Fanfic: Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Que confiança tinha esperado que tivesse nele depois de descobrir que tinha mentido sobre ter visto Dulce em Heathlands aquela noite? Que lealdade esperava encontrar depois de ter aceitado o anel que Annie lhe devolveu sem tentar sequer explicar seu comportamento? E nem sequer uma vez se tinha posto em contato com ela depois que o prendessem, não tinha feito nenhum movimento que desse a entender que queria vê-la de novo.

Por seu comportamento e seu silêncio, Anahí tinha deduzido que era culpado: um homem que sabia que tinha sido infiel e que ademais se enfrentava à acusação de ter malversado os fundos do negócio de seu pai, um homem para o que não tinha nenhum sentido manter o contato com a filha de  Franco Portilla.

Mas, e se Alfonso lhe estava dizendo a verdade? E se não a tinha traído com Dulce e realmente era uma vítima dos erros da justiça?

Presa em confusão, teve que admitir que o comportamento de  Alfonso depois da detenção podia ver se de outra maneira. Era arrogante, orgulhoso e teimoso como uma mula. Quando pensava que tinha razão, não transigia, senão que se afirmava suas decisões. Mas nessas circunstâncias, nem tudo tinha sido culpa de Annie, verdade?

Que não era o suficiente mulher para compartilhar sua cama. Esse tinha sido o ataque mais baixo, pensou com amargura.

Entre as idades de dez e quinze anos, Anahí se tinha visto obrigada a escutar numerosos comentários sobre a promiscuidade de sua mãe. Troca tinha tido ao menos três aventuras durante sua tormentoso casamento com Franco Portilla e seu pai nunca  tinha se recuperado da vergonha que lhe tinha feito passar. Também não tinha conseguido ocultar o medo de que a promiscuidade podia ser hereditária e pensava que Annie se converteria em outra devoradora de homens. Inclusive sua madrasta lhe fazia ver sua superioridade sobre sua predecessora, como esposa e como mãe, e Dulce tinha encontrado um grande entretenimento contando a todas suas amigas que a mãe que tinha abandonado Anahí tinha sido uma ninfomaníaca. Obrigada a viver com a vergonha dos erros de Troca como se tivessem sido os seus próprios, Annie tinha prometido a si mesma que nunca daria razões a ninguém para que falassem dela nesses termos.

Durante a adolescência tinha sido muito tímida e só tinha tido um par de namorados antes de conhecer Alfonso. Dizer não ao sexo nunca tinha sido difícil. De fato, até que Alfonso entrou em sua vida nem sequer tinha se sentido tentada. Mas no momento em que experimentou o desejo imprudente e perigoso de deixar-lhe fazer o que quisesse com seu corpo, todos os anos de abstinência se deixaram notar. Pela primeira vez temeu ser uma obsessão sexual como sua mãe, e dizer não a  Alfonso tinha requerido um grande esforço.

Mas depois que lhe tivesse pedido que se casasse com ele, Anie começou a questionar-se se devia seguir reservando-se até que o anel de casamentos estivesse em seu dedo. Mas ao inteirar-se da aventura que Alfonso tinha tido com Dulce na Itália se desvaneceram todas suas dúvidas, e tinha sentido desejos de matá-lo por ter tido um passado que tinha destroçado seu presente. Até esse momento nunca tinha desejado com tanta intensidade a nenhum outro homem. Milhares a conhecia bem, admitiu. Ainda que lhe fosse humilhante, tinha que reconhecer que ainda sentia amor por  Alfonso. Mas não ia pensar no convite sexual que lhe tinha feito, não ia fazer caso a esse débil lado de sua natureza que queria crer que ainda significava algo para ele, ainda que desejava que Alfonso voltasse com ela.

Significava que não acreditava que ele tinha ficado com Dulce e enquanto estiveram noivos? Ou que queria crer qualquer coisa que lhe dissesse para ter uma desculpa para voltar com ele? Mas estava vendo Dulce outra vez ou talvez era outro dos truques de sua irmã? Dulce podia ter-se inteirado através de seu irmão que Annie estava em Londres e inventar que ia ver Alfonso sabendo que Rodrigo me contaria. Furiosa por sentir esperança ante essa idéia, Anahí se sentou na mesa da cozinha para seguir estudando as cartas de seu avô que tinha abandonado seis semanas antes. O último que Alfonso precisava nesse momento era encontrar as provas da irresponsabilidade de seu avô.