Fanfic: Cedo demais para amar{adaptado vondy} | Tema: vondy
- O que foi, Dulce? Você está branca como papel! Venha, sente-se aqui.
Dulce sacudiu a cabeça com vigor.
- Eu... eu estou bem, sra. Tarrant. É Christopher... Ele... está no hospital!
- Posso ler? - Harriet perguntou calmamente, e Dulce pôs a carta em sua mão, indo até a porta que se abria para o pátio apoiando as mãos no rosto, num gesto de desespero.
Harriet leu a carta rapidamente. Laura Kemble não poupara nenhum detalhe: Christopher tivera um acidente no canteiro de obras, em Cymtraeth. Estava hospitalizado, gravemente ferido no rosto e na cabeça, com costelas fraturadas e contusões generalizadas.
Harriet voltou-se para a garota, tomada de pena.
- Oh, Dulce! Que coisa terrível! Acho que você há de querer que eu a dispense para ir para casa a fim de vê-lo, não?
Dulce voltou a sacudir a cabeça.
- Não.
- Não? - Harriet olhou novamente a carta, esboçando um gesto de surpresa. - Mas... eu pensei que...
- Christopher não precisa de mim. Se prosseguir, verá que... Anahi, sua noiva, está fazendo companhia a ele.
Harriet leu as últunas linhas da carta.
- E dai? Você é irmã dele e tem todo o direito de estar lá.
- Não - exclamou Dulce. - Não quero ir. Harriet lançou-lhe um olhar penetrante.
- Olhe, Dulce, não acredito em você. Sei muito bem que ainda não a conheço direito, mas você parece ser do tipo que se importa com a família.
Dulce tentou se dominar.
- Claro que me preocupo com eles, Eu... estou muito aflita com o que aconteceu com Christopher, naturalmente. É que... não vejo o que posso fazer.
~ E você não acha que seus pais, particularmente sua madrasta, gostariam de sua presença neste momento? Meu Deus. Dulce, há tanta coisa que você pode fazer... Além do mais, tenho certeza de que sua madrasta gostaria de ver a sua volta mais um rosto familiar...
- Não! - Dulce tapou os ouvidos, - Não, não, não! Não me peça uma coisa desta! Por favor, não me peça!
Harriet deixou-a chorar um pouco e então fez Dulce tirar as mãos do rosto e enxugou-lhe as lágrimas.
- Muito bem - disse. - Que tal se você me disser há quanto tempo está apaixonada por esse seu meio-irmão, hein?
Foi para ela um alívio enorme confiar-se a Harriet, narrar toda a vergonha e humilhação por que tinha passado e que não pudera compartilhar com mais ninguém. Todos tinham-se deixado envolver - sua madrasta, Simon, seu pai, e até mesmo Poncho não fora objetivo. Harriet Tarrant, entretanto, era muito direta, e seu veredito foi surpreendentemente reconfortante.
- Com que então esta tal de... Anahi voltou para sua casa, não? - ela observou pensativa. - E naturalmente você pensa que reataram o noivado.
- Tem que ser assim!
- Mas por quê?
Dulce olhou-a surpreendida.
- Como pode me perguntar isso?
- Mas é natural... Mesmo supondo que Anahi está grávida e que se trata de um filho de Christopher não há nenhuma lei que o obrigue a desposá-la!
- Mas... mas ele tem de fazê-lo!
- Por quê? Muitos homens na posição dele não o fizeram.
- Mas... - Dulce hesitou. - Christopher não é assim.
- E como ele é? Dulce respirou fundo.
- Ele é um homem honrado.
- Você acha?
- Claro.
- Então você acha que esse homem honrado se descartaria de suas responsabílidades?
- Não compreendo.
- Dulce, você me contou que Christopher disse que a criança não podia ser dele.
- Sim.
- Você acha que um homem honrado faria isso? Quero dizer, se a criança fosse dele?
Dulce sentiu-se confusa. Levantou-se da cadeira e andou inquieta pela sala.
