Fanfics Brasil - 10 Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA

Fanfic: Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 10

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—Alfonso te verá agora... você tem quinze minutos! —disse Maite dirigindo-se a Annie. Vestia um invejável traje de jaqueta que contrastava com o traje cinza antiquado de Anahí.


— Como te sentes ao ser uma sanguessuga? perguntou enquanto acompanhava Annie pelo corredor.


— Não sei de que estás falando —Annie inclinou a cabeça, dizendo-se que devia ter estado preparada para esse ataque, já que Maite era totalmente leal a Alfonso e tinha muito carinho por ele. Sua amizade se remontava aos tempos de escola, e tinha começado a trabalhar para ele assim que saiu da universidade.


— Suponho que a cinco  anos nem sequer  se te ocorreu  que Alfonso queria que lhe devolvêsseis o empréstimo. Se tivesse tido mais dinheiro, poderia ter pago a uma equipe de assessores legais e talvez nunca teria ido ao cárcere. — A mulher italiana viu como Annie empalidecia. — Saíste-lhe cara e ainda lhe estás saindo cara, e isso, sob meu ponto de vista, isso ser uma sanguessuga.


—Se Alfonso tivesse pedido o dinheiro, meu avô não teria podido devolver.


Mas Maite não a estava escutando.


—Estou desejando ver teu castelo irlandês sem que tu estejas dentro.  Cometeste o maior erro ao vir hoje aqui.


Maite abriu a porta do escritório e Annie entrou sem ouvi-la, pois lhe preocupava mais ver Alfonso de novo depois de tanto tempo.


— Graças, Maite. —murmurou Alfonso secamente, sabendo que a expressão de satisfação da mulher significava que tinha exercitado sua língua ferina.


Annie não podia tirar os olhos de cima dele.


Ainda que tivesse visto meia dúzia de fotos dele nos jornais, tê-lo defronte em carne e osso a desarmou.


—Sente-se —sugeriu Poncho.


A  Annie lhe secou a boca e lhe acelerou o coração, mas não deixou de olhá-lo.


Seu elegante e caro traje escuro lhe servia com perfeição, adaptando-se aos ombros largos, os quadris estreitos e as pernas longas e potentes. E nesse mesmo momento Anahí pôde ver as mudanças:  o corte de cabelo mais agressivo, o ângulo mais pronunciado do rosto, a linha dura e inflexível da boca sensual. Seguia sendo enormemente atraente, pensou Annie dolorosamente, mas tinha um ar de indiferença que ela não tinha visto nunca.


Sem dar-se conta, Anahí inclinou a cabeça para atrás e chocou com os olhos de uma cor de esmeralda. Eram uns olhos formosos, atrevidos e brilhantes rodeados de pestanas negras e espessas. Annie sentiu uma onda de calor no ventre, pôs-se rígida e apertou o olhar. Todas as sensações que tinha conseguido esquecer a assaltaram de novo:  a debilidade enternecedora, o endurecimento dos peitos, a sensação da pele tensionando-se pela excitação.


Uma única olhada tinha sido suficiente para deixá-la sem defesas.


—Passou muito tempo... —murmurou sentando-se rapidamente.


Mas ainda assim recordava ao detalhe tudo o que tinha sentido por  ele. Anahí tinha sido enormemente feliz e isso não podia esquecê-lo. Tinha pensado que ele era sincero e honrado, mas tudo tinha sido uma ilusão. O dia depois de  ter provado os lençóis de cetim de sua irmã, Alfonso tinha mentido sem duvidá-lo. E era um mentiroso muito hábil, recordou Annie, porque nem num só instante tinha duvidado dele.


Nesse mesmo momento Alfonso estava recordando quanto tempo lhe tinha levado deixar de desejar a essa mulher delgada e pequena. Tinha dito a si mesmo que não devia sentir-se atraído por nenhuma outra mulher dessas características, ainda que tivesse a pele tão suave como a seda, os olhos da cor maravilhosa de um lago da montanha e a boca  tentadora e sedutora como uma  fruta  madura.


