Fanfic: Darkness

Narração de Gustavo Maldonado:

Estávamos em casa, e ainda faltavam seis minutos pra meia noite!

Tínhamos tempo!

Eu precisava de tempo!

Tempo pra levar Bonny pra casa!

Quando chegamos à garagem da nossa mansão, Jeremy e Spencer estavam lá, juntamente de Leonard e Carolyn.

Anissa logo desceu das costas de West! Bonny e eu também nos afastamos, ainda não era seguro a família saber sobre nós. Se bem que...eles já deveriam estar especulando!

-West!!! Desculpa! –Carolyn abraçou o irmão.

-foi você que chamou o papai? –West perguntou horrorizado.

-sim! Desculpa! Mas é que eu vi você beijando aquela garota e... –Carolyn tentou se explicar.

-Spencer! Faz um favor! –interrompi.

-levar a ruiva em casa? –Spencer adivinhou.

-isso priminho! Valeu! –sorri.

-venha Bonny. –Spencer chamou.

-te vejo mais tarde? –Bonny me fitou.

-se tudo der certo, nós vemos amanhã. Se não...você é incrível Bonny, conhecer você mudou minha vida, vale à pena morrer por isto! –sorri.

Eu e Bonny nos abraçamos, sob os olhares cautelosos dos irmãos de West e do olha apaixonado de meu primo/cunhado.

-vá! –mandei.

Spencer e Bonny saíram.

-onde eles estão Jeremy? –Anissa perguntou.

-na sala! –Jeremy contou.

-vamos! –Anissa foi na frente.

-vamos! –West a seguiu logo.

-então vamos! –fui atrás dos dois.

Ver Bonny ir embora foi doloroso.

Afinal, eu sabia que aquela poderia ser a última vez que eu a via!

Ela parecia estar quase chorando quando a abracei.

Ela também sabia que meu destino não era bom!

Eu nascido marcado pra obedecer ou morrer!

E eu tinha quebrado as regras!

Nós três tínhamos!

Até Bonny, já que era uma Kaylis...

MEU Deus!!!

Foi nessa hora que percebi, Bonny também estava em risco!

As Kaylis não são envolvidas no triângulo, mas também não podem se meter nele!

Ela teria problemas se descobrissem sobre nós!

Tive que interromper meus pensamentos, chegamos à sala!

Narração de Peter West:

Como eu posso odiá-lo tanto?

Ele é meu pai!

Talvez tivesse ajudado se alguma vez ele tivesse agido como pai!

Quando eu era pequeno ele só falava de quão orgulhoso estava de ter, pela primeira vez, um filho de sangue honrando o triângulo.

Eu era apenas isso pra ele: uma realização profissional!

Mas, estava na hora de atuar!

Meu pai, Juan Maldonado e Angelika Hesse estavam sentados no sofá.

O irônico era que estava na mesma ordem que eu, Gustavo e Anissa costumávamos sentar.

Ele em uma ponta, Anissa no meio e eu na outra!

Eu, Anissa e Gustavo paramos de frente pra eles. Eu em uma ponta, West na outra, Anissa no nosso meio.

Eu segurei sua mão e ela, pra minha surpresa, deixou! Gustavo segurou sua outra mão. Éramos um “triângulo” novamente!

-papai! –sorri cinicamente.

-Peter! –ele sorriu de volta, enquanto levantava e vinha na nossa direção.

-Peter! –Angelika me lançou um olhar reprovador!

Ela sabia!

Ela sabia do que eu tinha feito a Anissa!

-Sean Joseph West! –Gustavo cumprimentou.

-e seu pai, você não cumprimenta? –Juan veio na direção de Gustavo.

-claro. Olá papai! –ele sorriu cinicamente.

-Gustavo. –Angelika sorriu.

-vamos parar ok! Todos aqui já nos conhecemos! E todos sabemos que temos um problema! –Anissa falou irritada.

-exatamente Anissa! Onde vocês três estavam? E que história é essa de desonrar o pacto? E como você se atreve a beijar uma Kaylis, Peter? –meu pai falou, sempre pronto para uma briga.

-eu estava passando por uma fase... –comecei.

-FASE? Você não tem direito a ter fases! –meu pai retrucou.

