Fanfics Brasil - Capitulo 12 – Heidy Irresistível

Fanfic: Irresistível | Tema: Twilight


Capítulo: Capitulo 12 – Heidy

249 visualizações Denunciar


Pelos olhos de Heidy


 


“Não sei como o principezinho agüenta esse dom!” – pensei, saindo irritada pela janela do quarto de Edward – “O Conde” – ironizei, resmungando enquanto corria floresta a dentro.


Eu sabia que eles não viriam atrás de mim e sabia também que Carl não estava nenhum pouco a fim de contar nosso passado. Por hora eu poderia agir sozinha.


Sempre imaginei que ele havia deixado me matarem, que ele queria fugir de mim por eu amá-lo como homem e não como pai, covarde como ele era! Mas... não... aquela lembrança não era de quem fugiu.


Balancei a cabeça me concentrando apenas nas imagens flutuantes das arvores que eu deixava para atrás, uma após a outra.


De repente senti uma dor aguda na cabeça, forte o bastante para me derrubar no chão. Me encolhi próximo ao tronco de uma arvore tentando afastar a visão. Eram perturbadoras essas visões de Alice!!


O céu estava nublado, alguns vampiros e humanos caminhando lado a lado. As cabeças baixas e solenes.


Dois caixões. Um sendo carregado por Carlisle, Emmett e mais dois homens que eu não conhecia. O outro por Jasper, Esme, Rosalie e a garota que protegi daquele imbecil do Edward hoje.


Dois caixões?


A dor sumiu e voltei a enxergar a floresta.


Eu precisava aprender a dominar esse dom. Quem estava no caixão?


Fechei os olhos, o pensamento focado nas mortes recentes, quem estaria dentro daqueles caixões?


 


“Corre Edward, corre!” – a menina da escola gritava, segurando-o pela mão e puxando-o com força – “Corre..” – ela tropeçou caindo de cara no chão – “.. ah merda!” – Edward se apressou em ajudá-la, olhando para trás com cautela.


“Eu preciso ajudá-los Bella” – ele a colocou em pés – “Vá, e não volte. Vou buscá-la assim que tudo se resolver”.


Ela começou a dizer não com a cabeça e ele a beijou, se afastando em seguida e rumando sentido contrario ao dela.


“Não.. não!” – ela começou a segui-lo.


Ouvi um barulho alto atrás de meus olhos, Edward caiu rígido no chão. Me virei para olhar o que havia acontecido.


 


“Não! Não... não não não! Não pode ser!” – comecei a pressionar minhas têmporas pensativa - “Merda!” – gritei pro vento que parou de uivar a minha volta no mesmo instante.


Porque eu não conseguia manter a bosta de uma visão?? Droga! Quem ou o que derrubou Edward? Quem estaria nos caixões. Droga! Droga!


Eu sabia que deveria voltar para a Mansão, eu devia isso a eles, afinal eu que havia feito a merda toda. Mas como? Como admitir que eu era mesquinha e vingativa? Que na verdade queria atingir Edward para magoar Carl porem não esperava ver o que vi?... Mas... não... não...


Me encostei no tronco tentando alinhar os pensamentos.


Primeiro: POR QUE. EU. VIM. PRA. CÁ?gritei comigo mesma em meus pensamentos.


Algumas lembranças indesejadas não saiam da minha mente.


Eu era muito pequena quando notei meu pai pela primeira vez. Fechei meus olhos contando a mim mesma a minha velha história.


“Heidy, vem filha, vem jantar!” – Carl me chamou na cozinha.


Coloquei meu vestido de sair, branco com algumas finas fitas de cetim azul. Ele fazia meu busto ficar mais volumoso - porque eu não era muito bem dotada de corpo... não até uma certa idade - Ri baixinho; enfiei nos pés minhas meus sapatos de sair, prendi o cabelo numa fita azul da cor do vestido e andei devagarzinho até a cozinha.


Nossa casa era subterrânea, abaixo do hospital comunitário. Carl havia encontrado a fenda alguns anos antes, conseguindo logo quase tudo de que precisávamos. Palha para nos deitarmos, lenha, panelas. Nos virávamos bem, ele me dava aulas durante o dia e ao crepúsculo, me fazia dormir.


