Fanfic: Como o Mundo Gira
Na casa de Salvatore...
Salvatore esta em seu escritório. Lea bate na porta e pergunta:
- Salvatore, posso entrar?
- Entra! O que você quer?
- Precisamos conversar.
- Fale logo, não tenho todo o tempo do mundo.
- Ontem...
- O que tem ontem?
- Ontem você disse que ia se divorciar de mim.
- E daí?
- Como e daí. Você vai mesmo pedir o divórcio?
- Sim, eu vou.
- Mas, por que, por que quer se separar de mim?
- Simplesmente porque eu não te suporto mais, esta bom pra você?
- Eu que não te suporto, não suporto o jeito que você me trata, não suporto o jeito que trata nossa filha, não suporto você!
- Falando em filha, sabe, eu desconfio de uma coisa.
- Do quê?
- Deixa pra lá. É só isso?
- O nome da sua amante é Arlete?
- Amante, Arlete não é minha amante, é a minha secretária.
- E amante, eu sei que ela é sua amante.
- Mas de onde você tirou uma ideia absurda dessas?
- Ontem ela ligou, queria saber de você.
- Eu já disse, ela ligou porque queria falar alguma coisa sobre a empresa, foi isso.
- Por que você me trata assim?
- Assim como mulher?
- Assim, com desprezo, indiferença.
- Lea, estou cheio de coisas para fazer, será que pode me deixar em paz?
- Eu não vou sair daqui até você me falar quem é a sua amante.
- Lea, eu não tenho uma amante. Tira essa ideia da cabeça. Você esta ficando paranóica.
- Você jura que não tem uma amante?
- Juro!
- Jura pela nossa filha!
- Esta bem. Eu juro pela nossa filha. Pronto?
- Eu não consigo acreditar em você.
- Mas o que você quer que eu faça?
- Não precisa fazer nada, eu vou sair.
- Aonde você vai?
- Eu vou na casa da Salete.
- Fazer o que?
- Tentar me destrair um pouco, coisa que não consigo ficando em casa o dia inteiro.
- Lea, procure não falar sobre as coisas que estão acontecendo. Os outros não precisam saber.
- Não se preocupe, eu não vou falar nada.
- Esta bem, esta bem. Pode ir, mas não demore.
- Falando nisso, você terá outra reunião hoje?
- Talvez!
- Como assim, talvez?
- Pode haver uma reunião de última hora, quem sabe?
- Eu vou me arrumar.
- Vai, vai. Foi tarde.
E na casa de Amanda...
Helena e Amanda estão conversando sentadas.
- Amanda, você não vai no velório do seu sogro?
- Claro, eu tenho que parecer a norinha triste com a morte do sogrinho, que saco.
- Você precisa parecer muito triste, você precisa convencer o Ricardo de que esta sentida pela morte do pai dele.
- Convencer aquele idiota do Ricardo é fácil, o difícil é convencer a mãe dele, aquela velha.
- Eu trouxe este colírio para você.
- Colírio, mas não dá para perceber?
- Não, e este colírio vai arder bastante, as lágrimas serão reais.
- Helena, você é genial.
- É, eu sei.
- Eu preciso me arrumar, ficar bem bonita para o velório do meu sogrinho favorito.
- Amanda, se você se arrumar tanto, não irá convencer ninguém.
- Mas então, como eu vou?
- Eu vou te ajudar...
Salvatore chega na empresa e fala com Arlete:
- Senhorita Arlete, passe na minha sala em cinco minutos.
- Esta bem senhor!
- O que será que ele quer, falou com uma cara... - Comenta um dos secretários.
- Eu não sei, e não é da sua conta. - Arlete
Amanda esta no espelho aplicando o colírio nos olhos e pergunta a Helena:
- Não esta muito forçado?
- Não, está perfeito.
- Ah, que bom, menos mal. O Ricardo já deve estar chegando, e ele vai me ver tão tristinha. Eu daria uma ótima atriz.
Eu vou ali na porta ver se ele não esta chegando.
- É melhor, olha sim!
- Amanda, ele esta chegando.
- Como estou?
- Perfeita, agora se prepara.
Ricardo entra:
- Oi Helena. Amor, como você esta?
- Como você acha? - Responde Amanda chorando.
- Não fica assim, onde ele estiver agora, ele esta olhando para nós.
- Olhando para nós... que bom.
No escritório de Salvatore...
Arlete bate na porta:
- Senhor Salvatore!