-já chega! Você nunca se importou comigo! Só com esse maldito acordo! Eu tô nem aí pra esse acordo! –falei.

Mas depois me arrependi.

Eu, Gustavo e Anissa havíamos combinado fingir que estava tudo bem.

Mas, novamente, eu estava sendo egoísta e vendo só o meu lado.

-não é isso que você quer que eu diga? Você não quer ouvir que eu estou revoltado? Lamento papai! Mas não estou! Amo Anissa! Gustavo é como um irmão! Estou ansioso pra passar minha eternidade com eles! E não sei o que Carolyn disse, mas com certeza foi uma tentativa desesperada de chamar sua atenção! –joguei, na esperança de convencê-lo.

-... –meu pai já ia falar, mas alguém se adiantou.

-é verdade Sean! Eu vejo! Peter está falando a verdade. E eu terei uma conversinha com Patrícia Kaylis! Afinal, esse garoto foi enfeitiçado! –Angelika me ajudou.

Pelo jeito que ela olhou nos meus olhos, eu soube: Aquela mulher sabia de tudo que eu tinha feito pra magoar Anissa!

-Anissa! Fale! –meu pai percebeu o que eu também havia notado: Anissa estava doida pra falar!

-eu amo seu filho Sean Joseph West. E também amo o seu Juan Maldonado. Podem verificar, um feitiço Kaylis caiu sobre os dois! recentemente! Eu sugiro que você fale com Alice Kaylis, vovó! –ela sorriu maliciosamente.

Essa era a mulher que eu a amava!

Uma bruxa que não pensava duas vezes em ferrar com Alice!

Haha!

Narração de Anissa:

Alice merecia um castigo!

E eu não estava mentindo!

Ela lançou um feitiço do amor em Gustavo e West essa semana, fazendo com que os dois se apaixonassem por Bonny!

Bem, o feitiço passou e Gustavo continuou amando-a...mas o trio não precisa saber disso!

Bem, o que importa é que eles veriam quando verificasse: Gustavo e West haviam sido enfeitiçados recentemente e não havia sido uma Hesse a responsável!

Então nossa versão se confirmaria.

Sean Joseph West já ia falar algo contra nós novamente, mas...

-verificarei! Agora subam! –vovó sorriu.

-heim? é isso? –Sean olhou para ela indignado.

Mas, além de indignação, eu vi algo mais!

Eu vi o olhar que recebia de West...

Meu Deus!

O triângulo deles acabou, ou seja, eles não estão mais juntos...

Será que minha avó é responsável por toda a amargura de Sean Joseph West?

-subam! –ela mandou uma última vez.

Eu, West e Gustavo subimos!

Mas sabíamos que isso ainda não tinha acabado!

O trio ia discutir!

E decidir nossa sentença!

Eles talvez até fossem embora agora, mas as coisas não estaria acabadas!

Nós estávamos com sérios problemas.

Eu, West e Gustavo nos trancamos no meu quarto.

Gustavo já foi correndo pra janela.

-eu tenho que ver Bonny! –ele disse, enquanto quase pulava.

-não! –rosnei.

-Anissa! Vocês envolveram as Kaylis! Ela, mesmo não aflorando, é uma delas! Eu tenho que... –era um apaixonado desesperado!

Até que era fofo!

-Gustavo! A Bonny não vai estar envolvida... –tentei.

-a Kelly e a Alice sabem sobre eu e Bonny! –ele choramingou.

-não se preocupe! Elas vão proteger a prima! –West tentou.

West...

Eu odiava ainda me sentir assim perto dele!

Assim como?

Apaixonadamente apaixonada!

Arg!

Ele realmente não merecia!

-desculpem! Eu preciso ver Bonny! –Gustavo falou e se jogou pela janela. Quando chegou ao chão já estava transformado em lobo.

-ele vai chegar nu na casa dela? –West me fitou.

Ele queria fingir que estava tudo bem?

Que éramos apenas amigos agora?

Ok!

-talvez ela não se importe! –retruquei.

-ok! Anissa... –ele começou.

-eu já falei tudo que tinha pra falar, Peter! Agora eu quero dormir! –carinhosamente o expulsei do meu quarto.

-te amo! –ele sussurrou enquanto saia.

Pronto!

Tranquei a porta do meu quarto, tranquei a janela e estava sozinha...

