Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Anahí: Posso saber o que você estava fazendo na casa do Christian? - entrou no meu quarto sem bater, e aos meus olhos, parecia nervosa.
Dulce: Somente fui conversar com ele.
Anahí: Sobre?
Dulce: Sobre o nosso relacionamente, Anny, eu te disse.
Anahí: E por que não falar com seus amigos?
Dulce: Quem sabe por que meu melhor amigo não sabe que foi trocado pela irmã da sua ex ficante, e por que Maite e Alfonso te odeiam.
Anahí: Ok, uma causa justa.
Dulce: Achava que era o que?
Anahí: Não sei - deu os ombros - Achei que tinha ido flertar com ele.
Dulce: Sério?
Anahí: Não - riu, se deitando ao meu lado - Contei a ele.
Dulce: E o que ele disse? - a abracei.
Anahí: Ficou feliz. Muito... mas me chamou de louca.
Dulce: Quem não chamaria?
Anahí: Meu lugar aqui. Mais do que nunca sei que o meu lugar é aqui... e ao seu lado.

Sorri, e não respondi. Eu também sabia onde era o meu lugar.

Anahí: Ei, estive pensando... que tal saírmos de casa?
Dulce: Hã?
Anahí: Sei lá, sair de casa. Comprarmos um apartamento, saírmos da asa do papai e da mamãe. O que acha?
Dulce: Uma ótima ideia, mas... o que eles vão pensar? E a Manuela?
Anahí: É, tem ela - suspirou - Poderíamos ter uma vida de casadas se fossemos morar juntas.
Dulce: É, isso é bom. Mas não me vejo sem ela.
Anahí: Ela é a filha que não poderemos ter. Eu entendo. E foi só uma ideia...
Dulce: Muito boa até. Vai continuar no teatro?
Anahí: Eu... bom... - virou o rosto, ficando cara a cara comigo - Eu não vou mais atuar.
Dulce: Como?
Anahí: Vou fazer uma faculdade, ainda não sei do que, mas... não quero voltar a atuar.
Dulce: Que mudança toda foi essa, Anahí?
Anahí: Não sei. De repente não senti mais vontades de fazer isso. Quero ajudar as pessoas.
Dulce: Hã? - a olhei.
Anahí: Pensei em psicologia. O que acha?
Dulce: Você acha que pode fazer isso?
Anahí: Claro que sim, Dul. Será que existe alguma ONG ou centro psicológico que ajuda irmãs que se amam? Dulce: Isso não é doença, Anahí. Não precisa de uma ONG, muito menos de um centro psicológico ou psiquiátrico, que seja.Anahí: O que as irmãs fazem quando se apaixonam?
Dulce: Uns ficam juntas, como nós... e outras não. É simples. Não é uma doença.
Anahi: Sei lá - deu os ombros, e antes que voltasse a falar, foi interrompida por meu celular.
Dulce: Maite - suspirei e atendi - Sim?
Maite: Ok, aceito conhecê-la melhor. Mas é só essa chance, Dulce, e se eu não gostar, não adiantará você insistir. 
Dulce: Certeza?
Maite: Absoluta. Amanhã, na nossa pizzaria, ok?
Dulce: Certo. Somente nós três?
Maite: Nós cinco.
Dulce: Nós... cinco? O que?
Maite: Anahí, você, Alfonso, Christopher e eu, claro.
Dulce: Você e Christopher? Tá me zuando, né?
Maite: fiz questão de chamar Christopher.
Dulce: Ok, Mai. Nos encontramos amanhã. Um beijo.
Maite: Boa noite e juízo. Te amo.
Dulce: Eu também - suspirei e desliguei.
Anahí: O que? - me olhou.
Dulce: Maite quer nos encontrar amanhã. Com Alfonso e Christopher.
Ao chegarmos na pizzaria, no dia seguinte, a primeira coisa que me veio a mente foi: "Não acredito que isso está acontecendo". O fato de Alfonso e Maite terem aceitado conhecer Anahí, mesmo sabendo que as chances de gostarem dela era dez por cento em cem. Mas eu acreditava nos dez por cento. Anahí ficou extremamente receosa quanto a Alfonso. Não que não quisesse que fossem amigos, mas sim que ele interpretasse tudo errado e pensasse que ela continuava sendo aquela qualquer que ela fora. Foi exatamente por esse motivo, que Anahí pediu para levar Christian, por que sabia que se irritasse, o amigo estaria lá para ajudá-la. Ou a bater em Maite denovo, ou para fazê-la mudar de idéia.

Dulce: Mai, obrigada por ter mudado de idéia - abracei-a.
Maite: Faço por você. E você sabe - sussurrou no meu ouvido.
Dulce: Obrigado da mesma forma - sorri e dei um beijo em seu rosto - Poncho - abracei-o - Obrigado também.
Alfonso: Não sabe o sacrifício que está sendo. E não estou sendo irônico.
Dulce: Mai pelo menos trouxe o Christopher. Mas ele não sabe, né?
Maite: Não - deu os ombros.
Dulce: Obrigado.
Christopher: Também quero um abraço.
Dulce: Claro - sorri e o abraçei.
Christopher: Qual é o milagre aqui? Anahí, Alfonso e Maite em um mesmo local. Isso não é normal, não é mesmo.
Dulce: Pois é, meu amigo. O tempo passa. E aliás, acho que a Maite não tem mais nada contra a Anahí. Ou pelo menos motivos não tem.
Maite: Vai a merda, Dulce - me mostrou o dedo do meio, revirando os olhos.
Anahí: Boa noite - se aproximou de nós, abraçada a Christian - Desculpa a demora. Ele demorou pra ficar pronto - revirou os olhos.
Christian: Olá - sorriu.

