Fanfic: Darkness

Capítulo 24: Todo Mundo Quer Peter West

Narração de Anissa:

Vovó me arrastou pro porão, dando graças á Deus por a casa ter paredes contra som!

-eu não acredito que você ia fugir! Depois de tudo que eu lhe disse! –ela rosnou.

-eu te amo vó! E eu amava minha mãe! Eu tinha cinco anos quando ela morreu, eu lembro dela, de seu cabelo longo, seus olhos profundos, sua expressão feliz, lembro das histórias que ela contava pra mim antes que eu dormisse, lembro do meu pai e de como ela ficava feliz em apenas olhar pra ele. Minha mãe morreu por desonrar o pacto, mas morreu feliz! Quero o mesmo destino! –admiti, já chorando.

Pra que?!

Os olhos de minha avó brilharam e meu rosto ardeu com o tapa que ela me deu.

-nunca mais repita isso Anissa Hesse! –ela ordenou entre dentes.

-meu nome é Anissa West! Filha de Mark West e Nadia Hesse! E eu prefiro morrer no castelo dos West ou ser condenada a exílio no castelo das Hesse do que honrar esse maldito pacto! –e era isso!

Eu estava jogando tudo por alto!

Tudo que aprendi a vida inteira!

West ficaria feliz em saber disso!

E ele não ia mais precisar da “Kellynha” pra fazê-lo me esquecer! Afinal, ele me teria apenas dele! Mesmo que morta!

Falando em West, onde andaá o desgranido?

Não importa! Não agora!

-você foi criada pra honrar esse pacto! Você nasceu marcada! –vovó rosnou.

-marcada coisa nenhuma! Quando meus poderes afloraram, a marca desapareceu! Era uma farsa! –confessei que sabia.

A marca! O que viria a ser a marca? Bem, minha avó, Sean Joseph West e Juan Maldonado, o pai de Gustavo, tinham a mesma cicatriz, feita por eles mesmo na noite que fizeram o pacto das famílias. West tem a cicatriz, eu a vi e analisei quando nós er...bem, eu a vi e analisei! É nas costas, é pequena, e mau da pra notar. Já a de Gustavo é no braço, mas é do mesmo tamanho. A minha sumiu quando fiz 10 (as Hesse afloram aos 10, mas é só uma “prova”, como descobri recentemente, os verdadeiros poderes vem aos 21!), a minha sumiu revelando-se uma farsa! Eu não era marcada!

Minha avó meditou e respirou fundo.

-eu admito ter forjado a marca em você! –ela confessou.

-por que? –eu tinha o direito de saber.

-pra salvar sua vida! Se eu não tivesse feito de você parte do pacto, você teria morrido juntamente de sua mãe no castelo dos West! –ela contou.

-obrigada! –sorri cinicamente.

Eu sabia o quanto minha avó respeitava as leis...deveria ter sido difícil para ela...fazer algo tão “errado”!

-me agradeça com atos! Honre esse pacto! –ela tentou.

-eu... –comecei.

-Peter West fugiu! –ela contou.

-MENTIRA! –não podia ser verdade.

-o Porsche está na garagem? Não! Verifique, falta sangue aí! –verifiquei nas “reservas” de West e era verdade, estavam vazias –ele não agüentou Anissa. Ele é filho de Sean, talvez sua vida seja poupada, mas se você fugir agora...morrem os dois! –ela ameaçou.

West!

Por que você sempre tem que fazer besteira?!

Ciumento!

Lágrimas...

-o que você quer? –entendi.

-fique! Honre seu destino! E farei com que a vida de Peter West seja poupada! –ela chantageou.

-do mesmo jeito que você fez com a vida de sua filha fosse poupada? –não resisti.

Ela ia me dar outro tapa, mas parou no ar.

Sentindo uma presença que eu não sentia, já que não estava mais com meus poderes.

Então nos viramos e encaramos ele!

-Angelika Hesse! –ele disse com sua voz calma, moderada, de líder!

-Juan Maldonado! –vovó sorriu.

Aí caramba!!! Unimos o trio: a bruxa Angelika Hesse, o vampiro Sean Joseph West e o lobisomem Juan Maldonado (Antonio Banderas).

Mas eu não me importava mais!

Minhas promessas e esse pacto que fossem pro inferno!

WEST FUGIU!!!

Narração de Peter West:

-Kelly, você não pode vir comigo! –falei calmamente.

-por que não? –ela pareceu não acreditar.

-porque não hora! –arg.

-eu gosto de você, você gosta de mim. Sozinho você não esquecerá Anissa, mas comigo... –ela acariciou meu rosto.

Foi aí que eu me dei conta!

Eu não quero esquecer Anissa!

Eu a amo!

Sempre amarei!

Sempre...

-eu a amo Kelly, sempre amarei. –contei.

-o amor a gente guarda, a paixão a gente vive. –Kelly olhou nos meus olhos.