Eu não conseguia entender porque ele nunca comia e porque ele nunca dormia. Mas eu sabia que ele observava meu sono, sabia o que ele era, só não entendia. Muitas vezes ao acordar, notei seus olhos sobre mim e me senti corar.


“Papai” – sussurrei ao entrar no cômodo quente por causa do forno a lenha improvisado sob as pedras.


Ele me olhou com olhos curiosos, eu nunca, nunca mesmo me vestia pra sair, sempre usando meu vestido velho, marrom, sujo de terra e água, fedido pelo excesso de uso.


Seus lábios formaram um grande e redondo “oh” ao pararem nos meus seios, e ele logo desviou-os.


“Puritano” – pensei irritada, porém não mudei meu sorriso de menina inocente.


Nessa altura eu já ganhara corpo de uma garota de 18 anos.


“Heidy, vista-se com vestido velho princesa, vai sujar e você não terá com o que ir a missa no domingo” – ele olhou para a panela a sua frente – “Vamos, vamos, mova-se!” – ele tratou logo de me enxotar.


“Mas Carl...”


“Pai!” – ele falou bravo, com aquela voz grossa que chega a estourar meu cérebro.


“Uou... pa-pai” – repeti saindo chorosa para o meu “quarto” improvisado com alguns retalhos de seda e linho sobre minha palha de dormir.


Coloquei o vestido velho, retirei os sapatos e adentrei novamente a cozinha de pés descalços.


Fiquei um bom tempo com os braços cruzados sobre o peito e o rosto sisudo.


Percebi que ele me olhava triste por ter brigado comigo, mas eu queria ficar bonita pra ele! Como ele podia me privar disso? Ele fazia tanto por mim e eu nada. Só ficava aqui, noite e dia, saindo somente aos domingos para a missa. Missa da qual ele jamais participou. Vale lembrar.


“Princesinha...” – ele agachou na minha frente, uma mão em meu rosto a outra no meu joelho, deixando um rastro frio sob a minha roupa, chegando até a minha pele. Eu estremeci, mas não me mexi porque ele tiraria a mão rapidamente – “Me perdoe filha não ter o suficiente para lhe prover roupas...” – o hálito dele tocou meu rosto e eu cheguei a perder os sentidos – “... ainda sou enfermeiro e... bem... só trabalho no período noturno... assim temos poucas gorjetas e...”


“Gorjetas?” – o interrompi percebendo que provavelmente ele achava que eu era uma menina birrenta preocupada com coisas fúteis como roupas – “Quem quer roupa Carlisle?” – me levantei bruscamente, não medindo minha força como sempre fazia pra ele não reparar que eu era... er... bem... esquisita e ele caiu pra trás como se tivesse levado um golpe no meio do rosto – “Oh... oh Santo Dio” – corri até ele, tratando de ajudá-lo a levantar-se – “Sinto muito pai, sinto muito eu...”


O rosto dele estava apático, olhava minhas mãos, meus rosto... tocou minha pele algumas milhares de vezes; eu estava ficando completamente nervosa quando ele resolveu abrir a boca e falar comigo, enquanto ainda repetia “me perdoa, me perdoa” sem parar. Puta merda viu?! Homem é foda.


“Princesa... desde quando você é forte assim?” – os olhos dele ficaram negros de repente, não o tom dourado que eu amava.


Dei um passo para trás assustada.


“Sem...sempre fui” – respondi num sussurro.


Ele franziu a testa e ficou me olhando mais alguns momentos.


“Você é rápida?”


Sim eu sou!!


“Rápida como?” – fingi não entender.


Ele correu... ele voou literalmente da minha frente. Num segundo na cozinha, no outro fora, no mesmo segundo na minha frente de novo.


Eu gargalhei.


“Rápida filha!” – ele me encarou faceiro.


Eu levantei, rindo e sai em disparada. Percebi que ele maneou a cabeça para acompanhar minha pequena demonstração e quando voltei toquei o rosto dele para encarar o meu. Não havia dado tempo dele virar o suficiente. Eu ri mais alto ainda. Lerdo.


“Assim?” – fiz-me soar inocente.


