Fanfic: Até lhe conhecer. | Tema: Original
Quando acordei Tyler fitava a paisagem por trás das janelas. Vários sentimentos me inundaram quando me lembrei do que acontecera na noite passada. Felicidade, raiva e uma pontada de arrependimento.
- Bom dia Tyler. – Pronunciei cada palavra cuidadosamente, eu não qual o efeito da noite anterior sobre ele.
- Bom dia Lucinda. – Ele não me olhou ao falar, então uma idéia passou por minha cabeça.
- Já que ontem você foi tão amigável comigo, hoje será a minha vez. – Declarei.
- O que vamos fazer hoje? – Mesmo sabendo que não devia me alegrei internamente por ele incluir nós dois na mesma sentença.
- Bem, minha mãe está viajando, Beatriz não vai trabalhar hoje, então quer tomar café da manhã na minha casa? – Eu sabia que era uma idéia tola, prolongar o tempo sozinha com Tyler. Mas, eu precisava saber como ele se sentia sobre a noite passada.
- Tudo bem... – Ele falou e eu me animei.
- Vamos?
- Vamos.
Indo para casa, pude reconhecer onde ficava o apartamento de Tyler. Era peto da minha casa, a umas três ou quatro quadras. Nem eu nem ele falamos nada durante a pequena viagem.
Seus olhos permaneceram na estrada e os meus em minhas mãos, tentando me distrair. Quando enfim chegamos, Tyler abriu a porta do carro e eu agradeci. Ele me seguiu até a varanda. Peguei a chave no bolso direito da calça e entramos. Tyler sentou no sofá mostarda da pequena sala. Eu fui para cozinha, tentar fazer um café da manhã decente. Lavei as mãos e comecei a coletar os itens necessários. Farinha, ovos, leite, geleia de amora, mel... Fiz panquecas. Quando estava terminando vi Tyler debruçado na mesa da cozinha me olhando. Um sorriso nascendo em seus lábios grossos.
- Que foi? – Perguntei não deixando de sorrir também.
- Seu rosto – falou se aproximando – Está sujo de farinha. – Ele riu.
- Ah – eu disse corando e ele percebeu.
- A farinha ficou vermelha ou foi você? – O som da risada dele ecoou pela cozinha. Um som leve e maravilhoso.
- Pare com isso... - Pedi virando o rosto.
- Venha aqui.
Eu fui. Tyler limpou suavemente com as pontas dos dedos os lugares sujos em meu rosto. Fiquei parada, congelada. Seguiu-se um minuto de silêncio até eu voltar à realidade.
- Vamos comer? - Ele disse.
Tyler não pareceu ter medo de provar as panquecas. Ele comeu confiante para que ele gostasse. Quando acabamos, ele me elogiou. Dizendo que as panquecas estavam deliciosas. Eu lavei a louça e ele as secou.
- Vou embora. – Tyler falou finalmente.
- Espera – disse sem querer – eu gostei do que aconteceu ontem... Mesmo não devendo... – Falei e me arrependi, quis engolir minhas palavras. Tyler só me olhou fixamente nos olhos e acariciou meu rosto. Não disse mais nada e saiu. Vi seu carro deixando a entrada da casa e voltei a minha realidade.
Era Domingo e minha mãe só voltaria na segunda. Depois que Tyler fora embora subi para meu quarto e chequei meu celular. Várias ligações perdidas e mensagens de Susi. Liguei para ela e tentei explicar o que aconteceu. Não contei sobre Tyler, claro. O que eu menos precisava agora era Susi me tratando como a nova cunhada. Dediquei o meu dia, aos exercícios e trabalhos escolares pendentes. Tentava me manter ocupada e tentava esquecer o sábado fatídico. Quis ir à casa de Susi me distrair um pouco, mas eu com certeza eu iria vê-lo.
Já era por volta das oito horas quando deitei no telhado e fiquei olhando as estrelas. Reconheci o Cruzeiro do Sul e as minhas estrelas preferidas. Duas, que ficavam na mesma direção, numa linha imaginária. Eu costumava dizer que eu era a menos brilhante e que a outra, a que brilhava mais forte, era a pessoa que eu amaria. Isso antes do que aconteceu. Antes de o canalha estragar minha vida junto com a sua corja. Mas, não queria pensar nisso.
