Fanfics Brasil - 1 Como o Mundo Gira

Fanfic: Como o Mundo Gira


Capítulo: 1

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Ricardo chega em casa e sua e sua noiva Amanda pergunta: 


- Oi amor, conseguiu o emprego na fábrica dos Salvatore?


- Ah, ele falou para mim ir lá amanhã, para conversar melhor.


- E o que você acha que ele vai dizer? 


- Não sei, mas acho que tenho chances, sou muito competente.


- Tomara...


- O jantar já está pronto?


- Ah sim, eu fiz aquelas panquecas que você adora!


- Hum, que delícia...!


Na casa de Júlio Salvatore...


- Você demorou para chegar em casa hoje! - Diz Lea.


- Eu tive uma reunião muito importante. - Júlio Salvatore.


- Você anda tendo muitas reuniões nesses últimos dias.


- Mas Lea, alguém tem que trabalhar aqui nesta casa, dou duro para manter seu luxo.


- Eu sei muito bem o duro que você dá!


- Papai, hoje eu tirei 9 na prova de matemática. - Diz Jennifer.


- Não faz mais que sua obrigação! - Júlio Salvatore.


- Minha filha, vai para o seu quarto por favor, preciso conversar com seu pai. - Lea.


- O que foi agora mulher? - Júlio Salvatore.


- Salvatore, você tem uma amante?


- Não... claro que não. De onde você tirou uma ideia dessas? 


- Você saberá... O que significa essa marca de batom no seu paletó, posso saber?


- Essa marca de batom, essa marca... só pode ser sua, de mais ninguém! 


- Está bem, vou fingir que acredito!


- Você não tem que fingir nada, só acredite e ponto final!


Está bem, não está mais aqui quem falou.


- Vou dormir que ganho mais!


- E o seu jantar?


- Perdi a fome!


Lea começa chorar, e vai para o quarto.


- Salvatore, você está bravo comigo? - Lea.


- Me deixa dormir mulher! - Júlio Salvatore.


No quarto de Jennifer...


Jennifer está estudando para a prova de História, quando Marcos bate em sua janela.


- Jenny, abre por favor!


- Marcos, seu doido, o que está fazendo aqui?


- Eu queria te ver, precisava te ver.


- Mas meus pais, eles podem acordar. Seus pais também, eles vão acordar e vão querer saber de você.


- Eles estão dormindo, nem notarão que saí. Por favor, vem aqui fora para conversarmos melhor.


- Eu não posso, meu pai pode acordar!


- Ele não vai acordar, vem logo!


- Esta bem, já estou indo!


Jennifer desce as escadas de vagar para não acordar ninguém para falar com Marcos.


- Já estou aqui, fale o que você quer, rápido!


- Jenny...


- Marcos, se meu pai acordar, estou ferrada!


- Eu gosto tanto de você!


- Problema é seu, não tenho nada haver com isso!


- Eu sei que você também gosta de mim.


- Eu não gosto, eu não posso gostar de você, sonos inimigos.


- Jennifer, nossos pais são inimigos, nós não precisamos ser!


- Marcos, é melhor nos afastar-mos, para o nosso bem!


- Eu não consigo, eu te amo!


- Mas, você não pode!


- Eu posso sim, você também pode!


- Marcos, é melhor você ir embora!


Salvatore espia tudo pela janela.


- Eu não vou embora até você dizer que me ama!


- Tá, eu te amo, agora vai!


- Um beijo!


- Ah, agora esta pedindo demais, por favor, vai embora!


- Tá bom, mas eu volto!


- Vai!


Jennifer entra em casa e Salvatore acende a luz.


- Papai! - Jennifer.


- Eu posso saber o que a senhora estava fazendo lá fora?


- Eu, eu fui tomar um pouco de ar, está muito abafado aqui dentro, o senhor não acha?


- O que você estava fazendo lá fora com o filho do Molinari?


- Eu? Nada!


- Fala!


- Papai, eu não estava com ele, o senhor enxergou mal, foi isso!


- Por acaso está querendo insinuar que estou louco?


- Não, eu não falei isso!


Lea desce as escadas e pergunta o que esta acontecendo.


- Meu Deus, o que está acontecendo?


- É a vagabunda da sua filha! - Salvatore.


- Mamãe! - Jennifer.


- Agora você vai me pagar!


