Fanfics Brasil - Capitulo IX - Parte II Cedo demais para amar{adaptado vondy}

Fanfic: Cedo demais para amar{adaptado vondy} | Tema: vondy


Capítulo: Capitulo IX - Parte II

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- O que foi, Dulce? Você está branca como papel! Venha, sente-se aqui.
Dulce sacudiu a cabeça com vigor.


 


- Eu... eu estou bem, sra. Tarrant. É Christopher... Ele... está no hospital!


 


- Posso ler? - Harriet perguntou calmamente, e Dulce pôs a carta em sua mão, indo até a porta que se abria para o pátio apoiando as mãos no rosto, num gesto de desespero.
Harriet leu a carta rapidamente. Laura Kemble não poupara nenhum detalhe: Christopher tivera um acidente no canteiro de obras, em Cymtraeth. Estava hospitalizado, gravemente ferido no rosto e na cabeça, com costelas fraturadas e contusões generalizadas.
Harriet voltou-se para a garota, tomada de pena.


 


- Oh, Dulce! Que coisa terrível! Acho que você há de querer que eu a dispense para ir para casa a fim de vê-lo, não?


 


Dulce voltou a sacudir a cabeça.
- Não.


 


- Não? - Harriet olhou novamente a carta, esboçando um gesto de surpresa. - Mas... eu pensei que...


 


-  Christopher não precisa de mim. Se prosseguir, verá que... Anahi, sua noiva, está fazendo companhia a ele.


 


Harriet leu as últunas linhas da carta.
- E dai? Você é irmã dele e tem todo o direito de estar lá.


 


- Não - exclamou Dulce. - Não quero ir. Harriet lançou-lhe um olhar penetrante.


 


- Olhe, Dulce, não acredito em você. Sei muito bem que ainda não a conheço direito, mas você parece ser do tipo que se importa com a família.


 


Dulce tentou se dominar.


- Claro que me preocupo com eles, Eu... estou muito aflita com o que aconteceu com Christopher, naturalmente. É que... não vejo o que posso fazer.


 


 


~ E você não acha que seus pais, particularmente sua ma­drasta, gostariam de sua presença neste momento? Meu Deus. Dulce, há tanta coisa que você pode fazer... Além do mais, tenho certeza de que sua madrasta gostaria de ver a sua volta mais um rosto familiar...


 


- Não! - Dulce tapou os ouvidos, - Não, não, não! Não me peça uma coisa desta! Por favor, não me peça!


Harriet deixou-a chorar um pouco e então fez Dulce tirar as mãos do rosto e enxugou-lhe as lágrimas.


 


 


- Muito bem - disse. - Que tal se você me disser há quanto tempo está apaixonada por esse seu meio-irmão, hein?


 


     Foi para ela um alívio enorme confiar-se a Harriet, narrar toda a vergonha e humilhação por que tinha passado e que não pudera compartilhar com mais ninguém. Todos tinham-se deixado envolver - sua madrasta, Simon, seu pai, e até mesmo Poncho não fora objetivo. Harriet Tarrant, entretanto, era muito direta, e seu veredito foi surpreendentemente reconfortante.


 


- Com que então esta tal de... Anahi voltou para sua casa, não? - ela observou pensativa. - E naturalmente você pensa que reataram o noivado.


 


- Tem que ser assim!


 


- Mas por quê?


 


Dulce olhou-a surpreendida.
- Como pode me perguntar isso?


 


- Mas é natural... Mesmo supondo que Anahi está grávida e que se trata de um filho de Christopher não há nenhuma lei que o obrigue a desposá-la!


 


- Mas... mas ele tem de fazê-lo!


 


- Por quê? Muitos homens na posição dele não o fizeram.


 


- Mas... - Dulce hesitou. - Christopher não é assim.


 


- E como ele é? Dulce respirou fundo.


 


- Ele é um homem honrado.


 


- Você acha?


 


- Claro.


 


- Então você acha que esse homem honrado se descartaria de suas responsabílidades?


 


- Não compreendo.


 


- Dulce, você me contou que Christopher disse que a criança não podia ser dele.


 


- Sim.


 


- Você acha que um homem honrado faria isso? Quero dizer, se a criança fosse dele?
Dulce sentiu-se confusa. Levantou-se da cadeira e andou inquieta pela sala.


 


- Não sei.


 


- Precisamente. Existe portanto a possibilidade de que a criança não seja dele.


 


- E de quem mais seria?


 


- Talvez não exista nenhuma criança - observou Harriet
calmamente.


 


Dulce engoliu em seco.
- Nenhuma criança? Mas meu pai é médico. Ele... ele saberia.


 


- Ele a examinou?


 


- Não sei. Acho... acho que não.


 


- Sei. Portanto só temos a palavra de Anahi.


 


- Mas... ela não ousaria...


 


- Talvez ela tenha resolvido correr o risco. Os homens são notoriamente ciosos de sua masculinidade. Questionar uma eventualidade desta é como questionar sua impotência. E você me contou que Anahi era amante de Christopher, não? Foi ela quem lhe contou?


 


- Que importância tem isto?


 


- Quem sabe? Dulce suspirou.


 


- Sim, acho que contou. De qualquer maneira as pessoas têm relações, não é mesmo? E... Christopher é Homem-Harriet ficou pensativa.


 


- Mesmo assim, tudo isso não passa de suposição, não está vendo? Se não está grávida,Anahii foi muito esperta, não é? Ela deve ter adivinhado que Christopher estava se retraindo. Con­fiar-se a seu pai foi um golpe de mestre. Ela sabia que ele jamais permitiria que você se envolvesse com Christopher, se ela por acaso estivesse grávida.


 


Dulce torceu as mãos.
- Oh, sra. Tarrant, e se a senhora tiver razão?


 


- Se eu tiver razão, você cometeu uma tremenda injustiça com seu meio-irmão.


 


- E agora... ele teve um... acidente.


 


- Sim, um acidente. Você irá vê-lo?


 


- Acha... que eu deveria?


 


- Oh, não, Dulce. - Harriet aspirou profundamente o cigarro. - É você quem tem de tomar suas decisões.


 


- Mas é claro que quero vê-lo! Oh, meu Deus, se seus ferimentos forem fatais!


 


- Acho que se fossem, sua madrasta teria usado de uma franqueza menos rude na carta.


 


- Sim, talvez tenha razão:


 


- Pois então vá. Converse com a tal de Anahi, decida por si mesma se você acha que ela está grávida...


 


- Ela tentaria me enganar.


 


- Então você precisará tentar ser objetiva, ouviu? Vá ver Christopher, fale com ele. Contanto, evidentemente, que ele esteja em condições de conversar com você. - Suspirou ao ver que Dulce franzia o cenho. - Dulce, talvez você tenha chegado a falsas conclusões e é preciso aceitar esse fato. Mas se a garota está grávida... Se a garota está grávida, você precisa pensar cuidado­samente antes de fazer qualquer julgamento. Se realmente ama Christopher, talvez descubra que está preparada para perdoá-lo.


 


Dulce sentiu-se chocada.
- Quer dizer... que devo deixá-lo decidir o que ele quer fazer?


 


- O sexo é uma coisa curiosa, Dulce. Pode ser o coroamento final do amor entre um homem e uma mulher ou simplesmente a satisfação de uma necessidade humana desesperada. Se ocorre esta última circunstância, cabe a ambos garantir que nenhuma vida nasça de tal união. Mas se por um golpe do destino isto acontece, acha que o fato é suficiente para um homem desposar uma mulher a quem ele não ama? Quem se beneficiaria de tal ligação? Nem o homem nem a mulher, e muito menos a criança!


 


 


Dulce fez um gesto de espanto.
- Se meu pai pudesse ouvir o que a senhora está dizendo!


 


- Ele não aprovaria? - Dulce sacudiu a cabeça e ela acrescentou: - Então, ele está vivendo no passado. Felizmente as pessoas estão se tornando menos rígidas em suas atitudes ultimamente. Os casamentos não são traçados no céu; uma grande porcentagem é decidida no inferno, e ninguém deveria ser forçado a sacrificar sua vida por causa de um erro.
Dulce digeriu tais palavras lentamente.


 


- Mas eles eram noivos - comentou ela com honestidade.


 


- Concordo, é difícil. Mas imagino que Anahi partiu para esse relacionamento com os olhos abertos. Não tenho a menor dúvida de que ela superará tudo isso. Tenho a impressão de que ela é uma jovem bastante auto-suficiente. Você acha que Christopher correria o risco de permitir que uma coisa assim acon­tecesse se ele não tivesse certeza de que queria desposá-la?


 


- Eu... eu não sei o que pensar.


 


- Então comece a pensar em Christopher. Seus ferimentos pa­recem bastante sérios. Já pensou como se sentiria se ele ficasse permanentemente inválido ou cego?


 


- Oh! Não diga isso, por favor!


 


- Isto a assusta?


 


- Sim. Sim!


 


- Então talvez seja melhor você ficar de fora.


 


- Não! Não é em mim que estou pensando, é nele! Aconteça o que acontecer, jamais mudarei em relação a ele.


 


Harriet sorriu.
- Fiquei tola, agora que estou envelhecendo. Acabo de per­der a melhor assistente que tive até hoje.


 


Dulce encarou-a com firmeza.
- Se... as coisas não derem certo... posso voltar? Harriet jogou fora o cigarro.


 


- Acho que você nem precisa fazer esta pergunta, Dulce.


 


   Dulce chegou a Penn Warren três dias mais tarde.Apesar de ter comunicado por telegrama a data e a hora aproximada de sua chegada, não ficou surpresa ao ver que ninguém estava a sua espera no aeroporto de Londres. Mas, quando desceu em Hereford e constatou que lá também nin­guém a esperava, sentiu que a tensão se apoderava dela. Saiu rapidamente da estação e quase deu de encontro com Simon. Contemplou-o silenciosamente, com os olhos molhados de lá­grimas e ele tomou-a nos braços.


 


 


- Tudo bem, Dulce - disse calmamente. - Estou aqui.


 


    A perua estava no estacionamento e Simon, muito gentil, con­duziu-a até lá, acomodando-a no banco da frente e guardando suas malas no banco de trás. Então acomodou-se a seu lado e deu partida no motor, sem perguntar detalhes desnecessários. Sop­hie contemplou aquele perfil tão familiar com um olhar de gratidão. Era bom saber que, apesar de tudo, Simon não a abandonara.


 


Engolindo o orgulho, perguntou:
- Como... como é que ele está, Simon? Ficou muito ferido? Como foi que aconteceu?


 


- O que foi que minha mãe contou?


 


- Oh, disse que ele foi ferido na cabeça e no rosto, quebrou algumas costelas... Aconteceu no canteiro de obras?


 


- Sim - respondeu Simon.


 


- Mas como foi? Eles não costumam usar capacetes?


 


- Sim. Habitualmente usam.


 


- E então?


 


As mãos de Simon agarraram-se à direcão.
- Por algum motivo desconhecido Christopher não estava usando o dele. Foi atingido por uma viga mestra. Por sorte não morreu.


 


- Oh, não! - A voz de Dulce tremeu.


 


- É verdade. Foi uma imprudência da parte dele.


 


- Mas por quê? Por que ele fez isso?


 


- Está insinuando que ele agiu de propósito? Dulce sacudiu a cabeça.


 


- Não sei o que pensar.


 


- Bem, a mim também ocorreu. Sobretudo... sobretudo de­vido às circunstâncias.


 


- Oh, Simon! E seus ferimentos? São muito graves?


 


- Bastante. Inicialmente pensaram que tivesse fraturado o crânio, mas parece que se trata apenas de uma contusão grave. Seu rosto está muito machucado, vou lhe avisando. O aço da viga levou uma parte da bochecha. -Dulce fechou os olhos, horrorizada, e ele prosseguiu, esvaziando proposita­damente sua voz de qualquer emoção. - Ele caiu de uma altura de uns cinco metros. Quebrou duas costelas e fraturou as pernas. Está cheio de contusões por todo o corpo.


 


- Oh, meu Deus! - fíophíe voltou a abrir os olhos. - E quando foi que tudo isto aconteceu?


 


- Há dez dias.


 


- Dez dias! - Dulce arfou. - Mas eu recebi a carta de sua mãe há três dias. Será que ninguém podia ter telegrafado?