Ele ficou sério e pensativo novamente. Toquei seu rosto de leve, desejando que ele dissesse o que estava pensando e senti o mesmo formigamento de sempre dominar meu corpo.


“Vampira...” – a palavra saiu da boca dele e ele me olhou assustado – “Eu não... eu não queria dizer, eu não...” – ele se afastou de mim bem devagar.


“Vampira?” – fiquei curiosa – “Mas eu não sou fria como você” – expliquei.


“Como??” – ah certo! Esqueci que ele não sabia que eu sabia que ele era um ser noturno.


“Ah... bem... eu sei, Carlisle” – continuei encarando seus olhos – “E sei que eu não sou da sua espécie. Porque eu sou humana... como eles!” – apontei para cima, para a cidade cheia de camponeses normais – “mas... não exatamente como eles”.


Não ser vampira e ainda assim ser rápida e forte... me tornava uma aberração o que assustaria a maioria de nossa cidadezinha.


“O que?” – ele parou de falar.


“Uma aberração” – eu finalizei.


“Não, nunca! Claro que não!” – ele me abraçou e eu me segurei em seu casaco, aproximando do seu corpo como sempre desejei.


Não havia mais o que esconder.


Ele se afastou um pouco, sem me livrar do abraço.


Mas tola... infantil... eu o encarei. Encarei seus olhos que agora estavam mais vividos e dourados, encarei os lábios franzidos, seu semblante de anjo e o beijei.


Uma menina da minha idade e com minha formação, deveria ser pura e recatada, mas nós vivíamos na mesma casa desde... desde sempre e eu tinha liberdade com ele.


Ele demorou para reagir, seus lábios abriram-se, sua boca buscou a minha e quando o beijo iniciou ele recuou assustado.


“Não...” – implorei – “não...” – puxando-o pela camisa.


“Sou seu pai Heidy!” – ele afastou-se de mim, caminhando até o fogão, separou minha ceia e saiu.


Naquela noite adormeci sozinha, em meio a lágrimas.


 


“É... rejeitada” – falei para o tronco – “Ele sempre fez isso comigo... sempre e sem motivos. Ele nem é meu pai verdadeiro!”


Me levantei desajeitada, me sentindo estranhamente cansada.


Heidy!” – ouvi a voz do principezinho em minha mente. Eu sempre ouvia quando ele me chamava, mas eu estava tão longe agora e já não tinha influencia sobre ele... eu não deveria ouvir – “Por favor...” – sua voz foi de suplica.


“Ah droga!” – ele ainda era humano.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

Limpei minha roupa e voltei o mais rápido que pude direção a Mansão, secando minhas lagrimas que só percebi ter derramado quando o vento forte as afastou de minhas bochechas. “Principezinho...” – sussurrei ao ar – “Estou voltando o que houve?” “Oh Heidy” – imediatamente a imagem de ond ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 10



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • mariscotti Postado em 05/03/2012 - 15:13:34

    lindaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa o ed me ama, ele queria ser eu AUAHUAHAUH

  • julieta_cullen Postado em 05/03/2012 - 15:05:56

    Ahhhhhhhhhhhhhhhh! Agora estou aquii.. Cheguei chegando, e estou com ciúmes do Edward Masen RUN"

  • mariscotti Postado em 02/03/2012 - 07:46:00

    Eu tenho leitoooooooooooooores *-------* vou postar meninas, obrigada por comentarem

  • jemayrebelde Postado em 24/02/2012 - 19:34:18

    Posta mais!!!

  • enyla_carol Postado em 24/02/2012 - 13:50:53

    Adoreeeei! Posta mais mais mais mais mais mais mais

  • mariscotti Postado em 25/01/2012 - 13:23:04

    ah que rápido você!! Lindoooooo *-*

  • edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:16:58

    lembro que quando li esse capitulo pela primeira vez quase morri de tensão e vc levou umas duas semanas pra postar o seguinte! Alice mata mesmo o Edward?

  • edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:16:09

    postaaaa

  • edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:15:36

    Vai postar tudo hoje?? Bella perfeita

  • edward_masen Postado em 25/01/2012 - 13:14:59

    Eu li no Nyah já, mas esta perfeita como sempre! Posta maissss


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais