Fanfics Brasil - Capítulo 3 Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA

Fanfic: Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: Capítulo 3

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Capítulo 3


 


Ao chegar às oito da manhã ao escritório, Alfonso encontrou a Maite burlando-se do plano de Anahí.


— Jogaste um olhar nisto? — perguntou a mulher.


—Não — Poncho agarrou os papéis e os voltou a deixar sobre a mesa. — E também não te pedi que tu o faças.


Essa mesma manhã Alfonso diria a Anahí que não podiam chegar a nenhum acordo sobre o castelo. Como podia ser tão ingênua? Mas Annie não tinha nem idéia de com quem estava tratando. Pelo bem dela, em alguma ocasião Alfonso tinha chegado a conter tudo o que era severo, pouco sentimental e agressivo em sua própria natureza. Inclusive uma vez tinha procurado um campo cheio de papoulas para fazer-lhe uma proposição romântica. Sentiu-se mareado ao recordá-lo e afastou de sua mente esses pensamentos.


ÀS onze em ponto Annie traspassava a porta do escritório de Alfonso pela segunda vez. Sentia-se cheia de adrenalina, e tinha decidido que Poncho teria essa dimensão pessoal de que falava.


— Sejamos breves — disse Poncho antes de que ela pudesse fechar a porta.


Annie o olhou. Usava um elegante traje de cor cinza escuro e ela recordou que numa ocasião tinha sido seu homem. Mas também recordou que era demasiado atraente para contentar-se com uma só mulher. Ainda que ela não tinha querido ter sexo com ele, isso não era uma desculpa para o que lhe tinha feito. Tinha-lhe pedido que se casasse com ele e depois tinha feito em pedaços seu coração.


— Temo que não vai agradar-te o que vou dizer-te.


—Vai direto ao ponto —lhe disse Alfonso secamente.


 — Ontem disseste que não tinhas nem idéia de porque te deixei faz cinco anos, mas a verdade é que não acredito. Por que não examinaste tua consciência?


—Está limpa.


—Na tarde que te devolvi o anel acabava de regressar de passar o fim de semana em Ballybawn. Disseste que estavas muito ocupado para ir comigo...


—E estava.


— Sim, realmente estavas muito ocupado nesse fim de semana —contestou Annie com uma careta. — Quando cheguei em casa Dulce recolheu uma abotoadura tua do tapete do dormitório e me disse que tinhas dormido com ela na noite anterior.


Alfonso fechou os olhos com um rosnado.


— Estás gozando da minha cara com essa estúpida história?


Sua falta de culpa fez que Annie se pusesse furiosa.


— Crês que o podes negar, verdade? Suponho que também pensas que não tinha nenhuma prova! Por que depois de  todo este tempo não podes admitir que traíste minha confiança?


—Disse que me envolvi com ela, Se foste o suficientemente estúpida em acreditar nela, por que teria que seguir discutindo agora que não me importa nada? — perguntou-lhe de maneira cortante. 


Annie estremeceu e juntou as mãos.


—Então... está... mais ou menos admitindo...


— E um corno! —dirigindo-lhe seu olhar dourado com indignação.


—Já sei o que vais dizer... Que Dulce estava mentindo e que tirou a abotoadura de seu escritório!


- Não sabes o que vou dizer —respondeu com uma tranqüilidade perigosa e ameaçador. Talvez vais sugerir que estou inventando para encobrir essa conspiração familiar que mencionaste ontem! — declarou Annie com desdém, ainda que estava tremendo e a voz lhe falhava—. Mas sei que aquela noite dormiste com minha irmã!


—Deus meu... Me nego a escutar uma só palavra mais!


— Somente tu poderias ter dito a  Dulce que eu ainda era virgem e porque! lhe espetou. — E por se precisasse alguma confirmação mais, tu me mentiste...


—Eu nunca te menti — afirmou Alfonso com convicção


- Sobre onde estavas essa noite. Chamei-te no apartamento e ninguém respondeu. Mas quando voltei a chamar na manhã seguinte fizeste questão de dizer que tinhas estado ali toda a tarde e que devias ter estado no chuveiro. Mas na realidade saíste, estavas em Heathlands, estavas na casa de meu pai! —Annie se pôs lívida e teve que fazer uma pausa para tomar ar.


Alfonso estava totalmente imóvel. A raiva e a frustração o estavam comendo vivo. Tinha ido a Heathlands para ver a Franco aquela tarde.


Sim, tinha mentido, mas tinha sido uma dessas mentiras inofensivas que só outro homem poderia ter compreendido. E naquelas circunstâncias. Quem poderia tê-lo culpado? Que homem em seus cabales  teria enfrentado Annie dizendo-lhe que por acaso se tinha encontrado com Dulce... a  sós na casa?


