Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

 Christian

A única coisa que me consolava, era que eu sabia que havia chego para dar o último adeus a Anny. Que pude dizer a ela, como eu era feliz por tê-la ao meu lado, e como vê-la feliz com Dulce me fez feliz. Após muito tempo, me senti sozinho. Era como se Anahí fosse à única pessoa que me entendesse. E de repente, ela já não estava mais ali para ficar comigo. As confidências, as loucuras, absolutamente tudo tinha um fim ali. Sabia que teria que viver, mas nunca imaginei uma vida sem ela. Segurei-me ao máximo que pude para não chorar, mas a dor era tão grande, que havia momentos que era impossível de agüentar. Mas eu sabia que apesar de toda a dor, e de todo o sofrimento que elas haviam passado, elas haviam sido felizes, por que em nenhum momento elas deixaram de viver.
Christian: Talvez isso possa ser forte para você, mas sei que a Anny ia querer que vocês soubesses como ela se sentia em relação a Dulce... e a seu filho. Aqui está um pouquinho, ou melhor, muito pouco do que foi o amor delas - coloquei o notebook na frente de Blanca e abri o histórico de conversação com Anahí.
Blanca: Obrigada - sussurrou, olhando a tela - "Nunca imaginei que seria tão bom estar grávida. Sabe Chrisinho, quando recebi o exame da inseminação e vi positivo, parecia que estava recebendo o exame de DNA, comprovando que eu não era irmã de Dulce. É meu filho com Dulce. É isso que importa. Se vou ter que dizer aos meus pais? Não importa! No momento em que descobri que havia uma vida dentro de mim, tomei coragem para dizer ao mundo que naquele momento, vivia para três pessoas. Para Dulce, Manuela, e para meu filho. É uma sensação única. Estar grávida. Acho que agora sim estou realizada" - parei de ler e olhei para Enrique -
Christian: Quer que eu termine de ler? - perguntei, vendo seu desespero.
Blanca: Não, eu leio - suspirou, secando as lágrimas - "Queria poder estar aí pra te abraçar e dizer como estou feliz pelo seu bebê, minha rainha. E o sexo?". "É um menino. Descobri na semana passada. Meu Christian". "Como?" - me olhou e eu sorri de canto - "Christian Puente Saviñón. O nome do melhor tio e padrinho do mundo". "Anny, vocês são malucas? Colocar o nome da criança de Christian? E se ela nascer retardada por causa do nome?". "Seu idiota! Dulce faz questão". "Vocês duas são loucas, meu Deus. Seu filho, Anny. Com meu nome. Te juro que estou chorando" - Blanca me olhou novamente, e eu estava chorando - "Meu lindo, não chore. Preciso tanto do seu abraço".
Christian: Hm... - me levantei e fui até ela - Agora este - abri e ela começou a ler.
Blanca: "Bebê, passei um perrengue desgraçado hoje. Minha mãe me perguntou por que eu tava comendo tanto. Se Dulce não tivesse me dado um chute, eu ia acabar falando. E já sabe né?". "Mas e se ela desconfiasse, ia falar?" "Teria que falar. Se eu ocultasse ia ser pior". "E quanto ao pai?". "Bom, ia falar que não o conheço. Digo, que fiquei com ele na balada e tal. Ou, que o filho é seu". "Ah, que lindo. Sua mãe ia vir aqui e me capar, sua doida". "Antes você do que meu namorado". "Muito linda você, Anahí. E por falar em linda, que foto é aquela que você me mandou?" "Ah, a roupa? Sem chances. Ou uso ela, ou você é capado". "De boa, suas roupas são horríveis". "Só uso em casa. Quando saio coloco outras. E outra, quem vê, acha que eu estou gorda". "Ah... magra desse jeito? Nem sonha, amor. De boa, tá parecendo aquela roupa que sua mãe usou quando saiu da maternidade, depois de ter a Dulce. Que horrível" - olhou para mim e eu ri de canto, secando uma lágrima.
Christian: Acho que deu pra saber um pouco como ela se sentia.
Enrique: Nunca imaginei que fosse tão intenso.
Christian: Não era só um capricho, seu Enrique, era amor de verdade. E elas morreram lutando por aquilo. É difícil de entender, eu sei que é, mas elas nasceram uma para a outra. E morreram juntas.
Blanca: Se eu soubesse...
Christian: Não adianta. Se elas estivessem vivas, vocês não iriam aceitar. Não se culpem pelo que aconteceu. Não tenham dúvidas de que elas estão bem melhor agora.
Manuela: Elas vão voltar - disse, fazendo com que a olhássemos.
Enrique: Sim, minha filha - abraçou-a.
Christian: Agora, a única coisa que restam a vocês é cuidar dela. Ela sim está aqui. E Anahí e Dulce, guardemos na mente - sorri.
Blanca: Promete que virá nos visitar?
Christian: Sempre que possível - me levantei, e fui até ela, abraçando-a.

Eu sabia que, a partir daquele momento, Anahí e Dulce puderam descansar em paz.