Fanfic: Irresistível | Tema: Twilight
Minha cabeça girou como se eu tivesse sido transportado para a mente dos dois num solavanco.
As figuras caminhavam de mãos dadas a passadas largas.
“Cuidado Heidy, muito cuidado. As pessoas aqui não compreenderiam sua existência. Você precisa manter-se humana, sempre humana” – ele avisou.
“Não se preocupe, sei me cuidar” – ela retirou a mão da dele.
Ele a olhou triste porém orgulhoso, havia ensinado tudo o que ela precisaria para sobreviver. Nem humana, nem vampiro. Se para ele já era difícil sabendo o que ele era, como essa garotinha sobreviveria? Ela deveria dedicar-se em ser somente humana, esquecer-se da morte, esquecer-se de seu pai ou da herança poderosa de sua mãe.
“Pai” – a palavra escoou na mente do homem – “Pai...” – novamente, ele recuou, apressando-se em agarrar-lhe as mãos, puxando-a para seus braços, correndo com o vento forte e cortante passando-lhe sobre o rosto, aninhando-a para protegê-la.
“Eu posso correr!” – ela queixou-se tentando livrar-se dos braços fortes – “Pode me soltar Doutor?” – protestou novamente.
Mas ele a prendia ainda mais sentindo que a possível separação iria doer muito mais do que irritá-la agora.
“Heidy, você não entenderia... não entenderia.” – ele soou longe, pensativo – “Eles matariam você”
“Mesmo assim eu ainda posso correr!” – ela rosnou projetando o corpo para a frente desvencilhando-se facilmente dele – “Você não quer ver, porque tem medo!” – seus olhos cintilaram furiosos nos dele.
Ela correu mais rápido que a criatura que a carregava, retornando segundos depois com sua caça, depositando-a no chão próximo a ele. Um cervo jovem, porém grande o suficiente para os dois.
O homem tocou as faces da menina, orgulhoso por ela ter ignorado os humanos a pelo menos 2 km deles e caçado o animal.
“Minha menina” –pensou.
Eu conseguia ver tudo como num filme, sabia que meu corpo estava no quarto, que Heidy estava agarrada a Carlisle, sabia que segundos haviam se passado e que os demais presentes ainda não tinham se dado conta que ela beijava papai, minha mente vivendo tudo com eles.
Outro solavanco me levou de volta a eles.
“Eu te amo e sempre vou amar” – ele afagou os cabelos encaracolados dela, beijando sua testa em seguida. A fêmea estava maior, uma mulher linda e sedutora, emoldurada num vestido de época, vinho, mas um pouco desgastado.
“Me ama? Me ama mesmo?” – ela empurrou as mãos dele e o encarou, os lábios que estavam em sua testa quase tocaram os lábios dela por causa do rápido movimento. Carlisle recuou assustado.
“Filha!” – ele alertou, dando mais um passo longe dela.
A garota levantou-se, o olhar prendendo o dele, caminhando lentamente na sua direção, Carlisle não se moveu parecendo hipnotizado. Ela tocou seu rosto suavemente, das têmporas descendo até a jugular. Ele estremeceu, mas não moveu-se, seus olhos agora com uma cor dourada forte, radiante, ainda fixos nos dela.
Heidy continuou, sussurrando palavras mudas que eu, como espectador não ouvia, mas pareciam tocar a pele dele como tocavam a minha, como beijos apaixonados.
Ela moveu-se rapidamente prendendo suas pernas em volta do quadril dele, fazendo-o cambalear e deitar-se na grama que estava úmida pelo orvalho noturno. Ele não se importou, segurando-a firmemente pelas pernas.
Ela soltou um riso baixo, triunfante, abaixando-se até tocar-lhe os lábios, num beijo ávido, apaixonado.
Ele não protestou desta vez, nem sentiu culpa, mas entregou-se ao momento como se desejasse ardentemente por aquilo.
Seus braços apoiando-se no chão para levantar o quadril enquanto ela lhe retirava a calça pelos pés e logo em seguida as mãos dele em baixo do vestido dela lançando-o para longe.
Me senti ofegante, como se eu mesmo estivesse ali com ela.
As mãos dele tatearam a linha de seus seios, ela arfou sedenta, a boca beijando o tórax, os lábios o pescoço, onde alcançasse de forma voraz.
