Fanfic: DNA - Portiñón | Tema: Rebelde

Dulce narrando.

Maite: Ela não tem vergonha na cara - Ela disse, com raiva e Poncho estava quase comendo o canudinho de seu Frapuccino de chocolate.
Dulce: Lembre-se que você está falando da minha irmã.
Maite: Não importa quem ela é, Dulce . Ele é meu, se ela ainda não percebeu.
Dulce: Primeiro, ela não o obriga a ficar com ela. E se o negócio... Vocês me entenderam - Fiz alguns gestos mas eles continuaram sem entender - Se sobe é porque ele também gosta, digo.
Poncho: Dulce, isso não é desculpa. Viagra endurece até macarrão cuzido - Tive que rir da piada dela.
Dulce: Mai, ela não força ninguém. Falemos a mesma língua.
Maite: Pra mim você quer defende-la.
Dulce: Nunca fiz isso e nunca vou fazer, você sabe muito bem.
Maite: Depois do que aconteceu... - Ela sussurrou e olhou para os lados, disfarçando.
Dulce: Cale-se. E Mai, relaxa, ele vai te ligar.
Maite: Vai? - Ela me olhou, esperançosa.
Dulce: Vai - Eu sorri. Ok, eu teria que pedir para ele ligar para ela, mas isso era outro caso - Quer que eu peça outro canudo pra você?
Poncho: Faria isso por mim? - Ele piscou os olhos, sorrindo.
Dulce: Claro. Escuta Mai, pega lá um canudo, por favor? - Sorri para ela.
Maite: Toma o meu - Ela tirou o canudo de dentro do copo, lambeu e deu-o a Poncho .
Poncho: Não, obrigada. Acho melhor eu pegar um... Num tô afim de misturar sabor.
Maite: Qual é Poncho, eu não tenho sapinho - Mostrou a língua e Poncho pegou o canudo - Só herpes...
Poncho: AHH! - Ele gritou, jogando o canudo no chão.
Eu e Maite tivemos um súbito ataque de risos quando vimos a reação de Poncho. Óbvio que era brincadeira de Maite, mas Poncho levava tudo a sério , ele não era gay , mas era super "esquentadinho", as vezes por isso Anahi terminou com ele . Poncho nos olhou e ficou questionando porque riamos. Só me levantei e fui até atendente pedir mais dois canudos, pois havia acontecido um acidente. Pegou os dois canudos e me deu, não muito satisfeita. Agradeci e voltei à mesa, entregando um canudo a cada um. Maite estava secando as lágrimas que havia caído de seus olhos de tanto rir, e Poncho estava fazendo bico e de braços cruzados.

Dulce: Sem briga - Eu ri - Poncho, desmanche esse bico.
Poncho: Vai se ferrar, Dulce.
Dulce: Se você continuar com esse bico eu vou morder a sua boca.
Poncho: Aham - Colocou o canudo no copo e continuou com a cara amarrada.
Dulce: Poncho - Ele revirou os olhos e me olhou.

Quando me olhou eu cheguei perto do rosto dele, e mordi o bico que ele estava fazendo. Maite começou a rir e bater palmas. Poncho me empurrou e eu cai no sofá no meio de um casal que estava conversando, o que fez Maite rir mais ainda. Poncho levou as mãos na boca e começou a rir baixo, o que foi quase nada perto do escândalo que Maite fazia. Levantei-me, me desculpei com o casal e voltei para a mesa com eles. Logo que me sentei comecei a rir junto com eles. Maite já estava roxa de tanto que ria, que foi obrigada a pegar qualquer papel que havia na mesa e começar a se abanar. Quando nós três paramos de rir, e nos olhamos. O nosso olhar dizia tudo. Nos levantamos rapidamente e saímos o mais rápido possível de dentro daquela cafeteria.

Dulce: Vamos ao shopping? - Disse, tentando puxar papo.
Alfonso: Shopping? Eu não agüento isso sozinho, Dulce. Sem chances.
Maite: Vamos Alfonso, por favor.
Alfonso: Nem por e nem como. Sem chances...
Dulce: Cinema? - Eu sorriu.
Alfonso: Ainda não...
Maite: Em 3D - a olhou excitada, e ainda assim ele negou.
Dulce: Eu pago.
Alfonso: Eu vou - eu e Maite começamos com aquelas coisas chatas de gritar e pular em cima de dele e ele revirou os olhos - Mas eu vou chamar o Christopher - Nos olhou

