Fanfic: A Fórmula do Amor: 1ª, 2ª e 3ª Temporadas [TERMINADA] | Tema: Bullyng

Diário da Valentina

♫ Strike – No Veneno ♫

Sei que o Tom só queria implicar, mas quando vi a cena do Berg abraçando a Juliana fiquei com ciúmes.  Aproximei-me e ela levantou-se do colo dele.

- O que foi? – perguntei.

Juliana enxugou as lagrimas com o braço e se levantou. Apenas olhou para o meu rosto, deu um sorriso e saiu. Sentei-me ao lado de Berg.

- O que aconteceu. Que clima é esse entre vocês dois?

- Clima? Ta com ciúmes da Juliana?

Pus a minha cabeça no seu ombro.

- Eu te amo... Só quero te preservar.

- Você não confia na Jubas?

- Deixa quieto, Berg. Só não me beija aqui que a chata da diretora pode ver. É uma pena...

Diário da Madalena

♫ O Surto – A Cera ♫

Sabia que seria difícil esconder minha identidade. Logo saberiam que eu estava viva, não sou boba. Fiquei sabendo que meus pais se mudaram para outro país depois da minha “morte”. Logo voltariam quando recebessem a notícia de que eu estava viva.

O melhor de tudo é que eu voltei para o Bom Jardim, bairro onde eu descobri a vida! Richard (pra quem não lembra, meu ex-namorado gótico) estava preso. Não podia contar com ele. Por um lado foi bom, ele era um lesado mesmo!

Achei abrigo em um projeto numa igreja, onde davam comida e um quartinho fedido (que eu dividia com beatas sem teto mais fedidas ainda) para os desabrigados. Logo virei beata. Ainda não sabia ao certo o porquê de ter abandonado minha vida de cigana golpista, mas sei que aquilo não me levaria a lugar algum.

Certo dia, tentaram me assaltar. Nada mais era do que um bandido alto, mas novo (por volta de dezessete anos de idade) e com traços orientais. Clamei pelos míseros dez reais que tinha, ainda fruto de um golpe como cigana.

- Qual é? É a grana ou a vida, beata.

- Então tira a minha vida. Já to morta mesmo!

Não sei ao certo o que falei, só sei que levei o bandido na conversa. Logo vimos que tínhamos algo em comum: Ele estudava na mesma escola que eu estudava antes de “morrer” e... Adivinha? Odiávamos o Berg.

A relação entre mim e o Tom nunca passou de um simples “fica”, pois eu sabia que ele queria a Valentina. Não sei o que os homens viam nela, mas eu o respeitava. Disse-lhe que eu o ajudaria a conquistar a filhote de urubu se ele me desse abrigo.

Foi difícil, mas a mãe dele permitiu que eu me instalasse na casa deles quando soube que eu fazia parte da mesma igreja que ela frequentava. Ela achava que nós éramos um casal, e que nos casaríamos sob a graça divina na igreja dela. Eu tinha que dar no pé antes que chegasse o dia do casamento.

Eu não pensava mais como antes. Eu pensava grande, maximamente grande. Eu estava planejando algo que mudaria minha vida, que me manteria longe daquele chiqueiro que era aquela favela: Um assalto a um banco!

Mas antes eu tinha que cumprir o combinado com o Tom: ajudá-lo a separar o Berg da Valentina. Quando soube que ele andava pra cima e pra baixo mais do que nunca com a gorda da Juliana, tive uma ideia que faria aqueles dois terminarem mais facilmente do que como tirar doce de criança.

- O primeiro passo tá dado, Madalena. – avisou-me Tom.  – Disse pra Valentina ficar com os olhinhos abertos com o Berg e com a Juliana. – abriu uma cerveja e deu um gole.

- Ótimo, Tom. Agora me arranja papel e caneta. E para de tomar cerveja. Vai que tua mãe chega.

- Fica despreocupada. Ela ta no culto. Aliás, que desculpa você inventou pra não ir? – entregou-me o papel e a caneta.

- Disse que tava com muita dor de cabeça.

- Sei... O que você vai escrever aí?

- Uma carta. Eu vou te explicar direitinho o que fazer com ela. Desse ano o casalzinho chiclete não passa. E a filhote de urubu vai ser sua, só sua. Ok, Tom?

Diário de um Nerd

Estava apavorado. Não sabia o que fazer. Em outras ocasiões me agarraria na barra da saia da Dona Hilda, mas veio a minha mente que eu estava me tornando um adulto. Meio torto, mas um adulto.

O que estava me assustando? Uma frasezinha básica: Aliste-se já!

Pesquisei no Google, no Yahoo Respostas, e eu vi que eu tinha que ir me alistar, receber o certificado de alistamento (coisa que eu fiz no início do ano) e aguardar o chamado para os exames físicos, culturais e psicológicos. Detalhe: quando me perguntaram se eu queria servir ao exército, eu respondi “não” secamente.

A data marcada para os exames foi naquela terça-feira. Nunca desejei tanto estar no colégio. Pernas bambas, frio na barriga. O que esperar? Respirei fundo. Seja o que Deus quiser!