Fanfics Brasil - 2º Capítulo-20/03/2012- e 3º Capítulo-21/03/2012 A Cidade de Pedra

Fanfic: A Cidade de Pedra | Tema: Novela Das Seis


Capítulo: 2º Capítulo-20/03/2012- e 3º Capítulo-21/03/2012

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─ Ei, Guto? Acorda meu! A gente tem show hoje cara, levanta! ─ Rafael sacudia-o incansavelmente. ─ Porra, eu disse pra você não exagerar nas biritas.. Olha o estado velho. ─ Dando alguns tapas nas costas e no rosto do rapaz.
─ Tá tá, eu já tô levantando... Pera aí um pouco. ─ tombando a cabeça novamente no travesseiro.
─ Não tem peraí coisa nenhuma. A gente tem que tá lá daqui 20 minutos. Vambora! ─ Rafael se afasta da cama e procura alguma roupa. Encontra uma polo com um símbolo no peito esquerdo, joga na cama. ─ Vai vestindo o que eu joga ─ pegando uma bermuda de estampa quadriculada do chão e jogando para ele.
    Guto levanta um pouco lerdo, mas consegue vestir as roupas com rapidez. Termina de se arrumar e pega sua paixão.
─ Pronto Rafa, vamos nessa. ─ Sorri para o amigo e lhe estende a mão. Rafael a segura e aperta com força.
─ Hoje vamos conseguir um sucesso maior brother, pode cre. ─ disse transbordando confiança.


A platéia estava calma.
Todos os olhares voltavam-se para os dois rapazes. Eram olhares de curiosidade e um pouco de indiferença com a presença deles ali. 
─ Boa noite. Nós somos Rafael e Guto. Espero que curtam nossa música... ─ sorriu timidamente após fazer uma breve apresentação. Olhou para Guto, fez um leve sinal com a cabeça e este começa a tocar. O som do violão toma conta do espaço. As dedilhadas precisas pareciam cantar. Guto estava um pouco ansioso, era uma platéia diferente das demais, temia fazer algo errado e ser vaiado. Mas deixou essa ansiedade de lado, teve ideia de fechar os olhos, concentrar apenas nele e na música. Ficou mais fácil tocar sem ter a ligação vizual com aquela pressão sobre ele. Assim que o fez sentiu uma energia forte tomar conta da sua mão e agora quem tocava era o dom dele.


 


Rafael também tocava violão, mas preferia não sobressaltar suas notas. Ao contrário de Guto, seu dom não era para tocar e sim cantar. Deixou passar a intro e começou.

Hoje o que eu queria aconteceu e eu vou voltar pra casa bem melhor. A vida outra vez sorriu pra mim e eu sinto um cheiro de um amor maior... "

ㅤㅤ  Definitivamente sua área era vocal. Liberta a alma e acalma os nervos. Sentir a batida se misturar contigo é o que Rafael gosta. Naquele instante ele teve certeza, iria cantar para sempre. Desde pequeno imitava os grandes reis da música e adorava brincar de show. E veja agora aonde a brincadeira foi parar. Sentado num banco ao lado do seu melhor amigo e na frente de toda uma platéia que o olhava e acompanhava sua voz. Se alguém um dia vier a falar para estes garotos que os sonhos não realizam, eles irão rir e dizer que se o sonho não se realiza a vida também não continua.


***


Três horas se passaram e ao chegar no fim do show apenas se ouvia as palmas e o reconhecimento do talento deles. Guto e Rafael agradeceram por aqueles momentos maravilhosos junto daquela platéia espetacular e saíram. Acertaram-se com o dono do Bar e foram embora.
O apartamento continuava do mesmo jeito quando eles fecharam a porta, bagunçado e só. Os rapazes dirigiram-se para a sala e se jogaram no sofá. Exaustos.
─ Caralho Rafa o que foi aquilo meu? ─ Perguntava Guto ao seu amigo cheio de entusiasmo.
─ Cara, sei lá. Eu tô muito feliz pra pensar em alguma coisa. A gente conseguiu Guto, conseguimos! ─ Ergue-se do nada com os punhos fechados e parados no ar. Realização era o que ele sentia e sem sombras de dúvida Guto também. Mas este não demonstrou tanto quanto o amigo.


