Fanfic: O Eclipse dos semideuses | Tema: Percy Jackson e Os olimpianos

- O que é? – perguntou Victória, curiosa.

- Eu já falei que Ártemis apareceu para mim, certo? - perguntei.

– Certo – concordou Nanda.

- Então... ela me disse para procurar um livro. O nome dele era... – fiz um esforço para me lembrar. - "Mitologia Grega: Os Contos e Maldições de um Império em Ruínas".

–Ok. Nanda, lá no seu chalé tem um desses? – Victória virou-se para a filha de Atena.

- Hã.... – ela pensou um pouco antes de responder. – Lembrei! Tem, sim!

Nanda saiu correndo até seu chalé. Sem pensar duas vezes, Victoria e eu corremos atrás dela.

Ao chegarmos, fitamos a enorme quantidade de livros.

- Será que ela vai achar logo? – perguntou Victória, desanimada. Sério, achei que ela fosse desmaiar.

- Espero que sim. Quando eu fico impaciente, começo a fazer origamis com folhas de livros. - falei, olhando para a pilha de livros, como um leão olha para sua presa.

Achei – falou Nanda, após alguns minutos. - Aqui no chão, gente.

“Até que ela foi bem rápida”, pensei.

- Ótimo. – suspirou Victória. - Vocês vão fazer suas malas agora?

- Sim. - concordei. - Nanda, você leva o livro? Damos uma olhada no caminho.

- Pode deixar. – assentiu ela.

Me despedi das meninas, e corri para o Chalé 7.

Entrei e fechei a porta. Meus irmãos, os filhos de Apolo, deveriam estar todos jogando vôlei.

Mas um deles estava lá.

- Will! - chamei. O garoto focou os olhos azuis em mim. - O que está fazendo aqui a uma hora dessas?

E foi então que eu reparei no braço dele. Enfaixado.

- Oh Meus Deuses! Se machucou no jogo de vôlei? - perguntei, preocupada.

- Sim e não. - ele disse, o que só me deixou mais confusa. - Na verdade, a bola caiu em cima de uma árvore. O resto você já pode imaginar. Subi para pegar, e quebrei o braço.

Olhei para ele, e quase consegui sentir a dor também.

- Não precisa ficar deste jeito. - falou, me tranquilizando. - Eu vou melhorar logo. Já você... fiquei sabendo que tem uma missão.

- É sim. - concordei. - Victoria, Nanda e Felipe irão comigo. O motivo... você já deve saber.

Ele assentiu. O que aconteceu com Apolo e Selene é segredo absoluto. Então, em questão de segundos todos ficaram sabendo. Ironia do destino.

- Na verdade, só passei aqui para arrumar minhas coisas mesmo. - falei.

Escolhi uma mochila preta, que estava usando no dia em que cheguei ao Acampamento. Peguei meu arco, Auksas, e a aljava de flechas. Presente do meu pai. Dizem que o nome dele é Auksas porque, apesar de ser feito de bronze celestial, brilha como ouro. Honestamente, eu concordo com essa definição.

Peguei também algumas roupas, e uma adaga que encontrei no armário. Resultado de um dia em que entrei no curso "Faça Sua Própria Arma" dos filhos de Hefesto. Não é melhor adaga do mundo, considerando meus talentos para a forja, mas dá para o gasto.

Foi aí que me toquei. Eu não tinha um escudo.

- Will... você sabe se tem algum filho de Hefesto nas forjas do Acampamento?

- Acho que sim. Vi alguns trabalhando lá quando vim para o chalé.

- Certo. - me preparei para sair, quando ele me chamou.

- Carol... espere. Acho que você vai precisar disto aqui. - ele disse, abrindo uma gaveta e retirando de lá um pequeno frasco com um líquido incolor. - É um elixir curativo. Como você sabe, estou aprimorando minhas habilidades de cura.

- É para mim? Sério? Mas, Will, deve ter sido difícil preparar e...

- Sem discussões. - ele me entregou a poção, e a guardei na mochila. - Afinal, é o que irmãos fazem, não é mesmo?

- Obrigada. - sorri, enquanto saía do Chalé de Apolo.

-Oi Carol. Acabou? – Victória me encontrou pelo caminho.

- Quase.- disse. - Ainda preciso de um escudo.

- OK. Você vai no chalé de Hefesto?

- Eu estava pensando em ir às forjas – falei.

– Eu vi Leo no Chalé de Hefesto. – avisou ela.

- Ótimo. Ele com certeza deve ter um escudo. – disse, esperançosa.

- Ah, Carol... – ela me parou. – Eu dei uma passadinha nos Estábulos. Tem alguém lá que quer te entregar um presentinho.

- Erm... certo. Depois eu passo por lá.  – falei. – Depois eu passo por lá. Agora... vamos no Chalé de Hefesto? - chamei, começando a correr.

- Você vai indo que eu vou no chalé 13 para... – Victória corou - Me despedir.

- Ah, certo. - sorri. - Não perca a hora, ok?

- Claro. – piscou ela.