Fanfic: Irresistível | Tema: Twilight
Pelos olhos de Heidy
“Não sei como o principezinho agüenta esse dom!” – pensei, saindo irritada pela janela do quarto de Edward – “O Conde” – ironizei, resmungando enquanto corria floresta a dentro.
Eu sabia que eles não viriam atrás de mim e sabia também que Carl não estava nenhum pouco a fim de contar nosso passado. Por hora eu poderia agir sozinha.
Sempre imaginei que ele havia deixado me matarem, que ele queria fugir de mim por eu amá-lo como homem e não como pai, covarde como ele era! Mas... não... aquela lembrança não era de quem fugiu.
Balancei a cabeça me concentrando apenas nas imagens flutuantes das arvores que eu deixava para atrás, uma após a outra.
De repente senti uma dor aguda na cabeça, forte o bastante para me derrubar no chão. Me encolhi próximo ao tronco de uma arvore tentando afastar a visão. Eram perturbadoras essas visões de Alice!!
O céu estava nublado, alguns vampiros e humanos caminhando lado a lado. As cabeças baixas e solenes.
Dois caixões. Um sendo carregado por Carlisle, Emmett e mais dois homens que eu não conhecia. O outro por Jasper, Esme, Rosalie e a garota que protegi daquele imbecil do Edward hoje.
Dois caixões?
A dor sumiu e voltei a enxergar a floresta.
Eu precisava aprender a dominar esse dom. Quem estava no caixão?
Fechei os olhos, o pensamento focado nas mortes recentes, quem estaria dentro daqueles caixões?
“Corre Edward, corre!” – a menina da escola gritava, segurando-o pela mão e puxando-o com força – “Corre..” – ela tropeçou caindo de cara no chão – “.. ah merda!” – Edward se apressou em ajudá-la, olhando para trás com cautela.
“Eu preciso ajudá-los Bella” – ele a colocou em pés – “Vá, e não volte. Vou buscá-la assim que tudo se resolver”.
Ela começou a dizer não com a cabeça e ele a beijou, se afastando em seguida e rumando sentido contrario ao dela.
“Não.. não!” – ela começou a segui-lo.
Ouvi um barulho alto atrás de meus olhos, Edward caiu rígido no chão. Me virei para olhar o que havia acontecido.
“Não! Não... não não não! Não pode ser!” – comecei a pressionar minhas têmporas pensativa - “Merda!” – gritei pro vento que parou de uivar a minha volta no mesmo instante.
Porque eu não conseguia manter a bosta de uma visão?? Droga! Quem ou o que derrubou Edward? Quem estaria nos caixões. Droga! Droga!
Eu sabia que deveria voltar para a Mansão, eu devia isso a eles, afinal eu que havia feito a merda toda. Mas como? Como admitir que eu era mesquinha e vingativa? Que na verdade queria atingir Edward para magoar Carl porem não esperava ver o que vi?... Mas... não... não...
Me encostei no tronco tentando alinhar os pensamentos.
Primeiro: POR QUE. EU. VIM. PRA. CÁ? – gritei comigo mesma em meus pensamentos.
Algumas lembranças indesejadas não saiam da minha mente.
Eu era muito pequena quando notei meu pai pela primeira vez. Fechei meus olhos contando a mim mesma a minha velha história.
“Heidy, vem filha, vem jantar!” – Carl me chamou na cozinha.
Coloquei meu vestido de sair, branco com algumas finas fitas de cetim azul. Ele fazia meu busto ficar mais volumoso - porque eu não era muito bem dotada de corpo... não até uma certa idade - Ri baixinho; enfiei nos pés minhas meus sapatos de sair, prendi o cabelo numa fita azul da cor do vestido e andei devagarzinho até a cozinha.
Nossa casa era subterrânea, abaixo do hospital comunitário. Carl havia encontrado a fenda alguns anos antes, conseguindo logo quase tudo de que precisávamos. Palha para nos deitarmos, lenha, panelas. Nos virávamos bem, ele me dava aulas durante o dia e ao crepúsculo, me fazia dormir.
