Fanfic: Os Lendários Guardiões: Templo dos Deuses | Tema: De minha autoria
Os Lendários Guardiões
–Templo dos deuses-
Livro 1: Tempo .................................................... Capítulo: 2
O treinamento, a energia e a descoberta
Estava fazendo calor no Arquipélago de Yan. Edward havia acordado cedo e começado a treinar para desenvolver seus poderes com Helleonora.
–Bem! Para que eu tenha um bom desenvolvimento em minha habilidades.-disse Helleonora. –Eu custumo meditar. Tenta também.
–Como assim... Meditar?-questionou Edward. –Eu acho que eu nunca meditei antes.
Helleonora parecia não estar acustumada ao calor que fazia na região, então abrigou-se à sombra de uma árvore que estava próxima.
–Nossa! Como faz calor aqui.
–Pois é. Eu tô um pouco acustumado.-respondeu Edward indo para perto de Helleonora. –É por causa do solstício. Todo ano há um período de calor, outro de frio. Ah! Este é o salgueiro que eu te falei. É com ele que eu fico a maior parte do tempo.
Embora fosse uma planta, o salguero era assustador visto à noite e até mesmo de dia! Media cerca de 27 metros de altura, seus galhos eram pendentes e volumosos. Talvez fosse isso que protegera a casa de Edward das feras que rondam as aldeias. Pois, com sua altura e sua imponencia, até msemo o mais fortes dos guerreiros hesitaria se não soubesse que aquele “monstro” era apenas uma simples planta.
Helleonora não sabia o que era um salgueiro. Para ela, o salgueiro que Edward falara era um guerreiro ou coisa do gênero. Mas vendo que o salgueiro era uma planta, a feiticeira teve uma ideia.
–Já que você passa bastante tempo com essa planta.-ela pegou a mão direita de Edward e colocou-a no caule do salgueiro. –Baseie sua meditação no salgueiro.
–Eu tenho que fazer o que???-perguntou o garoto.
–Tente sentí-la. Concentre-se na planta.
Edward ficou um bom tempo com suas mãos encostadas no salgueiro e não conseguia sentir nada. Apenas a superfície áspera da enorme planta.
–Você precisa se concentrar mais. Vem cá, me dê suas mãos.-disse Helleonora pegando as mãos de Edward e levantando-se.
Edward e Helleonora estavam em pé. Com as mãos dadas um pro outro. Dona Cicília via à cena da porta. Imaginava um casal perfeito.
–Eles são muito amigos, não é?-admirou Carther.
–Pois é. Será que o mundo vai aceitá-lo?-perguntou Cicília abraçando Carther.
–Como assim?
–Você sabe. A Caça aos Puros.
–Mesmo que não o aceitem... Ele precisa desenvolver seus poderes e habilidades em um lugar seguro.-disse Carther. –E terá nosso apoio sempre: de mim como pai e você como a mãe. Pessoas que o amam incondicionalmente.
Edward ainda estava em pé com Helleonora. Ambos estavam alí a cerca de cinco minutos.
–Está sentindo?-perguntou Helleonora. Num tom calmo e prazeroso.
–Não sei...-respondeu Edward já cansado de ficar em pé. –Acho que não.
–Humm. Já sei! Se concentra em alguma coisa boa. Imagina que você está vivendo essa coisa.
Alguns segundos depois, uma forte energia estava começando a emanar do corpo de Edward e se envolver com a energia de Helleonora. Se fossemos representar por cores, a energia de Edward seria verde claro e a de Helleonora seria um lilás. Ao se misturarem, essas energias produziram um efeito incrível. Edward agora estava sentindo uma ótima sensação. Helleonora já meditara antes, muitas vezes em sua vida e nunca havia sentido o estava sentindo naquele momento.
–Está sentindo?-disse Helleonora sorrindo enquanto abria os olhos e olhava para Edward.
–Estou. É muito bom.
Helleonora estava gostando de ficar junto de Edward. Até que ela ia aproximando seu rosto do dele... E recuou.
–Eh... Bem, agora vamos ver se você consegue se concentrar sozinho.-disse Helleonora soltando as mãos de Edward enquanto as energias sumiam rapidamente.
–Tá bom...-disse Edward desapontado e triste.
Edward coloca suas mãos no salgueiro. Nada aconteceu.