─ Pode crê velho, conseguimos fazer um show de verdade. To ouvindo os aplausos até agora ─ disse com um sorriso enorme nos lábios. ─ Foda que agora to acabado, haha. Mas valeu a pena... ─ Suspirou. Esfregou as mãos no rosto e levantou-se. ─ Ow vou tomar banho. Acorda cedo amanhã pra resolver uns lances da viagem. Se quiser fica ai e vai embora amanhã de manhã ─ ofereceu.
─ Não, tá de boa. Vou só ali beber uma água e vazar. Ai Guto, parabéns velho. ─ Disse sorrindo. Caminhou para a cozinha, bebeu a água e foi embora.


   Silêncio.
Guto caminha até seu quarto, retira toda a roupa e vai tomar um banho. A água morna escorria por seu corpo levando embora tudo de ruim. Os últimos dias não foram dos melhores para o rapaz e o deixou exausto. Mais exausto que o show que acabará de fazer. Muitas decisões ele precisou tomar e uma delas foi terminar o namoro com Júlia. Já fazia um tempo que ele não se sentia ligado a garota. Ela também não tornava as coisas fáceis com seus ataques infantis de ciúmes. A relação encontrava-se desgastada e sem razão para continuar. Três dias antes da apresentação no bar, Guto chegou em Júlia com um ar sério.
─ Olha Ju, as coisas não andam nada bem. Estamos tendo muitos momentos ruins e eu não to afim de continuar com isso. Daqui uns dias vou fazer uma viagem e eu quero curtir ao máximo sem ficar com peso na consciência. Então vamos terminar por aqui esse namoro e recomeçar nossas vidas. ─ Sentenciou com dureza. Respirou profundamente enquanto analisava sem muito interesse os sentimentos que surgiam no rosto da garota.


─ Curtir ao máximo? Esse é o argumento que você usa para acabar com nosso namoro? Vá à merda Augusto! Estou tão chocada com sua frieza que nem sei o que dizer... 
─ Pera aí! Não estou sendo frio porra nenhuma Júlia. Apenas estou sendo realista e objetivo. Você me conhece muito bem, nem deveria estar se surpreendendo ─ disse com indiferença. 
─ Claro típico Guto. Quer saber? Que se dane. Você já tava me cansando e perdendo aquele "encanto mágico" ─ atirou com desprezo. ─ E quanto a sua viagenzinha ─ dizia ironicamente ─ aproveite muito. Iluda muitas biscates e seja feliz ok? ─ lançou um piscar que mais parecia uma pedra. Pegou sua bolsa e se retirou. Ao fechar a porta o som aparentou ser uma bomba. Que força, pensou Guto.
      Enfim só, literalmente pensou ele pegando uma latinha de cerveja na geladeira. Direciona-se para o sofá e se joga no mesmo. Dá um grande gole na bebida e a coloca sobre a mesinha. Uma grande sensação de liberdade invadiu seu ser. Júlia não era uma má namorada, passaram bons momentos juntos, talvez não tivesse merecido ser tratada daquela forma...
─ Nãããão! ─ Gargalhou com o pensamento insano. ─ Aquelazinha realmente mereceu aquele puta pé na bunda. Quem ela pensava que era para querer mandar em um cara livre? Meu negócio é música, reggae e muito chão para caminhar. ─ Finalizou com prazer aquele belo discurso. Bebeu novamente a cerveja.
     Enfim só.


 



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Autor(a): lucaslvj

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • paulov15 Postado em 18/07/2012 - 10:02:39

    Oi lucas, eu e o Matheus Oliveira somos donos de um site de webnovelas e gostariasmos de saber se você quer se integrar a nossa equipe de autores?

  • giovana74 Postado em 07/06/2012 - 22:24:48

    Posta mais!


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