Fanfic: Aluga-se uma noiva - AyA ( adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso
Annie ficou em silêncio. Em sua mente, os pensamentos corriam numa velocidade vertiginosa. Dez mil dólares! A solução de todos os problemas. Com esse dinheiro poderia pagar as dívidas e ainda sobraria muito. Pagaria também o ordenado em atraso de Belinda, da outra enfermeira, e saldaria de uma vez toda a dívida com o hospital que atendera sua mãe, na época do acidente. Sem contar que poderia pagar mais seis meses de aluguel adiantado e saldar o atraso do apartamento de sua mãe. Era tentador.
Na verdade, era quase irresistível.
— Mas não posso concordar com isso — ela completou, em voz alta. — Seria o mesmo que me vender, entende?
— Não apenas não entendo, como discordo plenamente de seu ponto de vista — Alfonso argumentou. — Afinal, ninguém está lhe pedindo para se prostituir, ou algo assim. Você está encarando a situação de modo muito puritano. Não estou lhe propondo nada que vá desrespeitá-la, que vá contra suas convicções. Apenas lhe peço que represente um papel... Só que fora do palco.
— Aí é que está o problema.
— E será que este problema é mais grave do que os que você já tem? Será que a angústia que você sente com relação à difícil situação financeira em que se encontra não é mais desgastante do que o será passar duas semanas fingindo ser alguém que você não é?
Anahí fitou-o com raiva, pois era obrigada a concordar com ele. Mais que isso, havia um pensamento que se sobrepunha a todas as suas dúvidas: com esse dinheiro, poderia pagar o caro tratamento do qual sua mãe necessitava, para recobrar mais rapidamente o controle motor das pernas, que tinham sofrido um duro golpe no desastre e quase haviam ficado inutilizadas. Graças à dedicação de Belinda e de Jane, a enfermeira da noite, Marichello já conseguia dar alguns passos, ainda apoiada em muletas. Mas se Annie tivesse dinheiro suficiente para submetê-la a um tratamento de fisioterapia numa clínica especializada, Marichello ficaria boa em muito menos tempo. "O que significa menos sofrimento para mamãe", ela pensou. "Meu Deus, que impasse terrível. E ninguém pode me ajudar nessa decisão, a não ser eu mesma."
Naquele momento, o telefone tocou e Annie estremeceu. Era a enfermeira da noite:
— Anahí? Você já está deitada?
— Não — ela respondeu, preocupada. — Algum problema com mamãe?
— Nada de grave, querida. Apenas estive conversando com ela até agora há pouco, pois a sra. Portilla não conseguia dormir.
Estava um pouco inquieta.
— Estranho... Eu a vi hoje à tarde e achei-a tão animada.
— Pois é, ela está com o equilíbrio emocional muito frágil e passa da euforia à depressão em poucos minutos. Isso é natural, nesta etapa de recuperação. Acho que em alguns momentos ela se entedia, pois a melhora é muito lenta... — Jane, a enfermeira, fez uma pausa antes de concluir: — Se você pudesse mandá-la a uma clínica especializada para uma sessão diária de fisioterapia.
— Mas você sabe que não tenho recursos para isso, Jane — Annie replicou, angustiada, lançando um olhar de pânico a Alfonso Herrera que, de costas para ela, observava uma tapeçaria que pendia da parede.
— Desculpe, Anahí. Eu não quis aborrecê-la. Só liguei para pedir-lhe que passe por aqui, se puder. A sra. Portilla dormirá por cerca de duas horas, com o calmante que lhe dei. Mas tenho certeza de que acordará ainda mais carente e deprimida. E sua presença será importante para ela. Você parece ter o dom de animar tudo a sua volta.
— Bondade sua, Jane — ela retrucou, com um sorriso triste. — Mas fique tranqüila, vou estar aí quando mamãe acordar. Daqui a duas horas, você disse?
— Mais ou menos isso. Desculpe por importuná-la, querida.
— O que é isso, Jane? Você sabe que sempre faço questão de saber tudo o que acontece com mamãe. Fez muito bem em me avisar. Obrigada e até logo.
— Até logo, Anahí.
— Sua mãe está doente? — Poncho indagou, assim que ela desligou o telefone. — Desculpe minha indiscrição, mas não pude deixar de ouvir a conversa.
— Há cerca de dois meses um idiota sem escrúpulos fechou o carro dela num cruzamento e mamãe quase morreu — Annie explicou, deixando-se cair sobre uma poltrona. — Felizmente o período crítico já passou, mas a recuperação é muito lenta e eu não tenho recursos para mandá-la a uma clínica especializada, para um tratamento adequado.
— Oh, eu... sinto muito.
— Não — ela reagiu, num tom seco. — Você não sente. Na verdade, ficará muito feliz por eu ter uma mãe que precisa de cuidados médicos.
Autor(a):
Este autor(a) escreve mais 16 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Ele a fitou, indignado: — Por quem você me toma, afinal? Por um monstro, ou algo parecido? — Por um homem que sabe atingir seus objetivos — Annie respondeu, erguendo-se para encará-lo. — Este último telefonema foi o empurrão fatal para a decisão que vou t ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 532
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47
*--*
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47
*--*
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47
*--*