- Pode entrar.
- O senhor pediu para falar comigo e...
- Arlete, eu posso saber porque você ligou para a minha casa ontem?
- Senhor, eu...
- Estou esperando uma resposta.
- Senhor Salvatore, eu liguei porque... eu liguei porque fiquei pensando no que o senhor me falou ontem e precisava falar sobre isso.
- Você tem noção do que fez Arlete, você fez a maior besteira da sua vida.
- Eu sei, me desculpe senhor. Eu não devia ter feito aquilo. Me perdoa, por favor!
- Esta bem Arlete, mas espero que essa situação não se repita!
- Eu prometo senhor, não se repetirá!
- Arlete, você esta tão bonita hoje.
- O senhor também esta muito bonito hoje.
Arlete e Salvatore beijam-se.
E na casa de Salete...
Lea, Daisy e Salete estão na sala tomando um suco, então Daisy pergunta:
- Então Lea, como estão você e Salvatore?
- Muito bem, melhor impossível.
Com uma risada falsa, Daisy responde:
- Sério? Não foi bem isso o que me contaram.
- E o que te contaram, eu posso saber?
- Deixa pra lá. E você Salete, como esta seu casamento?
- Melhor impossível, pena que você não pode dizer o mesmo, não tem marido.
- Eu sou viúva, vivia muito bem com o Luiz, mas infelizmente, Deus levou ele dessa para uma melhor.
- Será que você não deu um empurrãozinho para isso Daisy? - Lea
- O que você esta querendo insinuar?
- Não estou insinuando nada, apenas ligando os fatos.
- Eu sei que você acha que eu matei o meu marido, mas isso não é verdade, eu amava meu marido.
- E o Renato, seu primeiro esposo?
- Eu o-amava muito, mas ele me deixou também, infelizmente.
- É impressionante o modo que você perde os maridos.
- Olha, você lava a sua boca antes de levantar alguma coisa sobre mim. Salete, eu vou para minha casa, passe bem. Ah, muda a maquiagem, deu pra perceber muito bem seu olho roxo.
- Olho roxo? Que olho roxo? - Lea.
- Até mais ver Salete! - Daisy.
E no velório de Antônio...
Lídia esta chorando no caixão de Antônio. Estão todos os parentes, amigos, dentre eles: Leda, Letícia, Sérgio e Ferdinando.
- Como a senhora esta? - Amanda.
- Como você acha que eu estou? - Lídia.
- Olha, estou aqui para o que a semhora precisar, para o que a senhora precisar.
- Eu não preciso de você, me deixa!
- Esta bem senhora, mas saiba que estou aqui pra tudo.
- Falsa!
- Mamãe, eu não admito que fale assim com a Amanda. - Ricardo.
- Deixa Ricardo, sua mãe esta nervosa, ela falou sem pensar. - Amanda.
- Vão embora!
- Mas mãe...
- Vão embora todos, saiam todos daqui! - Lídia para todas as pessoas.
- Vamos embora Ricardo, sua mãe tem direito. - Amanda.
- Esta bem, vamos!
Todos se retiram do local e Lídia começa chorar no caixão:
- Me perdoa Antônio, me perdoa!
Amanda, Ricardo e Helena chegam em casa.
- Amor, eu preciso dar uma saída, você fica aqui?
- Por favor, fica comigo, eu não estou em condições de ficar sozinha.
- Helena, você não poderia fazer companhia para a Amanda por um tempinho.
- Ah sim, claro, pode deixar, eu fico aqui com ela.
- Obrigado.
- Você vai demorar?
- Não, eu volto logo!
- Esta bem!
Salvatore chega em casa e Lea diz:
- Salvatore, chegou mais cedo, o que houve?
- Me deixa, vou tomar um banho.
- Hoje ele não estava com a amante.
No banho, Salvatore começa a lembrar do beijo em que deu em Arlete no escritório.
E na casa de Arlete...
- Minha filha, parece que viu um passarinho verde, esta tão feliz. - Vera para Arlete.
- Impressão sua mamãe.
- Eu conheço você minha filha, me fale o que aconteceu hoje que te deixou tão alegre.
- Nada mamãe, hoje foi um dia como outro qualquer.
Lea esta no quarto penteando os cabelos. Salvatore esta na cama conversando com Lea.
- Hoje eu fui na casa da Salete. - Lea.
- Eu sei, você já me disse.