 


Simon concentrou-se na estrada.
- Mamãe ficou muito afetada por tudo isto - replicou. - Acho que até certo ponto ela põe a culpa em você.


 


- Em mim? Entendo. Ela tem todo o direito.


 


-  Anahi está lá em casa. Ficou lá em Caernarvon com minha mãe, mas Christopher recusou-se a vê-la e seu pai sugeriu que ela viesse ficar conosco.


 


Dulce ficou surpreendida.
- Caernarvon? Está querendo dizer que Christopher está no hospital em Caernarvon?


 


- Claro. Não sabia?


 


- Não. - Dulce engoliu em seco. - Achei que ele estaria aqui em Hereford. Que tolice de minha parte! - Olhou cega­mente para fora da janela. Chris, Chris, murmurou interior­mente. Estava a quilómetros de distância, em Caernarvon. Quando é que poderia vê-lo? Quando lhe permitiriam vê-lo?Voltou-se ansiosa para Simon.


 


 


- Você me levará até Caernarvon?


 


Simon olhou-a de relance. - Quando? Hoje à noite é impossível.


 


- Então quando? Amanhã de manhã? Simon sacudiu a cabeça.


 


- Isso depende de seu pai, viu? Ele queria que eu telegrafasse para Corfu, pedindo que você ficasse lá. Consegui convencê-lo de que você naturalmente haveria de querer vir para cá.


 


- Obrigada, Simon.


 


- Mas quanto a ir a Caernarvon... não sei, não.


 


- Mas eu tenho de ir, você não percebe? Preciso... preciso ver Chris.


 


- Por quê? Nada mudou.


 


- O que quer dizer com isso?


 


- Anahi está mesmo grávida. Ela teve confirmação do fato há duas semanas.


 




Dulce levou a mão ao estômago, pois uma forte dor parecia
dilacerá-la.


 


- Quem confirmou? Papai examinou-a?


 


- Claro que não. Dulce, tudo deu para trás nestas duas últimas semanas. Lembra-se de que devíamos partir de férias para a Bretanha?


 


- Lembro-me, sim.


 


- Pois saiba que todos os nossos compromissos tiveram de ser cancelados. Não há tempo de questionar algo que já é um fato consumado.


 


Dulce respirou fundo.
- E Christopher ainda nega que a criança é dele?


 


- Sophie, Chris não está em estado de admitir ou negar
o que quer que seja.


 


- Mas você disse que ele recusou-se a vê-la.


 


- Ele recusa-se a ver quem quer que seja. Até mesmo nossa mãe.


 


- O quê?


 


- É verdade. Ela permaneceu em Caernarvon para ficar próxima ao hospital, mas desde que ele recobrou a consciência ela não o viu mais.


 


Dulce estava atônita.
- Mas por quê? Simon deu de ombros.


 


- Estou tão perplexo quanto você.


 


- Mas você não tem a menor idéia? O rosto de Simon tornou-se tenso.


 


- Oh, sim, idéias eu até que tenho. Mas talvez você não gostasse de ouvir. .


 


- Por favor, diga.


 


- Está certo. Acho que a culpa é sua. Penso que Christopher não se importava mais com o que pudesse acontecer com ele depois que você viajou. Acho que ele queria... se matar.


 


- Simon!


 


- Você pediu que eu dissesse. Agora ele descobriu que não deu certo e vai ficar marcado para toda a vida.


 


- Mas, Simon, o que eu podia fazer? Você mesmo disse que Chris e eu... bem, que nossos pais jamais concordariam.


 


Simon suspirou fundo.
- Eu sei. Mas você devia saber que eu tinha razões egoístas para querer que você me acreditasse. Acha que não tenho cons­ciência de minha culpabilidade?


 


- Mas então você não vê que eu preciso ver Christopher?


 


- Ele pode recusar-se a vê-la também.


 


- Mesmo assim tenho de tentar. Simon fez um gesto vago com os ombros.


 


- Discuta o assunto com seu pai hoje à noite. Você ainda não é maior de idade.


 


    A noite caía quando eles entraram na propriedade de Penn Warren e o pai de Dulce veio a seu encontro. Parecia um pouco mais tenso, mas sua acolhida foi calorosa.


