Fanfic: A Fórmula do Amor: 1ª, 2ª e 3ª Temporadas [TERMINADA] | Tema: Bullyng

Diário de um Nerd

♫ O Surto – A Cera ♫

Enquanto as pessoas riam do meu ato de coragem, eu continuava encarando aquele japonês de quase dois metros de altura.

- Qual é, cara? Vai ficar dando em cima da minha namorada assim, na minha frente? Tá pensando que eu sou o quê? – falei.

- Cuida do que é teu, rapaz.  Ta falando da gostosa da Valentina? Ela deve estar muito insatisfeita mesmo com o namoro de vocês dois.

- Isso só diz respeito entre mim e ela.

- Não foi isso o que ela disse pra mim ontem à noite.

Parti pra coma do Tom. O soco foi no rosto dele, mas acho que ele não sentiu nada. Todos nós éramos reles anões perto dele, e a cara dele dava uns três punhos meus.

A única reação de Tom com o meu soco, foi virar o rosto. Ele não reagiu nem nada, só pôs a mão onde eu havia acertado e saiu. As pessoas que estavam a nossa volta ficaram perplexas, até eu fiquei. Esperávamos que ele revidasse. Mas mal eu sabia que ele revidaria de outra forma.

Fui ao encontro de Valentina, que estava sentada perto de Juliana, do outro lado da quadra.

 - Por que você fez isso, Berg? Isso só vai complicar pro teu lado.

- Ele me provocou, Valentina!

- Berg, é melhor ficar na tua mesmo. Não liga pra esse cara não. Tem novato que é assim mesmo. Acha que é dono da escola só por que veio de outra bem mais barra pesada. – disse Juliana.

- Como assim, Juliana?

- Ora, esse japonês aí é lá do Marrocos.

Cara! Do Marrocos? Galera, se eu alguma vez disse que o meu bairro, o Bom Jardim era o mais perigoso e cheio de marginais, retiro o que eu disse. O Marrocos era uma comunidade que ficava até perto do meu bairro, mas quase ninguém arriscava a andar pelas bandas de lá por causa da periculosidade. Claro, lá existia gente que era de bom coração e tal, mas pelo jeito que o Tom olhou pra mim, ele não era dessas pessoas não.

Só rezei para que não aparecesse mais um “Jhon” na minha vida. Enquanto isso, a “Madalena gente boa” continuava lá em casa, na minha cola. A mando da minha mãe, Gabi fiscalizava meus deveres de casa e tudo mais.

- Berg, você esqueceu-se de fazer essa questão aqui de matemática.

- Esqueci nada, ela só não foi passada pela professora.

-  Acredito... Vamos, faz  logo.

- Eu não vou fazer! A professora não passou!

- Agora! Quer que eu ligue pra dona Hilda?

Realmente a professora não passou aquela questão, mas preferi obedecer a minha prima, que mais parecia uma irmã mais velha ou uma babá, e fazê-la. Tudo, menos enfrentar a Dona Hilda, que acreditaria na Gabi mil vezes mais do que a creditaria em mim.

Diário da Valentina

Agora na casa dos Araújo estávamos em seis: O pai e a mãe do Berg, as duas irmãs mais novas do Berg, a Gabi e eu.

Dividíamos as tarefas de casa: Berg pilotava o fogão, eu varria a casa. Ficou com a Gabi a tarefa de lavar as louças.

- Ô Gabi, eu preciso fazer o almoço. As louças têm que estar lavadas. – reclamou Berg.

- Berg, seu coisado! Vai lá e lava! – respondeu Gabi, pintando as unhas, deitada no sofá.

- Eu não vou lavar nada.  É a sua obrigação.

- Não tá vendo que eu to com as unhas coisadas não? Olha, primo lindo do meu coração... Se você não for lavar as louças pra mim eu vou lá na sua mãe e digo... Digo que você arrumou encrenca no colégio e ligaram pra cá. Que tal? Tadinha... Quando ela chegar morta de cansada do trabalho não vai ser nada agradável pra ela saber disso.

- Você não vai poder provar nada.

- Quer ver como ela vai acreditar em mim mesmo assim?

Sem pestanejar, Berg foi lavar as louças. Vi que eu tinha que me impor e fazer alguma coisa pra ajudar meu namorado, que estava sofrendo nas garras da prima. Eu tinha que pensar em algo. Mas no quê?

Diário de um Nerd

♫ Vivendo do Ócio - Dilema ♫

Valentina e eu adorávamos aproveitar o nosso fim de semana indo à praia. Mas depois que a minha prima veio morar conosco, foi ficando cada vez pior e cada vez mais difícil. Por exemplo, naquele fim de semana, ela teimou em ir com a gente. Ah, sempre ameaçando inventar alguma desculpa para a Dona Hilda.

- Deixa ela ir com a gente, Berg.

- Como assim, Valentina? Isso eu não aceito. Era pra ser um momento só nosso.

- Prometo que vai ser a última vez.

**

♫ Dilema (Continua tocando) ♫

Enquanto eu caminhava de cabeça abaixada pela areia da praia de Iracema, Gabi corria em direção ao mar.

- Valentina, o que você vai fazer? – perguntei.

- Fica frio, Berg. Não vou usar de violência não.

Valentina correu até Gabi. Eu fiquei de longe só observando. Qual seria o plano dela?

Leu? Curtiu? Comenta aê (: