Fanfic: Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

—Rompeste comigo e na manhã seguinte me prenderam. Só um tontonão creria que esses dois acontecimentos não estavam relacionados —disse Alfonso com um tom suave e sibilante que tinha um efeito apavorante sobre ela. Para salvar a ti e a tua família do escândalo, algum dos Portilla te aconselhou que te desfizesses de mim, e quero saber quem foi. Essa pessoa sabia que me preparavam uma armadilha.

—Não posso crer que durante todo este tempo pensasses isso de minha família e de mim. Mas tinha uma boa razão para dizer-te aquele dia que já não queria casar-me contigo, não precisava que ninguém mais o dissesse. Teu comportamento foi suficiente.

— Comportamento?  Depois de  tudo o que passei,  não vou permitir que ninguém me xingue —enquanto ela falava Poncho começou a sentir uma fúria abrasadora e seus rasgos se tinham endurecido.Acabou seu tempo. Tenho uma reunião e não vejo nenhum motivo para atrasá-la. Te verei amanhã às onze da manhã.

— Não podes me fazer voltar aqui amanhã! —exclamou Annie incrédula.

—Deverias ter chegado hoje a tempo.

Anahí se pôs em pé de um salto.

— Pelo amor de Deus, tenho um bilhete para voltar para casa esta tarde!

—Então tens um problema. E pensa com cuidado o que vais dizer-me amanhã porque não vou dar-te uma segunda oportunidade.

— Que significa isso? É que não te afetou nada do que te disse hoje? — perguntou Annie consternada.

—Nada —admitiu Poncho.

Ao ouvi-lo lhe encolheu o coração. Deu-se conta de que não tinha outra opção mais do que voltar ao dia seguinte e remexeu em sua bolsa até encontrar os papéis que procurava. Acercou-se a Alfonso e os deixou em sua mesa.

—Então ao menos dê uma olhada nas idéias que tenho para Ballybawn antes de que volte. São claras, práticas e vão direto ao ponto, como a ti te agrada.

—Annie, o que menos me interessa agora são tuas idéias para salvar uma propriedade que cedo será minha.

Anahí se sentiu tão desesperada que começou a  marear se.

—Não posso crer que esteja aqui contigo — disse entre dentes. Isto não parece real.

O olhar dourado de Poncho se posou sobre seus rasgos delicados. Ela não tinha feito nem uma só referência a seu encarceramento por um delito que não tinha cometido. Não tinha pronunciado nem uma só palavra de pesar. Era como a princesa de um conto de fadas, totalmente fora da realidade.

— Eu posso fazer que seja real — murmurou Alfonso suavemente, tomando-a nas mãos e atraindo-a para ele antes que ela pudesse adivinhar sua intenção.

— Que estás fazendo? —Annie se pôs tensa enquanto ele juntava seus corpos. Sentia que o coração se ia sair-lhe do peito.

—Estou fazendo que seja real, cara mia — a olhou sorrindo.

À mente de  Annie foi  uma onda  de  recordações nos que não se tinha permitido pensar. Quis apartar-se dele mas se encontrou com seu olhar, e as imagens do passado a bombardearam sem piedade: a luz do sol refletindo-se na pele de Alfonso enquanto ela o abraçava, seu enorme atrativo, o forte desejo de Anahí  e o convencimento de que era a mulher mais afortunada do mundo.

Poncho lhe cobriu os lábios rosados com um beijo duro e profundo, e o corpo de Annie reagiu à onda de calor que se concentrou em seu pélvis. A cabeça lhe dava voltas e as pernas começaram a falhar-lhe. As reações mais primitivas a fizeram apertar-se contra o corpo musculoso de  Alfonso enquanto a língua dele explorava o interior de sua boca.

Poncho a afastou dele. A adrenalina circulava por  todo seu corpo e sentia dor do intenso desejo sexual que o embargava. Mas não lhe importou, porque tinha demonstrado que ela também o desejava.

—Vejo que continuo te agradando —murmurou provocativamente.

Annie empalideceu ao dar-se conta de como tinha reagido e imediatamente sentiu uma raiva incontrolável. Deu-lhe uma bofetada tão forte que sentiu uma dor forte na mão.

— Bastardo! —exclamou— Te odeio!