Fanfics Brasil - 61 Aluga-se uma noiva - AyA ( adaptada) FINALIZADA

Fanfic: Aluga-se uma noiva - AyA ( adaptada) FINALIZADA | Tema: Anahi e Alfonso


Capítulo: 61

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  — Hoje cedo você deixou esse livro aberto sobre a mesinha  de centro do salão principal. Olhei-o por puro acaso e vi a dedicatória na primeira página. Agora você deixou-o de novo lá em cima. Está sendo displicente demais com seu papel, srta. Portilla. — Antes que Annie pudesse reagir,  Alfonso tomou o livro nas  mãos e leu: — "Hoje e sempre, meu coração pertence e pertencerá somente a você. Eu te amo. Seu,  Rodrigo." Romântico, não?


  Annie sentou-se, com uma expressão amarga no rosto. O livro, que era escolhera ao acaso na estante de sua casa, fora um presente de aniversário que Rodrigo lhe dera.


Na semana seguinte, ele a abandonara.


   — Você me disse que não tinha ninguém — Poncho comentou, num tom acusatório.


   — E  não tenho.


   — Então por que trouxe este livro?


   — Nem sei explicar ao certo. Eu... Estava fazendo as malas,  quando ocorreu-me trazer algo para ler. E este livro era um dos  que. eu ainda não havia lido, embora  o tenha ganho há tempos.


   — Há quanto tempo, exatamente?


   — Dois anos. Escute, continuo afirmando que não menti para você. O que aconteceu há dois anos não deve importar, nessa circunstância, não concorda?


   — Talvez — Poncho concordou, num tom mais ameno. Na verdade, sentia um profundo alívio por Annie não ter ninguém em sua vida. — Tem certeza de que não há  perigo algum de Rodrigo voltar a importuná-la?


   — Escute aqui, Rodrigo está em algum lugar, na região de Montana. Tivemos um bom período juntos, mas faltava algo em nossa relação...  Sensualmente, quero dizer. Nós nos dávamos bem em muitos pontos, mas... Bem, os detalhes não interessam. Rodrigo se foi e isso é tudo.


   — Você o amava? — Poncho não conseguiu resistir à pergunta.


   — Na época eu julgava  que sim.


   — E hoje?


   "Hoje amo você", esta era  a resposta.


Mas  Annie apenas   murmurou:


   — Não. Mas com que direito você me  faz tantas perguntas sobre minha vida pessoal? Eu ao menos tenho um passado. Tenho amigos e família e livros com dedicatórias de meu primeiro namorado. Você conheceu minha mãe, o lugar onde vivo. E eu, o que sei a seu respeito? Nada. Você parece fazer questão de manter segredo sobre sua vida até aqui. Do que exatamente está fugindo, Alfonso?


  — Talvez eu não tenha um passado —  ele retrucou, em voz muito baixa.


  — Isso é loucura. Como assim, não tem um  passado? — Poncho não respondeu. Apenas acendeu um cigarro e fitou-a com ar impassível. Isso só serviu para irritá-la ainda mais. — Escute, eu não queria perturbá-lo com nenhum tipo de problema durante esse cruzeiro, já que toda a sua atenção estava voltada para a compra da Goyri.


  — Nem toda — Poncho a interrompeu e acrescentou em silêncio: "Na verdade, só tenho pensado em você, Anahí. E simplesmente  não sei o que fazer. Estou perdido como um colegial diante da descoberta do primeiro amor".


  Ignorando os verdadeiros sentimentos do homem a sua frente, ANAHÍ prosseguiu:


  — Mas já que você sentiu-se no direito de questionar meu passado,  então quero lhe dizer que me vi numa situação muito difícil quando Vick mencionou que...


  Poncho ergueu-se de um salto:


  — O que foi que aquela garota atrevida lhe disse?


 


  — Atrevida? — Annie repetiu, irônica. — Engraçado, ainda esta noite você a achava encantadora... Ao menos demonstrava isso, pelo modo como recebeu os sorrisos insinuantes que ela lhe dava.


