Fanfic: Darkness

Narração de Peter West:

-você ficou doido? Como seduzir a Kelly vai ajudar a gente? Pelo amor de Deus Peter, pelo menos uma vez na vida tenta usar o cérebro! –Gustavo rosnou.

Gargalhei!

Sabia que ele reagiria assim.

-estúpido! –falei entre risos.

-heim? –ele me encarou, ainda perplexo.

-quais as únicas bruxas capazes da imortalidade? –o encarei.

-as Hesse, mas você já é imortal, não precisa delas! E o que isso tem a ver com... –o interrompi.

-dar ou tirar a imortalidade é o feitiço especial das Hesse. Quase todas sabem. –falei, agora seriamente.

-e? –Gustavo perguntou, ainda confuso.

-as Kaylis também tem um dom só delas! –sorri maleficamente.

-hum...qual? –Gustavo já estava entendendo o rumo do meu plano.

-quando Kelly estava tentando me convencer a fugirmos juntos, ela disse “Fique comigo e eu faço um feitiço, que nenhuma das Hesse conhece e nenhuma das Kaylis revela, eles jamais te encontrarão!”. Sabe o que isso quer dizer? –o fitei.

-um feitiço que jamais te encontrarão? É... –Gustavo estava deslumbrado.

-a solução ideal! –completei sua frase por ele.

-mas você mordeu a Kelly, se alimentou dela, destruiu o coração da garota e lhe deu “o” fora! Ela jamais ajudaria! –o “gênio” notou.

-você falou certo! Eu destruiu o coração dela. O que significa que eu também posso concertá-lo. –dei um sorrisinho.

Modéstia à parte, era o plano perfeito!

-mas...se você fizer isso e não contar pra Anissa, ela jamais vai olhar na sua cara de novo. –Gustavo me encarou preocupado.

O plano não era tão perfeito assim.

Eu tinha que correr o risco de perder o amor de Anissa pra sempre!

-se Anissa souber do plano, ela não vai disfarçar direito. Kelly vai desconfiar que está sendo usado e aí já era. –expliquei.

Gustavo meditou um pouco.

-talvez dê certo! –ele falou meio desanimado.

-“talvez” não! Vai dar certo! –falei entre dentes.

-é nessas horas que você mostra que é filho de Sean Joseph West! –ele provocou inocentemente.

-cuidado com as palavras cachorro! E se tinha alguma coisa pra herdar de boa do Sean é isso: os West sempre conseguem o que querem! –falei.

Confesso, não fui modesto!

Mas eu estava certo, como sempre!

Afinal, meu pai não era temido apenas pelos vampiros, mas pelas outras raças da escuridão também!

Os jovens lobinhos o respeitavam!

As bruxas não, afinal são mulheres!

E se tem uma coisa que aprendi com Anissa é que ninguém as obriga a algo!

Mulheres, tanto bruxas como humanas, sempre fazem o que querem!

Afinal, eu e Gustavo estamos aqui sendo torturados por Bonny e Anissa!

Mas o fato delas fazerem o que querem apenas torna meu plano mais fácil!

Se eu convencer Kelly de enfeitiçar eu e companhia é o que ela quer, tudo dará certo!

Boa sorte pra mim!

Hehe!

Narração de Anissa:

Onde andariam Gustavo e West?

Bem, não importa!

Fui pra sala da mansão, tinha uma tarefa de literatura pra fazer, mas todo o barulho de Spencer e Jeremy não estava ajudando!

Eles estavam brigando por causa de Tavinho, o gato!

Eles estavam sentados no sofá, discutindo!

Até que...

-dá pra calarem a boca?! –falei irritada.

-meu Deus! Alguém precisa se acalmar! –Spencer começou.

-alguém precisa voltar pra casa! Quando vocês dois vão embora afinal? –a presença deles já estava irritando.

-que isso Anissa! Não estamos aqui nem há uma semana! –Jeremy se fez de ofendido.

-pois pra mim parece uma eternidade! –rosnei.

-o que você não percebe é que é melhor ter a gente aqui do que outros! –Spencer lembrou seriamente.

Sabia que eles não estavam aqui por opção!

-como assim? –perguntei desconfiada.

