Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Dulce: Ah, por favor, né?
Anahí: Vai a merda, Dulce, por favor. Me faça esse favor.
Blanca: Chega vocês duas. Anahí, ou você controla essa boca, ou você pode ir comer em outro lugar.
Anahí: Papai - ignorei-a - Posso te perguntar uma coisa?
Enrique: Fique a vontade.
Anahí: Quem é Marichelo?
Blanca: De novo com isso? - revirou os olhos.
Enrique: Como sabe dela?
Anahí: Minha tia me falou dela. Agora quero saber, quem ela é?
Enrique: É uma amiga minha. Conheci-a há muitos anos atrás. Quem foi que te falou dela?
Anahí: Minha tia, já falei. A tia Tania.
Enrique: Tinha que ser. Mas o que ela disse?
Anahí: Ela viu Manuela e disse "nossa, não sabia que Marichelo e Enrique tinham tido outra filha" - dei os ombros.
Enrique: Ela disse isso?
Manuela: Disse sim papai, eu lembro.
Anahí: Viu? - apontei para Manuela - Quem é ela?
Blanca: Eu já te disse quem ela é.
Dulce: Anahí, por que você não cala a boca? Aquele papel já não te disse tudo?
Anahí: Cala a tua boca que eu não estou falando com você.
Dulce: Você na TPM é o capeta, menina.
Anahí: Então o que está fazendo aqui?
Blanca: Já me irritei com as duas. Fora daqui.
Dulce: O quê?
Blanca: Fora daqui. Se quiserem comer, calem a boca e comam. Se quiserem discutir, saiam daqui.
Anahí: Só quero saber quem ela é.
Blanca: Anahí, no dia do casamento do seu primo eu te disse quem ela era.
Anahí: E eu só quero confirmar. Quem é ela?
Enrique: É uma moça que eu conheci anos antes da sua mãe. Tivemos um filha, Marichelo, porém ela faleceu com seis meses.
Blanca: Satisfeita? Agora vai calar a boca ou não?

Ergui a sobrancelha e me afundei na cadeira. Almoçamos em silêncio e nem dirigi um olhar se quer a Dulce. Ao terminar, pedi licença e subi para o meu quarto. Fiquei ali até a noite, quando Dulce entrou para saber o que havia acontecido.
Anahí: O que você quer?
Dulce: Saber o que você tem na cabeça.
Anahí: O mesmo que você, querida. Ou melhor, bem mais do que você, por que pelo menos vou atrás do que eu quero.
Dulce: Somos irmãs, Anahí. Coloque isso na sua cabeça de uma vez por todas. Não vale mais a pena ir contra - suspirou - Será que podemos ter uma relação normal?
Anahí: O que é uma relação normal pra você?
Dulce: Não sei. Ficarmos juntas, conversar... não sei.
Anahí: Bom, diferente dos outros, nós somos irmãs como você mesmo diz. Moramos na mesma casa, pass...
Dulce: Algumas namoradas moram juntas - interrompeu-me.
Anahí: Não com sete meses de namoro, Dulce. Então acho meio difícil termos "uma relação normal".
Dulce: Quer continuar brigada comigo?
Anahí: Quero que você aprenda a respeitar meu espaço. Se estou com raiva, deixe-me com raiva. Aceite e pronto.
Dulce: Quando eu digo que você está na TPM, não acreditam - revirou os olhos.
Anahí: E se eu tiver, Dulce? Qual o problema? Só peço que saia do meu quarto e me deixe sozinha com a minha raiva, rancor, ódio ou o diabo que seja. Certo?
Dulce: Ok - suspirou, derrotada - Quando quiser, sabe onde estou - saindo do quarto.

Joguei meu travesseiro na porta e bufei de raiva. É, ela realmente não sabia respeitar o espaço dos outros. Não fui atrás dela e nem saí do quarto após ela ir até lá. Pela primeira vez, olhar para a cara dela me deixava com raiva.
No dia seguinte, também não falei com ela. Mas ela tampouco pronunciou um bom dia a mim. Enquanto minha mãe resolvia o que iria fazer da vida dela, eu já havia mais que decidido o que fazer da minha naquele dia. Peguei meu celular e liguei para Christian. Aquela distancia me matava, mas só a voz dele saberia me acalmar.
Christian: Aahh... - bocejou - ...lô?
Anahí: Bebê, tô grávida.
Christian: O QUÊ? - berrou e eu comecei a rir loucamente.
Anahí: É zuera, idiota - tentei parar de rir - Só disse isso pra você acordar. Escuta, bom dia Cinderela.
Christian: É, bom dia. Agora é bom dia. Estou muito novo para ser tio.
Anahí: E nem vai ser. Enfim, só queria ouvir sua voz.
Christian: Own, que linda. Quem vê pensa que você é super apaixonada por mim.
Anahí: Briguei com Dulce - suspirei - E como você é o único que sabe me acalmar, resolvi te ligar.
Christian: E por que brigaram?
Anahí: Por que eu quis saber quem era essa tal de Marichelo.
Christian: Ainda tá com essa história? Aceite que são irmãs.
Anahí: Vocês dois são iguaizinhos mesmo - revirei os olhos.
Christian: Somos Realistas, lembra-se?
Anahi: Vocês são chatos
Christian: E você é uma putinha.
Anahí: Eu sei. Bom, vou desligar que a ligação vai ficar cara e eu preciso ir ao shopping.
Christian: Vai fazer o que no shopping?
Anahí: Comprar alguma coisa. Quero ir ao shopping, não posso?
Christian: Pode, ué. Boas compras, comporte-se e nunca mais diga que está grávida.
Anahí: Só quando você me engravidar, gostoso - ri - Eu te amo - mandei um beijo e desliguei.

Sabia que se dissesse isso, eu iria acordá-lo. Terminei de me arrumar e pouco depois, parti para o shopping.

Ficar sozinha. Era a melhor parte de estar no shopping sozinha, claro. Eu conseguia pensar em tudo o que eu precisava e até no que não era necessário. Pouco depois, avistei uma pessoa que não via há meses. Alguém que eu pensei, sinceramente que nunca mais veria na vida após o término do nosso namoro. Assim que me viu, Rodrigo acenou e eu olhei para o lados, para ter certeza de que era comigo. Sorri e me aproximei dele. Peraí, ele deveria me odiar pra sempre.

Rodrigo: Anny - sorriu, me abraçando.
Anahí: Rô, quanto tempo.
Rodrigo: Pois é, muito tempo. E como está?
Anahí: Bem, e você?
Rodrigo: Estou bem. Não está namorando, verdade? - pegou minha mão, olhando-a sem aliança.
Anahí: Hm... - puxei minha mão, tocando meu colar - Na verdade estou. Só que não... usamos aliança - sorri.
Rodrigo: Escuta, está de carro?
Anahí: Na verdade não. O meu está com Dulce.
Rodrigo: Ah, estão se dando bem agora?
Anahí: Um pouco, para ser sincera. Ainda a detesto. Você sabe como eu sou em relação a... eles.
Rodrigo: E como sei - riu - Já estou indo. Quer uma carona?
Anahí: Hm... claro que sim - sorri.

Olhei no relógio e vi que horas eram. Eu havia ficado no shopping por quase três horas. Voltei minha atenção a ele e começamos a andar. Conversamos sobre nossos relacionamentos após o término de nosso namoro, e ele disse que não estava namorando, mas que havia ficado com algumas garotas após terminar comigo. Durante o caminho, conversamos como se fossemos grandes amigos. Estávamos bem descotraídos até ele parar o carro em um lugar totalmente estranho.