Fanfics Brasil - Capítulo 10 - Tunel do Tempo Irresistível

Fanfic: Irresistível | Tema: Twilight


Capítulo: Capítulo 10 - Tunel do Tempo

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Minha cabeça girou como se eu tivesse sido transportado para a mente dos dois num solavanco.


 


As figuras caminhavam de mãos dadas a passadas largas.


“Cuidado Heidy, muito cuidado. As pessoas aqui não compreenderiam sua existência. Você precisa manter-se humana, sempre humana” – ele avisou.


“Não se preocupe, sei me cuidar” – ela retirou a mão da dele.


Ele a olhou triste porém orgulhoso, havia ensinado tudo o que ela precisaria para sobreviver. Nem humana, nem vampiro. Se para ele já era difícil sabendo o que ele era, como essa garotinha sobreviveria? Ela deveria dedicar-se em ser somente humana, esquecer-se da morte, esquecer-se de seu pai ou da herança poderosa de sua mãe.


“Pai” – a palavra escoou na mente do homem – “Pai...” – novamente, ele recuou, apressando-se em agarrar-lhe as mãos, puxando-a para seus braços, correndo com o vento forte e cortante passando-lhe sobre o rosto, aninhando-a para protegê-la.


“Eu posso correr!” – ela queixou-se tentando livrar-se dos braços fortes – “Pode me soltar Doutor?” – protestou novamente.


Mas ele a prendia ainda mais sentindo que a possível separação iria doer muito mais do que irritá-la agora.


“Heidy, você não entenderia... não entenderia.” – ele soou longe, pensativo – “Eles matariam você”


“Mesmo assim eu ainda posso correr!” – ela rosnou projetando o corpo para a frente desvencilhando-se facilmente dele – “Você não quer ver, porque tem medo!” – seus olhos cintilaram furiosos nos dele.


Ela correu mais rápido que a criatura que a carregava, retornando segundos depois com sua caça, depositando-a no chão próximo a ele. Um cervo jovem, porém grande o suficiente para os dois.


O homem tocou as faces da menina, orgulhoso por ela ter ignorado os humanos a pelo menos 2 km deles e caçado o animal.


“Minha menina” –pensou.


 


Eu conseguia ver tudo como num filme, sabia que meu corpo estava no quarto, que Heidy estava agarrada a Carlisle, sabia que segundos haviam se passado e que os demais presentes ainda não tinham se dado conta que ela beijava papai, minha mente vivendo tudo com eles.


Outro solavanco me levou de volta a eles.


 


“Eu te amo e sempre vou amar” – ele afagou os cabelos encaracolados dela, beijando sua testa em seguida. A fêmea estava maior, uma mulher linda e sedutora, emoldurada num vestido de época, vinho, mas um pouco desgastado.


“Me ama? Me ama mesmo?” – ela empurrou as mãos dele e o encarou, os lábios que estavam em sua testa quase tocaram os lábios dela por causa do rápido movimento. Carlisle recuou assustado.


“Filha!” – ele alertou, dando mais um passo longe dela.


A garota levantou-se, o olhar prendendo o dele, caminhando lentamente na sua direção, Carlisle não se moveu parecendo hipnotizado. Ela tocou seu rosto suavemente, das têmporas descendo até a jugular. Ele estremeceu, mas não moveu-se, seus olhos agora com uma cor dourada forte, radiante, ainda fixos nos dela.


Heidy continuou, sussurrando palavras mudas que eu, como espectador não ouvia, mas pareciam tocar a pele dele como tocavam a minha, como beijos apaixonados.


Ela moveu-se rapidamente prendendo suas pernas em volta do quadril dele, fazendo-o cambalear e deitar-se na grama que estava úmida pelo orvalho noturno. Ele não se importou, segurando-a firmemente pelas pernas.


Ela soltou um riso baixo, triunfante, abaixando-se até tocar-lhe os lábios, num beijo ávido, apaixonado.


Ele não protestou desta vez, nem sentiu culpa, mas entregou-se ao momento como se desejasse ardentemente por aquilo.


Seus braços apoiando-se no chão para levantar o quadril enquanto ela lhe retirava a calça pelos pés e logo em seguida as mãos dele em baixo do vestido dela lançando-o para longe.


Me senti ofegante, como se eu mesmo estivesse ali com ela.


