Fanfic: A Fórmula do Amor: 1ª, 2ª e 3ª Temporadas [TERMINADA] | Tema: Bullyng

Diário de um Nerd

♫ Franz Ferdinand – Walk Away♫

Yahoo Respostas seria minha salvação. Será que se eu fingisse que eu era gay eles não me chamariam?

Lembrei-me dos trejeitos do nosso querido Jonas. Copiei desde a franja até a camisa gola V e a calça skinny.

Maldita obrigação. Alistar-me não me faria mais ou menos homem. Por que isso é tão importante pra um cara a ponto de ser obrigatório?

Odeio quando me impõem alguma coisa. Gosto de fazer as coisas do meu jeito.

Cheguei às 6 da manhã no quartel. O ônibus lotado não é nada perto de ter que acordar cedo pra caralho.

“Tomara que não me aceitem, tomara que não me aceitem...” era só isso que eu pedia aos céus.

- Todo mundo abrindo alas que o Berguinho acaba de chegar. Não se apaixonem, não se apaixonem! – desfilei em meio àqueles caras que ali estavam para a mesma finalidade que eu.

Cheguei à fila e fiquei de braços cruzados e batendo o pé no chão. Eu estava ansioso e com medo. Eu fui ziado pra caramba por causa dos meus trejeitos,mas eu já estava acostumado. Não fui eu que fui parar no Programa da Eliana por causa de um mico? Contanto que não colocassem a mão em mim tava tudo de boa...

Enquanto esperava minha vez, pensei em tentar ligar para o Rafa (que continuava servindo ao exército), mas de certa ele pediria informações sobre a Débora e a Andreza e aquilo o deixaria mal. Deixei quieto e ficar por mim mesmo.

Por fim, chegou minha vez. O primeiro teste, digamos que era de inteligência. Umas perguntas bobas de português e matemática e uma produção textual. Errei propositalmente a maioria das questões e dei um jeito de me ferrar na redação.

Teste 2: Exame médico. Sentei-me na maca e cruzei as pernas.  Nunca esquecendo que dentro daquele quartel eu era uma bichona.

- Já sei, doutor, vai pedir pra que eu diga “trinta e três”, só que eu só sei dizer “vinte e sete”... Tudo o que termina com “ete” eu adoro... “Vinte e seeeeete”, “chicleeete”, “pocheeete”, “Cheveeeeette”.

- Não, o senhor não vai precisar dizer nada. Só descer dessa maca e tirar a roupa.

- O senhor só pode estar brincando? – acabei falando em voz grossa, mas logo concertei. - Nem na frente de mamãe eu fico pelado.  

- Eu perguntei se você tem vergonha? Vamos logo que eu não tenho tempo.

- ah, não. Eu na vou.

O médico cruzou os braços e ficou olhando pra minha cara.

- Tá, seu olhar 43 me convenceu.

Tirei a camisa, a calça e os sapatos. Fiquei só de cueca.

- A cueca também, mocinha! Quer dizer, mocinho.

Acabei tendo que tirar. Que vergonha, que vergonha!

- Pelo visto ta tudo ok com você. Nenhuma mancha, nenhuma anomalia.

- Bem observado... Já posso me vestir?

- Calma, calma.

Que ódio, que ódio! Filho da mãe devia ta rindo de mim. Nem prestei atenção, preferi ficar de olhos fechados.

Acho que o teste não durou mais que cinco minutos, mas naquela situação pareceu uma eternidade.

Teste de número 3: Resistência...

Ah vão zoar o cão. Você deve estar rindo porque não foi com você né? Ta, pode rir...

O teste era correr, pular alguns obstáculos e outras coisas que não combinam nadinha comigo. Meu negócio é calculo, equação...

Saí de dentro daquele quartel era 12h00min. Hora do almoço, ou seja, caindo de fome e de cansaço.

Quando eu cheguei em casa não quis falar com ninguém. Dormi direto até o dia seguinte.

Diário da Valentina

Coitado do Berg. Ele tava cansado mesmo... Imaginem se ele fosse chamado pra servir?

Ele estava fazendo uma baita de uma tempestade em copo d’água, por que ele deixou claro que não queria servir, ele tinha que saber que se ele na queria servir, tinha muita gente que gostaria o contrário.

Ele só acordou no outro dia, quando fomos para o colégio bem cedo.

Diário de um Nerd

♫ Mamonas Assassinas – Cabeça de Bagre♫

No colégio tudo normal: Juliana ainda meio emburrada com o acontecido no programa “Agora é Tarde”, Eri falando sobre suas “peguetes”, Jackson metido nos livros tentando aprender história, Rafaela e Bruna conversando sobre a novela. E eu, de olho na Valentina e no Tom.

Sei que ela jamais me trairia com aquele japonês marginal, mas ele ficaria enchendo o saco dela, isso eu tinha certeza.

Naquele dia no final do intervalo, vi o Tom saído de dentro da minha sala. Antes mesmo de eu perguntar o que ele estava fazendo lá, em um momento em que niguém estava na sala, ele correu. Idiota esse cara...

Diário da Juliana

Havia alguma coisa errada. Naquele dia quando eu cheguei da aula, tirei meu caderno de dentro da bolsa e dele caiu um bilhetinho. Era do Berg. Dizia:

“Juliana, eu preciso muito falar com você a sós. Encontra-me sábado na Mofoville. Não leva ninguém. Só te adianto uma coisa: Eu descobri que te amo, e eu não passo um minuto dos meus dias sem pensar em você. Quando estou com ela (a Valentina), eu desejo que ela suma e que você apareça. Não zombe de mim, apenas guarde esse bilhete e não comenta nada nem mesmo comigo. Até sábado.”

Será que eu deveria ir? A letra tava estranha, mas o modo como ele se expressou na carta era familiar e típico dele.

Diário da Madalena.

Pelo que o Tom me disse, estava tudo dando certo. Juliana provavelmente teria visto o bilhete que eu escrevi. Bastava agora que a filhote de urubu desse um flagra nela e no Berg . O jeito era contar com um empurrãozinho do destino.

Continua... Deixe comentários viu? (=

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