Fanfic: Aluga-se uma noiva - AyA ( adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

 Annie tocou duas vezes a campainha do pequeno apartamento onde sua mãe morava. Como não obtivesse resposta, procurou a chave na bolsa e abriu a porta:

  — Mamãe...?

  — Psiu! — disse Belinda, que acabava de sair do banheiro, envolta num roupão atoalhado. — Ela está repousando — advertiu, baixinho, apontando a porta do quarto da  srta. Portilla.

  — Ela está bem?

  — Melhor do que nos últimos dias — Belinda respondeu, com um sorriso satisfeito. Era uma mulher quarentena, um tanto gorducha e muito simpática. Trabalhava num hospital perto dali e desde o acidente automobilístico que quase matara a sra. Portilla, Belinda cuidava dela com um desvelo comovente. — Sim, de fato Marichello está muito melhor. Você sabe, ela é uma mulher muito forte.

  Anahí sorriu:

  — Mamãe tem de ser forte mesmo.

  Conversaram por mais alguns minutos e então ouviram sons vindos do quarto.

  — Ela acordou — disse Belinda — e acaba de ligar a televisão.

  — Vou até lá — Annie respondeu, caminhando em direção ao quarto. Abriu a porta e entrou. O quarto estava  mergulhado na penumbra, iluminado unicamente pela tela da tevê, que naquele momento transmitia uma novela que vinha fazendo muito sucesso. Na verdade, tratava-se de um melodrama classe B, onde Anahí desempenhara um pequeno papel, nos primeiros capítulos.

  — Como vai, mamãe? — ela indagou, beijando os cabelos grisalhos da velha senhora. — Belinda me disse que você está bem melhor.

  Marichello sorriu:

  — Melhor ainda agora, que vi você.  E então? Como foi a entrevista na Rodriguez Enterprises?

  — Oh, não muito bem — Annie respondeu, forçando um tom casual. — Acho que vou continuar procurando emprego, nos próximos dias.

  — Que pena... — Marichello comentou, com um suspiro. — Você estava tão esperançosa...

  — De fato, mas não fique aborrecida. Vou acabar conseguindo um emprego, pode acreditar.

  — Eu acredito, filha. Mas por que acha que a entrevista não foi satisfatória?

  — Ora, isso não importa. Além do mais, há outras empresas em San Francisco.

  — Mas não tão fortes quanto a Rodriguez Enterprises. Enfim, acho que eles cometeram um grande erro em não contratar você.

  — Vou dizer isso a eles — Annie gracejou. Na verdade, gostaria de dizer muito mais que isso a Alfonso Herrera. Mas para que se aborrecer com um assunto que,  afinal, já estava encerrado?

  Para alívio de Anahí, o intervalo comercial acabou e o capítulo de Órfãos do Destino continuou. Marichello voltou a atenção para a tela, e após alguns momentos indagou:

  — Será que Lance conseguirá matar Meredith?

  — Fique tranqüila, mamãe.  Ele será descoberto  antes disso.

  — Ainda bem.  Pobre Meredith...  — Marichello comentou, com os olhos fixos na tela. — Escute, querida, está na hora do meu chá. Será que pode buscá-lo para mim?

  — Claro que sim, mamãe. Eu já volto. — Annie saiu do quarto e encontrou Belinda na cozinha, já vestida para trabalhar no hospital. Estava justamente acabando de preparar o chá da sra. Portilla. — De fato, Belinda, mamãe está com ótima disposição, hoje.

  — E daqui por  diante estará cada vez melhor — a enfermeira disse, com seu otimismo característico. — A fase mais difícil já passou... ela andou muito desanimada e cheguei a  me preocupar. Mas, agora, passada a fase mais difícil, a recuperação total será apenas questão de tempo.

  — Deus queira  que sim!  — Annie replicou, com um suspiro.

Casualmente, seu olhar recaiu sobre a pequena mesa da copa, onde Belinda arrumava a xícara e guardanapos sobre a bandeja. Ao lado, havia algumas cartas... Mas Anahí sabia que não eram simples cartas. — Contas? — ela indagou,  apreensiva.

  Belinda concordou com  um gesto  de cabeça:

  — Infelizmente, sim.

  — Quantas?

  — Apenas seis... Sinto muito,  Anahí.

  Seis. Mais seis contas, Annie pensou, estremecendo:

  — Tudo bem. Vou cuidar disso. Meu Deus, preciso tanto de um emprego.

  — Como foi a entrevista na Rodriguez Enterprises? — Belinda indagou, interessada.

eharumi, está web não é minha e sim adaptada. Que bom que está gostando do livro.

Verdade, JL, Poncho vai ter que lutar.