Fanfic: Aluga-se uma noiva - AyA ( adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso

 Alfonso sentiu o coração oprimido de dor. Anahí não havia concordado mas fora forçada a aceitar o trabalho.  Ele não havia conseguido convencê-la. A vida fizera isso em seu lugar. Por alguns segundos ele ficou em silêncio, tentando controlar-se o máximo possível para não demonstrar que estava comovido com a situação de Annie. E que a admirava profundamente, além de invejá-la por ter uma mãe que a amava  e  que merecia seu sacrifício.

"Bem, ela ao menos tem uma mãe de verdade", Poncho pensou, com  uma sensação de  mágoa... A velha sensação que o invadia, sempre que se lembrava de sua infância.

  Mas todas essas emoções duraram apenas alguns segundos, até que fossem sufocadas, como Alfonso sempre fazia. Momentos depois, ele já assumia a  expressão  de homem prático, do tipo que sabe  atingir seus objetivos, sem se deter diante de nada:

  — Leia com atenção, por favor — disse, entregando a Annie o contrato preparado aquela tarde em sua empresa.

 Anahí aquiesceu e  concentrou-se  na leitura.

Minutos depois ambos assinavam o contrato, num clima de tensão e constrangimento.

  — Quando começamos? — ela indagou, por fim.

  — Agora.

  — O quê? Agora? Mas eu não posso...

  — Escute, nós temos cerca de quarenta e oito horas para nos conhecermos melhor. Portanto, é bom começar já.

  Annie fitou-o confusa e Poncho continuou:

  — Fale-me sobre você: onde nasceu, onde morou, como é sua família... Enfim, essa série de coisas que um noivo deve saber a respeito da mulher com quem se casará. Diga-me também se já se casou alguma vez... Quero saber tudo sobre você.

  — Ei, espere aí. Há certas coisas em minha vida que só dizem respeito a mim mesma. E não pretendo dividi-las com ninguém.

  Poncho sorriu:

  — Como sempre, eu fui um tanto brusco  ao expor meu ponto de vista. Claro que não quero invadir sua privacidade, nem ficar a par de seus segredos mais íntimos.

  — Ah, menos mal, então.

  — Mas também quero a certeza de que não terei surpresas desagradáveis, como... Como, por exemplo, ser alvo de vingança de algum ex-marido ou namorado ciumento.

  — Já lhe disse que nunca me casei.

  — E quanto a namorados...

  — Nenhum a sério. Não se preocupe quanto a isso — ela afirmou, e a imagem de Rodrigo estampou-se em  sua mente. Por um momento, perguntou-se se deveria ou não mencioná-lo a Alfonso, mas decidiu nada dizer a respeito. Afinal, Rodrigo já se fora há tanto tempo... Devia estar em Montana ou em algum outro lugar, ao sul. E Annie não queria pensar nele. Nunca mais.

  — Ótimo. E quanto a você?

  — Nasci em Phoenix, Arizona. Minha família mudou-se para Los Angeles quando eu tinha treze anos. Isso foi logo após a morte de meu pai, de ataque cardíaco. Não tenho irmãos nem irmãs, como já citei no currkulum, e nunca me casei. Mantive-me na Universidade de Los Angeles, trabalhando em alguns comerciais, duas peças  na Broadway sem muita projeção, e fiz uma novela que está em cartaz atualmente. Só participei dos primeiros capítulos. Depois de me formar, consegui um emprego na Alma, que pertence ao seu grupo empresarial. Mas disso você já sabe.

  — Não sei tudo sobre isso.

  — Já lhe falei o suficiente e me recuso a entrar em detalhes de um fato que desejo esquecer — ela retrucou, com firmeza. — Minha mãe chama-se Marichello Puente. Vive aqui perto, num pequeno apartamento e está se recuperando de um acidente, como você sabe.

  — Apenas por curiosidade, por que não mora com ela?

  — Mamãe e eu nos damos muito bem, mas ambas temos gênios parecidos e terríveis. Além do mais, mamãe sempre foi uma mulher independente  e gosta de ter seu espaço próprio. Eu também.

  — Certo  —  Poncho aquiesceu. — E quanto a nós dois?

  — Como assim?

  — Onde nos conhecemos? Na Union Square? No  Caribe? No escritório da Enterprises?

  Annie considerou o assunto por alguns momentos e por fim meneou a cabeça, com uma expressão de desânimo:

  — Não sei. Deixarei as mentiras por  sua conta.

  — Sinto decepcioná-la, mas nunca fui um bom mentiroso. Só armei este plano absurdo porque realmente não tive outra saída.

  — Então tente mudar de idéia e aprenda a mentir. Ou então mude de  plano.

  — Agora é tarde — ele afirmou, pensativo. — Mesmo porque nosso noivado está sendo anunciado neste momento, em todos os jornais.

  — O quê?

  — Amanhã cedo os jornais e emissoras de tevê noticiarão nosso futuro casamento.

  — Mas você nem sequer sabia se eu iria concordar com a proposta! Como pôde...

  — Eu  tinha certeza de que você acabaria concordando, não me pergunte por quê. Talvez seja intuição masculina, embora pareça  que  só as mulheres têm esse privilégio.

  — E, como você mesmo diz, todas as pessoas têm seu preço, não? — ela argumentou, com amarga ironia.

  — Ou  suas necessidades... Ou seu orgulho — Poncho contrapôs.  — Afinal, foi seu orgulho que a impediu de aceitar o em presumo que lhe ofereci... Não?

  — Mamãe! — ela exclamou, levando a mão à fronte. — Tenho de vê-la daqui a pouco e... Oh, meu Deus. Ela costuma ler quase todos os jornais e assiste à tevê durante horas seguidas. E nosso noivado aparecerá em todas as edições de amanhã, sem contar os noticiários. Como vou explicar?

  — Nós dois explicaremos — Poncho respondeu tranqüilamente.

  — Ei, você não está pensando  em...

  — Acompanhá-la até a casa de sua mãe? Por que não?

Carol_17, seja bem vinda , acho que esse poste vai responder a sua pergunta.

JL , amore , Cadê tu???