- A Daisy também estava lá, ela reparou no meu olho roxo.
- Ela não tem nada haver com isso.
- Você jura que não tem uma amante?
- Com esse papo outra vez Lea, mas que saco, eu já disse que não tenho amante nenhuma, custa você entender?
- Eu vou ser bem direta. Júlio, você não sente mais falta de sexo?
- Falta de sexo, não, eu não sinto...
- Será porque não tem alguma vagabunda resolvendo seu problema?
- Lea, eu estou com sono, eu vou dormir.
- Por que você sempre foge do assunto?
- Eu não estou fugindo de nada, apenas estou com sono. Será que pode me deixar dormir?
- Esta bem, continue vivendo nesse seu mundinho de mentiras. Salvatore, Salvatore! Dormiu.
- E na casa de Amanda...
- Nossa, você nem perguntou onde ele foi. Já é noite, pode ser perigoso.
- Ai Helena, é recém nove horas. E outra, é o Ricardo, se acontecer alguma coisa pra ele, ninguém vai sentir falta mesmo. Mas é sério, onde ele foi mesmo será?
- Talvez ele tenha ido na casa da mãe dele?
- Acho que não, depois do jeito que a velha nos expulsou de lá. Velha desgraçada, vai me pagar por ter falado comigo daquele jeito, você vai ver.
- Mas onde ele poderia ter ido?
- Acho que ele foi na casa do velho Aurino que era o melhor amigo do seu pai. É outro velho sem ocupação nenhuma no planeta. E o Ricardo deve ter ido lá consolar, dar uma força para o pobrezinho que perdeu o melhor amigo.
- Ou ele pode ter ido...
- Ido... não, o Ricardo não é dessas coisas, é um panaca.
- Amiga, e como anda a vida sexual de vocês digamos?
- Não temos uma vida sexual.
- Amanda, você tá brincando.
- Você sabe que eu não consigo, eu não posso, ainda mais com o Ricardo.
- Mas então ele é virgem?
- Não, claro que não. Também não é bem assiim, mas eu quase nunca consigo, entende?
- Amanda, não esta mais que na hora de você contar o que aconteceu para ele?
- Você esta louca, eu nunca poderei abrir minha boca pra falar tudo o que aconteceu!
- Mas não precisa contar tudo, com quem...
- Ai chega, vamos parar de falar disso, já estou com meu estômago embrulhado.
- Foi horrível né?
- Foi terrível, a pior coisa que já aconteceu na minha vida, mas agora vamos mudar de assunto por favor.
- É, é melhor, desculpa tocar no assunto.
- O Ricardo não pode saber de jeito nenhum sobre aquilo, esta me ouvindo? Nunca!
Na casa de seu Aurino...
- Seu Aurino, posso entrar?
- Ah Ricardo, é você?
- Sim, sou eu.
- Pode entrar.
- Entra sim filho.
- Como o senhor esta?
- Muito triste, muito triste. E você?
- Eu também estou muito triste, eu amava muito meu pai.
- Ricardo, agora você precisa seguir em frente, isso não pode te derrubar.
- Eu sei, ainda bem que tenho a Amanda para me ajudar.
- Você confia cegamente na sua esposa?
- Como assim, cegamente?
- Deixa pra lá. Onde a Amanda esta agora?
- Esta em casa com a sua amiga, ela esta muito abalada também.
- Ricardo, você é como um filho para mim.
- Eu sei disso.
- Eu quero te dar um conselho, aliás, eu preciso te dar um conselho.
- Que conselho?
- Não confie tanto assim na Amanda.
- Não confiar tanto na Amanda... Por que?
- Essa moça não me cheira muito bem.
- O senhor não gosta dela e quer que eu não goste também?
- Não é isso meu filho, eu só estou dizendo que você não deve ter toda essa confiança na sua mulher.
- Eu não estou acreditando que estou ouvindo isso. Não, não é possível.
- Ricardo!
- Olha, ela já te deu motivos para o senhor não gostar dela?
- Eu sinto uma intuição, algo estranho, como se ela não fosse o que aparenta ser.
- Eu acho que já entendi tudo.
- Entendeu?
- O senhor esta apaixonado pela minha esposa. Eu só lhe digo uma coisa, afaste-se dela ou o senhor vai se dar mal.
- Ricardo, isso não tem cabimento!
- Eu vou para a minha casa.
- Muleque, venha...
- Passe bem!
E na mansão de Melissa...