-veja desse jeito Kelly: o que sinto por Anissa...bem...eu a odeio! Eu a odeio, a amo, a desejo, a quero, a repulso...eu a amo mais que tudo, e a odeio por me fazer sentir esse amor. Eu quero Anissa só pra mim! E...e...eu vou ter! –um plano se formava em minha mente.

-ela pertence aos dois Peter! Ou ela é sua ou de Gustavo ou não é de ninguém! Veja o que aconteceu com a mãe dela.. –Kelly cometeu uma gafe.

-HEIM? –como ela sabia disso?

-ok. Eu confesso. –ela suspirou –eu sou uma Kaylis. Kelly Kaylis. –ela sorriu.

KELLY ERA UMA BRUXA?

-o que? –não podia ser verdade.

-Kelly Kaylis, descendente de Jara Kaylis, a única a fazer parte da aliança das trevas e não sobreviver pra contar a história. Sou uma das Kaylis, sei que você é um vampiro West, escolhido pra honrar o injusto pacto. –ela confessou.

Era muita informação pra mim!

-não pode ser! –murmurei.

-mas é! Aflorei aos treze e desde então guardo esse segredo. Sei que você precisa honrar esse pacto. Se você fugir sem mim...você morre! Eles te acham, te caçam, te matam! Fique comigo e eu faço um feitiço, que nenhuma das Hesse conhece e nenhuma das Kaylis revela, eles jamais te encontrarão! –ela prometeu.

-mas eu não quero você Kelly. –fui sincero.

-você pode não me querer, mas precisa de mim! Se você voltar agora, vão achar que Anissa e você iam fugir juntos, e vocês terão o mesmo destino dos pais dela. –ela estava certa.

Meu plano de procurar Mark West já não era tão perfeito! Afinal, a mulher ele não conseguiu salvar! Por que conseguiria salvar a filha?

-você não pode derrotar a escuridão sozinho Peter. –novamente ela estava certa.

-eu não quero fugir com você Kelly! –não queria mesmo.

Eu queria era Anissa!!!

-veja dessa forma: se formos embora agora, como amigos que seja, Gustavo cuidará de Anissa, eles se gostam, são amigos, eles também já se amaram. Se você fugir sozinho agora, você morre e Anissa vai se culpar e sofrer por sua morte pra sempre. E se você não fugir, voltar pra casa, Anissa e você morrem no castelo da sua família! O que vai ser? –Kelly me encarou.

Amo Anissa mais que tudo!

Mais que tudo!

Mais que...

Eu devo isso a ela!

-aperte o sinto! –mandei, Kelly sorriu.

Acelerei e deixei meu coração pra trás!

Adeus Roswell!

Adeus pacto!

Adeus triângulo!

Adeus cachorro!

Adeus Anissa!

Narração de Gustavo Maldonado:

Eu estava no caminho de casa, com Bonny.

Quando de repete Spencer nos abordou.

-não! –rosnei.

Ele ia tentar me impedir de levar ela.

-eu que digo não! O trio está reunido! –ele contou.

-O TRIO??? –impossível!

Sean Joseph West, Angelika Hesse e Juan Maldonado só se uniam para tratar do pacto!

E agora...

Não!

-cadê o West? –tinha que ser!

-fugiu! –Spencer contou.

-Anissa foi junto? –esses dois!

-não! –Spencer contou.

Perdi a fala.

West fugiu e não levou Anissa junto?

Meu Deus!

-ele brigaram, ele fugiu, Sean Joseph chegou. Angelika já estava aí. Há algum tempo teu pai chegou. –ele contou.

Aí!

Meu pai!

Só de pensar...

Ui!

Quase esqueci que Bonny estava ali comigo! Ela deveria estar achando tudo isso doido!

Mas...eu não tinha tempo pra explicar e nem pra disfarçar qualquer coisa.

-como a Anissa tá? –tive que perguntar.

-vamos ser sinceros: você não ama e ela não te ama! –Spencer falou. Senti um sorriso se formar nos lábios de Bonny.

-isso é verdade. –confirmei –mas ela ainda faz parte do meu destino! –o sorriso sumiu dos lábios de Bonny.

-não mais amigo! Se West não voltar... –Spencer sabia das conseqüências!

Eu também sabia!

Todos sabiam!

POR QUE A DROGA DO SANGUESSUGA INSISTE EM FAZER BESTEIRA?

-quando eu achar o Peter...juro que o mato! –rosnei.

-você vai atrás dele? –Spencer sorriu entusiasmado.

-mas é claro! –chame Anissa! Ela vem junto!

-ok! –ele sorriu. Então era esse o plano de Spencer: me contar pra que eu salvasse o mundo, ou pelo o West!

-vá logo! –mandei.

-não precisa! –Jeremy surgiu das sombras, trazendo Anissa.

Ela me abraçou chorando.

-ele me deixou! –ela exclamou.

-eu sei querida! –a abracei.

A essa altura, Bonny já não entendia nada.

-ele levou o Porsche e todo o sangue da reserva. Mandei Leonard segui-lo. A última vez que ele foi visto na estrada perto da praia. –Jeremy informou.

