Fanfic: I Just In Love... | Tema: Percy Jackson e os Olimpianos

AVISO: "Olhe, eu não queria ser um meio-sangue. Se você está lendo isto porque acha que pode ser um, meu conselho é o seguinte: feche este livro agora mesmo. Acredite em qualquer mentira que sua mãe ou seu pai lhe contou sobre seu nascimento, e tente levar uma vida normal.

Se você se reconhecer nestas páginas – se sentir alguma coisa emocionante lá dentro -, pare de ler imediatamente. Você pode ser um de nós. E, uma vez que fica sabendo disso, é apenas uma questão de tempo antes que eles também sintam isso, e venham atrás de você. Não digam que eu não avisei"   As palavras sábias de meu irmão estavam certas.

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Gritos. Eram tudo o que eu ouvia. Gritos vindos de todas as partes possíveis. Eu queria correr para aquela clareira. Não dava. Meus pés estavam presos no chão e eu mal conseguia mover meus dedos direito. Algo estava se aproximando. Muito, muito próximo. 

DEUSES! Oh... Foi só um sonho. Só um sonho. Eu acordei, assustada, suando e tremendo. Olhei para todos os lados do chalé e apenas Jordan me olhava, assustado.

- Pelo menos eu não sou o único a falar à noite, uh? - Ele disse e eu consegui sorrir um pouco. Sonhos de semideuses são uma meleca. Oh! Eu me esqueci de dizer quem eu era. Sou Ronnie Bright, tenho 17 anos e sou uma garota meio normal. Tenho amigos, gosto de aventura, gosto de internet, celular, e tal. Mas mesmo assim, minha vida não muda. Eu tinha uma vida normal e monótona. Mas li os livros da saga Percy Jackson e me fudi. A partir daí, minha vida mudou completamente e eu me descobri uma meio-sangue. Sim. Meio-sangue. Fui criada até meus 12 anos pela minha mãe mortal. Nunca me enturmei bem com as pessoas da minha escola e eu sempre criava confusão. Minha mãe tinha até plantação de coisas fedidas na horta de casa para amenizar meu cheiro. Cheiro de semideuses atraem os monstros. E o cheiro aumenta quando você se descobre um, só para avisar. Filhos dos três grandes tem o cheiro mais forte e eu sou filha de Poseidon, deus dos mares, terremotos e bla bla bla. Todo ano, vou para o lugar mais seguro do mundo para pessoas iguais a mim: Acampamento meio-sangue, em Long Island. Aqui é um lugar feliz. Tenho amigos e algumas coisas como corridas de biga, captura a bandeira, arco e flecha, esgrima e uma aula para filhos de Poseidon de como controlar a água corretamente. Aqui, ficamos em chalés para filhos de cada deus. Deuses femininos à direita e masculinos à esquerda, enfileiradas em formato de um ômega (Ω). Eu vivo no chalé de Poseidon, junto com meus irmãos e irmãs em beliches.

- Sonhos de semideuses... - Ele disse, rindo - São uma merda.

- Concordo plenamente com você. - Eu ri junto, levando minhas mãos para os fios pretos de meu cabelo, querendo ver o ninho de pássaros que estava.

- Não vou conseguir dormir de novo. - Olhei para meu relógio, junto com a minha pulseira/escudo preta com um sol desenhado no centro, que ganhei de um certo deus. Cinco e meia da manhã. Eu aguento de tédio. Eu acho. Me levantei e tomei um banho, livrando meu pobre corpo do suor que escorria da minhas costas e das minhas testas. Me olhei no espelho. Meus olhos azuis estavam com a esclera (o branco dos olhos) vermelhos. Meus cabelos não estavam mais um ninho, agora estavam lisos e molhados. Me sequei e vesti minha roupa simples do acampamento: Camiseta laranja, um shorts e um tênis, junto com a minha continha, um colar que marca quanto tempo você está no acampamento. Cinco pedras, cinco anos. Esse era o sexto. Já fiz três missões com Annabeth. Ela é filha de Atena, é namorada de Percy e é a arquiteta oficial do Olimpo, desde a guerra contra Cronos (mais informações, na saga). Saí do meu chalé, olhando para o nascer do sol, que ficava lindo olhando dali e lembrei de Apolo. Onde ele está?