- Não sei.
- Precisamente. Existe portanto a possibilidade de que a criança não seja dele.
- E de quem mais seria?
- Talvez não exista nenhuma criança - observou Harriet
calmamente.
Dulce engoliu em seco.
- Nenhuma criança? Mas meu pai é médico. Ele... ele saberia.
- Ele a examinou?
- Não sei. Acho... acho que não.
- Sei. Portanto só temos a palavra de Anahi.
- Mas... ela não ousaria...
- Talvez ela tenha resolvido correr o risco. Os homens são notoriamente ciosos de sua masculinidade. Questionar uma eventualidade desta é como questionar sua impotência. E você me contou que Anahi era amante de Christopher, não? Foi ela quem lhe contou?
- Que importância tem isto?
- Quem sabe? Dulce suspirou.
- Sim, acho que contou. De qualquer maneira as pessoas têm relações, não é mesmo? E... Christopher é Homem-Harriet ficou pensativa.
- Mesmo assim, tudo isso não passa de suposição, não está vendo? Se não está grávida,Anahii foi muito esperta, não é? Ela deve ter adivinhado que Christopher estava se retraindo. Confiar-se a seu pai foi um golpe de mestre. Ela sabia que ele jamais permitiria que você se envolvesse com Christopher, se ela por acaso estivesse grávida.
Dulce torceu as mãos.
- Oh, sra. Tarrant, e se a senhora tiver razão?
- Se eu tiver razão, você cometeu uma tremenda injustiça com seu meio-irmão.
- E agora... ele teve um... acidente.
- Sim, um acidente. Você irá vê-lo?
- Acha... que eu deveria?
- Oh, não, Dulce. - Harriet aspirou profundamente o cigarro. - É você quem tem de tomar suas decisões.
- Mas é claro que quero vê-lo! Oh, meu Deus, se seus ferimentos forem fatais!
- Acho que se fossem, sua madrasta teria usado de uma franqueza menos rude na carta.
- Sim, talvez tenha razão:
- Pois então vá. Converse com a tal de Anahi, decida por si mesma se você acha que ela está grávida...
- Ela tentaria me enganar.
- Então você precisará tentar ser objetiva, ouviu? Vá ver Christopher, fale com ele. Contanto, evidentemente, que ele esteja em condições de conversar com você. - Suspirou ao ver que Dulce franzia o cenho. - Dulce, talvez você tenha chegado a falsas conclusões e é preciso aceitar esse fato. Mas se a garota está grávida... Se a garota está grávida, você precisa pensar cuidadosamente antes de fazer qualquer julgamento. Se realmente ama Christopher, talvez descubra que está preparada para perdoá-lo.
Dulce sentiu-se chocada.
- Quer dizer... que devo deixá-lo decidir o que ele quer fazer?
- O sexo é uma coisa curiosa, Dulce. Pode ser o coroamento final do amor entre um homem e uma mulher ou simplesmente a satisfação de uma necessidade humana desesperada. Se ocorre esta última circunstância, cabe a ambos garantir que nenhuma vida nasça de tal união. Mas se por um golpe do destino isto acontece, acha que o fato é suficiente para um homem desposar uma mulher a quem ele não ama? Quem se beneficiaria de tal ligação? Nem o homem nem a mulher, e muito menos a criança!
Dulce fez um gesto de espanto.
- Se meu pai pudesse ouvir o que a senhora está dizendo!
- Ele não aprovaria? - Dulce sacudiu a cabeça e ela acrescentou: - Então, ele está vivendo no passado. Felizmente as pessoas estão se tornando menos rígidas em suas atitudes ultimamente. Os casamentos não são traçados no céu; uma grande porcentagem é decidida no inferno, e ninguém deveria ser forçado a sacrificar sua vida por causa de um erro.
Dulce digeriu tais palavras lentamente.
- Mas eles eram noivos - comentou ela com honestidade.
