Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Epílogo - A escritora Lua e Lorena tiveram uma vida longa e feliz. Casaram-se sete anos após se conhecerem, fazendo de Michelle a madrinha. Tiveram três filhos, dois meninos e uma menina. Reencarnaram diversas vezes para viverem uma para a outra, mas não como irmãs. Anahí e Dulce nasceram para descobrir o valor das escolhas. Em vida, resgataram a interrupção que havia ocorrido na vida anterior de Anahí, não tendo que passar pelo mesmo outras vezes. Podiam ter feito escolhas erradas, mas nunca se arrependeram do que fizeram. E sabiam que iam ficar juntas... até a eternidade.
"Anahí era uma criança insuportável. Aos 4 anos de idade, era a criança mais mimada que eu já havia visto. Seu nariz era tão empinado, que eu tinha uma louca vontade de bater, e eu as vezes duvidava que havíamos tido a mesma criação. Lembro-me de suas íris azuis banhadas em lágrimas da primeira vez em que havia visto um palhaço. Toda aquela pose de princesinha dela caiu e nunca a vi chorar como aquele dia. Tenho mais lembranças dela como criança do que quando já éramos adultas. Quem sabe por que de certa forma, eu sabia que aquela seria a primeira e última vez que iríamos crescer juntas." Dulce

"A primeira lembrança que tenho de Dulce, está tatuada em minha mente. Ambas tínhamos 5 anos e Dulce corria pela casa. Naquele mesmo dia, ela caiu e quebrou o braço. Fiquei rindo dela, mas meses depois, pague pela minha língua. Ao contrário de mim, ela me cuidou. Como qualquer namorada faria por sua amada. Acho que me apaixonei por ela naquele dia. Mas descobri anos depois, quando tudo estava quase acabando." Anahí
Anahí chegou em casa e passou reto por Dulce. Sua expressão a entregava: estava nervosa. Jogou sua mochila no chão e foi até a cozinha, abrindo a geladeira.

Dulce: Ei, onde estava? Te procurei para virmos embora juntas, mas você não estava no colégio.
Anahí: Minha sala foi dispensada mais cedo e acabei indo a casa da Malo.
Dulce: Ah sim, mas da próxima vez avise, sim?
Anahí: Tentarei.
Dulce: A mamãe foi ao médico hoje. E me ligou dizendo que é uma menina. O papai tá bobo.
Anahí: Que se dane. Essa menina só vai vir para atrapalhar mais nossa vida.
Dulce: Não fale assim, Annyzinha.
Anahí: Não me chama de Annyzinha, sua imbecil. Você e essas suas manias.
Dulce: Tá irritadinha, manina? - riu, puxando-a pelo braço.
Anahí: Me solta, Dulce - puxou seu braço.
Dulce: Por que você só me chama de Dulce?
Anahí: Por que é seu nome, idiota.
Dulce: Como você é chata, Annyzinha - puxou-a com força, abraçando-a.
.Anahí estava com raiva. Estava confusa. Não sabia no que pensar. Querendo ou não, aquela era sua família e não podia condená-la por algo que havia acontecido em vidas passadas. Se havia sido assassinada por amor, ela não sabia o por que, mas sabia que nesta vida, isso a estava afetando. Sabia desde o princípio que não deveria ter aceitado aquelas sessões de regressão. Retribuiu o abraço da irmã, mas pouco depois a empurrou, brincando. .
Anahí: Se estiver carente, vai procurar sua namorada dragãozinha. Por que eu não curo carência de ninguém, principalmente da minha irmã.
Dulce: Não somos namorada. E outra, não chame-a assim. Ela até que é bonitinha.
Anahí: Para quem tem mau gosto, quem sabe.
Dulce: Ciumenta - riu, apertando seu nariz e saindo da cozinha.

Ela simplesmente parou, suspirou e ficou olhando-a sair. Aquela foi a última vez que se abraçaram antes de sua mudança.
A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos". (Charles Chaplin)




FIM!