 


- Então você veio, Dulce - murmurou, após beijá-la. - Não vou dizer que estou arrependido. Simon sem dúvida disse-lhe que eu queria impedi-la de vir, mas agora você chegou... - Sorriu. - Senti muita falta de você - concluiu com simplicidade.


 


       O pior momento ainda estava para vir. Foi quando Dulce entrou na sala de estar e viu Anahi sentada com ar enfadado em uma cadeira próxima à janela, tricotando. Deu aquele seu sorriso de sempre, desprovido de sinceridade e, ao levantar-se, fez questão de demonstrar que suas mãos tremiam.


 


- Que bom vê-la novamente,Dulce - disse. Então retirou o lenço do bolso e assoou o nariz. - Mas se tivéssemos opor­tunidade de escolher, não haveríamos de querer nos encontrar nestas circunstâncias, não é mesmo?


 


  Dulce olhou para seu pai, sem acreditar no que estava ouvindo, mas ele parecia não notar quanto o comportamento de Anahi era afetado. Ao contrário, sorria para ela com muita simpatia, concordando com a verdade contida em suas palavras.
Dulce estremeceu ligeiramente e disse:


 


- De fato. É uma situação terrível.


 


 Anahi voltou a sentar-se, aparentemente entregue à dor, e o dr. Kemble caminhou em direção à porta.


 


- Você deve estar com fome, Dulce. O que gostaria de comer?


 


- Oh, nada, obrigada. Comi no trem - mentiu Dulce, sabendo que seria incapaz de engolir o que quer que fosse.


 


- Que tal um pouco de café?


 


- Pode deixar que eu faço. Sente-se, papai.


 


   Foi um alívio refugiar-se na cozinha e dedicar-se à ocupação corriqueira de fazer café. Mas pouco durou pois, passados al­guns minutos, a porta abriu e Anahi entrou.


 


- Posso lhe dar uma mão? - ela perguntou, em voz sufi­cientemente alta para ser ouvida na sala de visitas.


 


- Pode deixar que me ajeito, obrigada. - Dulcee colocou o café no coador.


 


- Vou pegar as xícaras - Anahi insistiu.


 


Enquanto dispunha as xícaras e os pires na bandeja, Anahi olhou Dulce com ar interrogativo.


 


- Simon lhe contou?


 


Dulce sabia que aquilo acabaria por acontecer mais cedo ou mais tarde, mas ainda não estava preparada para o choque que aquilo lhe causou.


 


- Contou o quê? - perguntou.


 


- O nenê, é claro. - Anahi comprimiu ligeiramente os lábios. - O casamento vai ter de ser antecipado. Aliás, foi sugestão de sua madrasta.


 


Dulce endireitou-se e voltou-se, tensa, a fim de enfrentar
a outra.


 


- Sim, eu já sabia a respeito do nenê.Anahi sorriu com complacência:


 


- Você será tia.


 


- Não acha que deveríamos esperar até que Christopher fique bom? Para que antecipar a cerimônia?


 


Anahi tocou em seu ventre com um gesto bastante eloquente.
- Não posso esperar tanto tempo.


 


- Disseram-me que Christopher recusou-se a vê-la.


 


- Ele recusou-se a ver quem quer que seja - replicou Anahi com frieza.
Dulce cerrou os punhos.


 


- Quero vê-lo.


 


- Chris recusará! Ele a culpa por tudo. Dulce enterrou as unhas na palma da mão.


 


- Mesmo assim quero vê-lo.


 


-Você está perdendo tempo.


 


- Espere e verá.


 


- Você acha que seu pai e principalmente sua madrasta permitirão que você lhe cause mais problemas?


 


- Não lhe causei problema algum...


 


 


- Causou, sim. Antes de você voltar para casa, não tínhamos dificuldades de nenhum tipo. Estávamos noivos, o casamento se aproximava e éramos felizes. Você chegou e arruinou tudo!


 


- Não acredito... no que você está dizendo - disse Dulce a muito custo.


 


- Nem quer acreditar. Você fica arrasada imaginando que outra mulher tem a atenção de Christopher, não é mesmo? Você sente ciúme. Ciúme daquilo que somos um para o outro!
Dulcee teve de reprimir o impulso de gritar para Anahi, dizer-lhe que ela tinha razão, que sentia ciúme, sim, mas que não era verdade que eles seriam felizes juntos. Ou era? Afinal de contas, ela conhecia apenas parte da história: Mas não era possível que Christopher tivesse mentido, não era possível!Para seu alívio, o café acabou de coar e ela pediu a Emma que abrisse a porta, para levar a bandeja para a sala.