–Pensa na mesma coisa que você pensou comigo.-disse Helleonora.
Edward se concentrou bastante. A energia começou a emanar. Quando a energia entrou em contato com a árvore, algo estranho e inesperado aconteceu: parecia que a árvore estava se fundindo à pele de Edward. Ele soltou rapidamente.
–Por que parou?-perguntou Helleonora dando uma risadinha após olhar a expressão medrosa de Edward.
–Não sei.-respondeu Edward olhando para sua mão. –Eu estava me sentindo entranho, parecia que a árvore estava “me sugando”...
–Ou VOCÊ sugando a árvore!!!
Edward olhou para Helleonora, que a olhava também. Foi quando ela viu Carther adulbando as plantas. Aí Helleonora teve uma ideia.
–Onde seu pai pega adulbo?-perguntou Helleonora à Edward que estava pondo novamente a mão no salgueiro e se concentrando. –Edward, me responde, por favor!
–Depende.-disse Edward tirando sua mão. –Nós usamos o adulbo que misturamos com resto de comida e o esterco das vacas. E o outro nós e outros moradores pegamos de um pântano aqui perto.
–Eca! Cocô de vaca!
Edward sabia que era nojento, mas era um dos melhores adulos que uma planta podia gostar. De certo modo ele sabia. Mas não sabia como.
–Olha, tenta controlar o salgueiro.-ela pega uma folha que estava no chão. –Se concentra nessa folha. Enquanto isso eu vou fazer uma coisa e já volto. Tá?
–Vai aonde?-perguntou Edward.
–Vou falar uma coisa com sua mãe.-disse ela dando um beijo no rosto do garoto, que ficou bastante corado. –Fica se concentrando. Mas se concentra, hein. Porque quanto mais cedo você aprender a controlar seus poderes, mas cedo você vai ficar mais forte e aperfeiçoá-los.
Ao sair, Helleonora dirigiu-se a pequena horta onde Cicília estava colhendo umas verduras. Então ela chegou e pediu um segundo para falar com Cicília.
–Claro que tenho, Helleonora.-disse Cicília. –Pode falar.
–Assim: eu vejo que o Edward se dá muito bem com as plantas, mas sua energia me surpreende muito.-ela fez uma pausa. –Ele não desenvolveu nenhum tipo de habilidade antes, não. Afinal, a senhora é mãe e passa o dia todo perto dele.
Dona Cicília ficou apreensiva. Por um momento hesitou, mas depois disse que Edward nunca havia falado isso para ninguém. Talvez não tivesse descoberto suas habilidades ainda. Helleonora sabia que Cicília poderia estar mentindo, então ela usou seus poderes mentais para enfim saber o que aconteceu de tão estranho.
–Dona Cicília... Diga para mim o que aconteceu com Edward.-disse Helleonora olhando nos olhos de Cicília. –Não precisa ter medo. Pode confiar em mim...
–Era noite e muitos moradores estavam passando pela Floresta Del Fiore , afim de prestar culto à Vulcanus o deus que, segundo eles, morava dentro do vulcão Áhtaro.-começou Cicília a falar. –Quando de repente um raio caiu dentro do vulcão.
–E o que aconteceu?-perguntou Helleonora. –Conte o que aconteceu naquela noite...
–Nós pensávamos que a ira de Vulcanus estava caindo sobre nós quando o vulcão começou a cuspir fogo, lava e fumaça. Foi uma correria total. Centenas de crianças, adultos e idosos começaram a correr da lava e das bolas de fogo que começaram a invadir a floresta e destruindo tudo pela frente. Quando estávamos correndo, eu olhei para uma parte da floresta e vi que havia uma luz verde que brilhava muito entre as árvores. Quando fomos lá ver...
–Helleonora!!!-gritou Edward na direção do salgueiro. –Vem cá ver! Pai, mãe!
Dona Cicília voltou ao normal com os gritos de felicidade de Edward. Helleonora não podia deixar que ninguém soubesse de sua telepatia. Mas acompanhou Carther e Cicília até o salgueiro.
–Nossa!-disse Carther quando viu o que Edward estava fazendo. Edward conseguia manipular os galhos do salgueiro agilmente, e eles parecia flutuar nos ares. Sem dúvida Edward tinha uma ótima destresa e aprendia as coisas rapidamente.
