Fanfic: Aluga-se uma noiva - AyA ( adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso
Pouco depois chegaram ao Iate Clube de Tiburon. O sol se punha, tingindo o horizonte de cores que iam do dourado ao púrpura, oferecendo um espetáculo sem igual.
Na marina do Iate Clube, vários tipos de embarcações oscilavam suavemente ao sabor das ondas, como a compor um curioso bale.
Alfonso desceu do carro e abriu a porta para que Annie saltasse:
— Vamos?
— Importa-se de dizer aonde!
— Há um café logo ali, onde se pode saborear uns bons croissants, enquanto se observa o porto. Acho que você vai gostar.
De fato, Annie gostou não apenas dos croissants fresquinhos, mas também do ambiente e da simpática srta. Sol, a proprietária do café.
— Ora, mas que boa notícia! — Sol exclamou, quando Poncho apresentou-a como sua noiva. — Rapaz, você estava mesmo precisando se casar, sabe? — Com um largo sorriso para Annie, acrescentou: — E acho que dessa vez acertou em cheio, Alfonso. Até parece que você e esta moça foram feitos um para o outro.
— Você acha mesmo, Sol? — ele indagou, acariciando os cabelos de Annie, que estremeceu.
— Ah, mas claro que sim! Bem, desejo-lhes toda a felicidade do mundo. — Retirando do bolso do avental um bloco de anotação, ela continuou: — E então, o que vão querer?
— Café... Croissants... — Poncho virou-se para Annie: — E quanto a você, meu bem?
— O mesmo para mim, obrigada.
Sol retirou-se para providenciar o pedido e ambos ficaram a sós.
— Isto também faz parte do plano? — Annie indagou.
— Isto o quê?
— Termos vindo até aqui.
— De certa forma, sim. Mas não foi só por isso que a trouxe aqui. Achei que você gostaria deste lugar. Sempre venho aqui, quando tenho tempo de fugir do escritório. A paisagem é repousante e me faz muito bem. Gosto de ver o pôr-do-sol, a tarde caindo, o horizonte confundindo-se com o mar, lá longe... E gosto de Sol também. Ela é uma boa mulher e muito querida pelos freqüentadores do clube. Sabe que eles preferem vir aqui, a freqüentar o sofisticado restaurante do clube?
Annie recostou-se na cadeira rústica. Estava surpresa com as palavras de Alfonso, que de repente parecia um homem sensível, capaz de apreciar uma paisagem como aquela, de assistir a um pôr-de-sol, de afeiçoar-se às pessoas. Tão diferente do homem frio e calculista que não hesitava em armar uma grande farsa, só para atingir um objetivo. Como era possível que duas características tão diferentes habitassem um mesmo ser?
A chegada de Sol, trazendo uma enorme bandeja, interrompeu-lhe os pensamentos:
— Aqui está... Sol dispôs sobre a mesa um bule de café, creme, croissants, geléia, manteiga e uma pequena cesta com pães de queijo. — Esta é uma oferta da casa. Acabaram de sair do forno e espero que gostem.
Ambos agradeceram e Sol afastou-se uma vez mais.
— Bem, eu prometi lhe falar algo sobre mim — disse Poncho, provando um croissant: — Hum... isso está delicioso.
— Concordo — Annie aquiesceu. — Bem, quero saber o máximo possível sobre você, para assim evitar situações desagradáveis.
Alfonso terminou o croissant, antes de começar:
— Bem, eu me formei pela Universidade de Berkeley, em Economia, há dez anos. Logo depois consegui um emprego razoável, que permitia viver com algum conforto e ainda economizar uma parte. Depois consegui um cargo bem mais elevado na empresa e, após dois anos acabei montando meu próprio negócio.Lutei muito, prosperei, comprei uma pequena empresa que estava à beira da falência, consegui aumentar o patrimônio e continuei a trabalhar, com muito afinco. No ano seguinte adquiri outra empresa e assim consegui uma expansão ainda maior. Em resumo, foi assim.
— O homem com o toque de Midas — Annie comentou, gracejando.
— Quem me dera eu tivesse mesmo o toque do Rei Midas, o poder de transformar tudo em ouro. Não, se hoje sou presidente de uma grande companhia, foi porque trabalhei duramente, por muitos anos. E nunca me dediquei a nada, exceto ao trabalho.
— E quanto a sua vida pessoal?
— Não tenho tempo para vida pessoal.
— Mas... — Poncho hesitou, antes de continuar: — Mas deve ter havido mulheres em sua vida, não?
— Não muitas.