Ele apertou os dedos na cintura dela puxando-a para si, o gemido alto seguido pela respiração agitada de ambos me fez virar o rosto. Ela pareceu tocar-me e voltei a olhar.
Estavam sentados agora, um de frente para o outro, ela com as pernas presas ainda no quadril de Carlisle, nua, ofegante, ele culpado abraçado ao corpo dela.
“Porque Heidy, porque?” – a voz chorosa.
“Eu te amo Carlisle, como mulher que eu te amo” – ele ofegou, segurando-a mais forte contra si.
“Não devíamos... ” – ele sussurrou vencido.
“Carl...” – ela fez com que ele a encarasse – “... você não é meu pai, não deve sentir-se culpado por me desejar” – os olhos dele arregalaram-se surpresos – “Você me deseja a tanto tempo quando eu a você” – ela beijou os lábios dele, desta vez com delicadeza.
Como se eu estivesse mais perto deles, ela me fez ver.
Carlisle retirou os lábios dos dela e se levantou devagar, afastando-a. Heidy sorriu, procurando por seu vestido.
Carlisle colocou suas roupas e sem olhar para trás, correu.
Emmett, Rosalie e Alice me sacudiam apavorados, Esme tentava separar Heidy e Carlisle, a voz alta, porem eu nada ouvia, a imagem voltando a minha mente com outro solavanco.
Heidy estava prostrada sobre o ventre chorando amargamente. O lugar parecia baixo, denso, não mais a campina, nem a grama confortável, estava escuro, talvez uma caverna ou um esconderijo, era frio e úmido e ela parecia com medo.
Ouvi passos fracos, cuidadosos e olhei na mesma direção que ela. Seu coração saltou frenético e ela colocou a mão sobre o peito tentando acalmar-se. Os passos ficaram mais altos a medida que a pessoa... ou mais de uma se aproximava dela.
Ela esgueirou-se para a escuridão forçando seu corpo contra a parede fria, espasmos de fome e frio pareceram não atormentá-la tanto quanto o medo que estava sentindo.
“Garota, sabemos que esta aqui!” – um homem falou quase a entrada da gruta.
“Nós vamos pega-la, deixe as coisas mais fáceis para você menina” – outra voz, mais dura e sarcástica.
Ela tremeu e eu senti vontade de envolve-la em meu peito.
Uma mão tocou seu ombro e ela correu, saindo por entre as pernas do homem que falou primeiro e desvencilhando das mãos do segundo num giro, a luz do sol ofuscou seus olhos, mas ela continuou correndo, ouvindo murmúrios e sentindo coisas sendo atacadas nela.
Ela não parou, seus olhos acostumando-se a claridade e só então notou que estava correndo para o lado errado.
A sua frente havia uma multidão de camponeses com pás, pedras, vassouras, gritando e se aproximando dela, atrás homens da cavalaria do rei, com espadas afiadas e escudos altos. Ela parou, passando os olhos pelo lugar, ela correria o suficiente, mas se corresse com toda sua potencia revelaria o segredo. O segredo do seu amado... seu próprio segredo. Ela esperou, as veias pulsando fortes, o coração disparado no peito. Colocou as mãos sobre os joelhos descansando.. eu não conseguia ouvir seus pensamentos, mas sua expressão era de entrega.
Ela sentou-se no meio da multidão, entre as duas que a alcançavam agora e esperou, os olhos fechados.
Heidy me permitiu sondar os pensamentos dela em minha visão.
Eram de Carlisle, Carlisle e...
Senti o soco forte, o baque alto do murro que Emmett deu em Heidy livrando Carlisle da prisão de seus lábios. Cai de costas na cama enquanto ela riu alto, descontrolada firmando-se em seus pés.
Emmett avançou novamente e Carlisle segurou seu braço, os olhos fixos no rosto familiar.
“Princesa?” – ele sussurrou, a voz aflita e curiosa.
Todos pararam, as coisas acontecendo em câmera lenta.
Eu consegui pensar. Ela nos mandou fugir e estava distante, mas de repente está aqui. Ela me fez ver tudo isso, sendo que sou humano agora, não leio mais pensamentos, ela e Carlisle tiveram um caso, as coisas se confundiram no meu cérebro.
“Como assim devolver meus dons Heidy?” – perguntei num sussurro, de algum ponto eu deveria iniciar minhas perguntas.
Ela me lançou um olhar preguiçoso.
“Ah principezinho, você não consegue deduzir?” – ela gargalhou, não parecia mais a mulher que sentia tanta angustia até alguns minutos atrás.
