Fanfic: Under The Mistletoe | Tema: iCarly

Sam estava com aquela sensação de formigamento no estômago outra vez. Ela estava faminta, e a primeira coisa em que pensou foi em visitar o apartamento Shay. Como fizera muitas vezes antes, trancou a porta de seu quarto e fugiu pela janela.

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Ignorando os berros de Lewbert e a quantidade de degraus, a loira parecia disputar uma maratona contra corredores invisíveis, com certa urgência. Depois de alguns andares, ela chegou a tempo de ver Spencer andando em direção à porta, carregando algumas sacolas (talvez com materiais para esculturas) prestes a entrar.

"Hey Sam-"

"Oi Spence" - ela falou rapidamente, recuperando o ar. Com a respiração menos brusca, ela notou uma pequena mancha verde sobre a porta.

Quando ele estava prestes a encostar a mão na maçaneta, Sam o interrompeu, colocando o braço na frente. "Espera."

"O quê?"

"Acho que tem um... visco.. na porta."

E então ele notou a presença da pequena planta pela primeira vez. Nem sequer estavam em Dezembro, mas certos objetos decorativos passaram despercebidos e mantiveram-se no mesmo lugar. Pensando melhor, ele agora lembrava-se de ter visto uma bola natalina pendurada no robô de garrafas pet.

Spencer piscou os olhos um pouco, desvanecendo-se da lembrança, para então voltar a situação atual. Ele e Sam estavam sob o visco. Ele então redirecionou o olhar, que estava voltado para o nada, em direção a Sam. Ela o observava durante todo o tempo, mas fez os olhos azuis irem para o chão no minuto em que encontrou os de Spencer, um tanto envergonhada.

"Oh." - Foi tudo o que saiu entre os lábios dele. Ele então engoliu seco, sentindo-se estranhamente embaraçado. Sam finalmente voltou a encará-lo, mesmo que suas pernas cambaleassem agora.

A partir deste ponto, um silêncio constrangedor tomou a porta. Nenhum dos dois se atreveu a emitir um único som, apenas conversavam um com o outro com os olhos. Spencer olhou para a porta. Carly estava em casa, possivelmente fazendo suas tarefas escolares. Ele e Sam então olharam para os lados simultaneamente, e para a porta da casa dos Benson, mas nem uma alma viva estava por perto. Ele colocou as sacolas no chão.

Depois de alguns minutos, ambos pareciam concordar sobre o que fazer.

Eles inclinaram-se na direção um do outro. Seu coração estava pulsando, ela quase podia ouví-lo bater contra os pulmões. Ele estava tão próximo, que os narizes quase se encostavam. Mas antes que os lábios se encontrassem, ele mudou a rota e acabou a beijando levemente em sua bochecha, quase junto ao canto da boca, fazendo-a sorrir instantaneamente. Com uma das mãos, ele separou algumas mechas que estavam caídas sobre o rosto dela, gentilmente. Foi o suficiente para fazer com que Sam sentisse as bochechas incendiarem, como se uma corrente elétrica passasse por sua espinha.

Depois de alguns segundos eles separaram os rostos lentamente, abrindo os olhos. Os dois não puderam evitar ter o mais amplo dos sorrisos na face.

Até que Spencer deu um passo para trás, e acabou empurrando algo na sacola, fazendo um barulho alto o suficiente para alguém no apartamento ouvir.

"Spencer, é você?" - eles ouviram do apartamento.

"Cheguei!" - ele disse, movendo a maçaneta.

Antes que entrasse, virou-se para ver uma Sam corando furiosamente. "Tenho que ir", ela disse, já indo embora, numa passada rápida. Ela havia até mesmo se esquecido da fome. Ele sorriu para si mesmo; sentia-se excessivamente alegre, quase entrou no apartamento pulando.

No seu caminho para o sofá, percebeu a bola de natal pendurada no nariz do robô de garrafas pet.

Nunca foi tão bom esquecer as decorações.