Fanfics Brasil - 23 Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA

Fanfic: Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 23

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EXATAMENTE quatro semanas depois Alfonso detinha o carro numa interseção cheia de sinais indicadores. Duas delas assinalavam direções opostas ao castelo de  Ballybawn. Decidiu-se por um caminho cheia de abaixamentos, depois conduziu cinco quilômetros e se encontrou na mesma interseção de antes.


Pensava que a viagem ia levar uma hora e já tinham passado três. Uns minutos depois de ter tomado outra caminho por fim divisou uma torre entre os espelhos, e ao tomar uma curva apareceu a impressionante entrada. As torres e as alamedas se recortavam contra o céu. Não lhe impressionou a beleza da pedra caliça tingida pela luz do entardecer nem a glória do bosque que rodeava o castelo, porque o primeiro que viu foi uma enorme lona que cobria parte do telhado. O principal propósito do empréstimo que tinha feito tinha sido consertar o telhado, por isso as feições de Alfonso se endureceram. Deteve a Ferrari na zona de estacionamento sob as árvores e se dirigiu ao castelo. Três enormes cachorros lobo se dirigiram correndo para ele ladrando  estrondosamente.


Qualquer temor de que fosse ser atacado se desvaneceu rapidamente ao ver o entusiasmo com o que lhe davam as boas vindas. Teve que recusar os lambidas e as patas embarradas e lhes deu uma reprimenda. Os cachorros se retiraram confusos e ele entrou no alpendre do castelo.  Olhou com surpresa os móveis, as bengalas, as botas e os casacos, para não mencionar a empalhada cabeça de gado que estava pendurada na parede. Apesar do fato de que Ballybawn já era seu, os Damians seguiam vivendo no castelo.


Annie ouviu aos cachorros ladrar e se perguntou quem teria chegado. Estava fazendo docinhos para o tour turístico que tinha ao dia seguinte. Sacudiu a saia antes de correr para a entrada principal e se sentiu emocionada quando viu Alfonso junto à chaminé.


Usava uma jaqueta de couro, vaqueiros destemidos e o cabelo negro despenteado pelo vento.


—Não te esperava tão cedo... —admitiu Annie com a boca seca.


Poncho não estava surpreendido de vê-la, pois tinha esperado que cumprisse sua ameaça de não deixar o castelo.


— Onde estão teus avôs?


—Em Dublin, visitando um familiar... Deixei-os ali ontem —contestou Annie com a respiração e o pulso acelerados.


Aliviado por não ter que tratar com os Damians em  pessoa, Poncho levantou a cabeça com um movimento arrogante e perguntou:


— Que estás fazendo aqui?


—Sou... sou a cozinheira do castelo.


Alfonso teve que reconhecer que Annie tinha tido talento ao fazer uso da concessão de que os empregados podiam ficar-se até novo aviso.


Mas se já tinha procurado uma casa para seus avôs em Dublin, que era o que se propunha? Seguro que tinha outro motivo e um plano. O que Anahí queria conseguir sendo a cozinheira?


Proximidade. Uns planos maquiavélicos cruzaram a mente de Alfonso enquanto decidia que o objetivo de Anahí era... ele. Aí estava ele, seu antigo noivo, com enormes quantidades de dinheiro e a casa dos antepassados de Annie.


Somente podia  ter assumido o  papel de cozinheira  numa tentativa de atraí-lo de novo e casar-se com ele. Mas Alfonso preferia estar morto antes que estar comprometido com ela.


Annie juntou as mãos. Somente podia odiá-lo pela crueldade com que seus avôs tinham sido desalojados de sua propriedade. Mas, desafortunadamente, não podia permitir-se demonstrar-lhe ódio. Quando muito tinha seis ou oito semanas antes que seus avôs regressassem de Dublin, o tempo que Alfonso demoraria em decidir se vendia o castelo ou lhe dava outro uso. Se tivesse sorte ele seguiria contratando-a, e ela poderia compartilhar o alojamento com o casal de anciãos.


