Fanfics Brasil - 26 Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA

Fanfic: Anjo negro- AyA ( Adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 26

25 visualizações Denunciar


 


Dez minutos depois Annie lhe contava com detalhe como funcionava o sistema elétrico com energia hidráulica.  Estava bastante animada enquanto lhe descrevia o invento de seu bisavô, sem dar-se conta de que Alfonso não estava realmente interessado.


—O fato de que produzamos nossa própria eletricidade é algo muito especial — afirmou Annie dando-lhe pequenos golpezinhos na turbina enferrujada.


—Não viverei sem eletricidade —disse Poncho com ironia.


—Sei que não temos eletricidade..., mas não aporta —Annie o olhou como se a eletricidade fora um luxo e Poncho tivesse que se envergonhar de tê-lo mencionado. — E para que precisas eletricidade num dormitório? Durante mais de cem anos usaram lustres de azeite sem nenhum problema.


—Me encantam esses pequenos interruptores que transformam magicamente a escuridão em luz. E quero conectar um montão de aparelhos... o carregador do celular, o computador, a televisão por satélite, a corrente musical, o telefone...


—Podes usar tudo isso lá em baixo. A biblioteca pode ser teu escritório — contestou Annieteimosamente—. Ou um dos escritórios do pátio do estábulo.


—Os lustres de azeite são perigosos. Surpreende-me que não tenham tido um incêndio.


—Somente uma fanática poderia pedir-lhe que começasse a usar lustres de  azeite.


Os incêndios faziam parte da história do castelo, e quanto a avó de Anahí começou a caminhar com passo vacilante Annie a tinha convencido para que se mudasse para um dos dormitórios do térreo. Mas não estava disposta a admiti-lo perante Alfonso. Fazia menos de um dia que era o proprietário de Ballybawn e já estava pensando em fazer mudanças radicais que provocavam nela a necessidade de proteger a herança histórica do castelo. Ao seguir a visita pelo castelo, Alfonso ficou cada vez mais surpreso.


Enquanto estava no cárcere tinha imaginado Annie dando-se ama grande vida à suas custas, numa casa aristocrática, mas nesse momento se deu conta de que os Damian´s tinham vivido nas mesmas condições que seus antepassados mas sem serventes. O único sistema para esquentar as enormes e frias habitações eram as chaminés, e as instalações elétricas que viu eram, em sua opinião, um perigo para a segurança.


A umidade e a deterioração dominavam o ala que uma vez habitou o tio avô Ivor e a porta tinha permanecido fechada. O ala georgiana, por sua vez, estava em melhores condições e servia para albergar os trabalhos artísticos que a Alfonso lhe pareceram horríveis. A decoração teria sido mais apropriada para uma vila romana ou para a tumba de um faraó egípcio.


—Estas habitações se alugam para celebrar casamentos e festas privadas. - Eu faço o cardápio para algumas reuniões —Annie se sentiu frustrada pelo silêncio de Alfonso. — Antes que minha amiga Elphie Hewitt se instalasse aqui, o papel caía um bocados das paredes e não tinha um mobiliário decente. Meu avô nunca teve dinheiro para decorar esta parte, mas agora as habitações estão habitáveis outra vez e é melhor usá-las do que as deixar vazias.


Annie levou Alfonso ao exterior para visitar a zona dos estábulos, onde ele observou com surpresa a esplêndida estrutura dos edifícios. Os antepassados de Anahí tinham gastado bem mais em cuidar dos cavalos que em sua própria casa. Sem parecer dar-se conta da incongruência, ela lhe mostrou uma casinha de férias que, em comparação com o resto do castelo, tinha todos os luxos.


Entusiasmada e orgulhosa do que lhe estava mostrando, Annie voltou a levá-lo ao interior, onde lhe mostrou uma série de habitações tristes e sombrias. A algumas janelas lhes faltavam os cristais e em seu lugar tinham posto tabelas. Só ficavam alguns móveis desbotados. Alfonso não pôde ver nada de valor, só marcas nas paredes de antigos quadros e sinais de onde tinham estado os móveis antes de ser vendidos. emocionou-se ao dar-se conta de que Annie tinha passado cinco anos esforçando-se por manter o castelo nesse estado de pobreza, e pensou que estava louca ao querer ficar nesse lugar frio, úmido e sem comodidades.


