Fanfic: whats make you beautiful

Duda`s POV 

Nos últimos dias, fiquei no hospital com Niall, conversando e alegrando-o. Saio ao anoitecer, tomo um banho e vou para a faculdade, do outro lado da cidade. Aliás, faço faculdade de música, onde eu ganhei uma bolsa por tocar Kiss Me (Avril Lavigne), escrever músicas (e a peça inteira) em um musical que teve na escola, no meu último ano e ficar em primeiro lugar em uma guerra dos sexos de canto e dança com meu grupo de meninas. Tive que ir com meu carro maldito porque não dava pra ir e voltar a pé e não passava nenhum ônibus que levava até lá tirando que ia demorar muito. Cheguei lá e fiquei à toa, sem prestar atenção em nada do que o professor falava nem passava no quadro negro. Quando terminou, entrei no meu carro maldito e dirigi até meu apartamento sujo, tomei um banho correndo, vesti um moletom do tumblr, um shorts, calcei meu oxford azul marinho e prendi meu cabelo em um coque. Chegando no hospital, comprimentei a moça da recepção do turno da noite (estou fazendo amizade com o povo do hospital já, nossa) e fui para o quarto onde Niall estava. Ele lia o 88º Capítulo de BrazilxLondon, minha história nunca publicada da vida de sete amigos brasileiros que entraram clandestinamente em Londres. Já falei que eu sempre quis ser escritora?

- Você tem que ser escritora. - Disse Niall, nao tirando os olhos do papel. - A Jennet vai mesmo ser obrigada a casar com Victor? A Luiza vai morrer? Quando Matheus vai se assumir um gay? Quando... 

- Só lendo os próximos capítulos pra saber - O interrompi, rindo. Ele estendeu a mão - O quê?

- O próximo capítulo.

- Ainda não escrevi.

- O que? COMO ASSIM? Vou morrer de curiosidade, não faça isso comigo, Mary! - Disse ele, choroso, me fazendo gargalhar.

 Eu não queria falar, mas ficar no hospital no Niall estava tomando uma grande parte do meu tempo

- Amanhã - Disse ele - Amanhã eu saio do hospital

- Sério? - Gritei animadamente, fazendo minha voz sair esganiçada. O abracei. Ele me envolveu com seus braços quentes e grandes, ao lado dos meus, era íncrivel como ele tudo nele era gigante perto de mim. Suas mãos davam o triplo das minhas. Sou um bebê perto dele. Ficamos assim, sentindo o calor um do outro por 29 segundos (Sim, eu contei) até que eu acordei e me afastei. Sentando na cadeira novamente.

O celular de Niall tocou e ele atendeu, dava pra ouvir a voz enjoada de uma mulher dizendo:

- NIALL MEU AMOR, VOCÊ ESTÁ BEM?

- Estou - Disse ele, indiferente.

- Soube hoje que foi atropelado! Vamos processar quem fez isso!

- NÃO, ESTÁ MALUCA?

- Você que manda... Quando nós vamos nos encontrar de novo? - "Bitch", pensei. Me lembrei dos rumores de que Niall estava saindo com alguém. Pelo jeito eram verdadeiros.

- Desculpe, Vivian - Niall olhou pra mim e sorriu - Não estou disponível - E desligou o telefone antes da mulher falar algo.

CALMA, MARY. CALMA CALMA CALMA

.....

.....

.....

.....

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, BITCH. ELE NÃO QUER TE PEGAR, VAQUINHA, HÁ! A FILA ANDA, MINHA FIA. TA NA MINHA VEZ DE AGARRAR O NIALLER AQUI. - Não acredito que eu pensei nisso. Por fora, só corei e sorri.

Ele colocou o celular na mesinha de cabeceira e ignorou a bitch ligando novamente. Ele sorriu pra mim e começou um novo assunto como "Você tem algum trauma?" ou "Quem eram seus melhores amigos no Brasil?" ou até "Prefere chocolate branco, preto ou amargo?"

- Branco, claro - Eu ri.

Já eram 23:06 e Niall precisava descançar. 

- Já é tarde. Você precisa dormir.

- Você vai dormir onde? - Ele sorri pra mim como se ele dissesse "Só tem uma cama aqui, beibe" e balançou as sobrancelhas. Eu ri.

- Vou me deitar no sofá, como eu faço todos os dias. 

- Que sofá? - Ele pergunta. Olho atrás de mim e tudo que eu escontro é duas muletas. 

- Ué... - Ele ri e me puxa pra cama em que ele estava deitado. Ele me poe ao seu lado, me deito em seu peito, inalando seu cheiro. Ele massageia minhas costas e me olha. Eu já estava corada desde que ele pôs a mão na minha cintura pra me levar pra cama. Essa frase não ficou muito descente.

- Você é leve como uma pena - Ele comenta, sorrindo. Adormeço rapidamente com o calor do seu corpo.

Jennie`s POV 

Saindo do hospital, fomos no hotel onde eu estava hospedada, pegando minhas roupas e pagando as despezas, no estacionamento, Harry me para, falando:

- Jennie, agora que Niall vai sair do hospital... - Ele morde o lábio inferior, malicioso. Ele. É. Muito. Safado. Ponto. Eu sabia que ele queria...

- ... Continuar de onde paramos?

- Isso - Ele disse, com uma voz rouca e sexy, rindo maliciosamente depois. Ele começou a beijar meu pescoço.

- Meu Deus, Harry, aqui é um estacionamenteo - Ele para e eu entro no carro, evitando olhar para sua carinha de cachorro castrado que fez uma cirurgia para retirar as cordas vocais, latindo estranho.

Ele colocou minha mala no porta-malas e então, no rádio, começa a tocar Moments. Eu cantei junto com o coro com Harry ouvindo minha voz com atenção. A música acabou e então ele disse:

- Bela voz.

- Tão linda como a do Tiririca - Eu soltei uma gargalhada escrota. Arg, odeio minha risada.

- Quem? -Eu simplesmente digo que é coisa de brasileiro.

O silêncio fica meio constrangedor e a aperta, chamando minha atenção.

- Um beijo pelos seus pensamentos - Ele disse, sorrindo. Qualquer hora eu vou perguntar se ele não se cansa de sorrir.

- Eu estava pensando em minha vó... Eu não fui ao velório. - A última vez que a vi foi em casa.

- E quando foi o enterro?

- A três dias atrás.

Nos três últimos dias, visitamos Niall três vezes ao dia (Duda sempre estava lá - o Niall me disse o nome dela), e o Harry, sempre que a Duda estava perto de Niall, fechava a cara. Ela é muito simpática e alegre, eu não tenho nada contra ela. Mais uma pergunta para fazer ao Harry: O que ele tem contra a Duda, se o Niall não teve nenhum ferimento grave. Tirando que ele está sempre alegre e sorridente com ela por perto. Mas esse vai e vem do hospital vai acabar amanhã, que ele será liberado.