Fanfic: Darkness

Narração de Bonny Jones:

Não!

Não!

Não!

Pessoas não se transformam em lobos!

Isso não existe!

É...é impossível!

-você tá bem? –Anissa me fitou.

Eu não conseguia falar.

Eu não podia acredita!

E...

O pior de tudo é que eu estava reconhecendo aquele lobo marrom!

Era o lobo que me atacou ontem...

Se bem que...

Pensando bem...

Ele não me atacou!

Ele me livrou de Josh e companhia.

E...

Gustavo não se transformou em um lobo!

Eu devo ter sido drogada ou algo do gênero!

Mas, o lobo cinza voou longe.

O lobo marrom continuou rosnando pra ele, mesmo quando ele já estava desacordado.

Anissa permanecia como se aquilo fosse normal!

Então...

Eu lembrei de suas palavras

“-você ama o Gustavo? –Anissa perguntou.

-sim! –admiti envergonhada.

-então não se preocupe. Você já vai ver o verdadeiro eu dele. E eu vou fazer a mesma pergunta. Se você responder sim novamente, será digna de meu respeito e meu segredo. Se responder não, embarca pra Roswell no próximo ônibus. –o verdadeiro eu dele!”

-Anissa, isso é real? –perguntei entre sussurros.

-já chega Gustavo! Temos que ir atrás de West! –Anissa chamou.

O lobo marrom saltou em nossa direção, senti um arrepio, fechei os olhos.

Quando abri Gustavo estava lá, nu e sujo de sangue.

-ele ainda está vivo? –Anissa pareceu não se importar com tudo aquilo.

-infelizmente sim. –Gustavo respondeu a ela, sem desviar se olhar de mim.

Mas...

Não era possível!

Não era!

Não!

-isso não aconteceu! –sussurrei.

Anissa jogou uma bermuda pra Gustavo, ele vestiu, limpou o sangue de seu corpo com um pano que Anissa também entregou  e veio na minha direção.

-Bonny, eu sou um lobisomem! –ele falou, olhando em meus olhos.

-lobisomens não existem! –rosnei.

-eu existo! –a voz dele estava falhando.

-não, não, não! Deve haver uma explicação razoável! –eu tava chorando agora.

-Bonny... –Gustavo também tava chorando.

-já chega! –Anissa rosnou. –Bonny, temos um trato. Responda minha pergunta! Responda com sinceridade! –ela me fitou.

-ok. –consegui sussurrar, entre lágrimas.

-você ama Gustavo? –ela olhou no fundo dos meus olhos.

A pergunta foi profunda.

E o que eu senti também!

Eu amava Gustavo!

Apesar de não saber mais o que ele era!

Mas...

Tanta coisa fazia sentido se isso fosse real!

Menos o fato dele ser um lobisomem!

Lobisomens não existem!

-Bonny! –Anissa pressionou.

-amo! –virei meu olhar para Gustavo.

-obrigado! –ele sussurrou de volta e nos abraçamos.

Narração de Gustavo Maldonado:

Ela sabia!

Ela sabia!

Agora ela sabia!

E mesmo tendo todos os motivos pra se afastar de mim, ela estava me abraçando.

-eu quero detalhes! –Bonny falou.

-ok! –prometi.

E então, finalmente eu a beijei!

Confesso que meu beijo foi meio urgente novamente.

Mas eu sabia que quando achássemos Peter...tudo estaria acabado!

O trio já havia decidido nossa sentença!

Esse prazo até o fim do dia era apenas um jeito de nos atrair e enganar o bando, o clã e as meninas Hesse!

-Anissa, faz um favor pra mim. –comecei.

-o que? –ela quis saber.

-liga pro Hector e diz que não precisa mais trazer a rose! –sorri amarelo.

-O QUE? VOCÊ TINHA MANDADO O HECTOR TRAZER MINHA PRIMA? –Anissa não gostou de saber!

-você tinha desaparecido! Eu ainda não tinha sentido o cheiro do Josh! Precisava de ajuda! Achei que... –ela me interrompeu.

-mantenha as Hesse fora disso! Nós somos dissimuladas Gustavo! Rose não é confiável! –Anissa bufou –me dá logo o celular! –ela rosnou.

Entreguei o celular e ela ligou pra Hector.

Enquanto isso sentei no banco de trás do carro de Jeremy, com Bonny.

Agora finalmente eu podia responder suas perguntas.

-você é um...lobisomem. –percebi que isso era difícil pra ela.

Resolvi dificultar mais ainda!

-West um vampiro e Anissa uma bruxa! –sorri amarelo.

-O QUE? –Bonny se alterou.

-Peter West é um vampiro metamorfo, ou seja, filho de um vampiro com uma humana, ele faz parte do importante clã West. Eu sou um lobisomem Maldonado. E Anissa é uma bruxa Hesse! –comecei.

-e? –Bonny resolveu ouvir.