Eu não conseguia entender porque ele nunca comia e porque ele nunca dormia. Mas eu sabia que ele observava meu sono, sabia o que ele era, só não entendia. Muitas vezes ao acordar, notei seus olhos sobre mim e me senti corar.
“Papai” – sussurrei ao entrar no cômodo quente por causa do forno a lenha improvisado sob as pedras.
Ele me olhou com olhos curiosos, eu nunca, nunca mesmo me vestia pra sair, sempre usando meu vestido velho, marrom, sujo de terra e água, fedido pelo excesso de uso.
Seus lábios formaram um grande e redondo “oh” ao pararem nos meus seios, e ele logo desviou-os.
“Puritano” – pensei irritada, porém não mudei meu sorriso de menina inocente.
Nessa altura eu já ganhara corpo de uma garota de 18 anos.
“Heidy, vista-se com vestido velho princesa, vai sujar e você não terá com o que ir a missa no domingo” – ele olhou para a panela a sua frente – “Vamos, vamos, mova-se!” – ele tratou logo de me enxotar.
“Mas Carl...”
“Pai!” – ele falou bravo, com aquela voz grossa que chega a estourar meu cérebro.
“Uou... pa-pai” – repeti saindo chorosa para o meu “quarto” improvisado com alguns retalhos de seda e linho sobre minha palha de dormir.
Coloquei o vestido velho, retirei os sapatos e adentrei novamente a cozinha de pés descalços.
Fiquei um bom tempo com os braços cruzados sobre o peito e o rosto sisudo.
Percebi que ele me olhava triste por ter brigado comigo, mas eu queria ficar bonita pra ele! Como ele podia me privar disso? Ele fazia tanto por mim e eu nada. Só ficava aqui, noite e dia, saindo somente aos domingos para a missa. Missa da qual ele jamais participou. Vale lembrar.
“Princesinha...” – ele agachou na minha frente, uma mão em meu rosto a outra no meu joelho, deixando um rastro frio sob a minha roupa, chegando até a minha pele. Eu estremeci, mas não me mexi porque ele tiraria a mão rapidamente – “Me perdoe filha não ter o suficiente para lhe prover roupas...” – o hálito dele tocou meu rosto e eu cheguei a perder os sentidos – “... ainda sou enfermeiro e... bem... só trabalho no período noturno... assim temos poucas gorjetas e...”
“Gorjetas?” – o interrompi percebendo que provavelmente ele achava que eu era uma menina birrenta preocupada com coisas fúteis como roupas – “Quem quer roupa Carlisle?” – me levantei bruscamente, não medindo minha força como sempre fazia pra ele não reparar que eu era... er... bem... esquisita e ele caiu pra trás como se tivesse levado um golpe no meio do rosto – “Oh... oh Santo Dio” – corri até ele, tratando de ajudá-lo a levantar-se – “Sinto muito pai, sinto muito eu...”
O rosto dele estava apático, olhava minhas mãos, meus rosto... tocou minha pele algumas milhares de vezes; eu estava ficando completamente nervosa quando ele resolveu abrir a boca e falar comigo, enquanto ainda repetia “me perdoa, me perdoa” sem parar. Puta merda viu?! Homem é foda.
“Princesa... desde quando você é forte assim?” – os olhos dele ficaram negros de repente, não o tom dourado que eu amava.
Dei um passo para trás assustada.
“Sem...sempre fui” – respondi num sussurro.
Ele franziu a testa e ficou me olhando mais alguns momentos.
“Você é rápida?”
Sim eu sou!!
“Rápida como?” – fingi não entender.
Ele correu... ele voou literalmente da minha frente. Num segundo na cozinha, no outro fora, no mesmo segundo na minha frente de novo.
Eu gargalhei.
“Rápida filha!” – ele me encarou faceiro.
Eu levantei, rindo e sai em disparada. Percebi que ele maneou a cabeça para acompanhar minha pequena demonstração e quando voltei toquei o rosto dele para encarar o meu. Não havia dado tempo dele virar o suficiente. Eu ri mais alto ainda. Lerdo.
“Assim?” – fiz-me soar inocente.