Foi constrangedor. Ficamos calados e olhando um para a cara do outro. Olhei para Anahí e ela mordeu o lábio, sorrindo de canto para mim. Suspirou e negou com a cabeça.
Maite: O que acham de irmos para a mesa? Não estou a fim de crescer mais não.
Christian: Concordo com você, morena - tentou se interagir.
Maite: Hã? - o mirou.
Dulce: Vamos para a mesa - suspirei e puxei Maite pela cintura, abraçando-a.
Anahí: Chris - se soltou de Christian -, quanto tempo. Fico feliz em te ver - sorriu, abraçando-a.

Pude quase ouvir Maite rosnar ao meu lado. Olhei para trás e os vi abraçados. Após todos estarmos na mesa, à situação ficou pior ainda. Talvez não tivesse sido tão boa aquela idéia. Christopher tentou puxar assunto duas ou três vezes, mas ninguém ligou muito. Todos pareciam querer me fuzilar só com o olhar.

Maite: E então Anahí, quando vai viajar? - puxou assunto.
Anahí: Não vou mais - sorriu de canto - Pretendo ficar por aqui mesmo.
Alfonso: Dulce disse que você ia embora do país.
Anahí: Na verdade eu ia. Mas é que ultimamente vêm acontecido algumas coisas e eu acho melhor ficar por aqui.
Maite: Que pena. Dulce tinha dito que eram oportunidades maravilhosas.
Anahí: Realmente era.
Christopher: Ia trabalhar onde, Gi?
Anahí: Na Warner. Cheguei a comentar com você quando ainda estávamos juntos, não foi?
Christopher: Hm... Acho que falou sobre algo do tipo.
Alfonso: E o que aconteceu foi tão grave para você perder essa oportunidade?
Dulce: Alfonso - repreendi-o.
Anahí: Eu tive que pensar muito sobre que caminho eu ia seguir. O que ia adiantar eu trabalhar em outro país, se a minha motivação ia ficar aqui?
Maite: E a sua motivação seria?
Christian: O Fred - riu de canto.
Maite: Quem?
Christopher: O seu namorado não é?
Anahí: O mesmo. Então resolvi ficar por aqui mesmo. Mas ainda assim, irei perder uma pessoa muito importante - olhou para Christian e sorriu.
Christian: Decisão sua - riu.
Depois que Maite iniciou a conversa as coisas se descontraíram mais. Anahí e Maite começaram a conversar e em alguns momentos Alfonso entrava na conversa para alfinetar Anahí, que fingia que não percebia, e continuava a conversa com Maite. Christian e Christopher começaram a conversar, e estavam se entendendo bem. De vez em quando olhava Anahí de canto, e ela ria, intertida na conversa com Maite. O que me deixou muito bem. As vezes comentava algo com Christopher, o que deixava Maite alerta, mas eu a fazia esquecer e voltavamos a conversar sobre nada.
Anahí: Gente, com licença, vou ao banheiro - se levantando.
Christian: Vou com você - se levantou, e saiu com ela.
Dulce: E então? - olhei para Maite e Alfonso.
Maite: Bom... - deu os ombros - É, ela mudou. Até que é uma pessoa legal.
Dulce: Alfonso? - o mirei, rindo. Sabia que ele não queria dizer nada.
Alfonso: Ela realmente está apaixonada por esse cara. Ela até que pode ser suportável.
Dulce: Tá vendo? Então por que se preocupar com ela?
Maite: Por que ela é loira... e tem o nariz empinado.
Christopher: Ah Mai, fala sério - abrançando-a - Anita é uma pessoa legal. Você só não gostava dela por que nós estávamos juntos. Então pode deixar sua raiva de lado. Nós dois estamos em outra.
Alfonso : Mas eu ainda não confio naqueles olhos azuis dela.
Maite: Desencana, Poncho. Ela é uma pessoa legal , por min eu perdou tudo .
Alfonso: Ok, ela é - revirou os olhos, se dando por vencido.
Dulce: Por isso que eu amo vocês.
Maite: Mas e o carinha amigo dela?
Dulce: Ah Mai, ele é gay.
Maite: Ah, isso não é justo. Todo mundo aqui em casal ele podinha ficar com Alfonso - riu
Christopher: Casal? Dulce e Anahí são irmãs, doida - riu e eu cocei a cabeça. Alfonso: E eu não sou gay...
Christian: Chegamos - sorriu e se sentou.
Anahí: Estranho - mexeu no celular, se sentando.
Dulce: O quê?
Anahí: Rodrigo me ligou.
Christian: Como? - pegou o celular da mão dela, antes que eu pudesse fazer isso.
Anahí: Cinco minutos - mostrou para ele.
Christopher: Seu ex?
Anahí: É. Ah, sei lá, que morra também - deu os ombros - Enfim, quero mais sorvete - suspirou.
Dulce: Outro?
Maite: Outro?
Christopher: Outro?
Alfonso: Outro? - falamos todos juntos.
Anahí: O que foi? - os olhei - Só tomei dois.
Christian: Com mais dois pedaços de pizza, né Anita?
Anahí: Eu estava com fome.
Maite: Fred andou trabalhando, hein Anita? - riu, mordendo a língua e olhando pra mim.
Anahí: Não estou grávida. Fiquem todos tranquilos - sorriu e olhou pra mim - Você principalmente.
Dulce: É o que eu espero - olhei-a assustado.
Anahí: Exagerados - suspirou - Não quero mais nada também - cruzou os braços, fazendo com que nós rissemos.