-se eu e Jeremy sairmos, provavelmente seremos substituídos por figuras como Victor West e Martin Maldonado! –Spencer falou.

-nós pelo menos estamos do lado de vocês. Eu e Spencer conversamos e chegamos a conclusão de que tudo que queremos é que Gustavo e Peter sejam felizes. Afinal eles são nossa família. –Jeremy falou inspirado.

-e você também! É claro! –Spencer deu um caloroso sorriso.

-obrigada garotos! E desculpem, mas é que estou meio estressada ultimamente e vocês dois discutirem por causa do Tavinho não tá ajudando! –expliquei.

-morar numa casa com vampiros e gatos não tá ajudando! Eu sou um lobisomem! É da minha natureza odiar essas duas raças! –Spencer falou com nojo.

-obrigado! –Jeremy falou sarcástico.

-querido Jeremy, você não conta! Você é praticamente da família! Quando eu casar com a irmã do Gustavo, a bela Natalia Maldonado, você vai ser meu padrinho de casamento e também vai impedir que meu genro e meu sogro me matem! –Spencer brincou.

-“primo”!!! –Jeremy sorriu.

-“primo”!!! – Spencer concordou.

E eles deram um pequeno abraço.

-pois é, pelo jeito vocês já se entenderam! –notei!

Eles apenas sorriram.

-vamos dar uma volta? –Spencer convidou.

-só se for agora! –Jeremy concordou.

E eles saíram.

Quando estavam saindo, alguém estava chegando!

Narração de Bonny Jones:

-Anissa!!! Preciso da sua ajuda! –já cheguei chegando!

Mas era urgente!

-meu Deus Bonny! Que foi? –ela perguntou.

-eu fui pra casa com a minha mãe e ela começou a dar um sermão. Dizendo que eu estava fazendo a coisa certa em me afastar de Gustavo e que era errado me envolver com ele ou com qualquer outro lobisomem ou vampiro. Que já que eu tinha nascido humana tinha sorte de poder escolher um namorado humano. Como Doug. Doug é meu ex-namorado. Já falei dele? Bem, não importa! Aí ela disse que tinha o plano perfeito. Fiquei nervosa na hora! E quando ela explicou foi pior ainda! Sabe o baile da primavera que é daqui há alguns dias? Pois é! Minha mãe me obrigou a voltar na escola e agora eu sou responsável pela organização do baile! Ela disse que isso vai manter minha mente ocupada! Socorro!!! Eu sou o tipo de garota rebelde! Eu não preparo bailes! Isso é coisa de líder de torcida! De Alice! E, além de tudo, estou morrendo de saudades do Gustavo! E dói ficar longe dele. E aí me ocorreu que talvez minha mãe esteja certa e seja uma boa idéia planejar o baile e me manter ocupada. Mas eu nunca planejei um baile antes! Preciso de ajuda! E você também precisa manter sua mente ocupada, já que você está esperando o momento certo de perdoar o West. Aí eu pensei: que tal unir o útil ao agradável? E aí, você topa? –despejei tudo de uma vez!

Como dá pra perceber, eu costumo tagarelar quando estou nervosa!

Depois de alguns segundos, quando Anissa conseguiu digerir a informação!

-er...hã. Topo o que? –ela ficou confusa!

Com razão!

Confesso!

-me ajuda a planejar o baile ou não? –perguntei.

Anissa me encarou perplexa e então gargalhou.

-isso é um sim? –arrisquei, a expressão de Anissa ficou séria.

-aí meu Deus! Você tá falando sério! –ela notou.

-sim! Topa? Por favor? Please! Por favorzinho? –implorei.

-hã....não! –ela respondeu friamente.

-Anissa! –pressionei.

Se tem uma coisa que aprendi com Jojo, minha gata, é a fazer carinha de gatinha sem dona quando quero alguma coisa.

Mas, infelizmente, com Anissa isso não funciona!

-não! –ela repetiu sorrindo.

-Anissa!!! Vai ser perfeito! –tentei, mas eu não acreditava realmente que seria perfeito!

-o que te faz pensar que eu sou o tipo de garota que vai a bailes escolares? –Anissa jogou.

-você namorava West e Gustavo. Achei que não perderia a chance de exibir eles pra escola inteira! –falei.