Melissa esta furiosa com Laura, pois Roberto, amigo de Laura quebrou o porta-retratos com a foto da família.
- Aquele seu amiguinho delinquente quebrou o nosso porta-retratos, ele não podia.
- Mãe, não foi de propósito, ele quebrou sem querer, dá pra você entender?
- Sim, foi sem querer, mas destruiu com a foto da nossa família, mas você não se importa não é mesmo, você não se importa com a família, para você é apenas um nada, não é?
- Mãe, eu não vou discutir com você.
- Bendito será o dia em que você se tornar igual a sua irmã.
- Não me faça rir. Sabe quando será esse dia, sabe? Nunca, nunca, ouviu bem? Nunca!
- Infelizmente, infelizmente você nunca será igual a sua irmã. Ela sim é uma mulher de classe, diferente de você com aqueles seus amiguinhos desagradáveis. Aquele Roberto que teve a ousadia de quebrar o porta-retrato com a foto mais importante da nossa família.
- Chega mãe, por favor. Isso não é um problema, a foto pode ser colocada em outro porta-retrato.
- Pra você é fácil né, a família não tem nenhum valor.
- Chega. Eu não vou ficar mais aqui ouvindo você mãe. Tenho mais o que fazer. Vou subir pro meu quarto.
- Laura, volta aqui, eu ainda não acabei. Filhos...
Laura esta chorando em seu quarto quando Miriam vai até lá falar com sua irmã.
- O que você quer?
- Maninha, não fica assim, eu sei que o Roberto não quebrou o nosso retrato por mal.
- Por que você é tão sínica?
- Sínica, por que você fala assim comigo?
- Você me odeia, eu sei!
- Como você pode pensar isso de mim?
- Não se faça de sonsa, eu te conheço muito bem. Você sempre teve inveja de mim.
- Ah, por favor, não me faça rir aqui na sua frente com você se desandando em lágrimas.
- Você é cruél, já me fez mal muitas vezes.
- Maninha, eu só não vou ficar brava com você porque sei que hoje você esta tristinha, não sabe o que fala.
- Sai do meu quarto, sai do meu quarto.
Miriam liga para sua amiga Helen e diz:
- Alô. Helen, esta pronta? Ata, ok, kk, já estou indo amiga.
Miriam vai até o apartamento de Helen. Toca a campainha.
- Já vai! Oi amiga. - Helen.
- Ai amiga, vamos dar uma volta?
- Não mesmo, eu tenho uma surpresinha pra você.
- Uma surpresinha? O que você esta armando?
- Você já irá saber, mas me conta, como andam as coisa na sua casa?
- Hoje um amiguinho da Laura quebrou o porta-retratos da família, você acredita?
- Só podia ser um dos amiguinhos da Laura mesmo, são todos uns marginais.
- Eu amo muito minha irmã, amo mesmo, apesar de ela pensar o contrário. O que eu não gosto são das amizades dela.
- Seus pais deveriam fazer alguma coisa. Aquele amigo dela, o Roberto, ele é um mal-caráter.
- Foi ele mesmo que quebrou o porta-retratros da família. O pior é que foi de propósito.
- Eu odeio ele, eu odeio. Ele vai ter o que merece.
- Por que tanto ódio assim dele?
- É uma longa história minha amiga, uma longa história, mas vamos mudar de assunto, eu estou preparando uma festinha...
Laura liga para sua amiga Marcela e diz:
- Marcela, eu to muito triste. Eu não aguento mais essa vida. Meus pais me odeiam. Eu preciso sair, tomar uma cerveja, sei lá, eu preciso sair dessa casa, pelo menos por umas horas. Esta bem, já estou indo.
Laura decide ir até o beco do Malandro onde costuma se encontrar com seus amigos.
- Aonde você vai menina? - Melissa.
- Não é da sua conta!
- Mas, mas... Jacira, cadê meu suco?
- Esta aqui senhora.
- Ah Jacira, o que seria de mim sem você?
- Não sei não senhora.
- Você é uma inútil mesmo. Pode ir.
- Sim senhora.
- Melissa, Melissa, você ainda vai se arrepender de ser tão boa.
O telefone toca então Melissa diz:
- Jacira, vem entender o telefone. Jacira. Cadê os empregados nessa casa. Jacira se eu tiver que atender o telefone eu te coloco no olho da rua. - Alô. Melissa Siqueira...
Autor(a): Gabriel
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