Fanfic: A Fórmula do Amor: 1ª, 2ª e 3ª Temporadas [TERMINADA] | Tema: Bullyng

Diário da Gabi

♫ O Surto – A Cera ♫

A casa da tia Hilda estava do mesmo jeito da última vez em que eu estive lá. Ludi, Jonas e Valentina me fazia companhia enquanto esperávamos o Berg chegar de sei lá de onde (eles pareciam estar me escondendo algo). Eles também não diziam nem meia palavra. Qual é gente? Eu ao sou tão estranha assim!

Finalmente o Berg chegou. Achei que ele iria me receber com a maior felicidade do mundo, mas não... ele apenas falou  um “oi, prima” muito do pão com ovo.

Mas eu não deixei barato. Agarrei-o e dei-lhe um abraço muito apertado. Depois apertei suas bochechas. Sabia que ele gostava.

- Ai, Gabi! Minhas bochechas! Vão ficar inchadas e em carne viva.

- Vai dizer que não estava com saudades da sua priminha favorita?

Berg ficou calado. Mas quem cala consente. Ludi e Jonas começaram a se despedir.

- Falou galerinha. A gente já ta indo.

Imediatamente soltei o  Berg e me agarrei ao Jonas. O emo, por sua vez, desprendeu-se de mim e foi pra cola da Ludi.

- Ah, Jonas. Deixa de ser coisado, macho! Fica mais um pouquinho vocês dois.

- É melhor não. – disse Ludi. – Daqui a pouco a dona Hilda ta por aí e ela não vai muito com a minha cara.

Diário de um Nerd

A felicidade dela me irritava. Ninguém ri à toa. Gabi finalmente sossegou e foi tomar um banho, enquanto Valentina e eu ficamos conversando na sala.

- Ela é pirada, não é?

- Pirada? Surtada!

- E aí, como foi a prova?

- Deu tudo certo. Minha mãe não vai saber que eu tava de recuperação né?

- Da minha boca não.

Olhei pra trás, mas era tarde demais. Gabi escutou o papo todo.

- BERG?! Você? De recuperação? E a tia Hilda não sabe? Que feio!

Minha prima era uma versão bem apessoada da Madalena. Gabi só era chata. Madalena era louca.

Só faltei beijar os pés daquela menina para que ela não contasse para a minha mãe.

- Pelo amor de Deus, por tudo o que há de mais sagrado nessa vida não conta. Não conta. Não conta!

- Não conta o quê, Berg? – olhei para trás e eis que estava lá a tão temida dona Hilda. Com o seus braços cruzados e o seu pé direito batendo no chão, querendo uma explicação.

- Tia amada! – Gabi abraçou minha mãe. – não é nada, só por que o Berg foi fazer uma prova hoje, mas ele se deu bem, tia. Pode ficar tranks.

- Tranks? E eu sei lá que diabo é isso! Quero saber dessa historia de prova aí. Que história é essa, Berg?

- Ah, mãe. Caiu história geral. Grécia antiga, Roma...

- Cala a boca! Você tava de recuperação não é?

- Sim. – confessei. – O que a senhora vai fazer?

Resultado: Mofoville não teria DJ por todos aqueles fins de semana das férias. Mas aquilo me serviu de lição. Eu mereci. Não podia ter relaxado. Mas eu prometi a mim mesmo que nunca mais na minha vida eu relaxaria como eu relaxei em 2011.

Acho que eu não fiz nada demais naquelas férias. Dá pra pular a história até o mês de maio, não? Aquele foi o mês que recomeçaram as aulas. E ali estava eu, com aquela farda ridícula, junto aos meus amigos de escola. E agora com a Gabi no meu pé.

Tudo o que eu fazia ela ia lá e batia para a Dona Hilda, que estava cada vez mais rigorosa comigo. Valentina agora estava entrando no ensino médio e eu via que ela estava passando por quase a mesma coisa que eu sentia quando entrei. Mas ela era mais amiga da minha galera, a do 2° ano. Por mais surreal que fosse, eu e meus amigos do ano passado caímos na mesma sala. Juro.

Na sala da Valentina entrou um novato. Ele era um descendente de japonês que mal chegara e já estava na cola da minha namorada. Eu nunca senti ciúmes na minha vida, mas logo na segunda semana de aula, ele ficava perseguindo ela. Fiquei muito puto com aquele cara. Até que resolvi dar uma prensa nele.  Seu nome era Tom. Tinha uma cara de pervertido, mas resolvi não julgar até segunda ordem. Apenas fui falar com ele.

- Ei cara. – Encarei-o. Tom estava sentado no banco da quadra.

- Qual é? – Ele se levantou. Ele era bem mais alto do que eu. Senti ate um certo medo.

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