Agora eu podia me jogar na minha cama e chorar!

E foi isso que eu fiz!

Porque...estava doendo!

Muito!

West...

Narração de Bonny Jones:

Edward Spencer levou em casa.

-eu não posso ficar aqui Edward! –falei.

-please! Me chama de Spencer! –ele deu um sorrisinho.

Spencer combinava mais com ele.

-ok! Spencer! Eu não posso voltar pra essa casa! Minha família mentiu pra mim a vida inteira! –agora eu estava começando a enxergar isso!

Toda vez que meu pai tentava falar sobre bruxas, vampiros, lobisomens e coisas do gênero eu cortava o assunto, pois julgava não ter nada a ver comigo...

Eu estava enganada!

Ele estava tentando...

Tentando me contar que eu era uma bruxa não aflorada!

-ás vezes mentimos pra quem amamos Bonny! É mais fácil! Você não aflorou, então seus pais não viram razão pra te contar. Você sempre foi incrédula, estava melhor sem saber! –ele sorriu.

Pensando bem...

Minha mãe me contou!

Antes de eu fugir...

-ela tentou me falar! –murmurei.

-Bonny, as Kaylis são sua família! Vão estar te esperando de braços abertos. Vão te dar detalhes sobre essa vida. –Spencer sorriu.

-você está certo! –sorri de volta.

-como se isso fosse novidade! –ele exclamou presunçoso. Eu ri!

Esse mundo da escuridão era um mundo totalmente novo pra mim!

Vampiros, lobisomens, bruxas...

Essas pessoas estavam ligadas de uma maneira que eu talvez nunca entendesse...

-bobo! –ri.

-Bonny, posso te dar um conselho? –Spencer começou.

-claro! –sorri meio receosa.

-eu adoro você e amo ver meu primo feliz. Mas...é perigoso você e Gustavo continuarem se vendo! –ele falou seriamente.

-mas...eu o amo! –era verdade.

Mas o que Spencer estava dizendo também era verdade...

-eu vou conversar com Gustavo! –dei um sorriso fraco.

-obrigado. Ele já deve estar chegando! –Spencer falou.

-heim? –não entendi.

-super olfato! –Spencer sorriu e foi embora naquela velocidade que só eles sabem.

Eu já estava entrando em casa, quando vi aquele já conhecido lobo marrom.

-Gustavo! –exclamei.

Conti...

O QUE???

Mas eu não ia narrar duas vezes hoje?

Ia! Eu sei! Desculpinha!

Não desculpo!

Quero narrar!

Aff!

Ok! Mas rapidinho!

Ok!

Narração de Gustavo Maldonado:

Bonny!

Voltei a forma humana e permaneci atrás de um arbusto, seria constrangedor se Bonny me visse nu!

-Gustavo? –ela chamou.

-eu te amo! –foi tudo que consegui dizer.

-você está bem? –ela notou.

-não! Eu não posso ficar bem sem você! –falei.

Meu Deus!

Eu a amava tanto e tudo que eu estava fazendo era colocando-a em perigo!

-também te amo! –ela sorriu. –mas... –ela começou

Ah não!

Eu tinha ouso o papo do Spencer!

Lá vinha bomba!

-eu te amo! Talvez eu não possa ficar com você pra sempre, como eu quero. Mas quero ficar o máximo de tempo possível! –falei com minha voz fraca.

Eu podia sentir as lágrimas querendo sair!

Bonny...

-eu também!!! –ela se rendeu, entrou no arbusto e me abraçou.

Senti sensações estranhas, meu corpo reagiu, prefiro não relatar o corrido...

Bonny saiu do arbusto, envergonhada.

Mas não tanto quanto eu!

-er... –comecei.

-a gente se vê amanhã na escola? –ela sorriu.

Eu estava com esperanças que ela me convidasse pra entrar, confesso...

Mas acho que ainda não era hora!

-ok! –prometi.

-te amo! –ela repetiu.

-eu também! –e como amava!

-tchau! –ela sorriu.

Ela respirou fundo, pegou sua mochila e entrou em casa.

Estava na hora dela encarar sua família!

E eu voltei pra casa!

Tinha que conferir se Jeremy já tinha buscado as criaturas...quer dizer, gatos!

Bonny, boa sorte!

Continua...