- Concordo, é difícil. Mas imagino que Anahi partiu para esse relacionamento com os olhos abertos. Não tenho a menor dúvida de que ela superará tudo isso. Tenho a impressão de que ela é uma jovem bastante auto-suficiente. Você acha que Christopher correria o risco de permitir que uma coisa assim acontecesse se ele não tivesse certeza de que queria desposá-la?
- Eu... eu não sei o que pensar.
- Então comece a pensar em Christopher. Seus ferimentos parecem bastante sérios. Já pensou como se sentiria se ele ficasse permanentemente inválido ou cego?
- Oh! Não diga isso, por favor!
- Isto a assusta?
- Sim. Sim!
- Então talvez seja melhor você ficar de fora.
- Não! Não é em mim que estou pensando, é nele! Aconteça o que acontecer, jamais mudarei em relação a ele.
Harriet sorriu.
- Fiquei tola, agora que estou envelhecendo. Acabo de perder a melhor assistente que tive até hoje.
Dulce encarou-a com firmeza.
- Se... as coisas não derem certo... posso voltar? Harriet jogou fora o cigarro.
- Acho que você nem precisa fazer esta pergunta, Dulce.
Dulce chegou a Penn Warren três dias mais tarde.Apesar de ter comunicado por telegrama a data e a hora aproximada de sua chegada, não ficou surpresa ao ver que ninguém estava a sua espera no aeroporto de Londres. Mas, quando desceu em Hereford e constatou que lá também ninguém a esperava, sentiu que a tensão se apoderava dela. Saiu rapidamente da estação e quase deu de encontro com Simon. Contemplou-o silenciosamente, com os olhos molhados de lágrimas e ele tomou-a nos braços.
- Tudo bem, Dulce - disse calmamente. - Estou aqui.
A perua estava no estacionamento e Simon, muito gentil, conduziu-a até lá, acomodando-a no banco da frente e guardando suas malas no banco de trás. Então acomodou-se a seu lado e deu partida no motor, sem perguntar detalhes desnecessários. Sophie contemplou aquele perfil tão familiar com um olhar de gratidão. Era bom saber que, apesar de tudo, Simon não a abandonara.
Engolindo o orgulho, perguntou:
- Como... como é que ele está, Simon? Ficou muito ferido? Como foi que aconteceu?
- O que foi que minha mãe contou?
- Oh, disse que ele foi ferido na cabeça e no rosto, quebrou algumas costelas... Aconteceu no canteiro de obras?
- Sim - respondeu Simon.
- Mas como foi? Eles não costumam usar capacetes?
- Sim. Habitualmente usam.
- E então?
As mãos de Simon agarraram-se à direcão.
- Por algum motivo desconhecido Christopher não estava usando o dele. Foi atingido por uma viga mestra. Por sorte não morreu.
- Oh, não! - A voz de Dulce tremeu.
- É verdade. Foi uma imprudência da parte dele.
- Mas por quê? Por que ele fez isso?
- Está insinuando que ele agiu de propósito? Dulce sacudiu a cabeça.
- Não sei o que pensar.
- Bem, a mim também ocorreu. Sobretudo... sobretudo devido às circunstâncias.
- Oh, Simon! E seus ferimentos? São muito graves?
- Bastante. Inicialmente pensaram que tivesse fraturado o crânio, mas parece que se trata apenas de uma contusão grave. Seu rosto está muito machucado, vou lhe avisando. O aço da viga levou uma parte da bochecha. -Dulce fechou os olhos, horrorizada, e ele prosseguiu, esvaziando propositadamente sua voz de qualquer emoção. - Ele caiu de uma altura de uns cinco metros. Quebrou duas costelas e fraturou as pernas. Está cheio de contusões por todo o corpo.
- Oh, meu Deus! - fíophíe voltou a abrir os olhos. - E quando foi que tudo isto aconteceu?
- Há dez dias.
- Dez dias! - Dulce arfou. - Mas eu recebi a carta de sua mãe há três dias. Será que ninguém podia ter telegrafado?