Ele ficou sério e pensativo novamente. Toquei seu rosto de leve, desejando que ele dissesse o que estava pensando e senti o mesmo formigamento de sempre dominar meu corpo.
“Vampira...” – a palavra saiu da boca dele e ele me olhou assustado – “Eu não... eu não queria dizer, eu não...” – ele se afastou de mim bem devagar.
“Vampira?” – fiquei curiosa – “Mas eu não sou fria como você” – expliquei.
“Como??” – ah certo! Esqueci que ele não sabia que eu sabia que ele era um ser noturno.
“Ah... bem... eu sei, Carlisle” – continuei encarando seus olhos – “E sei que eu não sou da sua espécie. Porque eu sou humana... como eles!” – apontei para cima, para a cidade cheia de camponeses normais – “mas... não exatamente como eles”.
Não ser vampira e ainda assim ser rápida e forte... me tornava uma aberração o que assustaria a maioria de nossa cidadezinha.
“O que?” – ele parou de falar.
“Uma aberração” – eu finalizei.
“Não, nunca! Claro que não!” – ele me abraçou e eu me segurei em seu casaco, aproximando do seu corpo como sempre desejei.
Não havia mais o que esconder.
Ele se afastou um pouco, sem me livrar do abraço.
Mas tola... infantil... eu o encarei. Encarei seus olhos que agora estavam mais vividos e dourados, encarei os lábios franzidos, seu semblante de anjo e o beijei.
Uma menina da minha idade e com minha formação, deveria ser pura e recatada, mas nós vivíamos na mesma casa desde... desde sempre e eu tinha liberdade com ele.
Ele demorou para reagir, seus lábios abriram-se, sua boca buscou a minha e quando o beijo iniciou ele recuou assustado.
“Não...” – implorei – “não...” – puxando-o pela camisa.
“Sou seu pai Heidy!” – ele afastou-se de mim, caminhando até o fogão, separou minha ceia e saiu.
Naquela noite adormeci sozinha, em meio a lágrimas.
“É... rejeitada” – falei para o tronco – “Ele sempre fez isso comigo... sempre e sem motivos. Ele nem é meu pai verdadeiro!”
Me levantei desajeitada, me sentindo estranhamente cansada.
“Heidy!” – ouvi a voz do principezinho em minha mente. Eu sempre ouvia quando ele me chamava, mas eu estava tão longe agora e já não tinha influencia sobre ele... eu não deveria ouvir – “Por favor...” – sua voz foi de suplica.
“Ah droga!” – ele ainda era humano.
Prévia do próximo capítulo
Limpei minha roupa e voltei o mais rápido que pude direção a Mansão, secando minhas lagrimas que só percebi ter derramado quando o vento forte as afastou de minhas bochechas. “Principezinho...” – sussurrei ao ar – “Estou voltando o que houve?” “Oh Heidy” – imediatamente a imagem de ond ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 10
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mariscotti Postado em 05/03/2012 - 15:13:34
lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa o ed me ama, ele queria ser eu AUAHUAHAUH
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julieta_cullen Postado em 05/03/2012 - 15:05:56
Ahhhhhhhhhhhhhhhh! Agora estou aquii.. Cheguei chegando, e estou com ciúmes do Edward Masen RUN"
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mariscotti Postado em 02/03/2012 - 07:46:00
Eu tenho leitoooooooooooooores *-------* vou postar meninas, obrigada por comentarem
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jemayrebelde Postado em 24/02/2012 - 19:34:18
Posta mais!!!
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enyla_carol Postado em 24/02/2012 - 13:50:53
Adoreeeei! Posta mais mais mais mais mais mais mais
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mariscotti Postado em 25/01/2012 - 13:23:04
ah que rápido você!! Lindoooooo *-*
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edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:16:58
lembro que quando li esse capitulo pela primeira vez quase morri de tensão e vc levou umas duas semanas pra postar o seguinte! Alice mata mesmo o Edward?
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edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:16:09
postaaaa
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edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:15:36
Vai postar tudo hoje?? Bella perfeita
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edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:14:59
Eu li no Nyah já, mas esta perfeita como sempre! Posta maissss