-é, você tá certa. Nós últimos 4 anos tenho ido a bailes só por esse motivo. –ela confessou –é divertido. Apensar de que West e Gustavo sempre acabam brigando com Josh e companhia. –ela lembrou e riu.

-parece divertido! E então? Topa? –tentei mais uma vez!

-você está esquecendo um pequeno detalhe! Apesar de perante as bruxas, os vampiros e os lobisomens eu ainda namorar West e Gustavo, na realidade estou solteira! –ela jogou mais uma vez.

-acho que você adoraria ir ao baile só com o West dessa vez! Seria a oportunidade perfeita dele provar que mudou e vocês fazerem as pazes. –finalmente um jeito de convencê-la!

-hum...ok! Mas só faço isso por que sou amiga! –ela sorriu.

-aham, sei! –provoquei!

-Bonny! –ela brigou.

E ficamos lá rindo e logo começamos a planejar!

Jeito perfeito de não pensar naqueles dois!

Onde eles andariam afinal?

Narração de Gustavo Maldonado:

-o que estamos fazendo aqui afinal? –perguntei a West.

Ainda achava meio doido o plano dele.

Mas tinha chances de funcionar!

Mas se arriscar a perder a Anissa...

Sorte minha que a Kelly se apaixonou por ele e não por mim!

Haha!

Se bem que...

O que ele tem que eu não tenho!

Ah!!!

Controle seus pensamentos Gustavo Maldonado!

Você sabe que só está inseguro desse jeito por causa do fora mudo da Bonny!

Bonny...

Aí, aí!

-a lanchonete é um ponto de encontro pros jovens de Roswell e pros caçadores de alienígenas! Foi aqui que eu e Kelly nos conhecemos! É o lugar perfeito! –West respondeu, enquanto sentamos em uma mesa.

-mas... –comecei –você bebe sangue e eu como muito mais que uma pessoa normal! –sussurrei.

-eu sou meio humano lembra? Posso comer também! Não sinto gosto nenhum, sangue é melhor! Mas isso não me impede! E você pode comer um pouquinho pelo menos uma vez na vida! –West sussurrou de volta.

-aff! Ok! –bufei.

E começamos a olhar o cardápio.

De repente eles entraram!

Alice Kaylis, Mel Kaylis, Josh Baker, Todd Baker, Lola Maldonado (Vanessa Hudgens) e Martín Maldonado (Kevin Jonas).

Os lobisomens que, na minha opinião, envergonham nosso bando!

-a festa começou! –West surrou pra mim.

-hora, hora! Vejam! Olá meninos! –Josh começou, enquanto sentava na mesa atrás da nossa.

-você não deveria estar preso não? –retruquei.

-haha! Que engraçado! Cadê Anissa? –ele continuou.

-hora Josh! Esse é o tipo de perguntar que você faz é pro West! Pro Gustavo você pergunta da Bonny! –Alice também provocou, enquanto sentava ao lado de West, na nossa mesa!

Folgada!!!

Folgados e caras-de-pau!

Todos do bando, do clã e das famílias Hesse e Kaylis sabem que a crise que houve entre eu, West e Anissa – e que eles pensam estar resolvida, ou não? –é assunto intocável!

-não seja má Alice! –Lola falou cinicamente, enquanto sentavam com Josh.

-e não seja estúpida! Esses dois mau conseguem controlar a si mesmos, imagina Anissa e essa tal de Bonny! –Martín também “ajudou”, enquanto sentavam com Josh e Lola.

Mel era legal, então arrastou Todd pra sentar no balcão!

-você tá certo! –Alice sorriu.

-sabe Alicinha, tem uma diferença entre ser uma bruxa, literalmente, e ser uma “bruxa” nas gírias dos humanos. Felizmente, com você essa diferença não existe! –West respondeu a altura.

-ha-ha! –Alice falou despeitada.

A discussão estava prestes a ficar melhor, mas de repente Kelly Kaylis adentrou o recinto.

Eu e Gustavo nos entreolhamos.

-vamos? –ele chamou.

-vamos! –sorri.

-isso! fujam! –Josh provocou.

Nós o ignoramos e saímos.

Quando Kelly entrava, West e saia e “acidentalmente” esbarrou nela.

Era o começo!

Continua...