- Pensando em mim? - Ouvi uma voz conhecida e olhei para trás. Era ele. Apolo. Com um corpo musculoso e bronzeado, com um óculos de sol e camisa verde, com uma bermuda simples. Ele se sentou ao meu lado e abraçou meus ombros. Apolo é deus do sol, da música e dos oráculos. Também é um dos deuses da beleza e da perfeição. Desde que deixaram os deuses verem seus filhos e circularem pelo acampamento, o conheci. Todos falam que ele é galinha e tal. Mas eu acho ele um fofo, me processem. Bom, nós somos meio... íntimos, sabe? 

Aconcheguei minha cabeça em seu ombro, entrelaçando minha mão na dele. Ele sorri e me olha. Ele solta suas mãos das minhas, se deita e me puxa junto com ele. Suas mãos voaram para minha nuca e as minhas, para seu pescoço, nos aproximamos e colamos nossos lábios. Os beijos de Apolo eram uma maravilha. Ele beija muito, muito, muito bem! Seu toque deixa minha pele arrepiada e seus sorrisos me derretiam. Ficamos algum tempo assim, nos beijando, e às vezes parando para respirar um pouco. Depois que o sol nasce, me aconchego em seu peito, sentindo seu maravilhoso cheiro estonteante e ele fica mexendo em meu cabelo.

- Dormiu bem, anjo? - Ele perguntou

- Mais ou menos - Eu respondi - Sonhos de semideuses são ótimos.

Ele riu. Eu não sou nem um pouco sarcástica. 

- Mas, e aí, quantos filhos vai visitar hoje? - Eu perguntei

- Ah, é aniversário de Hanstom, vou lhe dar um cachecol - Ele respondeu.

- Bom presente - Eu ri e mordi sua bochecha. Adoro morder. Rawr. Depois disso, ficamos apenas curtindo um ao outro.

MAIS TARDE, NO MESMO DIA.

Fui para o chalé e fiquei tentando ler meu livro que eu comprei em grego antigo, senão, eu ia ficar tentando ler ali o dia todo. Maldita dislexia. Esse é um das coisas que dificultam a vida do semideus. Dislexia, déficit de atenção e hiperatividade são coisas comuns entre nós.

- Olá! - Ouvi uma voz chamando e eu olhei na direção. Era meu pai, Poseidon. Eu sorri. - Percy está aqui?

Meu sorriso se desmanchou. Eu acho que era a única semideusa que os pais não sabem que existem. Eu pensei que isso não era possível, já que Percy fez um acordo com eles. Eles juraram pelo rio Estige! Tem algo errado em mim. Eu acho.

- Ele está na esgrima - Eu disse, com indiferença

- E quem é você? O que faz em meu chalé? - Achei essas perguntas um pouco arrogantes.

- Peguei um livro emprestado de um amigo meu e estou lendo.

- Que amigo?

- Jordan. Jordan Black. - Respondi. Por um lado, era verdade, esse livro era dele.

- Ah... Você é filha de quem? - Eu pensei e olhei para fora, Apolo me acenou. 

- Afrodite. - Eu sorri.

- Oh... - Ele foi interrompido por Percy, que chegava no chalé todo sorridente

- Oi pai! Oi Ronnie ! - Disse Percy, eu olhei pra ele com cara de "Se você disser a palavra `irmã`, você morre" - Finalmente veio visitar m...

- Finalmente você chegou, preciso falar com você - Interrompeu meu pai, puxando Percy. Ele me olhou com cara de "Eu vou falar" e eu balancei a cabeça, sorrindo torto.

Eles saíram e eu tive vontade de chorar. Meu pai não me reconhecia. Minha mãe morreu e eu vivo encomodando as minhas amigas, indo para escolas mortais, criar problemas juntas. Fui emancipada, já que eu só ficava no acampamento (houve um tempo em que eu passei o ano todo). 

Saí do chalé logo depois deles e encontrei Apolo.

- Tem um tempo livre? - Ele perguntou, sorrindo malicioso

- Aulas. - Eu respondi, e ele fez uma carinha de Nico sem Mc Lanche Feliz. - Desculpa.