Fanfic: Cedo demais para amar{adaptado vondy} | Tema: vondy

     Como Laura dissera, a manhã estava feia, mas gradualmente o sol apareceu através das nuvens e, apesar de o dia não apre­sentar aquele calor úmido da véspera, continuava quente. Simon guiava calmamente e após alguns momentos Dulce sentiu que seus nervos tensos relaxavam. Será que Simon notara que ela estivera chorando? Se notou, não fez o menor comentário.

      Hereford estava cheia de gente que tinha ido passar o fim de semana lá e eles tiveram dificuldade para estacionar. Con­seguiram uma vaga bem apertada entre um caminhão de en­tregas e um carro esporte. Simon trancou o carro e caminharam em direção à rua principal, onde a loja Levinsons ocupava quase um quarteirão.

- Você não precisa vir comigo à seção de adolescentes - disse-lhe Dulce, ao chegarem ao elevador,
Simon enfiou as mãos nos bolsos de seu paletó de camurça.

- Não quer que eu vá com você? Dulce suspirou.

- Achei que você não ia querer.

- Mas como? - Simon balançou a cabeça. - E arriscar ver você com um jeans semelhante àquele que você estava usando há pouco? - ele disse brincando.

Dulce sentiu uma comichão nos lábios.
- Está bem. Obrigada, Simon.

     Entraram no elevador estreito e ela viu que ele a olhava com intensidade. A expressão de seu olhar mudou rapidamente e ele disse em tom ligeiro:

- Está certo. Eu me divertirei vendo as vitrinas.

          Dulce comprou duas calças - uma feita de brim, seme­lhante à que ela tinha posto de lado, e outra de veludo amarelo. Escolheu também algumas blusas e uma saia comprida, de algodão. Simon aprovou sua escolha e assim que entraram na perua sugeriu que almoçassem na cidade.

- Mas mamãe não está à nossa espera? - perguntou Dulce, hesitante.

- Eu lhe disse que talvez nós almoçássemos fora. Hoje só vão servir pratos frios lá em casa, que não se estragarão se não estivermos lá.

- Está bem. Acho que vai ser gostoso.

- Ótimo. Onde iremos?

      Comeram em um pequeno restaurante italiano que Simon des­cobrira algumas semanas antes em uma travessa do mercado. As mesas eram cobertas com toalhas vermelhas e o ar condicio­nado mantinha a temperatura do ambiente muito agradável. Co­meram ovos com anchova, costeletas de vitela cozidas na manteiga e, como sobremesa, pêssegos ao vinho. Dulce não conseguia re­sistir àqueles pratos deliciosos e almoçou muito bem. Finalmente recostou-se, incapaz de acabar o pêssego, mas sentindo-se muito bem. Simon contemplou com satisfação seu rosto corado e disse:

- E então, gostou?

Dulce tomou o último gole de vinho e assentiu:
- Sim, estava uma maravilha!

- Bem, foi a primeira refeição que você comeu desde que chegou em casa - observou Simon. - Você mal tocou em seu prato durante o jantar e eu vi a bandeja com o café da manhã quando minha mãe a trouxe para baixo hoje.

- Este restaurante funciona há muito tempo? Não me lem­bro de tê-lo visto por ocasião da Semana Santa.

- Acho que há uns três meses. - Simon apoiou os cotovelos na mesa, contemplando-a. - Sabia que nossos pais combina­ram que iremos todos à França em agosto?

- França? - Dulce contemplou-o surpreendida. - Não, não sabia. - Franziu o cenho- - Você falou no plural. A quem se refere?

- Você, eu, mamãe e papai, os Page...

- Oh, não! - gemeu Dulce. - Com Vicky Page, nunca!

- E os pais dela também. Mamãe e papai alugaram uma casa na Bretanha. - Simon fez uma careta. - É mesmo para ficar preocupado. Ela está atrás de mim e todo mundo sabe disso. Aliás, tenho certeza de que nossos pais aprovam. Afinal, ela é filha do veterinário, é um partido muito conveniente. Infelizmente, ela não me convém.

Dulce olhou-o com simpatia enquanto ele tomava o vinho.
- Acho que eles estão imaginando que já é tempo de você assumir um compromisso - opinou.
Os olhos de Simon não eram cinza como os de seu irmão, mas azuis. Tornaram-se sombrios quando pousaram sobre o rosto compreensivo de Dulce.

- Eu também acho - concordou. - Mas não há de ser com Vicky Page.

          Dulce sentiu o rubor que invadia seu rosto e ficou contente que a iluminação fosse fraca, pois assim conseguiria disfarçar o constrangimento de que estava tomada. Não era possível, disse a si mesma. Não devia nunca imaginar semelhante coisa. Simon não estava, não podia estar interessado nela! Sua ex­periência com Christopher a tinha ensinado sobre os perigos de interpretar mal uma situação.

- Espero que haja muitas outras garotas na aldeia a quem você possa escolher - exclamou apressadamente. - E, por outro lado, Hereford não fica tão longe...

- Dulce! - A mão de Simon deslizou pela mesa e cobriu a dela. - Pare de falar bobagens. Você sabe perfeitamente o que eu quero dizer. Não estou interessado nem nas garotas da aldeia, nem nas de Hereford, ou em qualquer outra. É você que eu quero e tenho certeza de que você sabe disso.

Episodio dedicado:

fabi:Obrigada Gatita ,eu me esforço ,para escolher uma boa historia:)

Divas Maravilhosas eu queria pedir para quem tem tumblr ,passar no meu:

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Posto mais hoje??

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