Alfonso a olhou com uns brilhantes olhos dourados.


— quais são tuas funções como empregada?


Annie inclinou a cabeça.


—Tu és o chefe... Tu dirás.


—Podes começar mostrando-me o dormitório principal.


—Está na torre mas, ainda que meu avô o usava, não creio que seja apropriado para...


—Então quero ficar na torre — Poncho estava disposto a desfrutar de todos os privilégios que tinham tido os Damians.


Annie apertou os lábios com força e abriu a porta que dava à escada de caracol e que não deixava entrar as correntes de ar frio para o resto do castelo.


Se Alfonso queria banhar-se com água do lago no banho mais antigo e frios do castelo, era assunto seu.


—Faz bastante frio na torre. A meus avôs lhes agradava, diziam que era mais saudável.


— Sobreviverei.


Ao chegar ao final das escadas depois de ter subido quatro andares, Poncho  entrou na habitação medieval que tinha uma antiga cama com dossel no centro. Impressionaram-lhe o teto rebaixado de madeira e as vistas das colinas que tinha através dos janelões.


Com os braços cruzados e o corpo tenso, Annie observou  Poncho. A luz se refletia em seu cabelo negro e delineava os rasgos bronzeados de seu perfil. A elegante jaqueta de couro modelava seu corpo musculoso com a mesma fidelidade com que os vaqueiros ajustados se colavam aos quadris e às potentes coxas. Algo quente e proibido se moveu em seu ventre, pondo-a ainda mais tensa. Como castigo por  sua debilidade, afundou as unhas na suave pele dos cotovelos.


Consciente de que ela o estava observando, Alfonso a imaginou nua na cama. Viu-a claramente, com o cabelo avermelhado contrastando com os peitos brancos e pequenos e com os braços pálidos e perfeitos. Antes de poder desfazer-se do sonho erótico, o dano estava fato. Seu corpo se endureceu pela resposta sexual e toda a impaciência contida saiu à luz.


—Ainda te desejo! —confessou sem duvidá-lo enquanto a olhava provocantemente. - E sei que tu também me desejas! Assim nos esqueçamos das preliminares e vamos à cama.


Durante dez segundos intermináveis, Annie o olhou desconcertada e sem saber o que dizer. Ainda a desejava? Imediatamente pensou no beijo que lhe tinha dado no escritório. Se o tinha provocado num impulso passional em vez do desejo de humilhá-la... então porque? Como podia estar pensando de novo em Alfonso em termos tão íntimos?


—Agora aprecio muito o tempo e quero viver cada momento —disse Poncho com voz rouca, enquanto tirava a jaqueta e a deixava cair numa cadeira com um movimento elegante— Vive-o comigo.


Alfonso era perfeitamente consciente de seu atrativo, pensou Annie com dor. Era tão devastadoramente atraente que ainda podia aluciná-la, mas Anahí já sabia o cruel que podia chegar a ser. Tinha permitido que um cobrador fosse ao castelo para reclamar os artigos que ainda se podiam vender. Tudo, desde o mobiliário até os retratos de família, os amados livros de seu avô e a coleção de porcelana chinesa de sua avó.


—Não posso crer que estejas falando assim depois do que  tens estado fazendo para minha família nas últimas semanas —disse Annie tentando afastar os olhos de  seu olhar magnético.


Alfonso fez uma pequena careta de dor, dando a entender que ela tinha tocado num tema delicado.


—As dívidas têm que se saldar.


—Sim... claro. Por  isso defraudaram a meu avô quando cedeu ao chegar a um acordo voluntário com teu representante para pagar essas dívidas. E depois, sabes que? O cobrador decidiu que Ballybawn está em ruínas e se sub valorizava, assim ainda tendo o castelo de meu avô, ele continua te devendo dinheiro...


— Do que estás falando? —interrompeu-a Poncho.