–Isso, meu garoto!-disse Carther abraçando o filho fortemente. –Meus parabéns!
Cicília estava emocionada. Não conseguia pensar em outra coisa. Só conseguia ver o imenso salgueiro “ao pés” de Edward. Foi quando um grupo de moradores chegaram em suas carroças, estas de ferro e metal indicavam que a expedição à Metrópole havia chegado ao fim, e chamaram Carther.
–Bom, gente... Tenho que ir trabalhar.-disse Carther que já estava com suas ferramenteas em mãos.
–Você vai trabalhar depois do que aconteceu ontem?-disse Cicília à Carther. –Não sei se já é seguro, querido. Ainda pode haver ataques de feras por aí.
Carther chegou próximo de Cicília, esta era uma mulher de estatura média, de cabelos negros e uma pele bem morena. Diferente de Edward, que tinha a pele bastante clara, mas não tanto quanto aquelas pessoas albinas. Carther era, assim como Cicília, moreno, olhos castalhos e cabelos cortados, barba semi-feita e bem escura. Ele a abraça e sua mulher o retribui. Ele explica que precisa trabalhar para garantir o sustento da família. Ela iria ficar bem, já que tem a companhia de dois Puros. Deu-lhe um beijo e partiu.
Helleonora já percebera que Edward era a “ovelha negra” da família. Pois, seus pais eram morenos (negros) e Edward era praticamente “branco”... E ruivo. Mas o que vale é o amor.
No caminho para a estrada onde pegariam atalho pelos Bosques Suspensos Del`Orences, uma onda de mau cheiro toma conta do lugar. Quando passaram por alí, os homens viram cadaveres de feras que mais pareciam bisontes, lobos e pequenos seres alados que mais pareciam aves, só que possuíam dentes afiados, estavam se alimentando daqueles corpos já em decomposição. Estavam tão distraídos com a carne farta que nem perceberam os homens e as carroças passaando. Todos temerosos.
No feudo dos Saint-Clair, Edward e Helleonora estavam se molhando no rio que corria. Edward estava sentado na água, enquanto Helleonora estava de pé.
–Quantos anos você tem?-perguntou Edward enquanto se deliciava nas refrescantes águas do rio.
–Eu?-perguntou Helleonora sem saber como responder.
–É. Senta, Helleonora. Para se molhar melhor.
–Eu tenho... 15 anos. É. 15 anos de idade.-respondeu ela sentando-se no rio. –E você, quantos anos tem?
–Eu faço aniversário dois dias após o solstício de verão. Então eu vou fazer 14 anos amanhã.-disse Edward enquanto estava controlando algumas plantas próximas do rio. –Caramba! Amanhã eu vou começar a ir para a escola!
–Escola? E aqui tem?
Edward nunca foi á escola. Tudo que sabe aprendeu com seus pais e suas avó. Mas explicou como pôde.
–Meu pai disse que o rei dessa aldeia formou um escola onde eles testavam as habilidades e técnicas dos habitantes. E mandavam para missões e para o exército. Por exemplo: meu pai trabalhava como ferreiro e minha mãe era uma curandeira. Entende?
–Entendo, sim. E você, vai fazer o que lá?-perguntou Helleonora.
–Eu vou tentar fazer teste para ser arqueiro. Tomara que eu consiga. E você?
–EU?!-surpreendeu-se Helleonora. –Se eu for, eu só vou para te acompanhar. Acho que também vou ser arqueira.
Edward ficou feliz de saber que ele e Helleonora iriam fazer parte da mesma classe. Então, para se divertir um pouco, ele pegou as mão em forma de concha e joga água no rosto de Helleonora. No início ela fiou com um pouco de raiva, mas depois começou a brincar de guerra de água, onde se podiam usar os poderes. Claro que ela levava vantajem, e por isso conseguia vencer quase sempre.
E o resto do dia foi assim: eles almoçaram, treinaram e brincaram muito naquele dia ensolarado. Edward estava muito animado em saber que era um Puro, e ainda mais feliz de saber que ganhara uma amiga. Helleonora estava animada e brincava sem parar, mas estava receosa, queria saber o que Cicília escondia sobre a vida e talvez sobre os poderes de seu amigo Edward Saint-Clair.
Continua
Autor(a): weverton oliveira
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).