  — Só fiz isso para dar uma lição a você.


  — A mim?


  — Exato. Achei que só assim, vendo-me flertar com Vick, você compreenderia o quanto sofri ao vê-la dar atenção a Christopher.


  Annieo encarou, perplexa. Estaria enganada, ou  a expressão no olhar de Alfonso denunciava... ciúme?! Seria possível mesmo?


  Poncho sentiu o sinal de perigo. Falara demais, expusera-se demais.  Se não retomasse o assunto, Annie descobriria facilmente o quanto ele a amava. E isso não podia acontecer, ao menos por enquanto.


  — O que foi que Vick lhe contou sobre mim?


  — Que você tem uma mulher.


  — O quê?


  — Uma tal de Ximena ... Herrera, ou algo assim. Pode imaginar como me senti ao ouvi-la mencionar um nome que jamais ouvi antes? Você também mentiu para mim, Alfonso.


  — Só o fiz pelo mesmo motivo pelo qual você não mencionou Rodrigo. Pois  Ximena nada mais significa para mim.


  — Mas você já viveu com ela.


  — Tivemos um caso por algum tempo, isso foi tudo.


  — Você a ama?


  — Nunca a amei,  na verdade. Nós... Tínhamos algo em comum; queríamos ambos vencer na vida, éramos lutadores natos e por  algum tempo julguei que poderíamos nos ajudar mutuamente. Mas Ximena tem ambições demais e escrúpulos de menos.


  — E se ela aparecer e desvendar essa farsa? Nunca pensou nessa possibilidade? Vick me contou que essa moça é um dos manequins  mais famosos da atualidade. Portanto, deve ter acesso à imprensa e  aos meios de comunicação em geral.


  — Ela não fará isso. Está viajando pela Europa neste momento e...


  — E deve ter lido os jornais, não? E se ama você, pode provocar  um escândalo.


  — Ximena só ama a si mesma. Fique tranqüila; ela não fará nada.


  A conversa chegara ao fim. A tensão voltou a cair sobre ambos...  Uma tensão diferente, que vinha da atração que sentiam um pelo outro e que tanto lutavam por sufocar. Mas como conter uma força poderosa, que ia além de suas forças?


 Annie sentiu seu coração agitar-se no peito. E chegou a desejar que a conversa se prolongasse, só para dissipar a tristeza daquele  amor sem esperanças.


  — Você precisa acreditar em mim — ela murmurou, só para dizer alguma coisa, só para fugir do olhar intenso de Alfonso.  — Eu não flertei com Christopher. Ele nada significa para mim. Pode ficar tranqüilo, que não vou arruinar nosso... nosso acordo.


  Uma onda de ternura invadiu Alfonso. O homem controlado, dono de sua vontade, senhor de sua vida, cedia enfim a algo tão mágico quanto inexplicável:


  — Annie... Minha doce Annie... O que vou fazer com você?


  "Por  que não me ama?",  ela pensou, antes de replicar:"


  — O  que está dizendo, Alfonso?


  — Nem eu mesmo sei — ele respondeu, acariciando-lhe os cabelos. — Isso nunca me aconteceu  antes... — E tomando-a nos braços, beijou-a com toda a intensidade que sua paixão exigia.



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  Que se danasse a prudência e  o medo de sofrer. Não havia nada que pudesse fazer senão obedecer ao desejo, ao sentimento poderoso que começara desde o  primeiro dia em que se defrontara com aquela mulher.   Anahí, escrava de um amor que a vencera, apesar de todo o esforço que fizera para sufocá-lo, corre ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 532



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  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57

    Amei o final. Web linda <3

  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57

    Amei o final. Web linda <3

  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57

    Amei o final. Web linda <3

  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:57

    Amei o final. Web linda <3

  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56

    Amei o final. Web linda <3

  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56

    Amei o final. Web linda <3

  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 18:36:56

    Amei o final. Web linda <3

  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47

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  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47

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  • alinneportilla Postado em 31/07/2012 - 00:40:47

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