Simon concentrou-se na estrada.
- Mamãe ficou muito afetada por tudo isto - replicou. - Acho que até certo ponto ela põe a culpa em você.
- Em mim? Entendo. Ela tem todo o direito.
- Anahi está lá em casa. Ficou lá em Caernarvon com minha mãe, mas Christopher recusou-se a vê-la e seu pai sugeriu que ela viesse ficar conosco.
Dulce ficou surpreendida.
- Caernarvon? Está querendo dizer que Christopher está no hospital em Caernarvon?
- Claro. Não sabia?
- Não. - Dulce engoliu em seco. - Achei que ele estaria aqui em Hereford. Que tolice de minha parte! - Olhou cegamente para fora da janela. Chris, Chris, murmurou interiormente. Estava a quilómetros de distância, em Caernarvon. Quando é que poderia vê-lo? Quando lhe permitiriam vê-lo?Voltou-se ansiosa para Simon.
- Você me levará até Caernarvon?
Simon olhou-a de relance. - Quando? Hoje à noite é impossível.
- Então quando? Amanhã de manhã? Simon sacudiu a cabeça.
- Isso depende de seu pai, viu? Ele queria que eu telegrafasse para Corfu, pedindo que você ficasse lá. Consegui convencê-lo de que você naturalmente haveria de querer vir para cá.
- Obrigada, Simon.
- Mas quanto a ir a Caernarvon... não sei, não.
- Mas eu tenho de ir, você não percebe? Preciso... preciso ver Chris.
- Por quê? Nada mudou.
- O que quer dizer com isso?
- Anahi está mesmo grávida. Ela teve confirmação do fato há duas semanas.
Dulce levou a mão ao estômago, pois uma forte dor parecia
dilacerá-la.
- Quem confirmou? Papai examinou-a?
- Claro que não. Dulce, tudo deu para trás nestas duas últimas semanas. Lembra-se de que devíamos partir de férias para a Bretanha?
- Lembro-me, sim.
- Pois saiba que todos os nossos compromissos tiveram de ser cancelados. Não há tempo de questionar algo que já é um fato consumado.
Dulce respirou fundo.
- E Christopher ainda nega que a criança é dele?
- Sophie, Chris não está em estado de admitir ou negar
o que quer que seja.
- Mas você disse que ele recusou-se a vê-la.
- Ele recusa-se a ver quem quer que seja. Até mesmo nossa mãe.
- O quê?
- É verdade. Ela permaneceu em Caernarvon para ficar próxima ao hospital, mas desde que ele recobrou a consciência ela não o viu mais.
Dulce estava atônita.
- Mas por quê? Simon deu de ombros.
- Estou tão perplexo quanto você.
- Mas você não tem a menor idéia? O rosto de Simon tornou-se tenso.
- Oh, sim, idéias eu até que tenho. Mas talvez você não gostasse de ouvir. .
- Por favor, diga.
- Está certo. Acho que a culpa é sua. Penso que Christopher não se importava mais com o que pudesse acontecer com ele depois que você viajou. Acho que ele queria... se matar.
- Simon!
- Você pediu que eu dissesse. Agora ele descobriu que não deu certo e vai ficar marcado para toda a vida.
- Mas, Simon, o que eu podia fazer? Você mesmo disse que Chris e eu... bem, que nossos pais jamais concordariam.
Simon suspirou fundo.
- Eu sei. Mas você devia saber que eu tinha razões egoístas para querer que você me acreditasse. Acha que não tenho consciência de minha culpabilidade?
- Mas então você não vê que eu preciso ver Christopher?
- Ele pode recusar-se a vê-la também.
- Mesmo assim tenho de tentar. Simon fez um gesto vago com os ombros.
- Discuta o assunto com seu pai hoje à noite. Você ainda não é maior de idade.
A noite caía quando eles entraram na propriedade de Penn Warren e o pai de Dulce veio a seu encontro. Parecia um pouco mais tenso, mas sua acolhida foi calorosa.
