Fanfic: Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso

Quando se encontrou com um envelope maior do normal franziu o cenho, porque era dirigido a  ela, e não a Pedro. Possivelmente seu avô tinha visto o selo inglês e tinha assumido que era outra carta ameaçadora do advogado de Alfonso. Ao abri-lo encontrou dentro outro envelope dirigido À família Portilla com a direção de seu pai na Inglaterra e uma breve nota de sua madrasta:

Segue meu conselho e não aprofundes nesta investigação.

Sentindo cada vez mais curiosidade, Annie sacou um papel do segundo envelope. Era uma assinatura dos advogados de Londres, que perguntava se a família Portilla tinha alguma relação com uma tal Caroline ou Troca Portilla, que também podia usar os sobrenomes de  Puente e Sutton. Anahí sentiu um nó no estômago. Somente podiam referir-se a sua mãe que, antes de casar-se com Franco, tinha usado o sobrenome de Puente. Na realidade, Troca tinha preferido usar qualquer sobrenome antes que o seu próprio, Damian. Sabia o que significava a carta. Troca tinha morrido. Que outra coisa podia significar? Quatro anos antes um advogado tinha tentado localizar aos familiares de Troca. Anahí amassou o papel e o afastou, desejando não se ter dado conta de que o envelope era dirigido a ela. Os olhos se encheram de lágrimas.

Por que não tinha tentado nunca localizar a  sua mãe? Talvez porque tinha medo de que ela a recusasse de novo?

Enquanto tentava conter os soluços, a porta da cozinha se abriu e entrou Alfonso.

—Não encontro nem um só plug na habitação —disse antes de dar-se conta de que Annie estava feita um mar de lágrimas.

Anahí respirou profundamente e baixou a cabeça, desejando que não se tivesse dado conta de que estava chorando.

—Não há nenhum. Lá em cima não temos eletricidade.

Alfonso não deu crédito ao que ouvia mas, vendo que não era o momento apropriado para fazer mais perguntas, ficou imóvel e cheio de indecisão.

Evidentemente, a tinha ofendido. Tinha sido necessário dizer-lhe que era uma inútil?, perguntou-lhe a voz de sua consciência. Tenso, acercou-se à mesa e disse:

— Fui muito duro... Não queria fazer-te dano —afirmou sabendo que estava mentindo, sabendo que tinha algo nele que queria atacá-la sempre que ela estivesse por perto.

Mas toda a culpa era de Annie, não sua, disse a si mesmo. Qualquer mulher normal que lhe tivesse lançado esse olhar de puro desejo físico se teria metido rapidamente entre os lençóis, mas Anahí tinha feito um drama da reação natural que tinha tido Alfonso e tinha ignorado seu propósito. Mas apesar de tudo, desejava-o. Annie ficou gelada na cadeira. Pensava que estava chorando pelo que ele lhe tinha dito? Pondo as duas mãos sobre a mesa, levantou o rosto para olhá-lo nos olhos.

— Já não tens o poder de fazer-me mal! —respondeu com fúria. — Estou triste por algo pessoal que não tem nada que ver contigo.

A olhada furiosa de Alfonso se posou sobre a carta amassada e, sem pensar o que estava fazendo, alongou a mão para saber que podia ser mais importante do que ele.

— Que crês que estás fazendo? —Annielhe arrebatou a carta e a guardou no bolso traseiro da saia.

Nesse momento Alfonso reconheceu o cheiro de comida queimada e se acercou para observar sem surpresa a caçarola em que a comida tinha ficado seca e tinha carbonizado. O fato de que ela seguia sendo incapaz de fazer algo direito na cozinha lhe serviu de consolo. Os lábios de Annie tremeram e depois se contraíram.

—Farei outra coisa...

—Não, não quero dar tantos problemas — sussurrou Poncho.

Annie descobriu com horror que tinha vontade de golpeá-lo até fazer-lhe calar. Tinha estado ansiosa por ver sua reação ao apresentar-lhe um prato perfeitamente preparado. Estar casada com um homem que podia preparar uns pratos dignos de um chef mas que não tinha tempo para fazê-lo teria sido uma horrível experiência.

—Jantarei fora.

Anahí não pôde dissimular a inquietude que sentia ao ver que era uma cozinheira incapaz de preparar a comida para seu padrão. Alfonso queria jantar fora mas, não se tinha dado conta do afastado que Ballybawn estava da civilização.

Não tinha nenhum restaurante em vários quilômetros, mas ele podia descobri-lo por si mesmo.

— Mas antes, me agradaria ver o castelo — decidiu Poncho

—Escurecerá dentro de uma hora...

—Então usaremos lanternas. Ou também não há lanternas aqui?