— Não? — Annie repetiu, sem entender. Afinal, homens como Alfonso Herrera geralmente possuíam várias mulheres... Ou ao menos várias garotas ansiosas para se tornarem suas namoradas ou amantes.
— Se houvesse mulheres, ou ao menos uma mulher em minha vida, eu não precisaria ter pedido a você que se fizesse passar por minha noiva, não lhe parece? — ele replicou, com uma ponta de mágoa.
— Desculpe. É que... Eu pensei...
— Eu compreendo — Poncho a interrompeu, num tom mais brando. — As pessoas em geral acham que um homem de negócios, que possua uma aparência razoável e certa inteligência, tem uma espécie de harém atrás de si. Imaginam que passamos a vida fazendo passeios de iate, tomando champanhe, nos divertindo com as mulheres mais belas do mundo. Bem, pode até ser que exista homens assim, mas não é o meu caso. Consegui formar meu patrimônio à custa de muito trabalho, e isso não me deixou tempo para o lazer, o amor, as grandes viagens, enfim, tudo isso que se chama desfrutar a vida. Agora que estou mais firme na posição que alcancei, talvez possa relaxar um pouco.
Annie o ouvia com sincero interesse. De repente, estava descobrindo novas facetas no caráter daquele homem. E, embora soubesse que qualquer tipo de envolvimento com Alfonso seria terrivelmente perigoso, não conseguia conter a curiosidade.
— E quanto aos seus amigos?
— Você já conheceu Mendiola. É um dos maiores amigos que possuo. Há mais alguns, porém não são muitos. A maioria trabalha comigo.
— Quer dizer que seus empregados são também seus amigos?
— Alguns sim, outros não. Várias pessoas que trabalham na empresa não gostam de mim. Isso é natural. — Poncho fez uma pausa, antes de perguntar: — O que mais quer saber a meu respeito?
— Gostaria que você me desse um quadro geral sobre sua vida. Por exemplo como foi sua infância, em que escola você estudou, esse tipo de informações que uma noiva deve saber a respeito do futuro esposo.
Teria sido impressão, ou a pergunta o deixara levemente embaraçado? Annie pensou, enquanto Alfonso desviava o rosto para a janela, como se propositadamente evitasse encará-la.
— Estudei numa instituição em Oakland. Mas isso não é importante. Duvido que os Goyris esperem que você saiba algo a esse respeito.
— Mas e se o assunto vier à tona?
— Mude o rumo da conversa — ele replicou, num tom seco.
— Certo, você é quem sabe — ela reagiu, irritada com o tom autoritário de Alfonso. — Bem, já que não podemos falar nem do seu passado, nem de sua vida pessoal, que tal conversarmos sobre seu trabalho? Há algo que eu deva saber sobre a Rodriguez Enterprises?
— Sim. — Agora Annie tinha certeza de que ele realmente hesitava. — Há algum tempo houve um escândalo a respeito de uma suposta sonegação do Imposto de Renda. Isso durou alguns meses e me causou muitos problemas. Mas ganhei a causa na Justiça, pois meus advogados conseguiram provar que tudo não passou de uma campanha difamatória por parte de meus concorrentes.
— Escândalo? — ela repetiu, surpresa.
— Você deve ter lido sobre o assunto nos jornais. Isso aconteceu há cerca de um ano e meio.
Anahí ficou pensativa. De fato, ouvira falar, ou lera em algum lugar, sobre o escândalo que envolvera a Rodriguez Enterprises. Era algo relativo à sonegação de impostos, mas Anahí não dera importância ao assunto. Afinal, os jornais mentiam um bocado e além disso ela não estava interessada nos problemas de uma companhia de investimentos. Na época, havia rompido com Rodrigo e não se importava com nada mais.
— Pensando bem... Acho que li a respeito, sim. Mas não me lembro exatamente do que se tratava.
Poncho sorveu o último gole de café e recostou-se na cadeira:
— Basta que você saiba que foi uma campanha difamatória contra a empresa. Acusaram-nos de sonegar Imposto de Renda e, embora tenhamos conseguido provar na Justiça que tudo não passou de calúnia, perdemos um bocado de dinheiro.
Poncho calou-se, deixando bem claro que não queria mais falar sobre o assunto. E Annie não fez mais perguntas.
Autor(a):
Este autor(a) escreve mais 16 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Terminaram o lanche e despediram-se de Sol, que felicitou-os uma vez mais. — Aonde vamos agora? — Quer conhecer o Vick! - Vick Goyri? — Não, o iate. Sergio batizou-o com o nome da filha. Está lá na marina. — Já que vou conhecer o iate amanh&ati ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 532
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56
Amei o final. Web linda <3
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47
*--*
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47
*--*
-
alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47
*--*