Annie tinha as mãos fechadas com força. Ao fim tinha chegado o momento da verdade, quando ele não seria capaz de  sustentar seu olhar mas Alfonso a olhou nos olhos desafiando-a.


—Sei que me mentiste... —repetiu ela.


Depois de tudo  o que ele tinha  dito e feito,  Annie tinha permitido que Dulce se interpusesse entre os dois. Seguia sendo tão crédula que não se dava conta da verdade. Luciano só conhecia um Portilla capaz de enganar Annie dessa maneira. E tinha funcionado com perfeição, admitiu com amargura. Tinham-no preso e Anahí, que poderia ter sido uma aliada muito importante para provar sua inocência, tinha-se afastado dele.


— Não tens nada que dizer? —murmurou Annie cada vez mais desconcertada.


— Significa isso que te envergonhas de ti mesmo?


—Não... Estou pensando que tiveste o que merecias...


— Que me... merecia? Estás dizendo que merecia que me enganasses e que dormisse com minha irmã?


— É que ainda não entendeste nada? — perguntou Poncho zombadoramente.


— Não passou.


- Mas mentiste sobre onde estiveste aquela noite! —gritou Anahí enchendo-se de angústia.


—Estava cansado de ver como reagia cada vez que Dulce se acercava de mim. Fui a Heathlands para ver  teu pai, Dulce me disse que estaria em casa. Esperei quinze minutos e depois decidi que seria melhor vê-lo no escritório. Sabia que ficarias de muito mau humor se te falasse que a tinha visto, assim tomei o caminho mais fácil e não te  disse nada.


Annie estava tremendo, mas tinha o rosto tenso pela turvação. Alfonso lhe estava recordando os atritos que sua insegurança sobre Dulce tinham causado entre os dois.


— Não pôde ter passado assim.


—Assim foi! —Poncho falou com tal indiferença que Annie começou a duvidar de sua culpa.—. Mas agora já não importa.


Para Anahí claro que importava, e sua explicação a consumia de confusão.


Era possível que Dulce tivesse mentido? Que Alfonso não tivesse mencionado sua visita a Heathlands porque sabia que ela armaria um escândalo se inteirasse de que tinha visto Dulce?  Negou-se a acreditar.


—Me de... deves a verdade —gaguejou Annie totalmente agitada.


— Não teve nada entre Dulce  e eu aquela noite nem em nenhuma ocasião enquanto estivemos noivos. Não te devo nada, e não vou admitir algo que não fiz só para que tu te sintas melhor —contestou Poncho friamente.


— Não se trata de que eu me sinta melhor!


Lágrimas de frustração foram para seus olhos e Annie as afastou, tentando retomar o controle de suas emoções. Precisava que ele admitisse que tinha sido infiel. Para que se sentisse melhor? Não, porque não poderia viver com a outra alternativa, com o fato de que o tinha abandonado quando ele não tinha feito nada.


— E ainda há as abotoaduras? —perguntou desesperada.


—Sempre as estou perdendo —Poncho estava rígido pela tensão.


Não queria escutá-la gaguejar nem vê-la chorar, na realidade, o único que queria era seguir com seus negócios


— E se tua irmã sabia que não éramos amantes suponho que era porque te conhecia o suficiente para tê-lo suposto. E agora, deixemos este tema.


—Não posso —admitiu Annie respirando entrecortadamente. Levantou a cabeça e seus brilhantes olhos azuis o olharam com angústia.


—Pois tens que o fazer. Temos outros assuntos mais importantes que falar — respondeu friamente.


— Alfonso...


—Para que esta reunião não se estenda mais, te direi diretamente. A ordem de  recuperação do castelo seguirá adiante.


Anahí o olhou surpresa.


— Nem sequer vais dar-me a oportunidade de...?


— De que? —Ponchose apoiou na borda de sua elegante escrivaninha e a observou com uns sombrios olhos dourados e um sorriso cínico nos lábios — De falar de tios avôs e de tentar fazer-me sentir culpado de pecados que nunca cometi? Os negócios são os negócios, Anahí. Desperta e volta à realidade!


 


Enquanto ele falava, Annie se tinha posto pálida e os raios de sol que se colavam pela janela faziam que seu cabelo brilhasse como o fogo que ilumina a neve. Durante um momento ele pensou que ia desmaiar e sentiu desejos de acercar-se e agarrá-la. Não. Não ia jogar-se atrás, ele já não era o bastardo estúpido que precisava protegê-la de todo dano. Então, por que se sentia enjoado?


Utilizando toda a energia que lhe restava, Annie conseguiu responder:


—Já vivo na vida real. Se não, não teria vindo aqui para tentar convencer-te de que mudes de opinião. Tudo o que estou pedindo é mais tempo...