- Então você veio, Dulce - murmurou, após beijá-la. - Não vou dizer que estou arrependido. Simon sem dúvida disse-lhe que eu queria impedi-la de vir, mas agora você chegou... - Sorriu. - Senti muita falta de você - concluiu com simplicidade.
O pior momento ainda estava para vir. Foi quando Dulce entrou na sala de estar e viu Anahi sentada com ar enfadado em uma cadeira próxima à janela, tricotando. Deu aquele seu sorriso de sempre, desprovido de sinceridade e, ao levantar-se, fez questão de demonstrar que suas mãos tremiam.
- Que bom vê-la novamente,Dulce - disse. Então retirou o lenço do bolso e assoou o nariz. - Mas se tivéssemos oportunidade de escolher, não haveríamos de querer nos encontrar nestas circunstâncias, não é mesmo?
Dulce olhou para seu pai, sem acreditar no que estava ouvindo, mas ele parecia não notar quanto o comportamento de Anahi era afetado. Ao contrário, sorria para ela com muita simpatia, concordando com a verdade contida em suas palavras.
Dulce estremeceu ligeiramente e disse:
- De fato. É uma situação terrível.
Anahi voltou a sentar-se, aparentemente entregue à dor, e o dr. Kemble caminhou em direção à porta.
- Você deve estar com fome, Dulce. O que gostaria de comer?
- Oh, nada, obrigada. Comi no trem - mentiu Dulce, sabendo que seria incapaz de engolir o que quer que fosse.
- Que tal um pouco de café?
- Pode deixar que eu faço. Sente-se, papai.
Foi um alívio refugiar-se na cozinha e dedicar-se à ocupação corriqueira de fazer café. Mas pouco durou pois, passados alguns minutos, a porta abriu e Anahi entrou.
- Posso lhe dar uma mão? - ela perguntou, em voz suficientemente alta para ser ouvida na sala de visitas.
- Pode deixar que me ajeito, obrigada. - Dulcee colocou o café no coador.
- Vou pegar as xícaras - Anahi insistiu.
Enquanto dispunha as xícaras e os pires na bandeja, Anahi olhou Dulce com ar interrogativo.
- Simon lhe contou?
Dulce sabia que aquilo acabaria por acontecer mais cedo ou mais tarde, mas ainda não estava preparada para o choque que aquilo lhe causou.
- Contou o quê? - perguntou.
- O nenê, é claro. - Anahi comprimiu ligeiramente os lábios. - O casamento vai ter de ser antecipado. Aliás, foi sugestão de sua madrasta.
Dulce endireitou-se e voltou-se, tensa, a fim de enfrentar
a outra.
- Sim, eu já sabia a respeito do nenê.Anahi sorriu com complacência:
- Você será tia.
- Não acha que deveríamos esperar até que Christopher fique bom? Para que antecipar a cerimônia?
Anahi tocou em seu ventre com um gesto bastante eloquente.
- Não posso esperar tanto tempo.
- Disseram-me que Christopher recusou-se a vê-la.
- Ele recusou-se a ver quem quer que seja - replicou Anahi com frieza.
Dulce cerrou os punhos.
- Quero vê-lo.
- Chris recusará! Ele a culpa por tudo. Dulce enterrou as unhas na palma da mão.
- Mesmo assim quero vê-lo.
-Você está perdendo tempo.
- Espere e verá.
- Você acha que seu pai e principalmente sua madrasta permitirão que você lhe cause mais problemas?
- Não lhe causei problema algum...
- Causou, sim. Antes de você voltar para casa, não tínhamos dificuldades de nenhum tipo. Estávamos noivos, o casamento se aproximava e éramos felizes. Você chegou e arruinou tudo!
- Não acredito... no que você está dizendo - disse Dulce a muito custo.
- Nem quer acreditar. Você fica arrasada imaginando que outra mulher tem a atenção de Christopher, não é mesmo? Você sente ciúme. Ciúme daquilo que somos um para o outro!
