Fanfic: Our Dream | Tema: One Direction

POV Duda

Ok, a Jhenni conseguiu que eu tivesse piedade do Harry e que eu não causasse uma morte extremamente dolorosa para ele. Adeus planos geniais e infalíveis.

Nesse dia que eu passei no hospital, quase morri de tédio. Briguei com a enfermeira que não queria deixar meu amado celular no quarto. Arg, o que tem de mal em ter um inofensivo celularzinho no quarto? Pode ficar até desligado. Só pra mim ficar olhando e imaginando as milhares de mensagens e ligações perdidas me informando sobre catástrofes e mortes. Exagerada? Eu? Nada.

Eu poderia até ver ópera, sério. E, também, estou com fome. Não que eu não coma aqui. É que, normalmente, eu como quase o tempo todo. Aqui, é de três em três horas. Maçã, banana, suco... Eu preciso de besteiras! Doces, chocolates, bolos, refrigerantes! E computador, música... Preciso sair dessa cama de hospital. Já estou entrando numa crise de abstinência tecnológica e de açúcar.

"TOC TOC TOC!" Eu ouvi, me tirando dos meus pensamentos. 

Eu pensei que as meninas tinham ido para casa, e que os meninos tinham ido comer. Pode ser o coreógrafo trazendo alguma gravação dos ensaios.

- Entre - Eu disse e a porta foi aberta quase que instantaneamente. Você sabem quem é, não sabe?!

- Oi - Harry disse, entrando no quarto, todo simpático com os olhinhos brilhando. Apenas dei um sorrisinho forçado que deve ter saído uma coisa horrorosa, já que ele desviou o olhar enquanto se sentava na cadeira ao meu lado. - Você está melhor?

- Estou - Eu respondi educadamente, já que o coitado falou num tom cuidadoso.

- Isso é bom - Ele sorriu e olhou bem fundo dos meus olhos (que me fez arrepiar) - Você vai sair do hospital logo?

-  Quero sair o mais rápido possível deste lugar. - Respondi - Comer besteiras, ouvir músicas, ficar o dia todo no computador... Voltar a minha vida.

- Eu imaginei que você estaria entrando em crise por falta de açúcar - Ele sorriu e pegou um chocolate branco de uma sacola, me dando o mesmo logo em seguida.

Peguei o chocolate como se fosse sagrado, mas minha mente começou a matutar as razões que ele tinha para me dar o tal chocolatinho.

1: Está envenenado. Ele quer me matar para quando se casar com a Flack, não sentir remorso.

2: Ele acha que, me dando o chocolate, vou perdoá-lo por me fazer me sentir um lixo.

3: .................. Não tem 3.

Fico com a alternativo dois, produção!

Deixei o chocolate de lado, no criado-mudo. Eu realmente não sei como criei coragem para fazer aquilo, mas iria me mostrar fraca comendo-o ali, na frente de Harry (Levar um fora, se cortar e parar no hospital é coisa de gente que luta MMA, claro).

- A Jhenni falou comigo - Eu disse, olhando para a minhas mãos com o esmalte azul lascado, com as pontas todas tortas de tanto roer - Eu sei que você está aqui para... Explicar.

Ele hesitou, mas por fim, disse:

- Eu não menti, Mary. Caroline me agarrou.

- Mas você correspondeu - Eu o cortei.

Ele ficou em silêncio. Eu sabia que ele correspondeu. Nenhum homem que recebe o beijo de uma mulher, se separa dela. Tirando que, ele era meu melhor amigo e eu não posso negar que tenho uma queda-livre do Everest por ele. Um quedinha bem pequena.

Mas me beijar e depois ir lá dar uns amassos na Flack me fez acordar de como ele pode me usar para... Treino. Para aquecer sua lingua e movê-la ferozmente na boca da Flack. Nojento.

- Me diga... - Eu comecei. Vou colocar ele na corda bamba. MUAHAHAHAHAHAHAHAHA - Quem beija melhor? Eu, ou a Flack?

Adoro. Deixei ele encurralado. Vamos pensar como ele: Se falar que a Flack beija melhor, eu fico pior e não olho mais na cara dele. MAS! Se ele falar que sou eu, vai ser puxa-saquismo.

- Você - Ele disse. Puxa-saco. - Com você, foi um beijo calmo, romântico, inocente. Sem pressa para acabar. Você é delicada, cuidadosa, calma. 

Ele tocou a minha mão e entrelaçou-a na sua. Sua mão estava quente e um pouco suada, tremendo de leve.

Ele está nervoso. Harry. Está. Nervoso. Por. Minha. Causa. POR CAUSA DE UMA MENINA. UMA PIRRALHA. ELE ESTÁ NERVOSO. OH MEU DEUS. ELE ME AMA.

Parei.

- Podemos começar de novo? - Ele disse.

- Como assim? - Perguntei, olhando nos seus olhos.

- Sair, começar com calma.

Ele... Ele quer... Me namorar?

- Wow - Eu fiquei sem reação.

- E então? - Ele disse, ansioso.

- Tudo bem - Eu respondi. Ele sorriu de orelha a orelha.

- Então, logo que você sair do hospital, eu te levo pra passear.

- Onde vamos?

- Surpresa - Ele fez cara de suspense.

- Assim não vale, eu odeio esperar!

- Eu sei.

- Então.

- Então o que? - Ele devolveu.

- Me conta aonde vamos!

- Mary, eu não vou te contar - Ele riu.

- Mas... - Eu tentei

- Mas nada. - Ele cortou, rindo.