Salvatore pega o cinto que está no sofá e ameaça Jennifer.


- Não Salvatore, por favor! - Lea.


- Você também devia apanhar, por não saber educar essa menina corretamente.


- Me mate se quiser, mas não encoste um dedo se quer na nossa filha.


- Sai da minha frente!


- Não, na nossa filha você não vai bater!


- Lea, sai da minha frente ou será pior para você!


- Não saio!


- Eu avisei!


Salvatore  começa enforcar Lea com suas mãos.


- Papai, para! - Jennifer.


- Você será a próxima, sua vagabunda!


- Para com isso papai! 


Salvatore tira as mãos do pescoço de Lea e começa a dar bofetadas.


- Vai para o seu quarto Jennifer, depois a gente conversa! - Salvatore.


- O que o senhor vai fazer comigo? 


- Vai para o seu quarto e não me questione!


Salvatore larga Lea e sobe para o quarto de Jennifer.


- Pai! - Jennifer.


Salvatore começa bater em Jennifer com o cinto. Após isso, ele desce e vai falar com Lea.


- Já dei uma bela surra na sua filhinha, agora para de chorar e sobe pro quarto. Eu não vou falar duas vezes.


- Eu já vou!


Lea passa a noite chorando na cozinha.72


Amanhece!


Salvatore acorda e vê que Lea não estava dormindo ao seu lado.


- Essa mulher ainda está lá embaixo chorando, que se dane!


Salvatore desce e fala com Lea que está deitada no sofá cochilando.


- Então mulher, parou com o chororô?


- Salvatore, é você?


- Não, é a Estátua da Liberdade. Já fez meu café?


- Não, eu não consegui dormir e...


- Você é uma inútil mesmo, não serve nem para fazer uma droga de café.


- Júlio!


- Vou trabalhar, ganho mais do que ficar olhando para essa sua cara... Fui!


Jennifer observa tudo, espera seu pai sair. Desce e fala com sua mãe.


- Mãe, a senhora está machucada.


Jennifer  e Lea começam chorar.


- Não fica assim minha filha!


- Mas foi minha culpa, se eu não tivesse ido falar com o Marcos, isso não tinha contecido.


- Calma minha filha, não foi sua culpa!


- Me perdoa mamãe, me perdoa!


- Calma, calma, não foi nada. Não esta na hora da sua aula?


- Mas eu não posso deixar a senhora sozinha.


- Não minha filha, você tem que ir para a escola, a mamãe vai ficar bem.


- Você jura?


- Sim filha, agora vai se arrumar, se não você irá se atrasar.


- Está bem mamãe!


Na casa de Amanda e Ricardo...


Ricardo está se arrumando para ir a entrevista com Salvatore.


- Como estou? - Ricardo para Amanda.


- Está lindo, como sempre!


- Será que estou bem assim?


- Claro, você está perfeito.


- Você que é linda.


- Tá bom, mas agora vai para não se atrasar!


- Te amo!


- Eu também te amo muito!


Ricardo e Amanda beijam-se!


Tá legal, agora você precisa ir!


- Estou muito nervoso, será que ele vai me aceitar?


- Tenho certeza que sim.


- Reza por mim!


- Tá bom meu amor.


- Te amo...


No escritório de Salvatore...


- Dr. Salvatore, um empresário da China ligou pra você dizendo... - Félix.


- Esta bem, depois você me fala. - Salvatore.


- Dr., o empresário Lúcio Hermes telefonou pedindo com urgência... - Ana Luíza.


- Está bem, depois você me fala.


- Está bem senhor!


- Arlete, você pode passar um pouco aqui na minha sala? - Salvatore.


- Sim senhor! O que o senhor deseja?


- Eu desejo você!


- Como foi que disse?


- Ah, eu queria fazer um convite.


- Um convite, que convite?


- Jante comigo esta noite!


- Outra vez? 


- Sim, outra vez, precisamos terminar nossa conversa.


- É que hoje...


- O que tem hoje?


- Nada, eu posso sim!


- Perfeito, depois do expediente, iremos ao restaurante El sabor.


- Tudo bem!


Ricardo chega na empresa de Salvatore.


- Olá, tenho hora marcada com Dr. Salvatore... - Ricardo.


- Ah sim, Ricardo Silvestre? - Arlete.


 - Eu mesmo!


