Fanfic: O Eclipse dos semideuses | Tema: Percy Jackson e Os olimpianos
Enquanto isso, no Chalé de Hermes...
Eu estava a apenas alguns passos do Chalé Onze. Então, senti minhas pernas tremerem. Eu estava nervosa. Por que eu estava nervosa? "Não, isso não é normal", pensei. "Calma, você só vai se despedir do seu melhor amigo". Isso não ajudou. Só a palavra "despedir" já me fez ficar mais nervosa ainda.
Abri a porta, me preparando para entrar. De repente, esbarrei em um garoto que saía do Chalé usando uma barbatana falsa de tubarão. Caímos no chão, e minha mochila abriu, derrubando todas as minhas coisas.
- Parece que a gente só se encontra assim, não é mesmo? - perguntou Connor.
- Precisamos parar com isso, ou alguém vai se machucar - concluí.
E então começamos a rir.
Ele se levantou devagar, e me ajudou a recolher meus pertences e guardá-los.
- Barbatana bonita. - exclamei, me sentindo culpada. Nós havíamos combinado esta pegadinha mês passado, para assustar os semideuses no lago de canoagem. Clássico, sempre funciona.
- Sim, sim. Mas ficaria mais bonita em você. - disse ele, me repreendendo.
- Olha, me desculpe. Eu não apareci hoje de manhã, mas... - comecei a falar.
- Eu sei que você tem uma missão. As notícias correm rápido, princesa. - piscou Connor.
Claro. Ele era um Stoll. Filho de Hermes, deus dos viajantes. Sempre sabia de todas as “notícias” do Acampamento.
- Falando sério, eu estou mesmo preocupada com você. - falei. - E pare de me chamar de princesa.
- Preocupada comigo? PREOCUPADA COMIGO? Você vai para uma missão perigosa, eu é que deveria estar preocupado com você - disse ele.
- E você está? - perguntei.
Ele corou.
- Bom... por que você está preocupada comigo, mesmo? - disse ele, fugindo da pergunta.
- Porque eu não sei como você vai sobreviver sem mim por perto - falei, rindo.
- Tem razão. Sem você aqui, quem vai me ajudar a sequestrar a máquina de Pac-Man do Sr D.?
Começamos a rir novamente.
Naquele momento, meus olhos encontraram os dele. Eu não aguentava mais. Queria muito dizer o que ele realmente significava para mim, mas não tinha coragem. Se nossa amizade acabasse, meu mundo ia desmoronar. Por outro lado, aquela poderia ser minha única chance.
E então, Connor me abraçou.
- Vou sentir sua falta. - confessei.
Ficamos abraçados assim por um tempo, até que eu me dei conta de que estava atrasada.
- Estarei sempre com você. Não se esqueça disso. - sussurrou ele, me soltando.
Não respondi. Se eu tentasse falar, ia acabar chorando, e eu não queria que ele me visse daquele jeito. Então, apenas segui para o Chalé 6, onde Nanda e Victória provavelmente estariam me esperando.
- Oi Carol. Vamos? – chamou Victória, ao me ver.
– E aí, já está pronta? – perguntou Nanda.
- S-im, a-acho que sim. - gaguejei, mas tentei parecer firme.
- Vou chamar Felipe, então. – Victória foi andando até o chalé 3, e nós a seguimos. O filho de Poseidon já estava na porta - Ei, seu preguiçoso, nós vamos ou não?
– Claro. – sorriu ele.
Saímos correndo e pegamos a van branca do acampamento, que eu estava dirigindo loucamente.
- Ai, meus deuses, isto é INCRÍVEL! - gritei.
- C-C-Carol, você não acha que está dirigindo um POUCO rápido? – perguntou Victória.
O problema é que, com o barulho do trânsito, eu devo ter ouvido algo como “Carol, você e a maçã são azuis porque o corvo é rápido?”
- Victoria? O quê você disse? Quer que eu vá mais rápido? - O barulho estava realmente insuportável.
Aumentei a velocidade. Aquilo era tão legal quanto viajar nas sombras com o Nico e a Sra O`Leary.
- NÃO! – alertou Felipe. - CAROL, SE VOCÊ DIRIGIR MAIS RÁPIDO, NÓS VAMOS BATER, E...
Neste momento, a van bateu no carro da frente. Só o vi quando já era tarde demais.
- Ótimo. Pelo menos estamos a 1 km de Westover Hall. – disse Victória.
- POR QUÊ VOCÊS NÃO ME AVISARAM QUE EU ESTAVA INDO MUITO RÁPIDO? - gritei.
- NÓS AVISAMOS, MAS VOCÊ NÃO OUVIU! – retrucou ela.
- Agora a polícia vai chegar, e o quê nós vamos fazer? - perguntei.
- Vamos controlar a névoa, é claro. – Victória deve ter percebido nossas caras de espanto. - Oras, Quíron não disse a vocês como fazer?
Assim que ela terminou de falar, um policial chegou.
– Ah, não. – exclamou Nanda.
- Você estão muito encrencados. – disse o policial, puxando um bloco de anotações do bolso.
"Que pena que não sou filha de Afrodite", pensei.
Porém, neste momento, Victória estalou os dedos e tentou se concentrar.
- A menina que estava dirigindo é maior de idade. E não foi culpa dela, e sim do carro da frente, que estava indo em alta velocidade e parou bruscamente.
- Sim. É verdade. A culpa foi dele. – concordou o policial. Alguns segundos depois, ele pareceu confuso, mas não disse nada.
Balancei a cabeça, concordando também. Eu estava em estado de choque, como sempre acontecia quando algo dava errado.
- É. E como a culpa foi dele, você vai pagar o conserto, e mandar de volta para esse endereço. – Victória deu o cartão de visitas para o policial.
- Sim. Tenho que pagar e mandar para esse endereço.
- Exato. E agora nós vamos embora e você não vai nos parar, nem achar estranho.
- Está bem. Vão crianças, a culpa não foi de vocês.
Assim que ele disse aquilo, começamos a correr desesperadamente, sem olhar para trás.
Autor(a): Semideuses
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Paramos apenas quando avistamos uma pequena trilha, e uma placa dizendo: "Bar Harbor". - Nunca mais me obrigue a fazer isso. – a filha de Poseidon reclamou comigo. - Como você fez aquilo? Sério, tem certeza de que não é filha de Afrodite? - perguntei, surpresa. - Sim, tenho certeza que sou filha de Poseidon. E i ...
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