-há mais de um século, acho eu, o mundo da escuridão entrou em guerra. Vampiros, bruxas e lobisomens estavam se matando. A maioria morreu. Mas o vampiro Sean Joseph West, o lobisomem Juan Maldonado e a bruxa Angelika Hesse ainda estavam vivos. Estavam vivos e queriam continuar assim. Então eles fizeram um pacto de paz, juntamente da bruxa Jara Kaylis. Mas, a grande surpresa foi quando o vampiro e o lobisomem se apaixonaram pela bruxa Hesse, e ela se apaixonou pelos dois. Os três viveram um triângulo, que não se sabe ao certo o motivo, mas acabou. Eles quase voltaram a guerra, foi então que fizeram o pacto. A cada geração; um lobisomem Maldonado, uma bruxa Hesse e um vampiro West honrariam esse triângulo. Viveriam sua eternidade juntos, se amando, respeitando e mantendo a paz no nosso mundo. Caso se negassem a cumprir seu destino, seriam julgados e possivelmente condenados a morte no castelo dos West. Eu, West e Anissa nascemos escolhidos. Quando tínhamos treze anos aceitamos honras esse pacto e o selamos com sangue, quando Anissa fizer 21 nós vamos oficialmente assumi-lo e honrá-lo, no castelo das Hesse, e então passaremos nossa eternidade juntos. Esse pelo menos era o programado. Mas West queria Anissa só pra ele, começamos a brigar, o bando resolveu intervir! Foi então que me apaixonei por você e Anissa assumiu que seu coração permanecia apenas a West. Mas ele se meteu com Kelly, por ciúme, e agora fugiu. Quando voltarmos pra Roswell...nosso destino já está decidido. E a única coisa certa pra mim agora é meu amor por você. –expliquei, confessei, escancarei os segredos!

-isso não é fácil pra mim Gustavo. Você sabe como eu sou cética. –Bonny sorriu –mas eu te amo e quero estar com você. –ela prometeu.

-te amo! –sorri e nos beijamos apaixonadamente.

-vamos? –Anissa apareceu na janela do carro.

-já falou com Hector? –indaguei.

-já! Ele ficou bravo por ter que ir até a Áustria por nada! –Anissa riu.

-bem, mas já que está tudo resolvido, vamos embora logo! Antes que Josh acorde e volte correndo pra Roswell, pra nos dedurar! –falei.

-ok! Mas, antes, vocês estão bem? –Anissa fitou a mim e a Bonny.

-sim. –sorri.

-os segredos acabaram. Mas ainda tenho algumas dúvidas! –Bonny falou.

-no caminho eu te conto! –Anissa entrou no carro, sentando no banco do carona.

Passei pro volante e Bonny se ajeitou com Jojo e...arg, Tavinho!

E partimos!

Anissa e eu demos todos os detalhes a Bonny!

Super velocidade, super audição, se West bebia sangue, do que Anissa era capaz com seus poderes e todos os afins.

Escureceu!

Já deveria ser umas 21h.

Onde andaria West?

Narração de Anissa:

Já era tarde

Estávamos cansados!

Aff!

Mas, sinceramente, eu estava feliz por Gustavo.

Durante muito tempo eu não assumi que amava apenas West por dois motivos: o primeiro motivo era medo e o segundo era culpa.

Culpa de como Gustavo ficaria.

Mas agora ele tinha Bonny e a amava.

E ela não era má pessoa!

Eu realmente estava começando a gostar da garota. E ela aceitar o segredo de Gustavo fez com que subisse no meu conceito.

Mas, apesar de estar feliz por ele, estava também meio triste.

Afinal, agora eu estava sozinha!

Eu cresci tendo um lindo lobisomem e um lindo vampiro fazendo tudo pra ter minha atenção e meu amor!

Agora Gustavo e Bonny juram amor eterno, enquanto Peter foge com a vadia da Kelly!

E eu...

Sobrei!

Sozinha, descabelada por dormir no carro, jurada de morte e sem poderes!

Meu Deus!

Sou a pior bruxa da história!

Estávamos na estrada, já estava tudo muito escuro, de repente Gustavo estava quase dormindo na direção.

-você está bem? –o fitei.

-tô! –ele disse, quase fechando os olhos.

-você tá com sono! Deixa que eu dirijo! –tentei.

-não! Eu tô legal! Lobisomens são resistentes! –ele deu um sorrisinho prepotente.

Gustavo estava realmente feliz de por ser o que ele era, ou seja, um lobisomem, na frente de Bonny!

-Gustavo você precisa dormir! –briguei!

-não! –ele brigou de volta.

Bonny observou rindo.

-vocês parecem irmãos! –ele exclamou.

E ela estava certa!

Parecíamos mesmo!

E nos amávamos como se fossemos isso: irmãos!

-Gustavo Maldonado, como sua bruxa prometida eu ordeno: deixe-me dirigir esse carro e descanse um pouco! Você está sem dormir desde que abandonamos Roswell! –tentei mais uma vez.

Gustavo me olhou seriamente e então riu me provocando.

-não! –ele rosnou.