 


    Apesar de se sentir ansiosa por conversar com seu pai a respeito de Christopher , decidiu que seria mais fácil fazê-lo a sós. Teve de ouvir comentários a respeito do estado de Christopher, do­minando-se para não revelar seu desespero.


    Mais tarde Anahi foi lavar a louça. Compreendendo que Dulce desejava falar com seu pai, Simon deixou-os a sós. Ime­diatamente Dulce se sentou no braço da poltrona dele.


 


- Papai - murmurou -, quero visitar Christopher amanhã. O dr. Kemble encarou-a ansiosamente.


 


- Não acho que seja uma boa idéia, Dulce. Christopher não quer ver ninguém.


 


- Eu sei, mas quero tentar.


 


- Por quê?


 


- Por quê!? E você quem me faz esta pergunta? Seu pai inclinou a cabeça e encheu o cachimbo.


 


 


- O que você espera alcançar?


 


- Eu amo Robert, papai, e ele me ama.


 


Fez-se silêncio durante alguns momentos e em seguida o dr. Kemble disse calmamente:


 


- Dulce, seja sensata! Mesmo que ele goste de você, está tão comprometido com Anahi como se já tivesse enfiado uma aliança no dedo dela.


 


- Temos apenas a palavra de Anahi de que ela está grávida! - declarou Dulce com amargura.


 


-  Dulce! O que é que você está sugerindo? Que razões teria Anahi para me fazer confidências se ela não estivesse esperando uma criança? Naquele momento não estava em co­gitação uma separação entre ela e Christopher!


 


- Não mesmo?


 


- O que você quer dizer com isto?


 


- Oh, papai, uma mulher sabe quando um homem... Oh,Anahi deve ter adivinhado!


 


- Não quero ouvir mais nada! - O dr. Kemble olhou con­trariado para sua filha. - Esta história tomou rumos incon­cebíveis. E favor nunca mais me tocar no assunto.


 


- Quer dizer que estou proibida de ver Christopher?
Fez-se outra pausa significativa e então o dr. Kemble sus­pirou fundo.


 


- Acho que não posso proibi-la de ir. Tenha em mente, porém, que ele provavelmente se recusará a recebê-la.


 


- Isto quer dizer que posso ir?


 


- Ir? Ir onde? - A voz de Anahi interrompeu a conversa e Dulce ficou tensa, imaginando há quanto tempo ela estivera ouvindo.


 


- Hum... Dulce vai visitar Christopher - disse o dr. Kemble rapidamente.


 


- É? - Anahi disfarçou sua irritação. - Quando? O dr. Kemble olhou novamente para sua filha.


 


- Não sei. Quando, Dulce? Dulce levantou-se.


 


- Amanhã. Simon me levará até lá.


 


- Pois também irei, se for possível. - Anahi mostrava-se muito confiante.


 


 


O pai de Dulce hesitou, olhando-as alternadamente.


 


- Eu... Sim. Por que não?


 


   Dulce ficou atônita, mas conseguiu fazer um ligeiro comen­tário e pediu licença para desfazer as malas. Então Anahi ia para Caernarvon com eles. E daí? Isso não mudava as coisas.


 


 


 


 


 


Ufa,que cap enorme...kkk...,espero que tenham gostado,desculpa pela demora ,como todos sabem eu passe um bom tem doi-doi ,mas já melhorei!!





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Autor(a): rebeca-vondy

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Comentários da Fanfic 991



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  • megstar Postado em 25/06/2012 - 21:25:55

    Ei é vc q postava "minha adoravel condessa" se for termina d posta-la plixx.

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:11

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:09

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:06

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:04

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:02

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:27:00

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:26:58

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:26:56

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos

  • thaiscristiane Postado em 21/05/2012 - 04:26:54

    Tô morrendo de curiosidade,fico desanimada quando vejo que você não postou,por favor não demora muito ,amo a web e vou esperar pelo final. Beijos


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