Carlisle segurou no ombro dela delicadamente.
“Heidy” – ele encarou os olhos dela quando ela se virou – “...eu vi você morrer...” – ele estava aflito.
Não podia ouvir seus pensamentos, mas sentia nos seus olhos, nas suas costas curvadas, nos seus dedos tensionados abaixo do punho.
“E eu morri” – ela disse entre os dentes.
“Porque precisamos sair de Forks?” – fui firme.
“Porque vocês não vão querer estar aqui quando ele chegar” – ela olhou para Carlisle. A expressão dele foi da duvida ao entendimento e ao pavor, em segundos.
“O que você fez?” – ele perguntou ainda mais baixo para estes meus ouvidos fracos.
Ela tocou o rosto dele com carinho e repulsa ao mesmo tempo, parecendo lutar com suas emoções.
“Eu disse que alguns vampiros haviam voltado a ser humanos misteriosamente” – ela o soltou e suspirou longamente.
Ninguém falou por alguns minutos e eu quis ardentemente poder ouvi-los.
“Quem é ela?” – Esme se perguntava, angustiada, revendo a cena em que ela havia beijado Carlisle.
“O que ele fará com Edward e Alice?... não há esconderijo... não com eles cheirando tão diferente assim.” – Carlisle me olhou ainda preso em seus pensamentos – “Ele vai...” – ele fez uma cara de nojo suprimindo o pensamento.
Fechei os olhos tentando ouvir mais, mas tudo ficou como breu.
“Você me cansa Edward” – ouvi os pensamentos de Heidy que me lançou um olhar reprovador.
“Porque te canso?” – perguntei a voz plena quebrando o silêncio.
Ela me olhou tão aturdida quanto os outros.
“Você me ouviu?” – perguntou sem me deixar responder, na verdade nem eu havia notado – “Ah... me pegou distraída de novo meu príncipe” – ela suspirou.
“Distraída?”
Heidy fez uma careta cansada.
“Não vou te explicar meus dons” – ela olhou para Carlisle – “se quiserem ficar e lidar com ele, fiquem a vontade. Vou até Forks. Alguém precisa da minha proteção” – ela me olhou raivosa – “Não se aproxime da escola Edward”
E lançou-se pela janela sumindo na escuridão.
Ninguém foi atrás, o que foi estranho. Mais estranho ela dizer que alguém precisava de proteção e para que eu não vá a escola. Que dons? Ela tinha odor humano, pele apesar de branca, levemente corada. Os olhos verdes... ela não era vampiro.
Todos pareciam estar pensando a mesma coisa.
“Pai” – Alice sussurrou – “Pai” – ela bradou mais forte – “PAI!”
Todos olharam.
Prévia do próximo capítulo
Pelos olhos de Bella Acordei no hospital, reconheci imediatamente o cheiro de remédio e as paredes pálidas a minha volta. Tentei levantar a cabeça, mas alguém segurou minha testa. “Shhh... você bateu a cabeça Bells” – olhos castanhos penetrantes e um sorriso torto me fizeram suspirar e repousar a cabe&ccedi ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 10
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mariscotti Postado em 05/03/2012 - 15:13:34
lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa o ed me ama, ele queria ser eu AUAHUAHAUH
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julieta_cullen Postado em 05/03/2012 - 15:05:56
Ahhhhhhhhhhhhhhhh! Agora estou aquii.. Cheguei chegando, e estou com ciúmes do Edward Masen RUN"
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mariscotti Postado em 02/03/2012 - 07:46:00
Eu tenho leitoooooooooooooores *-------* vou postar meninas, obrigada por comentarem
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jemayrebelde Postado em 24/02/2012 - 19:34:18
Posta mais!!!
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enyla_carol Postado em 24/02/2012 - 13:50:53
Adoreeeei! Posta mais mais mais mais mais mais mais
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mariscotti Postado em 25/01/2012 - 13:23:04
ah que rápido você!! Lindoooooo *-*
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edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:16:58
lembro que quando li esse capitulo pela primeira vez quase morri de tensão e vc levou umas duas semanas pra postar o seguinte! Alice mata mesmo o Edward?
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edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:16:09
postaaaa
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edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:15:36
Vai postar tudo hoje?? Bella perfeita
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edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:14:59
Eu li no Nyah já, mas esta perfeita como sempre! Posta maissss