Eu concordei, e vi um sorriso nascendo nos lábios de Maite. Alfonso: Interrompi? 
Christopher: Podemos dizer que sim - Ele riu.
Alfonso: Tá com a Anahi ? - Olhei para Maite, que ficou séria.
Christopher: Não, idiota. Eu tô correndo. Viu que horas são?
Alfonso: Foi mal ai, eu esqueci - Eu ri e Maite já batia o pé no chão, nervosa - Queria te chamar pra ai cinema. Mas acho que não vai dar, né?
Christopher: Ai que linda. Me chamar? - Ele fez voz de gay.
Alfonso: As meninas estão me chamando, e você sabe como eu adoro cinema, né?
Christopher: Claro que sei. Adora igual a mim. Ok, não te deixarei sozinho nessa. A gente se encontra daqui à uma hora em frente à bilheteria, ok?
Alfonso: Combinado. A gente se vê. Abraço - Desligou o celular.
Maite: Então ele estava... com ela? - Ela cuspiu as palavras.
Alfonso: Não, Dulce, ele não estava. Já viu que horas são? - Mostrei meu relógio para ela - Anahí está no teatro, e Christopher está correndo.
Dulce: Estou com muita fome - Eu disse, querendo quebrar aquele clima ruim que tinha ficado.
Alfonso: Você acabou de comer.
Dulce: Até parece que você não me conhece - sorri e agarrei seu braço - Vamos Poncho.
Poncho: Ok - Ele sorriu e canto e eu coloquei meu braço em volta de seu ombro.
Uma hora depois estávamos em frente a bilheteria esperando Christopher, que como sempre, estava atrasado. Eu já estava quase saindo de lá e indo pra fila do filme quando ele chegou. Notei que Maite estava um pouco nervosa, porque quando o viu, apertou minha mão e logo em seguida a soltou.

Christopher: Desculpe a demora - Ele deu um beijo no meu rosto e no da Maite e um abraço em Poncho .
Dulce: O que é isso, amigão. Já estamos acostumados...
Christopher: E como vocês estão? - Ele me ignorou.
Maite: Bem - Tentou não mostrar entusiasmo, mas estava na cara que era impossível -, e você?
Christopher: Tudo bem - Ele sorriu - E você, Poncho?
Poncho: Melhor impossível, minha vida - Vamos?
Christopher: Estamos esperando a Cinderela - Ele riu e apontou para min.
Alfonso: Dulce?

Eles falavam comigo, mas o meu olhar estava bem longe de tudo. Olhei para a loja de perfumes e não sei por que lembrei de Marcela. Ela adora perfumes. Fiquei olhando, olhando e não conseguia me lembrar porque pensei nela quando vi. Só acordei do transe quando vi Poncho puxando meu braço para irmos comprar pipoca.
Dulce: Desculpa, eu...
Christopher: vão na frente, vou conversar com a Dulce aqui.
Maite: Ok - Ela saiu puxando Poncho, antes que ele abrisse a boca para falar algo.
Christopher: O que aconteceu?
Dulce: Nada não. Então o que quer?
Christopher: Tava pensando, acho que vou chamar a Maitee para sair.
Dulce: Ou, era isso que eu ia te falar. Eu disse pra ela que você ia ligar pra ela, e você podia fazer isso por min , né?
Christopher: Eu faço muita coisa por você, e você não faz nada por mim.
Dulce: Claro que faço. Aquele dia que você foi preso, quem foi te tirar da cadeia? E quem pagou a sua fiança?
Christopher: Mas eu estava bêbado.
Dulce: Do mesmo jeito. Foi preso porque estava dirigindo sem carta. Do mesmo jeito, quem estava lá para te salvar? Eu.
Christopher: Ok. O que eu faço então? Ligo ou chamo agora?
Dulce: Sei lá. Vai pegar ela hoje?
Christopher: Ela quem? A Anahí?
Dulce: Não inferno, a Maite.
Christopher: Ah, sei lá.
Dulce: Beleza, vou sentar do lado do Poncho então.
Christopher: Sempre - Ele revirou os olhos - Escuta, já disse que a sua irmã é muito gostosa?
Dulce: Não - Sai andando, deixando-o para trás.
Christopher: De boa, Alfs - Ele me alcançou - Sua irmã tem um fogo. Que só de lembrar eu fico com calor...
Dulce: É, eu sei disso - Disse baixo. Baixo demais para ele escutar.
Christopher: O que você disse?
Dulce: Eu disse que não quero saber disso.
Christopher: Jurava que você tinha dito que sabia disso.
Dulce: Cala a boca, idiota. Ela é minha irmã - Eu dei um pedala nele e fomos para junto de Poncho e Maite .

E por incrível que pareça, senti algo não tão confortável enquanto ele falava da minha irmã do jeito que falou. Deveria ser instinto protetor. Só isso.Eu juro que quase dormi. O que não me deixou cair no sono foram aqueles malditos óculos, que estavam me incomodando demais. Logo que o filme acabou, meu celular tocou e vi que no identificador de chamada estava "Número desconhecido", pedi licença e me afastei dos três, deixando Poncho com cara de taxo e de vela.
Dulce: Alô?
Anahí: Dulce? É a Anahí, tudo bem?
Dulce: Tudo - Estranhei a ligação.
Anahí: É, assim... Você está ocupada?
Dulce: Estou saindo do shopping. Por quê?
Anahí: Tem como você vir me buscar? É que como você sabe, meu carro está quebrado, e pelo que parece a mamãe não está em casa, e eu não quero ligar para o Christopher, afinal, já nos vimos ontem.
Dulce: Acho que ela foi levar Manuela ao médico. Ok, em quinze minutos estou ai. Só vou deixar Poncho na casa dele e já passo ai para te pegar, ok?
Anahí: Ah sim. Obrigada, Dul - Ela conseguiu ser simpática e eu desliguei o celular.

Voltei para perto deles e Poncho queria me matar só com o olhar. Sorri para ele, e sibilei um "Me desculpe", e ele revirou os olhos.