-ahhh!!! Gustavo! –rosnei.

E então, um vulto passou por minha janela!

Reconheci o vulto pelo acelerar do meu coração!

-West! –exclamei.

-heim? –Bonny perguntou curiosa.

-não querida, West é o outro. Eu sou o Gustavo! –Gustavo zoou.

-respire! O que você sente? –o fitei.

-cheiro de sanguessuga! West!!!! –ele freou com tudo e estacionou no meio da estrada deserta.

West!

Meu Deus!

Se era mesmo ele...

Aí!

Narração de Peter West:

Aquele Porsche me era familiar, posso jurar que vi o rosto de Anissa e estou sentindo cheiro de lobisomem!

Melhor voltar!

E voltei!

Voltei, na direção contrária de Roswell, correndo na velocidade vampiro!

Quando passei, o carro estava estacionado.

Parei a alguns metros de distância, olhei pra trás e a vi!

Anissa!!!!!!!

Só de pensar em nunca mais vê-la, tocá-la, amá-la, protegê-la, fazer com que ela soubesse o quanto eu a amava...

Corri em velocidade vampiro até ela e parei há centímetros dela.

-Peter West. –ela falou com a voz fraca.

-Anissa Hesse! –falei com firmeza.

E ficamos nos encarando.

Ela tinha todo direito de ficar magoada comigo!

É claro!

Fugi com Kelly Kaylis!

Ou melhor, tô até achando que fui é seqüestrado por aquela mala!

Se bem que, ela conseguiu: agora eu amava ser um vampiro!

Era só lembrar de ter mordido ela!

Haha!

-Peter West, seu canalha! Sanguessuga! Sugador de sangue! Morcego! EU VOU MATAR VOCÊ!!!! –Gustavo rosnou.

-Gustavo? –o fitei.

Ele veio atrás de mim?

Interessante!

Mas não tão interessante quanto ver Bonny, encostada no carro, com Gustavo e com a cabeça deitada no ombro dele.

Eles estavam juntos?

-como você pode? –Anissa finalmente falou.

-me perdoe, o que eu fiz foi errado, mas saiba que eu mordi a Kelly! –tentei.

-O QUE??? –Bonny se apavorou.

É!

Pelo jeito, ela também já sabia que eu era um vampiro!

-não se preocupe, bruxas não morrem nem se transformar com mordidas de vampiros! –falei.

-bruxas? –ela fitou Gustavo.

Eles entraram no carro, posso jurar que vi meu gato e outro gato no banco de trás!

Bem, Gustavo e Bonny sentaram na frente e ele ficou lhe contando sobre as bruxas Kaylis.

-não me importa se você a mordeu ou não. O que me importa é que você foi um egoísta e olhou apenas o seu lado, sem nunca considerar o quanto era difícil pra mim ter que amar você e Gustavo. Sendo que, desde pequena, eu sempre amei mais a você do que a ele. Você foi egoísta por não ver meu sofrimento, não entender meu lado e trair minha confiança, beijando e fugindo com Kelly. Você reclamou a vida inteira West! Só sabe fazer isso! Reclama de ser um vampiro, de ter que me dividir, de ter que honrar o pacto, do seu pai, do Gustavo, de tudo! Você só sabe reclamar. Mas não aceita que reclamem de vocês. Você não é imune a erros e o que você fez não tem perdão. Pelo menos não agora. Talvez um dia eu consiga perdoar você, mas agora eu mau consigo olhar pra sua cara! Eu mentiria se dissesse que não te amo mais. Mas, mesmo amando você, eu tenho nojo do que fez, do seu comportamento...de você! Você sempre reclamou dizendo que por ser um vampiro era um monstro. Escuta essa: você não é um monstro por ser um vampiro. Você é um monstro pelas decisões que você toma, pelo seu egoísmo e pela sua falta de amor próprio. Eu te amo Peter West, mas isso me trás mais tristezas do que alegrias. Adeus! –Anissa falou, e terminou chorando.

Eu também estava chorando!

Não!

-não! Eu sei que eu errei. Mas eu te amo! Me desculpa! Me perdoa! Anissa... –tentei abraçá-la, ela me afastou.

-não! Quando eu era pequena você cuidava de mim, não deixava ninguém me ferir. Mas crescemos e quem acabou me ferindo foi você. Eu nunca esperei isso. Eu...não dá Peter! –ela me afastou novamente, chorando.

Não!

-Anissa não! Se você me ama, então... –chorei mais ainda –não pode ser o fim! –a segurei pelos ombros.

-mas é! Está tudo acabado! Esse é o fim. Nós terminamos aqui! –ela falou, entre lágrimas e soluços.

Não, não!

Me aproveitei de minha super força vampiro e a abracei, ela parou de tentar me afastar.

Choramos abraçados, mas eu sabia que era o último abraço, porque eu fitava seu rosto e ela evitava olhar em meus olhos.

Mas não...

Não podia ser o fim!

Nosso amor não podia acabar assim!

Não!

Continua...