Deixei meus olhos vagarem no céu, observando cada estrela. Era incrível o modo como o céu negro me trazia paz, com aqueles milhares pontos de luz... Tempo depois, desci as escadas para o meu quarto e fui tomar um banho. Terminando me olhei no espelho. Vi um brilho estranho em meus olhos. Pensei em Tyler. O meu reflexo sorriu. Senti meu corpo aquecer com a lembrança do beijo. Pensando em Tyler e lembrando o fim de semana eu adormeci.
Na manhã seguinte, logo ao acordar, ouvi passos no andar de baixo. Mamãe havia voltado, deduzi. Sem muita vontade, desci as escadas e disse um "bom dia" à minha mãe. Para a minha surpresa mamãe veio em minha direção e me deu um breve abraço. Obviamente não entendi aquilo.
- Senti saudade. - ela disse em tom maternal. - Como você está?
- Bem. - Respondi sem entender. - O que aconteceu? - Não pude deixar de perguntar.
- Nada Lucy. Já tomou café?
- Não.
- Já passam das sete horas, não foi ao colégio? - Perguntou preocupada.
- Minhas aulas começam as 9h hoje. - O que não era mentira.
- Ah. Vou fazer o café.
Sentei em uma das cadeiras e observei minha mãe. Parecia cansada, manchas roxas pendiam abaixo de seus olhos. As malas dela ficaram sob o sofá. Minutos depois mamãe colocava suco, um prato de ovos mexidos, frutas, torradas, patês e leite sob a mesa.
- Mandaram uma carta para você. – Mamãe disse colocando um envelope branco sobre a mesa.
Naquela hora tudo realmente perdeu o sentido. Mamãe estava me chamando pelo meu apelido, me tratava novamente como filha e pior, alguém me mandara uma carta; anônima.
- Onde esta carta estava? - Perguntei sem esconder o espanto.
- Mandaram ao nosso antigo endereço. Qual o problema?
- Nenhum. Deve ser uma de minhas antigas amigas.
Mas não era isso o que eu realmente achava. Tinha um palpite sobre o remetente. E esse palpite não era nada bom. Comi um pouco e subi para meu quarto levando a carta junto ao peito. Assim que tive certeza que minha mãe não me observava escondida, abri o envelope.
COMO VOCÊ ESTÁ BABY? ESTOU COM SAUDADE DO MEU BRINQUEDINHO. ALGO ME DIZ QUE VAMOS NOS VER EM BREVE. MAL POSSO ESPERAR. Parei de respirar por alguns segundos. Lorrane. Com certeza havia sido ela. Não havia assinatura, as letras na folha foram digitadas em um computador e imprimidas. Sabia que fora Lorrane por coisas que ouvi dela na ultima vez que nos vimos. As palavras soaram na minha cabeça como se as tivesse ouvido naquele momento. “Vou te ver de novo meu brinquedinho.” Pensei que ela já tivesse desistido de mim. Pensei completamente errado.
Não quis mais ficar me torturando tentando prever os próximos passos dela. Peguei minha mochila e segui para o colégio.
Autor(a): Kah
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 13
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anjok Postado em 20/04/2012 - 11:49:30
Pronto queridas! 5º Cápitulo postado *-* Espero que gostem! E se puderem divulgar ajudaria muito! Bjs!
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fpproducoes Postado em 20/04/2012 - 11:32:43
Veja a nova Web-Novela da FP Producoes. Acesse agora mesmo e acompanhe MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631
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_haymeester Postado em 12/04/2012 - 19:54:16
posta pfpfpfpfpfpf
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anjok Postado em 29/03/2012 - 16:37:45
Vou postar amanhã sem falta pituxita! (Dia 30/03)
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pituxita Postado em 28/03/2012 - 12:29:44
Mai, mais, mais, mais, mais!! *.* por favor!
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pituxita Postado em 25/03/2012 - 08:30:46
Taoooo lindoo!!! Posta mais! *.*
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pituxita Postado em 24/03/2012 - 12:51:05
Estou amando!! *.* Posta logo!!
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anjok Postado em 08/03/2012 - 15:57:54
Vou postar logo logo! Prometo! Haymeester!
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_haymeester Postado em 07/03/2012 - 18:45:53
amor*
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_haymeester Postado em 07/03/2012 - 18:45:23
posta pelo anr de deusss