 —Anahí... —Poncho afastou o olhar de sua cabeleira avermelhada a tempo de ver como se umedecia o carnoso lábio inferior. O desejo explodiu dentro dele e se estendeu até o último rincão de seu corpo. DESEJAVA-A, mas só com suas próprias condições. Não sabia quais eram, mas não ia permitir que a luxúria interferisse nos negócios—. Não vou mudar de opinião.


— Quanta gente depende do castelo para ganhar a vida? — apontou Annie.


Alfonso encolheu os ombros, mas não pensou nisso. Não fazia sentido enfrentar-se com a gente do lugar inclusive antes de ter decidido o que ia fazer com o castelo. A  curto prazo, permitiria que o pessoal ficasse e que qualquer negócio relacionado com a propriedade continuasse seu curso.


— Nem sequer olhaste os papéis que te dei?


—Isso está claro.


— Posso perguntar-te que planos tens para Ballybawn?


—Ainda não tenho nenhum.


—Meus avôs só precisam algumas habitações... Não poderias deixá-los no castelo ainda que seja como inquilinos? —perguntou Annie obstinadamente, tentando chegar a um acordo—. O castelo é muito grande, poderiam viver numa zona onde não  molestassem a ninguém.


— Como queres que te diga que não?  — Poncho inclinou sua cabeça arrogante para observá-la melhor.


— Não há na...nada que possa dizer... nada que possa seu...sugerir ou oferecer para que tu penses melhor?


Ele estendeu as mãos com um movimento de negação e seguiu olhando-a. Annie começou a  ruborizar-se, consciente do olhar ardente que observava lentamente seu corpo. Lhe acelerou o pulso e começou a respirar com dificuldade, e quando o olhar de Alfonso se posou em seus peitos, sentiu uma mistura de desconcerto furioso e excitação. Sentia-se incapaz de controlar seu corpo.


— Estás oferecendo sexo como incentivo?


— Estás mal da cabeça? —perguntou completamente surpresa e furiosa pela pergunta.


—Em absoluto. Tive muitas ofertas desse tipo desde que saí da prisão. - Parece que só a idéia de um homem encarcerado e privado de certos prazeres durante cinco anos desperta a imaginação feminina.


— A minha não! —exclamou Annie enquanto lhe lançava um olhar escandalizada.


— A isso tu chamas ir direto ao ponto?


—Não temos nada mais que discutir.


— Não? Então te direi que não vou abandonar o castelo a não ser que seja expulsa dele!


—Graças pela advertência, mas não era necessária. Poderia levantar-te com uma só mão. Mas recomendo que não animes a  teus avôs a fazer o mesmo. Pelo seu próprio bem, não pelo meu.


—Não deixarei que lhes faças isso. Não vou abandonar sem lutar!


—Agrada-me brigar. E se ainda estiveres ali quando for vistoriar minha nova aquisição, prepara-te para terminar em minha cama, cara mia —Poncho manteve seu enfurecido olhar de incredulidade com uma sensação de intenso prazer.


— Te arrependerás de ter-me dito isso! — assobiou Annie.


Não, ele não acreditava que fosse se arrepender. O fato de avisar a sua vítima adicionava mais atração ao repto, e Poncholhe encantavam os reptos.


Depois de agarrar a bolsa que tinha deixado numa cadeira, Anahí se acercou dele para pedir-lhe os papéis.


— Não pense que vais roubar minhas idéias! —disse-lhe.


Pela primeira vez desde que saiu da prisão, Alfonso sentiu vontades de rir abertamente. Mas o orgulho possessivo com o que ela quis recuperar os mesmos documentos que Maite se tinha burlado lhe impediu rir-se.


Recordou quantas vezes o pai de Annie tinha desprezado seus esforços em Linwoods e como ela tinha sofrido as conseqüências, mas também o tinha voltado a  tentar com mais energia. Mas as seguintes palavras de Annie desvaneceram esses pensamentos generosos.


— Eu teria tido mais respeito se tivesses admitido o que fizeste com minha irmã! — exclamou exaltada enquanto abria a porta.


Com seus brilhantes olhos dourados frios como o gelo e as feições endurecidas, Alfonso lhe dirigiu um olhar que a deixou gelada até a medula.


— Sugiro que vás para casa e comece a fazer as malas.


Quanto Annie saiu, pegou o telefone e chamou a Dulce.



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Anahí se sentia aturdida enquanto se dirigia ao aeroporto para embarcar no vôo que a levaria para casa. Tinha tido esperança, uma esperança tonta, mas sabia que seus avôs pensariam que tinha sido o pior dos intermediários. Teria sido mais sensato mentir sobre por que tinha rompido o compromisso, tinha cometido um erro dizendo a verdade ...


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Comentários do Capítulo:

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:50

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:47

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:46

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:45

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:45

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:44

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:43

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:41

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