Fanfic: Cedo demais para amar{adaptado vondy} | Tema: vondy

- Eu poderia conhecer alguém na universidade - disse sem encará-lo. - Universidade ou Grécia, não vejo diferença.

- Cursando a universidade você estaria na Inglaterra, em outras palavras, seria acessível. E se encontrasse outra pes­soa... eu encararia a situação quando ela se apresentasse.

- Oh, Simon, não fale assim. - Tapou os ouvidos. - Você não pode decidir a vida das pessoas por elas.

Simon levantou-se.
- Prometi ao vigário que levaria os slides para mostrá-los esta tarde. Quer ir?

      Dulce sacudiu a cabeça e Simon, contrariado, saiu. Será que nunca deixaria de se sentir chocada com a duplicidade de sua família? Christopher, Laura, Simon - todos eles tentavam ma­nipular as pessoas para alcançar seus próprios fins.

         Na noite seguinte Poncho levou Dulce para jantar num hotel nos arredores de Hereford. Era um lugar novo e popular, e várias pessoas os reconheceram e falaram com eles, enquanto se acomodavam. Sabendo que era alvo de olhares, Dulce sen­tiu-se nervosa, mas Poncho logo a pôs à vontade, fazendo piadas. Seus olhos diziam que ela era atraente e seu bom humor mos­trava que ele estava se divertindo muito.

          Dulce tomara o maior cuidado com a aparência, em claro desafio à desaprovação da família. Seu vestido era simples, de jérsei branco, mas moldava as curvas de seu corpo esbelto e valorizava o dourado de sua pele queimada de sol. Isso lhe dava a segurança de que agora ela era uma mulher e não mais uma garota, como algumas vezes a tratavam.

        Após o jantar sentaram-se no bar, e falaram principalmente a respeito de coisas inconsequentes: filmes, televisão, livros que tinham lido, lugares conhecidos. Era tudo muito fácil e relaxante e Dulce divertia-se de verdade.

           Voltaram para Conwynneth logo depois das dez e, por con­sentimento mútuo, estacionaram o carro no fim da alameda para que Poncho a acompanhasse alguns metros a pé. A casa estava escura e deserta e ela lembrou-se de que seus pais e Simon tinham planejado ir à casa dos Page naquele noite. Era ainda bastante cedo e obviamente ainda não haviam chegado.

Ao chegarem à entrada da casa, Dulce voltou-se para Poncho, cheia de gratidão.

- Foi uma noite ótima - disse calorosamente, tocando em seu braço. - Obrigada por tanta gentileza.
Mesmo na escuridão Dulce notou a expressão de ironia estampada em seu rosto.

- Este é um substantivo que espanta o mais ardente dos pretendentes! - caçoou. - Gentileza! Não posso me esquecer desta palavra.

Dulce riu.
- Você sabe o que estou querendo dizer. Você é gentil. Apenas quero... - interrompeu-se, abriu a bolsa à procura da chave. Tirou-a com ar de triunfo e voltou a encará-lo. - Bem, boa noite, Poncho.
Poncho franziu o cenho.

- Não há ninguém em casa?

- Acho que não. Meus pais foram passar a noite com os Page. Voltarão logo.

- Quer que eu entre com você? Dulce hesitou.

E agora sera que Poncho e Dulce ficaram na casa sozinhos ?! O que vai acontecer?!

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