Observou-a detidamente. Os cachos de cor avermelhada lhe caíam sobre os ombros e acentuavam a delicada curva de suas bochechas. Viu as manchas escuras que Annie tinha sob os olhos e, sem prévio aviso, a ira que pensava que tinha sob controle se apoderou dele.


 — Sugiro que comeces a falar rapidamente — disse Alfonso rotundamente. Anahí pensou nos pontos mais importantes e começou a falar ao momento:


— Maite disse que se tivéssemos devolvido o empréstimo depois que te prenderam, poderias ter contratado a uns advogados melhores para que te defendessem. Sua boca sensual se curvou numa careta cínica. 


-- Isso é falso. Tinha fé no sistema legal britânico, nunca pensei que precisasse de uma defesa de primeira classe.


 Suas palavras não a fizeram sentir-se melhor. Era consciente de que os primeiros seis meses depois que Alfonso fora encarcerado tinham sido tremendamente dolorosos. Tinha passado muito tempo antes que ela pudesse pensar com clareza.


—De todas formas, me teria agradado que meu avô ou eu tivéssemos pensado nesse ponto.


A  Alfonso lhe irritou o arrependimento de Annie. Não se lhe tinha ocorrido que esse descuido tinha sido o menor de seus pecados de omissão? Ainda que a decisão de não se casar com ele não tivesse tido relação com sua detenção, que tinha sido da confiança que tinha nele e do apoio que poderia ter-lhe oferecido?


Em lugar disso lhe tinha dado as costas, como se nunca tivesse existido.


— Não? Suponho que te sentirias muito segura na Irlanda, defraudando-me.


- Não foi assim! —exclamou Annie consternada


— Não? —Alfonso lhe dirigiu um olhar que foi como o relho de um chicote.


—Estava demasiado ocupado lutando por  recuperar minha liberdade para começar uma ação legal sobre esse empréstimo. Não está mal, Annie. Encarceraram-me por um roubo que não cometi enquanto tu roubavas a mim.


- Não foi assim... para começar, concedeste-lhe esse empréstimo a meu avô, não a  mim —lhe recordou furiosa enquanto se levantava. — Nunca tive acesso aos assuntos financeiros de  meu avô, sempre fazia questão de levá-los ele. De fato faz só quatro dias que me inteirei de que tinha atrasado nos pagamentos e foi porque já não pôde manter os problemas em segredo.


Alfonso levantou uma sobrancelha.


— Prova ao sair e ao voltar a entrar com uma história mais convincente?


—Se acreditas ou não, é a verdade!—exclamou sem olhá-lo diretamente, porque cada vez que o fazia perdia a concentração.


— Porque deveria crer no que dizes? Porque deveria confiar em ti?


Annie lhe dirigiu um olhar de reprovação, mas depois se deu conta de que, se ela não confiava nele, como ia esperar que ele confiasse nela? Quando o condenaram ela acreditou que era culpado.


— Resumamos — continuou Poncho. — Os pagamentos do empréstimo deixaram de  ser produtivos depois dos seis primeiros meses. Isso faz mais de quatro anos. E estás tentando convencer-me de que não sabias o que passava? - Sinto muito, mas não me acredito.


Annie se pôs tensa. Era evidente que não estava disposto a escutá-la.


— Me estás escutando, verdade?


— essa sensação de déjavu?


— Que queres dizer? —perguntou Annie desconcertada.


 



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—Assim é como me trataste no dia que me disseste que não querias casar comigo. Não me deste nenhuma explicação nem quiseste escutar uma só palavra do que te disse. Ao recordar esse horrível dia, Annie sentiu um nó na garganta. Surpreendeu-se ao ver que Poncho tinha o descaramento de referir-se àquele di ...


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Comentários do Capítulo:

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:50

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:47

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:46

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:45

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:45

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:44

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:43

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:42

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:42

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:41

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