-ok. –sorri. –hei, vamos trazer teu marido vampiro de volta! –incentivei Anissa, Bonny fez uma careta por não entender o lance do “vampiro”.

-ok! –ela sorriu.

-e onde vocês vão? –Spencer me encarou.

-meu carro! –Jeremy me entregou a chave de seu Porsche!

-os West e seus carrinhos! –Spencer sorriu.

-carrinho é a mãe! –Jeremy brigou.

-mon amour... –Spencer se jogou.

-mi amore... –Jeremy perdoou.

-doidos! –Anissa rosnou e entrou no carro, mas antes ela fez algo que eu odiei: chamou a criatura, ou seja, o gato do West, vulgo “Tavinho” e entrou com ele no carro!

AHHHHHHHHHH!!!!

Encarei Bonny.

Eu não podia deixar ela sozinha com as duas borboletas...quer dizer, Jeremy e Spencer, mais o trio, ainda por cima!!

-você vem comigo! –abri a porta do banco de trás pra ela, já que Anissa já estava estalada no banco do carona.

Bonny fez uma careta, mas entrou!

A gata dela, Jojo, e o gato do West, Tavinho, se estalaram no banco de trás com ela!

ARG!

ODEIO GATOS!

Saímos todos em busca de West!

Narração de Bonny Jones:

Gustavo realmente usou a palavra “vampiro”?

E que confusão foi aquela...

Meu Deus!

É madrugada!

Tô com sono!

AÍ!

Gustavo Maldonado é mesmo um folgado!

Não sei se o amo, mas caso ame, ele não merece meu amor!

Como ele ousa me colocar no carro com a namorada dele pra sair em busca do outro namorado dela?

Se bem que...

A expressão de Anissa estava de dar pena.

Ela estava chorando desde que entrou no carro, lágrimas escorriam por seu rosto, enquanto ela encarava a estrada sem emitir nenhum som. De vez em quando Gustavo olhava pra mim e então olhava pra Anissa...

FOLGADO!

-pra onde o West iria Anissa? –Gustavo perguntou.

-pergunte par Kelly! –ela rosnou.

Kelly?

Como minha prima entrou nessa história?

-Kelly? –Gustavo também não entendeu.

-sim. Kelly Jones! A vadia com quem ele estava ficando hoje! –Anissa chorou.

Essa minha prima/cunhada!

Coitado do meu irmão!

Mas também, pelo jeito, todo mundo quer  Peter West!

Aff!

-eu não consigo imaginar West beijando outra! –Gustavo murmurou.

-bem-vindo ao grupo! –Anissa rosnou.

-desculpa! –Gustavo deu um fraco sorrisinho e ela retribuiu. -vocês brigaram? –ele quis saber.

-ele disse coisas horríveis –Anissa contou.

-você ama apenas ele, certo? –Gustavo a fitou.

-mais que tudo Gustavo. Desculpe. –ela sorriu.

-tudo bem! –Gustavo também sorriu.

Peraê!

Deixa eu ver se eu entendi?

Eles estavam terminando?

-desde que éramos pequenos e ele ficava acordado até você dormir, abraçando você, eu sempre soube que o que existia entre nós não era o mesmo que existia entre vocês. –Gustavo contou.

Mas...PERAÊ!

Os três namoravam desde pequenos?

Credo!

-preciso confessar uma coisa. –Anissa começou.

-o que? –Gustavo indagou curioso.

-eu o beijei antes de beijar você. –ela sorriu.

-eu já sabia! Eu vi o beijo! –ele disse entre risos.

Meu Deus!

Desde quando os três viviam esse triângulo doido?

-eu o amo! Droga! –Anissa bufou.

-droga mesmo! –Gustavo ajudou muito.

-bobo! –ela riu.

-o que vocês vão fazer quando se encontrarem? –Gustavo estava curioso. Tenho que confessar que eu também!

Meu Deus!

Eu queria saber tudo a respeito daquele triângulo!

-eu não sei. –Anissa choramingou.

-West é doido por você Anissa! Quem sabe nós três juntos... –ele começou.

-eu não vou deixar vocês morrerem! Não se envolva mais com isso Gustavo! Não envolva a garota nisso! –finalmente tive algum sinal de que Anissa tinha me visto!

Até agora parecia que ela nem sabia que eu estava ali.

-Bonny é uma Kaylis! –Gustavo contou.

Mas peraê, eu sou o que?

-não é não! –Anissa rosnou.

-ela não aflorou. –ele completou.

Heim?

-você gosta dela! –Anissa riu –Gustavo Maldonado apaixonado por uma Kaylis! Nunca esperei. –ela completou.

-bem vinda ao grupo! –ele sorriu.

E era isso!

Eu não entendia mais nada!

O que era “Kaylis” afinal?

Aff!

Dormi!

Dormi!

Dormi pra esquecer!

Seja lá pra onde estávamos indo, eu tinha fugido de casa também, era melhor só acordar quando chegássemos!

CONTINUA...