As mãos dele tatearam a linha de seus seios, ela arfou sedenta, a boca beijando o tórax, os lábios o pescoço, onde alcançasse de forma voraz.


Ele apertou os dedos na cintura dela puxando-a para si, o gemido alto seguido pela respiração agitada de ambos me fez virar o rosto. Ela pareceu tocar-me e voltei a olhar.


Estavam sentados agora, um de frente para o outro, ela com as pernas presas ainda no quadril de Carlisle, nua, ofegante, ele culpado abraçado ao corpo dela.


“Porque Heidy, porque?” – a voz chorosa.


“Eu te amo Carlisle, como mulher que eu te amo” – ele ofegou, segurando-a mais forte contra si.


“Não devíamos... ” – ele sussurrou vencido.


“Carl...” – ela fez com que ele a encarasse – “... você não é meu pai, não deve sentir-se culpado por me desejar” – os olhos dele arregalaram-se surpresos – “Você me deseja a tanto tempo quando eu a você” – ela beijou os lábios dele, desta vez com delicadeza.


Como se eu estivesse mais perto deles, ela me fez ver.


Carlisle retirou os lábios dos dela e se levantou devagar, afastando-a. Heidy sorriu, procurando por seu vestido.


Carlisle colocou suas roupas e sem olhar para trás, correu.


 


Emmett, Rosalie e Alice me sacudiam apavorados, Esme tentava separar Heidy e Carlisle, a voz alta, porem eu nada ouvia, a imagem voltando a minha mente com outro solavanco.


 


Heidy estava prostrada sobre o ventre chorando amargamente. O lugar parecia baixo, denso, não mais a campina, nem a grama confortável, estava escuro, talvez uma caverna ou um esconderijo, era frio e úmido e ela parecia com medo.


Ouvi passos fracos, cuidadosos e olhei na mesma direção que ela. Seu coração saltou frenético e ela colocou a mão sobre o peito tentando acalmar-se. Os passos ficaram mais altos a medida que a pessoa... ou mais de uma se aproximava dela.


Ela esgueirou-se para a escuridão forçando seu corpo contra a parede fria, espasmos de fome e frio pareceram não atormentá-la tanto quanto o medo que estava sentindo.


“Garota, sabemos que esta aqui!” – um homem falou quase a entrada da gruta.


“Nós vamos pega-la, deixe as coisas mais fáceis para você menina” – outra voz, mais dura e sarcástica.


Ela tremeu e eu senti vontade de envolve-la em meu peito.


Uma mão tocou seu ombro e ela correu, saindo por entre as pernas do homem que falou primeiro e desvencilhando das mãos do segundo num giro, a luz do sol ofuscou seus olhos, mas ela continuou correndo, ouvindo murmúrios e sentindo coisas sendo atacadas nela.


Ela não parou, seus olhos acostumando-se a claridade e só então notou que estava correndo para o lado errado.


A sua frente havia uma multidão de camponeses com pás, pedras, vassouras, gritando e se aproximando dela, atrás homens da cavalaria do rei, com espadas afiadas e escudos altos. Ela parou, passando os olhos pelo lugar, ela correria o suficiente, mas se corresse com toda sua potencia revelaria o segredo. O segredo do seu amado... seu próprio segredo. Ela esperou, as veias pulsando fortes, o coração disparado no peito. Colocou as mãos sobre os joelhos descansando.. eu não conseguia ouvir seus pensamentos, mas sua expressão era de entrega.


Ela sentou-se no meio da multidão, entre as duas que a alcançavam agora e esperou, os olhos fechados.


Heidy me permitiu sondar os pensamentos dela em minha visão.


Eram de Carlisle, Carlisle e...


 


Senti o soco forte, o baque alto do murro que Emmett deu em Heidy livrando Carlisle da prisão de seus lábios. Cai de costas na cama enquanto ela riu alto, descontrolada firmando-se em seus pés.


Emmett avançou novamente e Carlisle segurou seu braço, os olhos fixos no rosto familiar.


“Princesa?” – ele sussurrou, a voz aflita e curiosa.


Todos pararam, as coisas acontecendo em câmera lenta.


Eu consegui pensar. Ela nos mandou fugir e estava distante, mas de repente está aqui. Ela me fez ver tudo isso, sendo que sou humano agora, não leio mais pensamentos, ela e Carlisle tiveram um caso, as coisas se confundiram no meu cérebro.