- Só um pouquinho. Dr. Salvatore, o senhor Ricardo Silvestre Macchado está aqui. Está bem. Aguarde um pouquinho, ele já irá atendê-lo!


- Esta bem!


- Na casa de Amanda...


No espelho, Amanda penteia-se e começa pensar.


- Meu marido vai trabalhar na empresa dos Salvatore. Muito bom. Com isso será tudo mais fácil. Ele vai me pagar por tudo o que me fez.


Jennifer está indo para escola com suas amigas Ane e Bete e Marcos vai até elas para falar com Jennifer.


- Jennifer! - Marcos.


- Fica longe de mim! - Jennifer.


- A gente precisa conversar! 


- Não tenho nada para conversar com você!


- Deixa a minha amiga em paz! - Bete.


- Não se meta Bete, você não tem nada haver com isso. - Marcos


- Os assuntos da minha amiga Jennifer são meus assuntos também.


- Jennifer sobre ontem... - Marcos.


- Marcos por favor! - Jennifer.


- O que aconteceu ontem? - Ane.


- Não aconteceu nada, não sei do que este garoto fala. - Jennifer.


- Jenny, por favor! - Marcos.


- Chega, a gente precisa ir para a escola, e acho que você também precisa, não? - Jennifer.


- Eu disse pro meu pai que estava doente, ele me deixou ficar em casa. - Marcos.


- Meninas, vamos! - Jennifer.


- Jenny, Jennifer. Droga! - Marcos.


- O que aconteceu ontem? - Pergunta Bete para Jennifer.


- Eu não quero falar sobre isso.


- Hum, vocês estão namorando é? - Ane.


- É claro que não, meu pai me mataria!


- Ah, esqueci de como seu pai é. - Ane.


- Para de falar sobre o meu pai, não gosto de falar sobre ele.


- Tem certeza que não quer falar sobre isso conosco? - Bete.


- Já disse que não. Ai, agora vamos! - Jennifer.


Marcos chega e sua mãe Bella pergunta:


- Onde você estava mocinho?


- Eu fui ali fora, estava com muito calor.


- Você esta doente, não pode ficar passeando lá fora, por isso não foi a escola!


- Por acaso, o senhor não foi ver a filha dos Salvatore? - Alvarez


- Não, claro que não, como pode dizer uma coisa dessas?


- Meu filho, nunca se aproxime da filha dos Salvatore. Eles não prestam!


- Esta bem pai, eu nunca vou me aproximar deles, nunca!


- Júlio Salvatore, aquele desgraçado arruinou minha vida!


- Por que vocês se odeiam tanto?


- É uma longa história meu filho, uma longa história!


Amanda vai até a casa de sua mãe Laura. Bate na porta.


- Já vai... Quem é? - Laura


- Eu mãe! - Amanda.


- Espera um pouco. Oi filha, entra. Tudo bem?


- Sim, quase tudo!


- Por que quase?


- Ah, não aguento mais essa vida de medilcridade ao lado do Ricardo.


- Minha filha, você não pode abandonar ele agora.


- Eu sei, eu não vou fazer isso, mas que me dá uma vontade de dar um belo pé-na-bunda dele, isso me dá!


- Você tem que ficar com ele, pelo menos por enquanto.


- Ai, eu não sei de vou aguentar por muito tempo não.


- Mas agora me fala, o Ricardo conseguiu o emprego na empresa dos Salvatore.


- Ainda não, mas ele foi lá hoje falar com Júlio Salvatore. Júlio Salvatore...!


- Ele tem que conseguir esse emprego, com isso será tudo mais fácil.


- Eu sei, mas ele é muito burro, dificilmente vai conseguir um emprego com o Salvatore.


- Temos que torcer pra que isso não aconteça, esse emprego tem que ser do Ricardo.


- Eu já perdi as esperanças, o Ricardo não passa de um idiota.


Na casa de Lea...


Salete vai até a casa de Lea fazer uma visita. Toca a campainha.


- Quem é? - Lea.


- Sou eu, Salete!


- Ai amiga, que bom que você esta aqui!


- Meu Deus, eu não acredito.


- Foi horrível!


- Calma, conta tudo o que aconteceu!


- Bom, ontem a Jennifer...


Na casa de Laura...


- Mamãe, preciso ir, daqui a pouco o Ricardo chega e eu tenho que estar lá, linda e poderosa pra ele. Ai que ódio! - Amanda.


- Minha filha, tente aguentá-lo, pelo menos por enquanto. - Laura.


- Eu vou tentar mamãe, vou tentar.


- Promete pra mim?


- Ah, eu não prometo nada, eu não sou tão forte, a ponto de aturar o chato do Ricardo pelo resto da minha vida.


- Filha, é pelo seu bem, você precisa ficar com ele.


- Esta bem mamãe, eu vou fazer de tudo para conseguir aguentá-lo. Agora como eu disse, preciso ir.


- Esta bem, tchau minha filha.


- Tchau mãe, a gente se vê!


Na empresa dos Salvatore...


- O senhor tem alguma experiência em marketing? - Salvatore para Ricardo.


- Não muita, mas eu já fiz um pequeno curso, eu tenho um pouco de experiência.


- Você me parece um pouco, um pouco...


- Um pouco desastrado?


- É, um pouco desastrado.


- Olha, se o senhor me der um voto de confiança, eu juro que posso...


- Infelizmente isso não vai contecer, o senhor não tem experiência,  e...


- Mas eu sou muito competente, e ...


- O senhor não tem um visual, digamos, agradável.


- As aparências enganam senhor Salvatore.


- Me procure na semana que vem. Hoje estou um pouco ocupado.


- Semana que vem, mas...


- Algum problema, estará ocupado na semana que vem?


- Não, não estarei ocupado, posso vim sim!


- Excelente, venha se próxima segunda e assim conversaremos melhor.


- Esta bem, mas...


- Até semana que vem Senhor Ricardo, isso?


- Sim, mas...


- Até mais ver!


Salvatore fecha a porta e diz:


- Coitado, acha que tem capacidade, destrambelhado desse jeito. Nunca iria longe.



Ricardo chega em casa e Amanda pergunta: 128


- Então amor, conseguiu o emprego na empresa dos Salvatore?


- Ah, ele falou para mim ir lá semana que vem.


- E o que você acha que ele dirá?


- Eu não sei...


- Ricardo, o que ele falou hoje quando você foi lá?


- Nada, ele não falou nada...


- Ele falou alguma coisa que te deixou triste, me fala o que foi!


- Ele não falou nada, não se preocupe.


- Ricardo!


- Esta bem, ele falou que eu sou um destrambelhado e que não tenho capacidade, foi isso.


- Ah, não fica assim, e se não conseguir esse emprego, você arruma outro!


- Mas eu queria tanto esse emprego.


- Não fica assim.


- Ainda bem que eu tenho você né meu amor?


- É, ainda bem!


O expediente na empresa dos Salvatore acaba.


- Arlete! - Salvatore.


- Deseja algo senhor Salvatore? - Arlete.


- Esta esquecida?


- De que... Ah, pensei que o senhor tinha esquecido.


- Nunca. Eu estou  muito ancioso para o nosso café.


- Eu também, estou muito anciosa para o nosso café senhor.


- Hoje me chame apenas de Salvatore, apenas de Salvatore.


- Mas eu sou apenas sua secretária, eu devo chamá-lo...


- Esqueça as formalidades, hoje você é uma amiga.


- Esta bem senhor, digo, Salvatore.


 Na casa de Salete...


- Hoje fui ver a Lea. - Salete para seu marido Ernesto.


- E o que tem demais? - Ernesto.


- Ela estava muito machucada, Salvatore bateu nela.


- Salete, me escute bem. Você não tem nada haver com isso, não se meta!


- Mas a Lea é minha amiga.


- Você sabe como é o Salvatore. Eu sou seu sócio, portanto, não se meta nos seus assuntos, isso pode me prejudicar.


- Mas e a Lea?


- Esquece a Lea, será melhor para você!


Na confeitaria de Cleo...


- O que desejam? - Pergunta Cleo para Salvatore e Arlete.


- Ah, eu desejo apenas uma água.


- E o senhor? - Arlete.


- Para mim o mesmo. - Salvatore.


- Estou muito feliz aqui com você, sabia? - Salvatore.


- Mas e sua esposa? - Arlete.


- Arlete, não vamos falar sobre isso hoje, por favor, hoje eu quero apenas me divertir. - Salvatore.


- Então, eu sirvo apenas para sua diversão? - Arlete.


- Não, não foi isso que eu quiz dizer, eu quiz dizer... - Salvatore.


- Esta bem, eu entendi, mas como eu vinha dizendo, e sua esposa, ela deve estar sozinha agora. 


- Sabe de uma coisa, eu estou pensando em me divorciar de minha esposa.


- Se divorciar, mas por que?


- Desculpe, mas é um assunto muito delicado.


- Fale comigo, talvez eu possa lhe ajudar.


- Não, você não pode me ajudar. Aliás, você pode sim, pare de falar sobre isso, vamos falar um pouco sobre nós.


- Mas isso não esta certo, o senhor é um homem casado.


- Mas eu já disse, irei me divorciar, e pretendo me casar com você.


- Eu não tenho nada haver com isso.


- Arlete, eu te amo, e sei que você me ama também.


- Sim, eu o-amo, mas não posso!


- Arlete, você quer se casar comigo?


- Senhor Salvatore...


- Salvatore!


- Senhor Salvatore, o senhor é um homem casado!


- Arlete, eu já disse, vou me divorciar de minha esposa.


- O senhor jura?


- Sim, eu juro!


- Eu aceito!


Arlete e Salvatore beijam-se!


E na casa de Amanda e Ricardo...


O telefone toca. É Lídia, mãe de Ricardo.


- Alô. - Atende Amanda.


- Quem é? - Pergunta Ricardo.


- É sua mãe, fala aqui!


- Alô, mãe, aconteceu alguma coisa? Está bem, já estou indo!


- O que aconteceu? - Amanda.


- Meu pai, ele está muito mal, preciso vê-lo.


- Vai sim, ele precisa de você.


- Você fica bem?


- Claro.


- Esta bem. Será que é muito grave?


- Não sei, vai logo!


- Tá!


Ricardo vai até a casa de seus pais e Amanda pensa:


- Velho desgraçado, tomara que morra!


Na casa de Lea e Salvatore...


- Ah, você chegou! - Lea para Salvatore.


- O jantar esta pronto?


- Sim. Teve outra reunião hoje?


- Sim, eu tive. Hoje foi um dia muito difícil, tivemos todos que ficar até mais tarde.


- Tudo bem.


- Lea, eu preciso conversar com você.


- Sobre o que?


- Eu quero me divorciar de você.


- O que?


- É isso mesmo que você ouviu.


- Não, você não pode estar falando sério.


- Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida.


- Salvatore, eu te aguentei esse tempo todo por causa da nossa filha, agora você diz que quer se divorciar. Não você só pode estar brincando.


- Olha, você não fez mais que sua obrigação. É minha esposa, deve me aguentar.


- Você me bate. Olha o estado em que me deixou ontem.


- Você fez por merecer.


- Você queria bater na nossa filha.


- Falando nisso, onde esta a vagabunda da sua filha?


- Esta no quarto estudando. É só o que ela faz.


- Espero que seja verdade. Espero que ela não esteja com o filho do Molinari.


- Para de infernizar a vida da nossa filha, ela não merece um pai como você.


- Não se preocupe, logo eu não estarei mais entre vocês.


- Eu não consigo acreditar. Eu tive que sofrer todos esses anos nas suas mãos, agora você quer, você quer largar tudo.


- Eu vou pro meu quarto.


- Não vai jantar de novo?


- Perdi a fome.


Salvatore sobe para seu quarto e Lea diz:


- Sei, perdeu a fome. Perdeu a fome coisa nenhuma. Ele já jantou com uma outra vagabunda qualquer.


Na casa de Arlete.


Arlete esta no seu quarto, olhando-se no espelho e fica se perguntando:


- Será que ele estava falando a verdade, será que ele vai se casar comigo?


E começa a lembrar-se do encontro com Salvatore na confeitaria.


- Sim, ele vai se casar comigo. - Diz Arlete que resolve fazer um telefonema.


- Alô, é da casa dos Salvatore? Aqui é a senhorita Arlete, eu sou secretária do senhor Júlio Salvatore, eu preciso muito falar com ele. Está bem. Ele esta dormindo. - Diz Arlete após ligar para a casa dos Salvatore.


E na casa de Lídia e Antônio...


- Mãe, como esta meu pai? - Ricardo para Lídia.


- Mal, muito mal! - Lidia


- Pai!


- Filho, eu estou morrendo!


- Pai!


- Eu preciso contar uma coisa para você.


- Pai, você não pode se esforçar...


- Filho, eu preciso!


- Mão, você não chamou o médico ainda.


- Não, eu não quiz deixá-lo sozinho.


- Mãe, corre e vai chamar um médico, por favor!


- Mas onde, eu não sei o que fazer, e...


- Fica aqui com ele, eu vou procurar um médico.


- Esta bem!


- Filho, espere, eu preciso falar com você.


- Eu volto logo!


- Filho, é importante...!


- Vai meu filho, vai!


Na casa dos Salvatore...


É de madrugada, e Salvatore esta dormindo. Lea esta acordada ao lado pensando no telefonema que recebeu.


- Você ainda não dormiu? - Salvatore.


- Não, estou pensando em uma coisa aqui.


- Pois então pare de pensar e vá dormir.


- Quem é Arlete?


- Arlete Arlete, é minha secretária.


- Hum, sabia que ela ligou agora a pouco?


Salvatore acorda e pergunta:


- A Arlete ligou pra cá?


- Sim, ela ligou querendo saber de você. O que será que ela queria?


- O que ela queria, eu não sei o que ela queria. Provavelmente é alguma coisa da  empresa, o que mais poderia ser?


- Boa noite, agora sim, vou dormir!


Amanda esta aflita, não aguenta ficar em casa, então vai até a casa de sua amiga Helena.


- Já estou indo, espera! - Helena.


- Ai, me abraça amiga!


- O que aconteceu minha amiga?


- Eu não aguento mais minha vida ao lado do Ricardo!


- Ah minha amiga, se acalma, quer uma água?


- Não, eu não quero nada, apenas conversar!


- Fala, desabafa comigo!


- Eu não consigo mais ficar perto do idiota do Ricardo, eu não consigo!


- Mas o que aconteceu?


- Não aconteceu nada, mas, o Ricardo, me dá nojo, entende?


- Amanda, você sabe que tem que ficar com o Ricardo né? Pelo menos por enquanto!


- Sim, e eu estou me segurando para não abandonar tudo de vez. Precisa ser muito forte para aturar o estrupício do Ricardo.


- E você é muito forte. Eu no seu lugar já tinha abandonado tudo.


- Vontade é que não me falta.


- Mas olha pelo lado bom, ele até que é bonito. Claro, é desajeitado, aqueles óculos Fundo de garrafa, mas ele é bonito.


- Não vejo nenhuma beleza neste traste, nenhuma.


- E se você tentasse arrumá-lo, sei lá, fazer uma transformação nele?


- Ah Helena, ele é um caso perdido. Nem vou tentar me esforçar, seria inútil!


- Tá, mas você deixou ele sozinho em casa agora?


- Não, ele foi na casa do pai dele, que esta morrendo, com a Graça de Deus.


- Ai, que horror, mas o que o velho tem?


- Velhice, é isso que ele tem. Se Deus quiser, ele vai morrer. Menos um para mim aturar!


- Você acha?


- Não sei, vaso ruim não quebra, mas eu não estou mais aguentando, é muita pressão para uma pessoa só. Eu sou de carne e osso, sabe?


- E a velha, a mãe do Ricardo?


- Nem me fale dessa velha maldita, a falsa santa. Ela vai ter o que merece!


Na casa de Lídia...


Mamãe, eu já trouxe o médico. - Ricardo.


- Tarde demais meu filho. 


- Pai! - Ricardo.


- Deixa eu ver o que aconteceu. - Dr. Francisco.


- Então doutor, como está meu pai? - Ricardo.


- Lamento. Seu pai esta morto.


- Morto. Meu pai esta morto? 


Ricardo e Lídia começam chorar.


Amanda e Helena estão tomando um café, e Amanda diz:


- É melhor eu ir pra casa, daqui a pouco o traste do Ricardo chega em casa e eu tenho que estar lá toda solidária e dar o máximo de apoio possível pela perda da morte do pai dele.


- Nossa, mas você esta mesmo certa de que o velho vai bater as botas.


- Não sei, tudo na minha droga de vida dá errado. Vamos ver o que vai acontecer. Bom, vou indo minha amiga. Muito obrigado pelo apoio.


Amanda chega em casa.


- Então meu amor, como esta seu pai?


- Meu pai morreu!


- Ai meu amor, sinto muito!


Amanda pensa: 


- Sinto muito sim, muita alegria. Velho desgraçado, teve o que merecia.



 


 



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Autor(a): Gabriel

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