Dulcee teve de reprimir o impulso de gritar para Anahi, dizer-lhe que ela tinha razão, que sentia ciúme, sim, mas que não era verdade que eles seriam felizes juntos. Ou era? Afinal de contas, ela conhecia apenas parte da história: Mas não era possível que Christopher tivesse mentido, não era possível!Para seu alívio, o café acabou de coar e ela pediu a Emma que abrisse a porta, para levar a bandeja para a sala.
Apesar de se sentir ansiosa por conversar com seu pai a respeito de Christopher , decidiu que seria mais fácil fazê-lo a sós. Teve de ouvir comentários a respeito do estado de Christopher, dominando-se para não revelar seu desespero.
Mais tarde Anahi foi lavar a louça. Compreendendo que Dulce desejava falar com seu pai, Simon deixou-os a sós. Imediatamente Dulce se sentou no braço da poltrona dele.
- Papai - murmurou -, quero visitar Christopher amanhã. O dr. Kemble encarou-a ansiosamente.
- Não acho que seja uma boa idéia, Dulce. Christopher não quer ver ninguém.
- Eu sei, mas quero tentar.
- Por quê?
- Por quê!? E você quem me faz esta pergunta? Seu pai inclinou a cabeça e encheu o cachimbo.
- O que você espera alcançar?
- Eu amo Robert, papai, e ele me ama.
Fez-se silêncio durante alguns momentos e em seguida o dr. Kemble disse calmamente:
- Dulce, seja sensata! Mesmo que ele goste de você, está tão comprometido com Anahi como se já tivesse enfiado uma aliança no dedo dela.
- Temos apenas a palavra de Anahi de que ela está grávida! - declarou Dulce com amargura.
- Dulce! O que é que você está sugerindo? Que razões teria Anahi para me fazer confidências se ela não estivesse esperando uma criança? Naquele momento não estava em cogitação uma separação entre ela e Christopher!
- Não mesmo?
- O que você quer dizer com isto?
- Oh, papai, uma mulher sabe quando um homem... Oh,Anahi deve ter adivinhado!
- Não quero ouvir mais nada! - O dr. Kemble olhou contrariado para sua filha. - Esta história tomou rumos inconcebíveis. E favor nunca mais me tocar no assunto.
- Quer dizer que estou proibida de ver Christopher?
Fez-se outra pausa significativa e então o dr. Kemble suspirou fundo.
- Acho que não posso proibi-la de ir. Tenha em mente, porém, que ele provavelmente se recusará a recebê-la.
- Isto quer dizer que posso ir?
- Ir? Ir onde? - A voz de Anahi interrompeu a conversa e Dulce ficou tensa, imaginando há quanto tempo ela estivera ouvindo.
- Hum... Dulce vai visitar Christopher - disse o dr. Kemble rapidamente.
- É? - Anahi disfarçou sua irritação. - Quando? O dr. Kemble olhou novamente para sua filha.
- Não sei. Quando, Dulce? Dulce levantou-se.
- Amanhã. Simon me levará até lá.
- Pois também irei, se for possível. - Anahi mostrava-se muito confiante.
O pai de Dulce hesitou, olhando-as alternadamente.
- Eu... Sim. Por que não?
Dulce ficou atônita, mas conseguiu fazer um ligeiro comentário e pediu licença para desfazer as malas. Então Anahi ia para Caernarvon com eles. E daí? Isso não mudava as coisas.
Ufa,que cap enorme...kkk...,espero que tenham gostado,desculpa pela demora ,como todos sabem eu passe um bom tem doi-doi ,mas já melhorei!!
Autor(a): rebeca-vondy
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Comentários da Fanfic 991
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megstar Postado em 25/06/2012 - 21:25:55
Ei é vc q postava "minha adoravel condessa" se for termina d posta-la plixx.
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:11
Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:09
Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:06
Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:04
Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:02
Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:00
Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:26:58
Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:26:56
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thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:26:54
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