Fanfic: ` Mudanças . | Tema: Vondy

Quando chegou a hora, a família Uckermann embarcou no avião no enorme aeroporto de Virgínia Beach, e horas mais tarde, eles desembarcaram na capital do México, indo de carro, um carro já encomendado por Victor, para Monterrey. Dulce, naquele dia, ficara na cama, recuperando-se de seu corte. Mai ligou para ver se ela estava bem, mas conversaram apenas por alguns minutos. No outro dia teriam aula, e Dulce queria notícias da garota no hospital. Não que ela se importasse claro, queria apenas saber o estrago feito. Dulce morava com o pai. Sua mãe fora embora logo após seu nascimento, e nunca tornara á vê-la. Seu pai vivia brigando com ela por conta de suas brigas, mas quem poderia mudar essa menina?

Na manhã seguinte, Dulce levantou e foi para o banho, e trocar as faixas da perna. Era só para proteção mesmo. Terminado esse trabalho, ela se trocou, colocando uma calça mais solta nas pernas, mas juntas em seus quadris, ressaltando sua bunda. Pôs uma camiseta preta, com um enorme desenho de uma águia nas costas, combinando com seus all stars brancos de couro e seus lindos cabelos vermelhos, mas vermelhos fogo. Ela tinha lindos olhos cinzas e misteriosos que combinavam com seu rosto pequeno e sua pele rosada. Além disso, ela tinha um piercing no nariz, uma pequenina argola fininha, preta, que adequava ao seu nariz.

Quando desceu, com sua mochila nas costas, ficou um tanto surpresa ao encontrar o pai em casa, já que á dois dias o mesmo saíram numa viagem longa de negócios. Dulce guardou a surpresa para si ao entrar na cozinha. Seu pai, na ponta da mesa, estava folheando um jornal, quando Dulce passou por ele séria, sem falar nada, e abriu a geladeira.

- Bom dia Dulce.

- Oi. – ela respondeu pegando a caixinha de suco pronto e tomando no bico mesmo, aproveitando que seu pai repudiava aqueles sucos.

- Recebi uma ligação ontem. – ele disse, e ela sabia que fora o idiota de seu diretor, Gustavo.

- Hm, que bom. – ela guardou a caixa na geladeira, e passou pelo pai de novo, que dessa vez segurou-a pelo pulso.

- Espere aqui mocinha.

- Pai, - ela disse, puxando o braço de volta bruscamente, com os olhos duros e frios – eu não vou me atrasar por sua causa. – disse, logo antes de sair.

Com Christopher fora totalmente diferente, já que ele acordara antes de todos ali, e tomara seu café sozinho, relaxando no silêncio da casa. Não gostaria de ficar ouvindo sua mãe dizer como seria a cidade, ou o colégio, e prometendo coisas que não cumpriria com certeza. Sentia-se muito bem com o silêncio, até seu irmão aparecer na porta da cozinha, com uma cara amassada de sono.

- O que faz em pé? – Christopher lhe perguntou.

- Tenho aula, idiota.

- Mas...

- Ah, mamãe lhe disse que estudaremos juntos?

- Hã? – ele perguntou.

- Tem faculdade no seu colégio. Então estaremos juntos. Ótimo não?

- Uh, claro. – Christopher resmungou irritado com o tom irônico do irmão, e decidiu ir de uma vez conhecer o colégio no qual estudaria pelos próximos meses, até a mudança. 

Dulce chegou no colégio e sentiu-se bem ao vê-lo quase vazio. Era uma plena segunda-feira e essa semana prometia. Arranjara briga com a garota na sexta, e ela disse, pouco antes da inconsciência, que a ruiva teria o troco. Claro, algo que Dulce ouve quase sempre. Ela entrou com a mão nos bolsos, e um cigarro na boca. Ela tinha a terrível mania de fumar. Não se importava com as conseqüências. A primeira pessoa que viu, foi Anahí, andando de um lado para o outro, impaciente, roendo as unhas. Dulce ignorou e tomou um caminho diferente, indo para fora, mas foi parada quando a loira levantou a cabeça e a viu.

- Dulce! – poucas pessoas se aproximavam dela, e poucos se atreviam a chamá-la e falar com ela. Então, sentindo vontade de continuar andando e ignorar a loira que corria em sua direção, ela virou-se de frente para a garota, mas não disse nada. – Pelo amor de Deus, Dulce! Me ajuda? – “O que?”; ela quis perguntar para Anahí.

- Não. – ela disse, e virou-se novamente, mas a audácia da garota era grande, tanto que a loira segurou seu pulso fazendo-a parar novamente.

- É sério. Gustavo chamou sua prima na direção. – Dulce estreitou os olhos. Geralmente costumava a proteger anonimamente Maite, pois sabia que sua prima era um tanto calma para mandar um garoto ir aquele lugar, por exemplo. Era muito menos comum Maite Perroni Beorlegui ser chamada á direção, muito antes do início das aulas. A ruiva puxou seu braço bruscamente.

- Pra quê? – Dulce perguntou á contragosto. 

Comentem *-*