Fanfic: O Eclipse dos semideuses | Tema: Percy Jackson e Os olimpianos

Enquanto isso, no Chalé de Hefesto...

Em alguns segundos, eu já estava no Chalé de Hefesto. Como previsto, apenas Leo Valdez estava lá. Isso me deixou mais tranquila. Posso parecer extrovertida, mas no fundo eu era muito tímida.

Ele se virou e sorriu ao me ver.

- Ei, Valdez. - falei, acenando. - Alguém já te disse que você é muito legal?

- Fale o que você quer. - ele sorriu novamente. Eu gostava dessa cumplicidade entre nós.

- Estava pensando se você não teria um escudo velho por aí.

- Erm... não. - falou ele, fingindo tristeza. Mas logo depois seu rosto se iluminou em um sorriso. - Mas tenho um escudo novo, se quiser.

Ele abriu um pequeno armário. Sinceramente, eu não sabia como cabiam tantas armas lá. Leo passou alguns segundos observando-as, e logo depois

pegou um escudo médio de bronze celestial.

- Aqui. - segurei o escudo. - Forjei este semana passada. Eu o chamo de... Solar.

Só então reparei nos desenhos na borda do escudo. Raios de Sol.

- É lindo. Obrigada Leo. - falei. - Tenho uma dívida eterna com você.

- Não se esqueça que eu vou cobrar, Flecha. - disse ele, me abraçando.

Saí do Chalé de Hefesto, e estava indo aos Estábulos, quando avistei um garoto de cabelos pretos correndo até mim. Era Nico di Angelo.

- Carol, quero falar com você. É... Importante. - disse ele.

- Estou ouvindo. - respondi, curiosa.

- Olha, é sobre a Vi... - ele corou e baixou a cabeça, para que eu não percebesse. Mas já era tarde demais.

- Prossiga. - falei. Mas eu já imaginava o que ele ia dizer.

- É que... isso já aconteceu uma vez. Há alguns anos, quando... você sabe, a Bianca... - gaguejou Nico, e senti que ele estava segurando as lágrimas.

- Sim. – segurei a mão dele, tentando acalmá-lo. - Olha, Nico... é uma missão perigosa, você sabe disso. Mas nós estamos em quatro. Sei que vamos conseguir. Fique calmo, ok?

- Certo. - disse ele. - Só queria que você me prometesse... que vai cuidar dela. Por mim.

- Juro que farei o possível. Eu juro pelo Rio Estige. - prometi. Logo depois, ouvi um trovão. - Você vai ver. Estaremos de volta antes que você consiga dizer "Ambrosia".

Ele deu um meio-sorriso.

- Ok. Cuide bem dela.

Despedi-me de Nico, abraçando-o. Ele avistou Victória, e correu até ela.

Acenei para eles, e segui até os Estábulos.

Surpreendentemente, estava vazio. “Que estranho. Parece que hoje todos resolveram sumir de vista”, pensei.

Mas então eu o vi, correndo até mim.

Flyer. O pégaso que me levou ao Acampamento pela primeira vez. Outro na minha lista de “dívidas eternas”.

Acariciei seu rosto, sorrindo. E então, reparei que ele estava carregando algo. Um sino.

- Oh, meus Deuses! – exclamei, enquanto guardava o objeto em minha mochila. Há algum tempo, Quíron me dissera que, ao balançar aquele sino, Flyer poderia me encontrar em qualquer lugar do mundo. – Obrigada.

Entreguei e ele alguns torrões de açúcar de minha mochila, antes de sair dos Estábulos.

Agora, eu só tinha mais uma coisa a fazer.