Mas também se deu conta de que ela não via o mesmo que ele, porque o amor pela casa de sua família lhe tinha posto uma venda nos olhos. Annie lhe disse que admirasse a entrada, que estava enfeitada com estranhos utensílios de metal pendurados nas paredes, umas cortinas estendidas que já tinham perdido todo seu esplendor e um arranjo floral de hibiscos.


—O retrato é de Florence Damian. Supõe-se que é o fantasma da família — lhe  informou alegremente.


Desesperado por encontrar um pouco de valor, Alfonso estudou o retrato a óleo  que estava pendurado sobre a enorme chaminé. Mas voltou a desiludir-se ao ver que o lenço representava uma ruiva sem atrativo com olhos saltitantes que pareciam seguí-lo pela habitação. Tinham-lhe hipotecado o edifício mais inútil do mundo.


A visita terminou na torre onde ele descobriu que Annie ainda ocupava a habitação que estava embaixo da sua.


—Agradava-me estar perto de meus avôs, porque se precisavam algo — murmurou Annie torpemente— Me mudarei esta noite...


—Não é necessário. Anahí, teus avôs podem ficar com o que há no castelo. Não quero nenhuma dessas coisas.


Annie o olhou surpresa.


— Não as queres?


—Não —Poncho se sentiu turvado ao ver o olhar de gratidão de Annie e se acercou à janela. Estava escurecendo rapidamente e o lago era só uma massa de água ao pé da colina.


Anahí, que não imaginava por que ele tinha mudado de opinião, perguntou: — Isto... já decidiste o que vais fazer com Ballybawn?


Podia tocar-lhe fogo e terminar com quinhentos anos de miséria, pensou Alfonso. Tinha-lhe arrebatado a Annie seu amado castelo e não o queria. Não podia imaginar o que fazer com ele. Para ser realistas, não precisava de uma casa no campo e o castelo precisava de tantas reformas que não era rentável do ponto de vista econômico. O arrependimento era um sentimento que não conhecia, e menos ainda a vergonha. Que satisfação podia receber de uma vingança que consistia em golpear aos desafortunados quando já estavam fora de combate?


Enquanto estava na prisão tinha marcado uns objetivos, mas não tinha nem idéia do quão empobrecidos que estavam os Damian´s. Nunca tinha imaginado que Annie e seus avôs podiam estar vivendo numas condições horríveis para manter essa espelunca.


Para ser sincero consigo mesmo, nunca tinha tido em conta a avançada idade e as necessidades dos avôs de Anahí. Tinha-se negado a fazer uma valorização pessoal de sua situação, decidido unicamente a castigar Annie. E nesse momento, reconheceu com tristeza, estava pagando as conseqüências de ser o bastardo cruel que sempre tinha querido ser: estava envergonhado de si mesmo. Desconcertada porque Alfonso não lhe contestava à pergunta, Anahí o olhou fixamente. Ainda que ele lhe dava as costas, Annie pôde notar a tensão que lhe  percorria o corpo.


Por  experiência, sabia que Alfonso só ficava sem fala quando algo o preocupava. Quando estava em silêncio a punha nervosa, porque esperava com tensão que ele explodisse. Por que poderia estar enfadado? Tinha o castelo, que mais poderia desejar?


Com um movimento brusco Poncho se girou para ela. Tinha os olhos brilhantes e as feições endurecidas.


—Vou sair... Não sei quando voltarei — disse enquanto se marchava.


Annie ficou estupefata e escutou desde a entrada o chiado dos pneus enquanto ele acelerava e se afastava do castelo. Que diabos lhe passava? Os olhos cheios de reprovação dos cachorros lhe recordaram que ainda não lhes tinha dado a terceira comida do dia.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 16 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

  Mais tarde, quando estava acendendo a chaminé na habitação de Alfonso repensou na inquietante carta relacionada com sua mãe. Não importava o doloroso que podia ser saber como e quando tinha morrida Troca, porque ela precisava sabê-lo para sentir-se calma e, o que era ainda mais importante, seus avôs tinham o direito de s ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 211



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:50

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:47

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:46

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:45

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:45

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:44

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:43

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:42

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:42

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih

  • jl Postado em 14/03/2012 - 10:31:41

    Wooooooon, que final perfeito *-* Fianlmente tudo deu certo *-* hihih


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais