Fanfic: Como o Mundo Gira
Ricardo chega em casa e sua e sua noiva Amanda pergunta:
- Oi amor, conseguiu o emprego na fábrica dos Salvatore?
- Ah, ele falou para mim ir lá amanhã, para conversar melhor.
- E o que você acha que ele vai dizer?
- Não sei, mas acho que tenho chances, sou muito competente.
- Tomara...
- O jantar já está pronto?
- Ah sim, eu fiz aquelas panquecas que você adora!
- Hum, que delícia...!
Na casa de Júlio Salvatore...
- Você demorou para chegar em casa hoje! - Diz Lea.
- Eu tive uma reunião muito importante. - Júlio Salvatore.
- Você anda tendo muitas reuniões nesses últimos dias.
- Mas Lea, alguém tem que trabalhar aqui nesta casa, dou duro para manter seu luxo.
- Eu sei muito bem o duro que você dá!
- Papai, hoje eu tirei 9 na prova de matemática. - Diz Jennifer.
- Não faz mais que sua obrigação! - Júlio Salvatore.
- Minha filha, vai para o seu quarto por favor, preciso conversar com seu pai. - Lea.
- O que foi agora mulher? - Júlio Salvatore.
- Salvatore, você tem uma amante?
- Não... claro que não. De onde você tirou uma ideia dessas?
- Você saberá... O que significa essa marca de batom no seu paletó, posso saber?
- Essa marca de batom, essa marca... só pode ser sua, de mais ninguém!
- Está bem, vou fingir que acredito!
- Você não tem que fingir nada, só acredite e ponto final!
Está bem, não está mais aqui quem falou.
- Vou dormir que ganho mais!
- E o seu jantar?
- Perdi a fome!
Lea começa chorar, e vai para o quarto.
- Salvatore, você está bravo comigo? - Lea.
- Me deixa dormir mulher! - Júlio Salvatore.
No quarto de Jennifer...
Jennifer está estudando para a prova de História, quando Marcos bate em sua janela.
- Jenny, abre por favor!
- Marcos, seu doido, o que está fazendo aqui?
- Eu queria te ver, precisava te ver.
- Mas meus pais, eles podem acordar. Seus pais também, eles vão acordar e vão querer saber de você.
- Eles estão dormindo, nem notarão que saí. Por favor, vem aqui fora para conversarmos melhor.
- Eu não posso, meu pai pode acordar!
- Ele não vai acordar, vem logo!
- Esta bem, já estou indo!
Jennifer desce as escadas de vagar para não acordar ninguém para falar com Marcos.
- Já estou aqui, fale o que você quer, rápido!
- Jenny...
- Marcos, se meu pai acordar, estou ferrada!
- Eu gosto tanto de você!
- Problema é seu, não tenho nada haver com isso!
- Eu sei que você também gosta de mim.
- Eu não gosto, eu não posso gostar de você, sonos inimigos.
- Jennifer, nossos pais são inimigos, nós não precisamos ser!
- Marcos, é melhor nos afastar-mos, para o nosso bem!
- Eu não consigo, eu te amo!
- Mas, você não pode!
- Eu posso sim, você também pode!
- Marcos, é melhor você ir embora!
Salvatore espia tudo pela janela.
- Eu não vou embora até você dizer que me ama!
- Tá, eu te amo, agora vai!
- Um beijo!
- Ah, agora esta pedindo demais, por favor, vai embora!
- Tá bom, mas eu volto!
- Vai!
Jennifer entra em casa e Salvatore acende a luz.
- Papai! - Jennifer.
- Eu posso saber o que a senhora estava fazendo lá fora?
- Eu, eu fui tomar um pouco de ar, está muito abafado aqui dentro, o senhor não acha?
- O que você estava fazendo lá fora com o filho do Molinari?
- Eu? Nada!
- Fala!
- Papai, eu não estava com ele, o senhor enxergou mal, foi isso!
- Por acaso está querendo insinuar que estou louco?
- Não, eu não falei isso!
Lea desce as escadas e pergunta o que esta acontecendo.
- Meu Deus, o que está acontecendo?
- É a vagabunda da sua filha! - Salvatore.
- Mamãe! - Jennifer.
- Agora você vai me pagar!
Salvatore pega o cinto que está no sofá e ameaça Jennifer.
- Não Salvatore, por favor! - Lea.
- Você também devia apanhar, por não saber educar essa menina corretamente.
- Me mate se quiser, mas não encoste um dedo se quer na nossa filha.
- Sai da minha frente!
- Não, na nossa filha você não vai bater!
- Lea, sai da minha frente ou será pior para você!
- Não saio!
- Eu avisei!
Salvatore começa enforcar Lea com suas mãos.
- Papai, para! - Jennifer.
- Você será a próxima, sua vagabunda!
- Para com isso papai!
Salvatore tira as mãos do pescoço de Lea e começa a dar bofetadas.
- Vai para o seu quarto Jennifer, depois a gente conversa! - Salvatore.
- O que o senhor vai fazer comigo?
- Vai para o seu quarto e não me questione!
Salvatore larga Lea e sobe para o quarto de Jennifer.
- Pai! - Jennifer.
Salvatore começa bater em Jennifer com o cinto. Após isso, ele desce e vai falar com Lea.
- Já dei uma bela surra na sua filhinha, agora para de chorar e sobe pro quarto. Eu não vou falar duas vezes.
- Eu já vou!
Lea passa a noite chorando na cozinha.72
Amanhece!
Salvatore acorda e vê que Lea não estava dormindo ao seu lado.
- Essa mulher ainda está lá embaixo chorando, que se dane!
Salvatore desce e fala com Lea que está deitada no sofá cochilando.
- Então mulher, parou com o chororô?
- Salvatore, é você?
- Não, é a Estátua da Liberdade. Já fez meu café?
- Não, eu não consegui dormir e...
- Você é uma inútil mesmo, não serve nem para fazer uma droga de café.
- Júlio!
- Vou trabalhar, ganho mais do que ficar olhando para essa sua cara... Fui!
Jennifer observa tudo, espera seu pai sair. Desce e fala com sua mãe.
- Mãe, a senhora está machucada.
Jennifer e Lea começam chorar.
- Não fica assim minha filha!
- Mas foi minha culpa, se eu não tivesse ido falar com o Marcos, isso não tinha contecido.
- Calma minha filha, não foi sua culpa!
- Me perdoa mamãe, me perdoa!
- Calma, calma, não foi nada. Não esta na hora da sua aula?
- Mas eu não posso deixar a senhora sozinha.
- Não minha filha, você tem que ir para a escola, a mamãe vai ficar bem.
- Você jura?
- Sim filha, agora vai se arrumar, se não você irá se atrasar.
- Está bem mamãe!
Na casa de Amanda e Ricardo...
Ricardo está se arrumando para ir a entrevista com Salvatore.
- Como estou? - Ricardo para Amanda.
- Está lindo, como sempre!
- Será que estou bem assim?
- Claro, você está perfeito.
- Você que é linda.
- Tá bom, mas agora vai para não se atrasar!
- Te amo!
- Eu também te amo muito!
Ricardo e Amanda beijam-se!
Tá legal, agora você precisa ir!
- Estou muito nervoso, será que ele vai me aceitar?
- Tenho certeza que sim.
- Reza por mim!
- Tá bom meu amor.
- Te amo...
No escritório de Salvatore...
- Dr. Salvatore, um empresário da China ligou pra você dizendo... - Félix.
- Esta bem, depois você me fala. - Salvatore.
- Dr., o empresário Lúcio Hermes telefonou pedindo com urgência... - Ana Luíza.
- Está bem, depois você me fala.
- Está bem senhor!
- Arlete, você pode passar um pouco aqui na minha sala? - Salvatore.
- Sim senhor! O que o senhor deseja?
- Eu desejo você!
- Como foi que disse?
- Ah, eu queria fazer um convite.
- Um convite, que convite?
- Jante comigo esta noite!
- Outra vez?
- Sim, outra vez, precisamos terminar nossa conversa.
- É que hoje...
- O que tem hoje?
- Nada, eu posso sim!
- Perfeito, depois do expediente, iremos ao restaurante El sabor.
- Tudo bem!
Ricardo chega na empresa de Salvatore.
- Olá, tenho hora marcada com Dr. Salvatore... - Ricardo.
- Ah sim, Ricardo Silvestre? - Arlete.
- Eu mesmo!
- Só um pouquinho. Dr. Salvatore, o senhor Ricardo Silvestre Macchado está aqui. Está bem. Aguarde um pouquinho, ele já irá atendê-lo!
- Esta bem!
- Na casa de Amanda...
No espelho, Amanda penteia-se e começa pensar.
- Meu marido vai trabalhar na empresa dos Salvatore. Muito bom. Com isso será tudo mais fácil. Ele vai me pagar por tudo o que me fez.
Jennifer está indo para escola com suas amigas Ane e Bete e Marcos vai até elas para falar com Jennifer.
- Jennifer! - Marcos.
- Fica longe de mim! - Jennifer.
- A gente precisa conversar!
- Não tenho nada para conversar com você!
- Deixa a minha amiga em paz! - Bete.
- Não se meta Bete, você não tem nada haver com isso. - Marcos
- Os assuntos da minha amiga Jennifer são meus assuntos também.
- Jennifer sobre ontem... - Marcos.
- Marcos por favor! - Jennifer.
- O que aconteceu ontem? - Ane.
- Não aconteceu nada, não sei do que este garoto fala. - Jennifer.
- Jenny, por favor! - Marcos.
- Chega, a gente precisa ir para a escola, e acho que você também precisa, não? - Jennifer.
- Eu disse pro meu pai que estava doente, ele me deixou ficar em casa. - Marcos.
- Meninas, vamos! - Jennifer.
- Jenny, Jennifer. Droga! - Marcos.
- O que aconteceu ontem? - Pergunta Bete para Jennifer.
- Eu não quero falar sobre isso.
- Hum, vocês estão namorando é? - Ane.
- É claro que não, meu pai me mataria!
- Ah, esqueci de como seu pai é. - Ane.
- Para de falar sobre o meu pai, não gosto de falar sobre ele.
- Tem certeza que não quer falar sobre isso conosco? - Bete.
- Já disse que não. Ai, agora vamos! - Jennifer.
Marcos chega e sua mãe Bella pergunta:
- Onde você estava mocinho?
- Eu fui ali fora, estava com muito calor.
- Você esta doente, não pode ficar passeando lá fora, por isso não foi a escola!
- Por acaso, o senhor não foi ver a filha dos Salvatore? - Alvarez
- Não, claro que não, como pode dizer uma coisa dessas?
- Meu filho, nunca se aproxime da filha dos Salvatore. Eles não prestam!
- Esta bem pai, eu nunca vou me aproximar deles, nunca!
- Júlio Salvatore, aquele desgraçado arruinou minha vida!
- Por que vocês se odeiam tanto?
- É uma longa história meu filho, uma longa história!
Amanda vai até a casa de sua mãe Laura. Bate na porta.
- Já vai... Quem é? - Laura
- Eu mãe! - Amanda.
- Espera um pouco. Oi filha, entra. Tudo bem?
- Sim, quase tudo!
- Por que quase?
- Ah, não aguento mais essa vida de medilcridade ao lado do Ricardo.
- Minha filha, você não pode abandonar ele agora.
- Eu sei, eu não vou fazer isso, mas que me dá uma vontade de dar um belo pé-na-bunda dele, isso me dá!
- Você tem que ficar com ele, pelo menos por enquanto.
- Ai, eu não sei de vou aguentar por muito tempo não.
- Mas agora me fala, o Ricardo conseguiu o emprego na empresa dos Salvatore.
- Ainda não, mas ele foi lá hoje falar com Júlio Salvatore. Júlio Salvatore...!
- Ele tem que conseguir esse emprego, com isso será tudo mais fácil.
- Eu sei, mas ele é muito burro, dificilmente vai conseguir um emprego com o Salvatore.
- Temos que torcer pra que isso não aconteça, esse emprego tem que ser do Ricardo.
- Eu já perdi as esperanças, o Ricardo não passa de um idiota.
Na casa de Lea...
Salete vai até a casa de Lea fazer uma visita. Toca a campainha.
- Quem é? - Lea.
- Sou eu, Salete!
- Ai amiga, que bom que você esta aqui!
- Meu Deus, eu não acredito.
- Foi horrível!
- Calma, conta tudo o que aconteceu!
- Bom, ontem a Jennifer...
Na casa de Laura...
- Mamãe, preciso ir, daqui a pouco o Ricardo chega e eu tenho que estar lá, linda e poderosa pra ele. Ai que ódio! - Amanda.
- Minha filha, tente aguentá-lo, pelo menos por enquanto. - Laura.
- Eu vou tentar mamãe, vou tentar.
- Promete pra mim?
- Ah, eu não prometo nada, eu não sou tão forte, a ponto de aturar o chato do Ricardo pelo resto da minha vida.
- Filha, é pelo seu bem, você precisa ficar com ele.
- Esta bem mamãe, eu vou fazer de tudo para conseguir aguentá-lo. Agora como eu disse, preciso ir.
- Esta bem, tchau minha filha.
- Tchau mãe, a gente se vê!
Na empresa dos Salvatore...
- O senhor tem alguma experiência em marketing? - Salvatore para Ricardo.
- Não muita, mas eu já fiz um pequeno curso, eu tenho um pouco de experiência.
- Você me parece um pouco, um pouco...
- Um pouco desastrado?
- É, um pouco desastrado.
- Olha, se o senhor me der um voto de confiança, eu juro que posso...
- Infelizmente isso não vai contecer, o senhor não tem experiência, e...
- Mas eu sou muito competente, e ...
- O senhor não tem um visual, digamos, agradável.
- As aparências enganam senhor Salvatore.
- Me procure na semana que vem. Hoje estou um pouco ocupado.
- Semana que vem, mas...
- Algum problema, estará ocupado na semana que vem?
- Não, não estarei ocupado, posso vim sim!
- Excelente, venha se próxima segunda e assim conversaremos melhor.
- Esta bem, mas...
- Até semana que vem Senhor Ricardo, isso?
- Sim, mas...
- Até mais ver!
Salvatore fecha a porta e diz:
- Coitado, acha que tem capacidade, destrambelhado desse jeito. Nunca iria longe.
Ricardo chega em casa e Amanda pergunta: 128
- Então amor, conseguiu o emprego na empresa dos Salvatore?
- Ah, ele falou para mim ir lá semana que vem.
- E o que você acha que ele dirá?
- Eu não sei...
- Ricardo, o que ele falou hoje quando você foi lá?
- Nada, ele não falou nada...
- Ele falou alguma coisa que te deixou triste, me fala o que foi!
- Ele não falou nada, não se preocupe.
- Ricardo!
- Esta bem, ele falou que eu sou um destrambelhado e que não tenho capacidade, foi isso.
- Ah, não fica assim, e se não conseguir esse emprego, você arruma outro!
- Mas eu queria tanto esse emprego.
- Não fica assim.
- Ainda bem que eu tenho você né meu amor?
- É, ainda bem!
O expediente na empresa dos Salvatore acaba.
- Arlete! - Salvatore.
- Deseja algo senhor Salvatore? - Arlete.
- Esta esquecida?
- De que... Ah, pensei que o senhor tinha esquecido.
- Nunca. Eu estou muito ancioso para o nosso café.
- Eu também, estou muito anciosa para o nosso café senhor.
- Hoje me chame apenas de Salvatore, apenas de Salvatore.
- Mas eu sou apenas sua secretária, eu devo chamá-lo...
- Esqueça as formalidades, hoje você é uma amiga.
- Esta bem senhor, digo, Salvatore.
Na casa de Salete...
- Hoje fui ver a Lea. - Salete para seu marido Ernesto.
- E o que tem demais? - Ernesto.
- Ela estava muito machucada, Salvatore bateu nela.
- Salete, me escute bem. Você não tem nada haver com isso, não se meta!
- Mas a Lea é minha amiga.
- Você sabe como é o Salvatore. Eu sou seu sócio, portanto, não se meta nos seus assuntos, isso pode me prejudicar.
- Mas e a Lea?
- Esquece a Lea, será melhor para você!
Na confeitaria de Cleo...
- O que desejam? - Pergunta Cleo para Salvatore e Arlete.
- Ah, eu desejo apenas uma água.
- E o senhor? - Arlete.
- Para mim o mesmo. - Salvatore.
- Estou muito feliz aqui com você, sabia? - Salvatore.
- Mas e sua esposa? - Arlete.
- Arlete, não vamos falar sobre isso hoje, por favor, hoje eu quero apenas me divertir. - Salvatore.
- Então, eu sirvo apenas para sua diversão? - Arlete.
- Não, não foi isso que eu quiz dizer, eu quiz dizer... - Salvatore.
- Esta bem, eu entendi, mas como eu vinha dizendo, e sua esposa, ela deve estar sozinha agora.
- Sabe de uma coisa, eu estou pensando em me divorciar de minha esposa.
- Se divorciar, mas por que?
- Desculpe, mas é um assunto muito delicado.
- Fale comigo, talvez eu possa lhe ajudar.
- Não, você não pode me ajudar. Aliás, você pode sim, pare de falar sobre isso, vamos falar um pouco sobre nós.
- Mas isso não esta certo, o senhor é um homem casado.
- Mas eu já disse, irei me divorciar, e pretendo me casar com você.
- Eu não tenho nada haver com isso.
- Arlete, eu te amo, e sei que você me ama também.
- Sim, eu o-amo, mas não posso!
- Arlete, você quer se casar comigo?
- Senhor Salvatore...
- Salvatore!
- Senhor Salvatore, o senhor é um homem casado!
- Arlete, eu já disse, vou me divorciar de minha esposa.
- O senhor jura?
- Sim, eu juro!
- Eu aceito!
Arlete e Salvatore beijam-se!
E na casa de Amanda e Ricardo...
O telefone toca. É Lídia, mãe de Ricardo.
- Alô. - Atende Amanda.
- Quem é? - Pergunta Ricardo.
- É sua mãe, fala aqui!
- Alô, mãe, aconteceu alguma coisa? Está bem, já estou indo!
- O que aconteceu? - Amanda.
- Meu pai, ele está muito mal, preciso vê-lo.
- Vai sim, ele precisa de você.
- Você fica bem?
- Claro.
- Esta bem. Será que é muito grave?
- Não sei, vai logo!
- Tá!
Ricardo vai até a casa de seus pais e Amanda pensa:
- Velho desgraçado, tomara que morra!
Na casa de Lea e Salvatore...
- Ah, você chegou! - Lea para Salvatore.
- O jantar esta pronto?
- Sim. Teve outra reunião hoje?
- Sim, eu tive. Hoje foi um dia muito difícil, tivemos todos que ficar até mais tarde.
- Tudo bem.
- Lea, eu preciso conversar com você.
- Sobre o que?
- Eu quero me divorciar de você.
- O que?
- É isso mesmo que você ouviu.
- Não, você não pode estar falando sério.
- Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida.
- Salvatore, eu te aguentei esse tempo todo por causa da nossa filha, agora você diz que quer se divorciar. Não você só pode estar brincando.
- Olha, você não fez mais que sua obrigação. É minha esposa, deve me aguentar.
- Você me bate. Olha o estado em que me deixou ontem.
- Você fez por merecer.
- Você queria bater na nossa filha.
- Falando nisso, onde esta a vagabunda da sua filha?
- Esta no quarto estudando. É só o que ela faz.
- Espero que seja verdade. Espero que ela não esteja com o filho do Molinari.
- Para de infernizar a vida da nossa filha, ela não merece um pai como você.
- Não se preocupe, logo eu não estarei mais entre vocês.
- Eu não consigo acreditar. Eu tive que sofrer todos esses anos nas suas mãos, agora você quer, você quer largar tudo.
- Eu vou pro meu quarto.
- Não vai jantar de novo?
- Perdi a fome.
Salvatore sobe para seu quarto e Lea diz:
- Sei, perdeu a fome. Perdeu a fome coisa nenhuma. Ele já jantou com uma outra vagabunda qualquer.
Na casa de Arlete.
Arlete esta no seu quarto, olhando-se no espelho e fica se perguntando:
- Será que ele estava falando a verdade, será que ele vai se casar comigo?
E começa a lembrar-se do encontro com Salvatore na confeitaria.
- Sim, ele vai se casar comigo. - Diz Arlete que resolve fazer um telefonema.
- Alô, é da casa dos Salvatore? Aqui é a senhorita Arlete, eu sou secretária do senhor Júlio Salvatore, eu preciso muito falar com ele. Está bem. Ele esta dormindo. - Diz Arlete após ligar para a casa dos Salvatore.
E na casa de Lídia e Antônio...
- Mãe, como esta meu pai? - Ricardo para Lídia.
- Mal, muito mal! - Lidia
- Pai!
- Filho, eu estou morrendo!
- Pai!
- Eu preciso contar uma coisa para você.
- Pai, você não pode se esforçar...
- Filho, eu preciso!
- Mão, você não chamou o médico ainda.
- Não, eu não quiz deixá-lo sozinho.
- Mãe, corre e vai chamar um médico, por favor!
- Mas onde, eu não sei o que fazer, e...
- Fica aqui com ele, eu vou procurar um médico.
- Esta bem!
- Filho, espere, eu preciso falar com você.
- Eu volto logo!
- Filho, é importante...!
- Vai meu filho, vai!
Na casa dos Salvatore...
É de madrugada, e Salvatore esta dormindo. Lea esta acordada ao lado pensando no telefonema que recebeu.
- Você ainda não dormiu? - Salvatore.
- Não, estou pensando em uma coisa aqui.
- Pois então pare de pensar e vá dormir.
- Quem é Arlete?
- Arlete Arlete, é minha secretária.
- Hum, sabia que ela ligou agora a pouco?
Salvatore acorda e pergunta:
- A Arlete ligou pra cá?
- Sim, ela ligou querendo saber de você. O que será que ela queria?
- O que ela queria, eu não sei o que ela queria. Provavelmente é alguma coisa da empresa, o que mais poderia ser?
- Boa noite, agora sim, vou dormir!
Amanda esta aflita, não aguenta ficar em casa, então vai até a casa de sua amiga Helena.
- Já estou indo, espera! - Helena.
- Ai, me abraça amiga!
- O que aconteceu minha amiga?
- Eu não aguento mais minha vida ao lado do Ricardo!
- Ah minha amiga, se acalma, quer uma água?
- Não, eu não quero nada, apenas conversar!
- Fala, desabafa comigo!
- Eu não consigo mais ficar perto do idiota do Ricardo, eu não consigo!
- Mas o que aconteceu?
- Não aconteceu nada, mas, o Ricardo, me dá nojo, entende?
- Amanda, você sabe que tem que ficar com o Ricardo né? Pelo menos por enquanto!
- Sim, e eu estou me segurando para não abandonar tudo de vez. Precisa ser muito forte para aturar o estrupício do Ricardo.
- E você é muito forte. Eu no seu lugar já tinha abandonado tudo.
- Vontade é que não me falta.
- Mas olha pelo lado bom, ele até que é bonito. Claro, é desajeitado, aqueles óculos Fundo de garrafa, mas ele é bonito.
- Não vejo nenhuma beleza neste traste, nenhuma.
- E se você tentasse arrumá-lo, sei lá, fazer uma transformação nele?
- Ah Helena, ele é um caso perdido. Nem vou tentar me esforçar, seria inútil!
- Tá, mas você deixou ele sozinho em casa agora?
- Não, ele foi na casa do pai dele, que esta morrendo, com a Graça de Deus.
- Ai, que horror, mas o que o velho tem?
- Velhice, é isso que ele tem. Se Deus quiser, ele vai morrer. Menos um para mim aturar!
- Você acha?
- Não sei, vaso ruim não quebra, mas eu não estou mais aguentando, é muita pressão para uma pessoa só. Eu sou de carne e osso, sabe?
- E a velha, a mãe do Ricardo?
- Nem me fale dessa velha maldita, a falsa santa. Ela vai ter o que merece!
Na casa de Lídia...
Mamãe, eu já trouxe o médico. - Ricardo.
- Tarde demais meu filho.
- Pai! - Ricardo.
- Deixa eu ver o que aconteceu. - Dr. Francisco.
- Então doutor, como está meu pai? - Ricardo.
- Lamento. Seu pai esta morto.
- Morto. Meu pai esta morto?
Ricardo e Lídia começam chorar.
Amanda e Helena estão tomando um café, e Amanda diz:
- É melhor eu ir pra casa, daqui a pouco o traste do Ricardo chega em casa e eu tenho que estar lá toda solidária e dar o máximo de apoio possível pela perda da morte do pai dele.
- Nossa, mas você esta mesmo certa de que o velho vai bater as botas.
- Não sei, tudo na minha droga de vida dá errado. Vamos ver o que vai acontecer. Bom, vou indo minha amiga. Muito obrigado pelo apoio.
Amanda chega em casa.
- Então meu amor, como esta seu pai?
- Meu pai morreu!
- Ai meu amor, sinto muito!
Amanda pensa:
- Sinto muito sim, muita alegria. Velho desgraçado, teve o que merecia.
Autor(a): Gabriel
Este autor(a) escreve mais 8 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)