/09/2012 - 20:23:44
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juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56
Nossa ameii todoss os capitulos! mais oque mais amei foi aquele que o damon levou a elena naquele encontro! *_* muito lindo posta mais
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juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56
Nossa ameii todoss os capitulos! mais oque mais amei foi aquele que o damon levou a elena naquele encontro! *_* muito lindo posta mais
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juntosateofim Postado em 26/08/2012 - 11:31:56
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