—Tiraste de meus avôs tudo o que têm exceto a roupa que levam no corpo. Ficar com alguns móveis, livros, os quadrinhos... Talvez pudesse aceitá-lo se estivesses em bancarrota, mas és asquerosamente rico e não tens desculpa para ser tão avarento e mesquinho!


Ao ouvir suas palavras a raiva se apoderou de  Alfonso. Não tinha interessado em como se saldavam as dívidas e não tinha nem idéia de que sua equipe legal tivesse sido tão eficiente, mas não pensava desculpar-se nem mostrar o  mínimo sinal de arrependimento.


—Tua família e tu me depenastes durante quatro anos e meio... Pensastes teus avôs e tu alguma vez nisso? —perguntou energicamente.


Sentindo-se frustrada, Annie avançou para ele.


—Já te disse que não sabia que meu avô não estava devolvendo o empréstimo...


— Talvez se vos ocorreu pensar que quando lhes ofereci esse dinheiro estava renunciando a meu sonho de comprar um vinhedo em meu país?  Ou que o que deixei para mim era uma quantidade considerável e requereu um grande sacrifício? — perguntou Alfonso enquanto a olhava com desdém—. Não, claro que não.


Annie se pôs pálida, mas imediatamente depois sentiu rancor para com ele. Seu sonho era comprar um vinhedo na Itália? Era a primeira vez que o ouvia! Por que não o tinha compartilhado com ela enquanto estiveram noivos? Porque tinha que se inteirar nesse momento de que o dinheiro que lhes deixou era uma grande proporção do que ele tinha nesses momentos? Então, por que lhes tinha oferecido o empréstimo? A generosidade era própria do estilo machista de Alfonso, mas também o silêncio sobre as verdadeiras conseqüências.


— Se tivesses sido mais sincero comigo, não teria deixado que desses esse dinheiro a meu avô... Quero dizer, ninguém te pediu que o fizesses — disse Annie entrecortadamente —. Entendo que estejas enfadado, mas...


Poncho lhe dirigiu um olhar indignado.


— Vais entender meu enfado? —perguntou furioso—. Sobretudo quando me dei conta de que não merecias esse sacrifício!


—Alfonso... —Annie pronunciou seu nome quase sem forças, com a garganta seca. — Não digas isso...


— Eras uma inútil em todos os sentidos! Nem sequer confiavas em mim e não eras o suficiente mulher para compartilhar minha cama...


 Annie se estremeceu. Estava tremendo e se sentia mareada, e só se mantinha em pé por seu orgulho


— Fui indulgente e compreensivo, te dei tudo, mas no final do dia sempre me defraudavas. E deixaste que um velho tonto atirasse meu dinheiro pela janela...O último insulto foi ver essa maldita lona no telhado!


Ainda que esse ataque a tivesse rompido em mil pedaços, Annie se defendeu de novo.


—Esse velho tonto é o mesmo homem a quem elegeste dar-lhe teu dinheiro... — Esperava poder ver em que se gastava!


— O telhado da torre e a metade do telhado do ala georgiana foram substituídos, mas depois só ficou dinheiro para fazer arranjos no resto. Pôr-lhe um telhado novo a um edifício histórico é tremendamente caro, assim antes de acusar ninguém de uso indevido desse dinheiro, sugiro que comproves os custos do trabalho que se fez.


Com as costas retas, Annie se dirigiu à porta.


— Vou lá abaixo para fazer o jantar.


— Não te incomode... Já me prepararei algo—grunhiu Poncho. Não se sentia tão bem fazendo-lhe dano como pensava que se sentiria.


Annie resistiu ao impulso infantil de assegurar-lhe que era uma eficiente cozinheira capaz de abastecer numerosas festas. Com a palavra «inútil» ressoando-lhe nos ouvidos, dirigiu-se à cozinha. Que não confiava nele... Essa acusação a tinha golpeado onde mais doía.


 



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 211



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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:50

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:47

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:46

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:45

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:45

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:44

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:43

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  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:41

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