“Como assim devolver meus dons Heidy?” – perguntei num sussurro, de algum ponto eu deveria iniciar minhas perguntas.


Ela me lançou um olhar preguiçoso.


“Ah principezinho, você não consegue deduzir?” – ela gargalhou, não parecia mais a mulher que sentia tanta angustia até alguns minutos atrás.


Carlisle segurou no ombro dela delicadamente.


“Heidy” – ele encarou os olhos dela quando ela se virou – “...eu vi você morrer...” – ele estava aflito.


Não podia ouvir seus pensamentos, mas sentia nos seus olhos, nas suas costas curvadas, nos seus dedos tensionados abaixo do punho.


“E eu morri” – ela disse entre os dentes.


“Porque precisamos sair de Forks?” – fui firme.


“Porque vocês não vão querer estar aqui quando ele chegar” – ela olhou para Carlisle. A expressão dele foi da duvida ao entendimento e ao pavor, em segundos.


“O que você fez?” – ele perguntou ainda mais baixo para estes meus ouvidos fracos.


Ela tocou o rosto dele com carinho e repulsa ao mesmo tempo, parecendo lutar com suas emoções.


“Eu disse que alguns vampiros haviam voltado a ser humanos misteriosamente” – ela o soltou e suspirou longamente.


Ninguém falou por alguns minutos e eu quis ardentemente poder ouvi-los.


“Quem é ela?” – Esme se perguntava, angustiada, revendo a cena em que ela havia beijado Carlisle.


“O que ele fará com Edward e Alice?... não há esconderijo... não com eles cheirando tão diferente assim.” – Carlisle me olhou ainda preso em seus pensamentos – “Ele vai...” – ele fez uma cara de nojo suprimindo o pensamento.


Fechei os olhos tentando ouvir mais, mas tudo ficou como breu.


Você me cansa Edward” – ouvi os pensamentos de Heidy que me lançou um olhar reprovador.


“Porque te canso?” – perguntei a voz plena quebrando o silêncio.


Ela me olhou tão aturdida quanto os outros.


“Você me ouviu?” – perguntou sem me deixar responder, na verdade nem eu havia notado – “Ah... me pegou distraída de novo meu príncipe” – ela suspirou.


“Distraída?”


Heidy fez uma careta cansada.


“Não vou te explicar meus dons” – ela olhou para Carlisle – “se quiserem ficar e lidar com ele, fiquem a vontade. Vou até Forks. Alguém precisa da minha proteção” – ela me olhou raivosa – “Não se aproxime da escola Edward”


E lançou-se pela janela sumindo na escuridão.


Ninguém foi atrás, o que foi estranho. Mais estranho ela dizer que alguém precisava de proteção e para que eu não vá a escola. Que dons? Ela tinha odor humano, pele apesar de branca, levemente corada. Os olhos verdes... ela não era vampiro.


Todos pareciam estar pensando a mesma coisa.


“Pai” – Alice sussurrou – “Pai” – ela bradou mais forte – “PAI!”


Todos olharam.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



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  • mariscotti Postado em 05/03/2012 - 15:13:34

    lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa o ed me ama, ele queria ser eu AUAHUAHAUH

  • julieta_cullen Postado em 05/03/2012 - 15:05:56

    Ahhhhhhhhhhhhhhhh! Agora estou aquii.. Cheguei chegando, e estou com ciúmes do Edward Masen RUN"

  • mariscotti Postado em 02/03/2012 - 07:46:00

    Eu tenho leitoooooooooooooores *-------* vou postar meninas, obrigada por comentarem

  • jemayrebelde Postado em 24/02/2012 - 19:34:18

    Posta mais!!!

  • enyla_carol Postado em 24/02/2012 - 13:50:53

    Adoreeeei! Posta mais mais mais mais mais mais mais

  • mariscotti Postado em 25/01/2012 - 13:23:04

    ah que rápido você!! Lindoooooo *-*

  • edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:16:58

    lembro que quando li esse capitulo pela primeira vez quase morri de tensão e vc levou umas duas semanas pra postar o seguinte! Alice mata mesmo o Edward?

  • edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:16:09

    postaaaa

  • edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:15:36

    Vai postar tudo hoje?? Bella perfeita

  • edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:14:59

    Eu li no Nyah já, mas esta perfeita como sempre! Posta maissss


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